𝟷𝟻. 𝙴𝚗𝚍 𝚘𝚏 𝚝𝚑𝚎 𝙱𝚎𝚐𝚒𝚗𝚗𝚒𝚗𝚐
𝚌𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟻 — 𝙵𝚒𝚖 𝚍𝚘 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚌𝚘
𝚛𝚎𝚟𝚒𝚜𝚊𝚍𝚘 ✅
𝑰 𝒘𝒐𝒖𝒍𝒅'𝒗𝒆 𝒓𝒆𝒂𝒅 𝒚𝒐𝒖𝒓 𝒍𝒐𝒗𝒆 𝒍𝒆𝒕𝒕𝒆𝒓𝒔 𝒆𝒗𝒆𝒓𝒚 𝒔𝒊𝒏𝒈𝒍𝒆 𝒏𝒊𝒈𝒉𝒕
𝑨𝒏𝒅 𝒑𝒓𝒂𝒚𝒆𝒅 𝒕𝒐 𝑮𝒐𝒅 𝒚𝒐𝒖'𝒅 𝒃𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒊𝒏' 𝒉𝒐𝒎𝒆 𝒂𝒍𝒍 𝒓𝒊𝒈𝒉𝒕
𝑨𝒏𝒅 𝒚𝒐𝒖 𝒘𝒐𝒖𝒍𝒅'𝒗𝒆 𝒃𝒆𝒆𝒏 𝒇𝒊𝒏𝒆
𝑾𝒆 𝒘𝒐𝒖𝒍𝒅 𝒉𝒂𝒗𝒆 𝒃𝒆𝒆𝒏 𝒕𝒊𝒎𝒆𝒍𝒆𝒔𝒔
'𝑪𝒂𝒖𝒔𝒆 𝑰 𝒃𝒆𝒍𝒊𝒆𝒗𝒆 𝒕𝒉𝒂𝒕 𝒘𝒆 𝒘𝒆𝒓𝒆 𝒔𝒖𝒑𝒑𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒕𝒐 𝒇𝒊𝒏𝒅 𝒕𝒉𝒊𝒔
𝑺𝒐, 𝒆𝒗𝒆𝒏 𝒊𝒏 𝒂 𝒅𝒊𝒇𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏𝒕 𝒍𝒊𝒇𝒆, 𝒚𝒐𝒖 𝒔𝒕𝒊𝒍𝒍 𝒘𝒐𝒖𝒍𝒅'𝒗𝒆 𝒃𝒆𝒆𝒏 𝒎𝒊𝒏𝒆
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Lis soltou um suspiro e um sorriso se formou no canto de seus lábios, seu coração estava acelerado, em partes por todo caos que está acontecendo ali e em partes por ver Steve novamente, ela sentia que suas pernas iam ceder a qualquer momento.
Rogers também soltou um suspiro, mas no caso dele, de alívio. Desde que Sam havia recebido o chamado de Lis, ele estava tenso, sem saber o que esperava por ele, e quando ele chegou na localização do prédio e viu as redondezas tomada por agentes da HYDRA, foi como se seu maior medo se tornasse realidade e ele não pode evitar em pensar que o pior havia acontecido.
Tudo dai para frente era um borrão, a luta com diversos agentes, Hill e Yelena se juntando a eles e convocando agentes de outras unidades que Steve nem sabia que existiam, a polícia se juntando a eles, tiroteios, bombas de fumaça, gritaria e Quinjets invisíveis.
Ele tentou por muito tempo entrar no prédio, mas agora Lis estava na frente dele e estava inteira, então era como se o oxigênio tivesse finalmente voltado para seus pulmões.
O homem se inclinou e deixou um beijo demorado na testa da loira, que ainda estava tentando conter soluços que eram uma mistura de medo, exaustão e saudades. A volta deles, o prédio ainda estava desabando, a bomba era real e não um blefe de Ward e todo o trabalho de Lis havia ido por terra a baixo. Felizmente, não havia ninguém dentro do prédio, os bombeiros se aproximavam, assim como ambulância para checar os civis nas proximidades.
— Sem querer ser estraga prazeres. — Sam disse pigarreando. — Mas, precisamos ir embora, somos fugitivos. E arrisco a dizer que a Lis vai se juntar ao time, assim que essa coisa de SHIELD vier a público, pois até onde eu me lembro a SHIELD é taxada de organização terrorista faz uns dois anos.
Lis suspira, sabendo que Sam está certo, desde que a HYDRA se infiltrou na SHIELD e foi derrubada em 2014, a organização era conhecida com terroristas, e era exatamente por isso que ela estava fazendo tudo escondido, assim como todos os outros agentes fizeram em suas tentativas de reconstruir a SHIELD nos últimos dois anos.
Lis olhou em volta, vendo Tony se aproximar, voando em sua armadura ao lado de Visão e Natasha chegando de moto. Provavelmente Ross havia mandado os ''Vingadores'' para checar a situação.
— Vem com a gente, vamos te deixar em casa. — Steve diz, segurando a mão dela e entrelaçando os dedos, a loira concorda com a cabeça e entra no carro com ele, Sam entra na porta da frente, ligando o veículo e dirigindo rapidamente.
Lis ficou em silêncio, ainda segurando a mão de Steve, assim como ele, parecia sem coragem de dizer algo. Ela não tinha audácia o suficiente para voltar no assunto de ele ter escondido o segredo sobre a morte de seus pais. Também se sentia envergonhada para falar sobre o incidente da SHIELD que acabara de acontecer, afinal, por mais que ele tenha apoiado ela quando ela contou seu projeto, Lis sabia que, no fundo, ele ainda era contra, afinal foi ele que insistiu em derrubar a própria SHIELD junto com a HYDRA.
Rogers achava que a SHIELD era um alvo fácil para HYDRA, foi com Nick Fury, e ele tinha medo de que fosse novamente com Lis, e infelizmente, acabou sendo, em uma proporção muito menor, mas ainda assim aconteceu como ele temia. E ele se sentiu um pouco arrependido de não ter a parado antes.
Sam achava o clima do carro tenso o suficiente para se sufocar ali, então ele acelerava ainda mais, querendo chegar logo ao destino e acabar com aquela tortura.
— Tem certeza que você está bem? — Steve arrisca quebrar o silêncio e pergunta, Lis estava uma bagunça e ele odiava ver ela assim. Os pequenos machucados no rosto, o cabelo bagunçado, coberta de suor e poeira e ansiosa.
— Sim... Está tudo bem... — Ela engoliu seco e limpou a garganta, suspirando e olhando para ele, encarando seus olhos azuis profundos e tentando decifrá-los. Ela queria dizer que sentia falta dele, mas não conseguia fazer as palavras saírem. — Obrigada por vir.
— Você foi incrível, você sempre sabe sair das piores situações, não é? — Ele dá uma risadinha, ainda tentando melhorar o clima, mas ainda se sentia tão culpado por estar perto dela após quebrar sua confiança e mentir para ela. Ele não a julgaria nenhum pouco caso ela o odiasse. — Que bom que você tinha um canal de comunicação com Sam. — Ele deu um sorrisinho triste. Sam parou finalmente o carro em uma distância segura do Compound dos Vingadores.
Sair de um carro nunca foi tão difícil sair de um carro antes, mas não adiantava ficar se não ninguém iria conseguir falar o que precisava ser dito. Então Lis simplesmente abriu a porta e levantou, Sam deu um aceno de cabeça para ela, ela fez o mesmo, então o moreno fechou o vidro do carro e deu partida novamente. Fazendo ela se sentir como se todas as suas chances de resolver as coisas entre ela e Steve estivessem indo embora em um carro preto.
Não importava o que ela fizesse, ela continuava perdendo as coisas, perdeu os vingadores, depois Steve, Ward, a SHIELD e aos poucos toda a vontade de continuar persistindo ia se esgotando e seu senso de dever deixando de ser o suficiente para fazê-la continuar com essa coisa de altruísmo.
Enquanto subia a pequena colina que levava para a entrada do Compound, ela secou algumas lágrimas que escorriam por suas bochechas, com o nó ainda instalado em sua garganta.
Horas mais tarde, Lis estava no carro de Tony, sentada no banco do passageiro com o rosto apoiado na mão e o cotovelo apoiado no vidro da janela.
— Coloca o cinto. — Tony disse, mas ela ignorou, ainda distraída e pensando a respeito de tudo que havia acontecido nas últimas horas.
Quando ela chegou no Compound, tentou contato com Hill e Yelena, as duas e os outros agentes da SHIELD que vieram de outras bases e instalações, haviam conseguido escapar em segurança e estavam em uma base secreta, que antes era um segredo de Fury e agora era um segredo dela.
O secretário Ross não parava de ligar no celular dela e no de Tony também, mas os dois ignoraram sem o menor peso na consciência.
— Tá legal, me diz. Você está assim devido à SHIELD, do Ward ou porque viu o Steve? — O Stark perguntou em seu usual tom de sarcasmo, mas ele estava realmente preocupado. E mesmo não sendo o melhor em conselhos, ele ainda era o irmão mais velho e não podia ajudar se não soubesse o problema.
— Acho que uma coisa leva a outra, não? — Lis diz depois de quase um minuto em silêncio, pensando em qual seria a resposta certa. Ela solta um suspiro. — Se eu não tivesse inventado de brincar de Nick Fury, eu não teria sido traída por um agente em que eu confiava. Eu também deveria ter visto os sinais antes. Além disso, Steve me apoiou quando eu falei sobre a SHIELD, mas, no fundo, ele nunca quis que eu fizesse isso.
— Então voltamos para o Rogers. — Stark disse olhando para a irmã por cima dos óculos escuros que ele insistia em usar mesmo já sendo quase de noite. Ele bufa, frustrado. — Onde vocês dois estavam antes de toda coisa do tratado de Sokovia, da SHIELD e do... Barnes?
Lis ouviu um pouco de desprezo na voz do irmão, sabendo que ele está entrando em um tópico delicado para ele também.
Desde que descobriram que o Soldado Invernal matou os pais deles, eles não falaram sobre o assunto. Nenhum dos dois teve coragem e no fundo, talvez fosse melhor assim, afinal, ouvir Tony amaldiçoando Bucky era exatamente a última coisa que Lis queria.
Ela não culpava ele por colocar a culpa em Bucky. Lis conhecia Tony literalmente a vida toda dela e sabia que ele sempre precisava de um culpado para as coisas. E que a morte dos pais nunca foi um tópico fácil para ele.
Lis era um bebê na época, já Tony, era um adolescente que cresceu achando que os pais haviam morrido em um acidente e brigados com ele. Mas ela também sabia que mais que a raiva de Bucky, Tony também se sentia traído por Steve.
De uma forma diferente da dela, mas ainda existia um sentimento de traição. E ninguém espera ser traído pelo Capitão América.
Melissa continuou olhando pela janela do carro, vendo a noite cair e a lua subir enquanto Tony dirigia até o apartamento dela. Ela finalmente ouviu ele limpar a garganta e perguntar novamente
— Onde você e o Steve estavam? —Stark refez a pergunta cautelosamente, quase que com medo da resposta.
— Como assim? — Ela olha para ele.
— Ah, não se faz de tonta não. — Ele rola os olhos, perdendo a paciência. Lis da apenas uma risadinha.
— A gente só... — Ela pensa, e então suspira frustrada. — A gente só se beijou, uma vez. — A loira confessa, fechando os olhos e bufando ao lembrar o desastre que foi aquele beijo. Quer dizer, o beijo foi ótimo, o desastre foi a reação de Steve depois.
— Sério? — Tony olha para ela com uma sobrancelha levantada e uma mão no volante, era bem menos do que ele esperava. — Caramba, vocês dois são tão puritanos que me envergonham.
Tony ri, Lis revira os olhos com os dedos massageando as próprias têmporas.
— Cala a boca.
— Se vocês dois estivessem na cama, ainda estariam vestidos. — Ele diz esquecendo a raiva por um minuto e focando em provocar Lis.
— Eu só não te bato porque você está dirigindo. — Ela bufa, Tony ri e continua dirigindo, até estacionar no prédio que Lis estava morando. Lis suspira e se aproxima do irmão, lhe dando um abraço carinhoso.
Ele dá uma risadinha e a abraça de volta, dando um tapinha nas suas costas.
— Se cuida, tá bom? Me liga qualquer coisa. — Tony diz, com seu secreto jeito carinhoso que ele raramente deixa transparecer. Mas ele também estava aliviado, muito, na verdade, no meio de todo caos, a situação com Lis foi um grande susto para ele.
— Você também. — Ela sorri e sai do carro, entrando no prédio e cumprimentando o porteiro.
— Ei, senhorita Stark. Isso chegou para você há alguns dias. — O porteiro diz e entrega uma pequena caixinha para ela. Ela pega o pacote e sorri, acenando com a cabeça.
— Obrigada. — Ela dá um pequeno sorriso em agradecimento e caminha até o elevador, balançando a caixa para tentar ouvir o que havia dentro dela, mas não, chegando a nenhuma conclusão.
Ela entra, usa seu cartão eletrônico para chamar o elevador privado até a cobertura.
Enquanto está no elevador, ela ignora uma chamada de Ross, a última coisa que queria era falar com ele agora. A porta do elevador se abre, ela digita a senha na fechadura e abre a porta, suspirando aliviada por finalmente estar em casa.
Tudo estava exatamente do jeito que ela deixou. Por mais que nos últimos dias ela estivesse passando mais tempo na SHIELD ou nas indústrias Stark, ela havia "se mudado" de volta para o apartamento dela, pois não queria mais ficar no Compound.
Era mais solitário e menor, mas, de certa forma, proporcionava o conforto e privacidade de que ela precisava. Pelo menos por enquanto.
Melissa se jogou no sofá, examinando a caixa antes de abrir, depois os acontecimentos daquele dia, ela não ficaria surpresa se houve uma bomba ali dentro.
Mas depois chegou à conclusão de que já havia tido que azar o suficiente por um único dia, então abriu a caixa, pegando um envelope escrito 'Lis' em uma caligrafia muito familiar que fez seu coração acelerar automaticamente.
Ela desdobrou o papel com as mãos trêmulas e começou a ler a carta, que claramente havia sido escrita antes dos acontecimentos daquele dia:
'Não sei como começar essa carta, mas acredito que eu deva começar dizendo que sinto muito, Lis.
Espero que acredite em mim quando digo que nunca tive a intenção de machucar você ou qualquer outra pessoa.
Eu deveria ter te contado a verdade a muito tempo, eu posso ter tido meus motivos, mas ainda te devo uma explicação.
Eu queria proteger você da verdade... porque sei que isso teria te machucado. Mas acabei machucando você de qualquer maneira.
Eu deveria ter confiado mais em você, acredito que você não sairia do meu lado mesmo se soubesse de tudo, mas fui covarde, egoista acabei protegendo apenas a mim mesmo e agora sinto muito pela forma que te magoei e te decepcionei.
Sempre pensei que sabia o que era melhor para você, mas me enganei. Você provavelmente não quer ouvir de mim e se você nunca mais quiser falar comigo, eu entenderei isso perfeitamente.
Sei que traí sua confiança e não espero que você me perdoe... porque sei que o que fiz é imperdoável e que com toda razão, você odeia mentiras.
Mas há uma coisa que eu só quero dizer. Eu te amo.
Do fundo do meu coração, sempre fiz e sempre farei.
Não importa o que você pense de mim, ou o que você decida sobre mim, nada muda isso e eu sinto muito por ter machucado você assim, por esconder coisas de você por tanto tempo.
Posso estar sendo repetitivo, mas só espero que algum dia você encontre em seu coração a capacidade de me perdoar.
E eu sempre irei, não importa o que aconteça, ou o quanto as coisas mudem, ou quantos anos a gente passe sem nos falarmos, você ainda será a única mulher que eu amo pelo resto da minha vida.
Steve. ’
PS: Leiam o próximo capítulo pq tem mais!
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