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﹙⠀XXII.⠀﹚ To love is a silent crime.

ᰍ ׂ 𝓦𝘦𝘭𝘤𝘰𝘮𝘦 !! ۟ ࣭ ⊹
★ ۫ ݂﹙ASTRELLA VAUGHN ﹚ㅤׅ ۫ㅤ݂ ५
𝐂αpítulo: "Amar é um crime silencioso."

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Nos três capítulos para
desbloquear ato 3.

O SILÊNCIO ENTRE nós foi cortado bruscamente pelo som de uma notificação no meu celular. Uma mensagem.

Eu me desviei do olhar de Dag e puxei o aparelho do bolso, quase aliviada por ter uma desculpa para quebrar o momento. Mas, quando desbloqueei a tela, o alívio evaporou no mesmo instante.

Número desconhecido.

Eu franzi o cenho e abri a mensagem, o coração acelerando de um jeito que eu não conseguia explicar. Eram poucas palavras, diretas e cortantes como uma lâmina:

"Você sabe o que Dag fez. Denuncie-o por assassinato e fraude, ou isso vai acabar pior para você. Pense bem, Astrella. Ele matou dois homens. E você sabe por quê."

Senti um frio subir pela minha espinha, gelando cada parte do meu corpo. Aqueles dois homens. Eu sabia exatamente do que estavam falando. Era o motivo de tudo, da vida que fui obrigada a viver, do casamento forçado, das correntes invisíveis que me prendiam a ele.

Minha cabeça começou a girar. Eu me lembrei do dia em que tudo desmoronou, da confissão de Dag, da maneira como ele me olhou, como se implorasse por uma absolvição que eu não podia lhe dar. Ele matou aqueles homens. Ele tirou duas vidas e me arrastou para aquele pesadelo, me fazendo prometer que nunca contaria. E então me deu uma única escolha: casar com ele, ou me destruir da mesma forma.

Eu nunca tive uma opção verdadeira.

Minhas mãos tremiam enquanto relia a mensagem, o coração batendo mais rápido, quase me sufocando. Quem era essa pessoa? Como sabiam? E por que agora? Milhares de perguntas explodiam na minha mente ao mesmo tempo, e tudo o que eu conseguia sentir era medo. Medo por mim. Medo por Dag.

Mas também... uma estranha sensação de alívio. E se essa fosse minha chance de me libertar? De finalmente me desvencilhar desse laço sufocante que ele havia criado entre nós?

— Astrella? — a voz de Dag quebrou o silêncio, baixa e cheia de incerteza.

Eu olhei para ele, sentindo o peso da mensagem pairando entre nós. Ele parecia tão perdido, tão... culpado. Ele sabia que estava prestes a perder tudo. Só não sabia como.

— Quem era? — ele perguntou, apontando para o celular na minha mão.

Eu poderia contar a verdade. Poderia mostrar a ele a mensagem, jogar tudo no ar e observar enquanto a casa dele desmoronava. Mas, por algum motivo, eu hesitei.

— Ninguém — menti, guardando o telefone de volta no bolso e tentando esconder o tremor na minha voz.

Dag me estudou por um momento, seus olhos escuros vasculhando meu rosto como se pudesse ver as mentiras gravadas ali. Ele deu um passo na minha direção, e a proximidade me fez sentir ainda mais sufocada. Tudo o que eu queria era sair dali, respirar.

— Você está diferente — ele disse, a voz baixa, quase um sussurro. — O que está acontecendo?

Eu ri, mas o som saiu áspero, quase desesperado. Se ele soubesse o que estava acontecendo… Se soubesse que, naquele exato momento, alguém lá fora queria sua cabeça, queria que eu o denunciasse como um assassino, e que estava me chantageando para isso, talvez ele parasse de me perguntar o que estava errado.

— Eu estou diferente? — eu soltei, incapaz de esconder a amargura. — Será que é porque você me arrastou para esse inferno? Será que é porque eu vivo com os fantasmas de coisas que nem deveriam ser minhas?

Os olhos de Dag se estreitaram, mas ele permaneceu em silêncio, como se não soubesse o que dizer. Como sempre. Eu me afastei, tomando distância. Cada passo que eu dava parecia uma pequena vitória, mas não o suficiente para apagar o terror que crescia dentro de mim.

Aquela mensagem.... As palavras dela ecoavam na minha cabeça como uma maldição. Quem quer que fosse, sabia exatamente o que Dag tinha feito. Sabia sobre o sangue nas mãos dele, e de como ele me obrigou a me casar para acobertar o desastre.

— Não faz isso, Astrella — ele sussurrou de repente, dando mais um passo na minha direção, a voz carregada de culpa, de desespero. — Não me afasta de você. Não agora.

Eu o encarei, minha mente lutando entre duas verdades: a que eu conhecia e a que ele me forçou a aceitar. Como eu poderia não afastá-lo? Como eu poderia me manter perto de alguém que carrega a morte nos ombros?

— O que você queria que eu fizesse, Dag? — minha voz saiu trêmula, cheia de rancor e cansaço. — Você me amarrou a você. Não foi escolha minha.

Ele abaixou a cabeça, como se minhas palavras fossem espinhos perfurando sua pele. Mas a verdade é que ele merecia aquilo. Ele me obrigou a viver ao lado dele, em um casamento que não passava de uma fachada para encobrir os crimes que ele cometeu. Duas vidas. Dois homens.

Eu me lembro claramente daquela noite. O sangue. O cheiro de morte no ar. Eu nunca perguntei por que Dag fez o que fez. Na época, eu estava apavorada demais para questionar, e ele não me deu espaço para isso. Só me deu uma escolha: ser sua esposa ou ser arrastada junto para o abismo.

— Você não entende… — ele começou, a voz rouca, como se as palavras fossem uma confissão que ele guardava há anos.

— O que eu não entendo, Dag? — eu o interrompi, minha paciência esgotada. — Que você é um assassino? Que você me fez esconder isso com um anel no dedo? Eu entendo isso muito bem.

A dor nos olhos dele era evidente, mas eu não me deixaria abalar. Não agora. Não depois de tudo.

— Eu fiz isso para te proteger, Astrella. — Ele soava desesperado, mas as palavras eram veneno para mim. — Eles... eles iam te machucar. Eu fiz o que precisava.

Eu ri de novo, um riso amargo, sem qualquer traço de humor.

— E me forçar a casar com você foi a sua grande solução? — eu rebati, a raiva finalmente tomando conta. — Me colocar nessa prisão, me afastar de tudo o que eu amava... isso foi para me proteger? Ou foi para garantir que eu nunca escapasse de você?

Ele não respondeu. Seus olhos estavam fixos nos meus, tentando encontrar alguma faísca de compaixão que não existia mais.

Eu dei mais um passo para trás, criando um espaço entre nós que parecia um oceano. O celular no meu bolso pesava como chumbo, e a mensagem se repetia na minha cabeça, ameaçando me engolir.

Denuncie-o por assassinato e fraude... Ou isso vai acabar pior para você.

A verdade era clara. Eu estava presa em um jogo perigoso. Denunciar Dag significava me libertar, mas também significava destruir o homem que um dia eu amei — e que, de algum jeito torto, eu ainda amava.

Meu coração ainda batia forte, mas agora era pela raiva e pelo medo. Eu precisava pensar. Como lidar com a ameaça que estava recebendo?

Peguei o celular do bolso, e a mensagem de um número desconhecido continuava lá, brilhando na tela:

"Denuncie-o ou pague o preço."

Sem hesitar, digitei: "Quem é você?"

A resposta chegou rápido: "Alguém que sabe a verdade."

Engoli em seco. Verdade? Eu já sabia o suficiente. Sabia que Dag havia matado dois homens. Sabia que ele me forçou a casar com ele para esconder o que fez. Eu não precisava que alguém me lembrasse do quão fundo estava presa nisso.

O celular vibrou de novo.

"Você tem 48 horas. Ou faz isso, ou vai se arrepender."

Era direto. Eu tinha um limite de tempo. Ou denunciava Dag por assassinato e fraude, ou essa pessoa vinha atrás de mim. O que eles fariam? Eu não queria descobrir.

Minha cabeça estava uma bagunça. Eu não confiava em Dag, mas também não sabia quem era essa pessoa. E se eu o entregasse, o que aconteceria comigo? Ele tinha poder, influência, e não hesitaria em proteger seus interesses, não importava a que custo.

Guardei o celular, os pensamentos correndo. Precisava tomar uma decisão.

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