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𝟷𝟺. 𝚂𝚕𝚎𝚎𝚙𝚎𝚛 𝚌𝚎𝚕𝚕 𝚂𝚙𝚢

𝚌𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟺 — 𝙴𝚜𝚙𝚒𝚊𝚘 𝚊𝚍𝚘𝚛𝚖𝚎𝚌𝚒𝚍𝚘
𝚛𝚎𝚟𝚒𝚜𝚊𝚍𝚘 ✅

𝑾𝒆𝒓𝒆 𝒚𝒐𝒖 𝒔𝒆𝒏𝒕 𝒃𝒚 𝒔𝒐𝒎𝒆𝒐𝒏𝒆
𝒘𝒉𝒐 𝒘𝒂𝒏𝒕𝒆𝒅 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒂𝒅?



Ward bufou. Ela estava certa. Ele limpou a garganta e se aproximou dela novamente, sem perder sua confiança usual.

— Talvez eu seja, talvez você esteja certa, Lis. — Ele colocou a mão em seu queixo, mas sem usar força, apenas para fazê-la olhar para ele. Lis não reagiu ainda, continuando com seu plano inicial de ganhar tempo. — Mas eu disse a verdade, eu gosto de você. Eu nunca te machucaria. Eu só preciso que você faça uma coisa por mim.

— Ah, sem essa de "Eu gosto de você". Você é da HYDRA. Eu não sou idiota. — Ela segurou o pulso dele e tirou a mão dele de seu queixo, ainda encarando os dedos.

— Se eu quisesse te machucar, teria deixado eles te levarem mais cedo. — Ele disse com um pouco de arrogância na voz.

Lis levantou, sentindo que não estava em seu melhor estado. Ela lembrou do chá e logo o motivo de sua visão estar começando a ficar escura fez sentido. Mas ela não recuou. Sua mente percorria por um milhão de cenários e possibilidades.

A HYDRA estava sendo reerguida, talvez nunca tivesse sido de fato derrubada por completo. Ela poderia fingir cooperar e ir para lá, descobrir mais sobre o que estava acontecendo, mas era muito arriscado uma vez que ninguém soubesse.

Ela pensava se Sam havia recebido o recado, se estava a caminho. Onde estavam os seus outros agentes. Se mais alguém ali era da HYDRA. Em quem ela podia ou não confiar? Essa era a segunda grande traição que ela descobria em poucos dias.

— Então, o que você quer? O que quer de mim, Ward? — A voz de Lis era firme, mas a mão tremia, então ela a colocou no bolso para evitar demonstrar fraquezas.

Mas ela estava pálida, seja o que quer que ele tenha colocado no chá, estava fazendo efeito, por mais que ela tentasse lutar contra. A perna dela falhou por um momento e ela quase caiu, mas Ward a segurou.

— Lis, Lis, Lis... Não me olhe assim. — Ele disse, ajudando ela a se sentar enquanto soltava uma risada nasal debochada. — Eu lutei suas batalhas, inclusive aquelas que eram bem pessoais, eu ajudei tirar seus amigos da prisão, te salvei hoje... Eu só preciso que você retribua o favor, estou pedindo muito? Não vou deixar ninguém te machucar.

— Então o quê? Você espera que eu te siga sem perguntar nada? Só te obedeça? — Ela revirou os olhos, estava se sentindo enjoada. — Que merda você colocou no meu chá?

Ward deu outra risadinha, agora ele ajudava ela a se levantar. Colocando um braço dela em cima do pescoço dele e a guiando para fora.

Ela estava se amaldiçoando por não notar, por não ter nem desconfiado de que ele era um agente duplo. Ward sempre foi bem informado, mas ela achou que era porque ele havia feito parte da SHIELD por anos. Com pessoas em quem ela confiava, Coulson, Fury.

Mas, na verdade, ele só havia mentido para todos e por muito tempo. E ela não conseguia entender o motivo. Não conseguia entender a razão de ele estar levando ela.

A boca dela estava seca, ela ainda se apoiava no ombro dele, que a carregava como se ela não pesasse nada. Ward notava os esforços de Lis para continuar acordada e admirava isso. Ela era forte. Mas o calmante também era, e cedo ou tarde ela ia apagar.

— Onde estão a Yelena e Maria? — Lis perguntou, sentindo a garganta arder e os olhos ficarem mais pesados.

— Eu disse que você ligaria se precisasse delas, elas estão cuidando de algum assunto da SHIELD. — Ele deu uma risadinha e tirou uma mecha de cabelo grudada com suor da testa de Lis e colocou atrás da orelha dela. — Elas estão bem. Meu plano não é machucar ninguém, já te disse. Isso não é pessoal, só estou fazendo meu trabalho, você deveria entender.

— Você trabalha para HYDRA. Machucar pessoas é exatamente o que vocês fazem. — Ela piscou algumas vezes, tudo parecia em câmera lenta, inclusive o elevador. Logo a porta abriu, mas eles não saíram ainda. Ele queria esperar ela apagar de vez e estava demorando, ele começou a pensar que deveria ter colocado uma quantidade maior de calmante na bebida dela.

— Tenho gente lá fora, então é melhor você se comportar. Eu sei que você está com sono, Stark, por que não descansa? Eu te carrego.

Lis tentou se debater e deu uma cotovelada nele, atingindo a bochecha do homem, que gemeu de dor, mas não recuou.

— O que você quer? O Bucky? Não vou dizer onde ele está. — Ela resmungou. Era uma possibilidade, talvez quisessem o Soldado Invernal de volta agora que sabiam que ele ainda estava vivo. E que ainda podia ser "ligado".

— Não, não quero o Soldado Invernal. Se eu quisesse, poderia tê-lo pegado quando o vi na Alemanha. Se eu quisesse, eu poderia tê-lo ativado e fazê-lo matar todos vocês. Acha mesmo que eu não sei as palavras que estavam naquele caderno daquele traidor do Zemo?

— Então, o que você quer? — No fundo, ela sabia que a resposta não viria. Mas não conseguia deixar de insistir.

— Você vai saber quando for a hora. — Ele deu um sorrisinho. — Caramba, você é forte. Por que você só não dorme? Já disse que não vou te machucar. — Ele disse, seu tom de voz era em partes um elogio como um desafio. — Devia ter escutado o Capitão América, deveria ter deixado a SHIELD enterrada. A HYDRA sempre cresce na sombra da SHIELD.

— A culpa não é minha e nem do Steve, a culpa é de vocês. — Ela murmurou entre dentes, em pura raiva, mesmo pálida, com os olhos vermelhos e suor na testa.

— Apenas não desistimos da nossa missão, somos parecidos, não é? — Ele disse ironicamente, bufando e revirando os olhos. — Deveria ter sossegado com o Steve e deixado a coisa de agente secreto para o Nick Fury.

— Meu único erro foi não ter notado antes que você é um mentiroso. — Ela disse, cuspindo literalmente as palavras no rosto dele, que soltou um murmúrio de raiva e limpou o rosto com a manga da blusa antes de arrastar ela para fora.

Enquanto Ward guiava Lis para fora do prédio, ele se perguntava mentalmente por que o sonífero parecia estar demorando tanto para fazer efeito. Ela ainda estava de pé, apesar dos sinais óbvios de que algo estava errado. Por mais que tentasse disfarçar, Ward começava a ficar preocupado com a resistência de Lis e com a possibilidade de isso arruinar seu plano. Claro, ele ainda tinha a opção de dar uma pancada na cabeça dela, mas aí seria mais difícil ainda de fazê-la cooperar no futuro. E ele precisava que ela cooperasse, além disso, ele não mentiu quando disse que não pretendia machucá-la.

Enquanto isso, Lis lutava para manter a consciência, sua mente turva buscando desesperadamente uma solução. Então, como um lampejo de esperança, ela se lembrou da seringa escondida na caixa de correspondência do prédio. Era uma precaução que ela havia tomado, deixando-a lá caso alguém chegasse ferido e não houvesse tempo para levá-lo à enfermaria.

Ninguém sabia disso, mas era mais um de seus truques na manga. Era uma alteplase com a função de fazer o sangue bombear novamente e voltar para o cérebro, normalmente com um derivado da imidazo-benzodiazepina, é um antagonista benzodiazepínico que bloqueia especificamente, por inibição competitiva. Ela só precisava alcançar.

Enquanto Ward a segurava firmemente, Lis sentia como se estivesse lutando contra um nevoeiro denso que tentava arrastá-la para a escuridão. Cada movimento parecia uma batalha contra a gravidade, sua mente embriagada lutando para se manter focada em seu objetivo. Ela sabia que precisava alcançar a seringa na caixa de correspondência, mas o simples ato de se manter de pé era uma tarefa árdua.

Com esforço de que ela nem sabia que era capaz, Lis começou a se debater contra o aperto de Ward, seus músculos doloridos protestando contra o esforço. Cada movimento era como se estivesse lutando contra correntes. Seu corpo parecia pesado, suas pernas tremiam e sua visão turva dificultava discernir os detalhes ao seu redor. Em outros dias, ela teria conseguido derrubá-lo, ele era maior, mas ela confiava na técnica dela.

Ela reuniu toda força que tinha. Dando um chute no meio das pernas dele, que não foi tão certeiro quanto ela queria, mas foi o suficiente para desestabilizá-lo, ele rapidamente a soltou, murmurando um xingamento e levando as mãos a suas áreas íntimas.

Lis aproveitou para correr até a caixa de correspondência. Para sua sorte, a seringa ainda estava onde ela deixou. Ela se esforçava muito para puxar o ar dos pulmões, era como se estivesse sendo esmagada. Ainda assim, com mãos trêmulas, ela encontrou a seringa e injetou a substância em sua própria veia. A alteplase começou a fazer efeito quase instantaneamente, ajudando o sangue a bombear novamente para seu cérebro e dissipar os efeitos do sonífero.

Enquanto isso, Ward percebia que algo estava errado quando Lis de repente parecia mais alerta, ele se recompôs e correu até ela.

Com a mente ainda turva e as pernas instáveis, Lis vasculhou desesperadamente os arredores em busca de algo que pudesse usar como arma. Seus olhos se fixaram em um pedaço de cano, caído perto da escada do prédio. Com um esforço, ela se lançou na direção do objeto, agarrando-o enquanto mentalmente agradecia pela reforma do prédio ainda não estar finalizada.

Lis virou-se para confrontar Ward, sua expressão determinada apesar da fraqueza que pouco a pouco se esvazia dela. Ward, por sua vez, a observava com um sorriso cínico, os olhos brilhando com uma mistura de desprezo e diversão.

— Lis, pelo amor de Deus. Para com isso. Não me faça ter que machucar você. — Ele diz tirando uma arma da cintura e destravando a mesma.

Lis às vezes pensava demais e às vezes era imprudente, como agora, quando, mesmo com uma arma apontada para sua cabeça, avançou batendo o pedaço de cano no homem, que bloqueou o ataque.

Ele forçou a barra em direção a ela, ainda segurando a arma destravada, não esperando que ela já tivesse recuperado toda sua resistência mesmo depois da injeção. Mas ela manteve os pés cravados no chão.

A loira fez um impulso para o lado, para ele soltar e então bateu a lateral do cano no ombro do homem, que acabou por soltar a arma que caiu no chão em um estalo alto.

Ward bufou, indo para cima de Lis, segurando o cano dela com as duas mãos para que ela não o atingisse novamente e a prendendo contra parede.

— Você está tornando isso mais difícil. As pessoas da HYDRA que estão lá fora não vão ser tão gentis com você se você não colaborar. Não quero que você termine com uma bala nessa cabecinha linda.

— Eu não sou idiota, não nasci ontem. — Ela solta um gemido de dor enquanto ele a pressionava com mais força contra a parede, dessa vez colocando a barra no pescoço dela. — A HYDRA não exita em atirar, então se você fosse me matar já teria feito. Não sei o que você quer comigo, mas acho que precisam de mim viva, não é?

— Você é sempre inteligente, por isso eu gosto de você. — Ele diz, apertando a barra com mais força contra ela. Lis bufa e dá outro gemido baixo de dor, mas junta força para chutar o joelho dele, para o afastar o suficiente para voltar a respirar.

Ela agarra o cano novamente, tentando recuperar sua arma. Ward solta e com o impacto Lis cai, batendo as costas e a cabeça no chão de acetato.

Ela faz um impulso para se levantar enquanto Ward corre para pegar a arma dele que antes havia sido derrubada, assim que ele alcança a pistola e se vira novamente em direção a Lis, a loira corre na direção dele e arremessa o cano na direção dele, com toda sua força e para sua surpresa, a barra atravessa o ombro dele, fazendo o gemer de dor é sangue espirrar por ta sua parte.

Por puro reflexo, ela arregala os olhos novamente, enquanto tenta raciocinar a estratégia mais lógica agora que seu inimigo foi, por hora, derrubado.

Ela caminha para pegar a arma dele, o moreno ainda se contorce e geme, sangrando no chão. Sua mente questiona se tudo aquilo era um blefe e realmente existiam pessoas do lado de fora. E se existisse, se valia a pena enfrentá-lo ou se ela deveria apenas voltar para seu escritório e se trancar até ajuda chegar.

Indo pela ideia que parecia ser a mais segura, ela escorre a segunda opção. Apontou a arma apontada para Ward que agonizava no chão, retirando a barra do próprio ombro e aumentando consequentemente o sangramento.

Ela se aproximou do elevador, apertando o botão para subir, ainda mirando no homem que agora estancava o sangramento.

— Lis, espera. — Ele tossiu, com um pouco de sangue escorrendo pela sua boca e queixo. — Precisamos sair daqui. — Ela ignorou ele, não podia acreditar em mais uma palavra que ele dizia, ele não era seu agente mais. Era um inimigo. — Tem uma bomba no prédio.

— Você está blefando. — Ela afirmou, desistindo de pegar o elevador e caminhando na direção dele, mas não se aproximando muito e ainda segurando a arma com força. — Vão me pegar quando eu pisar lá fora.

— Estou falando, sério. — Ele diz em um grunhido rouco, tentando se colocar de pé, e conseguindo, apesar de estar tonto e fraco pela perda de sangue, já imaginando que havia sido atingido na artéria axilar. — Ótimo, então se exploda, Stark. — Ele gemeu, caminhando com dificuldade em direção à porta da saída, que nunca pareceu tão longe.

Lis foi na direção dela, pedindo aos céus para que não se arrependesse disso mais tarde. Ela passou o braço dele pelo pescoço dela e saiu do prédio o apoiando.

Uma vez na rua, já estava noite. E todo o cenário era uma bagunça. Havia viaturas, homens sendo presos. Sam, Steve, Maria e Yelena estavam lutando com homens.

Mas pareciam já estar no final da luta, alguns inimigos já estavam derrubados, machucados ou presos. Embora ainda tivesse alguns homens atirando nos policiais.

Lis piscou e viu uma arma sendo apontada para seu rosto a poucos centímetros, mas antes que ela soltasse Ward para se defender ou fizesse qualquer outro movimento, Yelena pulou nas costas do homem, apertando o pescoço dele com um braço e usando a mão livre para fazê-lo atirar em outra direção.

Dois tiros foram disparados para direções aleatórias. Yelena viu Lis carregando Ward e jamais cogitou que ele também estava com a HYDRA, não foi algo que passou na cabeça dela durante aquele momento. Ela deu um soco no homem que acabara de desarmar e, antes de qualquer um dizer qualquer coisa, o prédio explodiu.

Foi um estrondo alto e então tudo foi por terra abaixo, em meio à poeira e fogo. Yelena ajudou Lis e Ward a se afastarem enquanto mais polícia chegava. Controlando a situação.

— Ward também é da HYDRA. — Lis murmurou para Yelena, enquanto tossia. A mais baixa olhou para ela em puro choque.

— O quê? — Lis não respondeu. Não dava tempo para ela explicar, todo o ambiente estava um caos e Ward não estava mais lutando, estava praticamente desmaiado. Porém, Lis viu de longe Steve e Sam se afastarem em meio à multidão, a ficha caiu e ela percebeu que eles ainda eram fugitivos e nem deveriam estar ali.

Ela não sabia nem o motivo de estar fazendo isso, não sabia nem como estava de pé. Lis estava rouca, tossindo como louca por conta da fumaça, com pequenos cortes no rosto da perseguição de mais cedo e alguns machucados da luta corpo a corpo com Ward, sem mencionar o tranquilizador que ela havia ingerido, seu efeito havia passado por conta da injeção que ela se autoaplicou, mas ainda assim ela sentia que estava um pouco leve demais e sem pensar direito.

Mas ela não podia deixar Steve ir embora, então reuniu forças e correu na direção dele, deixando o prédio que ela tanto amava para trás em chamas e Yelena chocada tendo que lidar com Ward.

Sam abriu a porta de um carro preto, pronto para sair dali, esperou Steve entrar porém no minuto que o olhar dele se cruzou com o de Lis e viu ela correndo toda bagunçada em sua direção, ele paralisou. Esquecendo que precisava fugir e esquecendo até o motivo de estar ali, apenas ignorando todo o cenário caótico e o fato de que eles provavelmente ainda não estavam se falando e esperando ela chegar até ele.

Quando ela estava perto o suficiente ele se aproximou, indo também na direção dela para finalmente acabar com a distancia entre os dois e segurando o rosto dela delicadamente enquanto a examinava com os olhos.

— Ele te machucou? Você está bem? — Steve disse com a voz um pouca rouca, sentindo a preocupação queimar dentro dele. — Se ele te machucou ele vai se arrepender, eu... — Ele ia continuar falando, mas Lis o interrompeu, segurando os braços dele mas sem fazer ele tirar as mãos de seu rosto, pois o toque dele a confortava.

— Você veio.

— Você chamou. — Ele disse com o canto da boca se erguendo em um pequeno e sincero sorriso, ainda ignorando todo caos a sua volta. — Eu sempre vou vir quando você chamar.

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