𝟷𝟸. 𝙸 𝚌𝚊𝚗 𝚍𝚘 𝚒𝚝 𝚠𝚒𝚝𝚑 𝚊 𝚋𝚛𝚘𝚔𝚎𝚗 𝚑𝚎𝚊𝚛𝚝
𝚌𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟸 — 𝙴𝚞 𝚙𝚘𝚜𝚜𝚘 𝚏𝚊𝚣𝚎𝚛 𝚒𝚜𝚜𝚘 𝚌𝚘𝚖 𝚘 𝚌𝚘𝚛𝚊𝚌𝚊𝚘 𝚚𝚞𝚎𝚋𝚛𝚊𝚍𝚘
𝚛𝚎𝚟𝚒𝚜𝚊𝚍𝚘 ✅
𝑰 𝒄𝒓𝒚 𝒂 𝒍𝒐𝒕 𝒃𝒖𝒕 𝑰 𝒂𝒎 𝒔𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒄𝒕𝒊𝒗𝒆, 𝒊𝒕'𝒔 𝒂𝒏 𝒂𝒓𝒕
𝒀𝒐𝒖 𝒌𝒏𝒐𝒘 𝒚𝒐𝒖'𝒓𝒆 𝒈𝒐𝒐𝒅 𝒘𝒉𝒆𝒏 𝒚𝒐𝒖 𝒄𝒂𝒏 𝒆𝒗𝒆𝒏 𝒅𝒐 𝒊𝒕
𝑾𝒊𝒕𝒉 𝒂 𝒃𝒓𝒐𝒌𝒆𝒏 𝒉𝒆𝒂𝒓𝒕
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Alguns dias depois.
Nova York
Complexo Vingadores.
Lis estava em um sofá com Natasha, que realmente estava se esforçando para animar a amiga. Lis estava em um vício de se encher de trabalho o máximo que podia, fazendo um milhão de coisas na SHIELD e nas Indústrias Stark, pois assim não teria tempo de pensar em tudo que havia acontecido naquela tarde na Sibéria. Ela sabia que esse não era um jeito saudável de encarar a situação, sabia mesmo. Mas, por enquanto, era o jeito que ela havia encontrado.
As duas estavam comendo brownies enquanto uma série de comédia aleatória passava na grande TV em frente a elas. Pelo vidro, dava para Tony ajudando Rhodes na fisioterapia, mas eles não estavam prestando atenção na conversa delas, assim como elas não prestavam atenção na TV.
A Stark também estava pensando em Wanda, ela adorava essas séries e receitas caseiras como Brownies. No entanto, agora Lis nem sabia onde ela estava. Nem Wanda, nem Sam ou Steve. Scott e Clint estavam em suas próprias casas, cumprindo uma espécie de prisão domiciliar.
— Você está bem? — Nath perguntou, mudando de assunto.
— Sim, estou ótima. — Lis disse casualmente, sabendo onde Natasha queria chegar.
— Como está se sentindo, em relação ao... Steve? — Natasha faz a temida pergunta. Tony e Lis estavam evitando falar sobre o que havia acontecido na Sibéria, pelo menos sobre os detalhes, mas Lis sabia que em algum momento ela teria que desabafar sobre isso com alguém.
— Estou com raiva dele. — Ela diz, obviamente ela estava, isso não era uma surpresa para Natasha ou para ninguém. Lis faz uma pausa e finalmente completa a frase. — Mas sinto a falta dele. Tipo, muito. O tempo todo.
Lis olha para o teto, não querendo chorar. Ela engole um brownie inteiro para ter que se concentrar em mastigar para não engasgar ao invés de se concentrar em segurar o choro.
— Ele não quis machucar você. — Natasha diz, deitando o rosto de Lis em seu ombro, tentando confortar a amiga. Lis sabia que isso provavelmente era verdade, mas isso não mudava o fato de que ele havia mentido. E que ele havia, sim, machucado ela e que agora ela não fazia ideia de onde ele estava e nem sabia se iria ver ele de novo, já que ele meio que sumiu do mapa.
— Eu sei, mas eu não esperava isso dele...
— Ninguém é perfeito, Lis. Nem o Capitão América. — Natasha dá uma risadinha enquanto morde um dos brownies e olha para TV, ainda com a cabeça de Lis em seu ombro.
— Eu sei. — Lis esfrega o próprio olho e suspira, tudo que ela não queria era soar dramática, ela sabia que era uma situação grande e atípica, mas ainda assim, às vezes se sentia a drama queen. — Mas nem tivemos a chance de conversar sobre isso, ele sumiu e agora... Agora, Tony odeia ele, a ONU está atrás dele como se ele fosse um criminoso e todo mundo me pergunta dele o tempo todo.
— Você tentou procurá-lo? — Natasha pergunta com a curiosidade real, mesmo que se fosse ela no lugar de Lis, ela deixaria Steve tomar a iniciativa e procurá-la primeiro. Era o que parecia mais certo no ponto de vista dela.
— Mais ou menos. — Lis assume. — Eu... entrei em alguns sistemas e dei uma procurada na Internet em uma noite em que eu não consegui dormir. Mas não fui muito fundo.
— Chegou em algum lugar?
— Em Wakanda. — Lis diz, mas não de uma forma animada. — Então, ignorei o fato de que atirei no rei deles com uma arma de tranquilizador e falei com o T'challa. — Lis diz que deu uma risadinha, agradecendo mentalmente por estar disfarçada quando derrubou T'challa para deixar Bucky e Steve fugir.
— E então? Natasha perguntava, porque Lis estava indo em um ritmo muito lento e ela queria saber logo o desfecho da história.
— Steve realmente foi para Wakanda com o Bucky. T'challa aceitou cuidar do Bucky e tentar encontrar uma forma de acabar de vez com o programa do Soldado Invernal como forma de recompensá-lo por acusá-lo de matar o rei T'chaka. Mas o Steve deixou o Bucky lá e foi embora, ele não sabe dizer para onde, ou não quer dizer.
— E sobre o Bucky? — Natasha faz uma pausa sabendo que está fazendo outra pergunta delicada. — Como se sente sobre ele? Se arrepende de ter feito tudo o que fez para ajudá-lo?
— Não — Lis responde sem hesitar, mas ainda em tom de voz baixo. — Não foi culpa dele. Ele não teve escolha...
— O Tony não parece concordar com isso. — Nath diz e Lis dá ombros.
— Problema dele. — Ela não está com raiva de Tony, mas também não tem a mesma opinião que ele. Ela também sabe que não conseguirá fazer ele mudar de opinião sobre Bucky, então ela nem se deu ao trabalho. De qualquer forma, isso não mudaria nada.
Natasha dá uma risadinha, nesse momento, as duas observam um entregador de meia-idade bater na porta e falar algo para Tony e Rhodes.
— Você é Tony Esterco? — O senhor diz., Rhodes não desperdiçando a chance de fazer uma piada, ele dá um tapinha nas costas de Tony, que revira os olhos, entediado. Natasha e Lis riem no sofá, observando de longe.
— Vou aderir. — Nath diz, brincando e tentando aliviar o clima. — Lis Esterco.
— Cala a boca. — Lis ri, jogando uma almofada em Nath e se levantando.
— Para onde você vai? — Natasha pergunta, notando que Lis estava realmente planejando sair dali.
— Trabalhar.
— De novo? Para quê? Você já é rica. — Nath provoca e Lis revira os olhos. — Falando sério, você vai voltar para cá depois do trabalho? Você vai acabar morrendo de tédio se continuar morando sozinha no seu apartamento.
Lis pensa um pouco, por algum motivo, até Tony havia voltado a morar no Compound, no entanto, ela fez exatamente o contrário, depois de toda a briga, ela voltou para o apartamento dela. Na verdade, aquele era o primeiro dia que ela visitou o Compound há muito tempo.
— Estou bem. — Lis sorri. — Sério, é bom ficar sozinha um pouco e estou me mantendo bem ocupada durante o dia, não se preocupe, eu volto se eu precisar. Natasha apenas balança a cabeça, concordando por enquanto.
— E para qual trabalho você vai agora?
— SHIELD. — Lis responde simplesmente. — Inclusive, por que você nunca me contou que tinha uma irmã? Precisei por meus agentes em uma guerra dos Vingadores para descobrir isso! Por que ninguém nunca me conta nada? — Lis diz, dessa vez, propositalmente fazendo drama e pondo a mão no peito de maneira exagerada.
— Inclusive, achei isso nada justo. Você não pode colocar a SHIELD para dar suporte em um time que ia contra seu irmão e sua melhor amiga! E muito menos quando a minha irmã trabalha nessa SHIELD! Caramba, eu tive que bater na Yelena e no Clint de uma vez só.
— Quer voltar a trabalhar na SHIELD? Preciso de agentes.
— Nem se fosse o Fury me pedindo. — Natasha diz rindo e Lis revira os olhos.
Lis estava dirigindo o carro dela, que felizmente era aprova de som, então ela podia ouvir a música mais triste o mais alto possível e cantar alto também, sem ninguém para julgar. Ela parou no farol, olhando o retrovisor, ela notou que havia muita polícia por ali naquele dia.
Parou para pensar se isso podia ter alguma relação com o resultado do tratado de Sokovia e se perguntou se, depois de tudo isso, iriam voltar a querer que ela assine o tratado. Bem, ela esperava que não. Quando o farol abriu, ela voltou a dirigir, o mais rápido que podia, mas ainda respeitando os limites de velocidade.
Ela também considerou um momento o que Natasha disse, sobre ela voltar a morar no Compound dos Vingadores, mas logo desconsiderou, ela nem estava passando muito tempo em casa, ela ficava o tempo inteiro nas Indústrias Stark ou na SHIELD, então não era ruim ficar um pouco sozinha. Ela balançou a cabeça e abaixou a temperatura do ar-condicionado do carro, fazendo uma curva enquanto voltava a cantar ''Baby, One More Time''
— When i am not with you, i lose my mind. GIVE ME A SIGNNNNNNNNN. HIT ME BABY ONE MORE TIME.
Lis parou quando viu uma chamada de Fury no visor do celular, ela abaixou a música, deu dois toques na tela do celular, para que ela se projetasse em tamanho grande e, sem tirar a mão do volante, ela atendeu a ligação.
— Oi, Fury. — Ela atendeu, pensando se o motivo da ligação dele era para falar de Steve. Teoricamente, o único jeito de Fury saber da história, era se Steve tivesse o procurado e contado. Era algo improvável, mas por um momento Lis realmente teve esperanças de que Fury realmente estava ligando porque Steve havia procurado ele e pedido para mandar um recado ou algo assim. Porém, Fury não disse nada na ligação. — Fury? — Ela o chama, confusa, ainda com a mão no volante e os olhos nas avenidas, porém tudo que ouviu foi um chiado ensurdecedor que invadiu a ligação e as caixas de som e alto-falantes do carro, um barulho tão agudo, que fez ela tirar as mãos do volante por um momento, para tampar os ouvidos e xingar pensando ser algum tipo de interferência.
Mas o chiado persistiu, aumentando em intensidade e causando uma dor aguda nos ouvidos de Lis. Ela percebeu que não era uma interferência normal, e sim algo direcionado especificamente para ela.
Com o coração de repente começando a bater mais rápido e uma sensação de nervoso crescendo dentro dela. Lis olhou rapidamente para os retrovisores e viu que os carros que estavam atrás dela haviam aumentado a velocidade, se aproximando perigosamente. Ela pisou no acelerador, tentando despistar.
O chiado nos alto-falantes se transformou em uma voz distorcida, falando palavras indistinguíveis que pareciam ecoar na cabeça de Lis, que tentava interpretar aquilo, mas não conseguia. A loira sentiu um arrepio na espinha e percebeu estar em perigo real.
Com as mãos tremendo no volante, Lis desviou bruscamente para uma rua lateral, ignorando semáforos vermelhos e ultrapassando carros lentos, percebendo que agora, aquilo de fato havia se tornado uma perseguição.
Ela ganhou alguns segundos de vantagem, então tentou ligar para Tony para tentar pedir ajuda, mas a ligação foi interrompida pela mesma interferência. Lis engoliu seco, ela já havia estado em um carro que estava sendo perseguido, mas não sozinha e não no volante.
Era hora de fazer valer todas as vezes que Tony, Steve e Natasha disseram que ela dirigia como uma maluca. Ela puxou o volante com força, entrando na frente de um ônibus, que buziou para ela, mas conseguiu frear a tempo, e o melhor, bloquear os carros que a perseguiam, devido ao trânsito que estava naquela rua.
Lis respirou fundo, tirou uma arma do porta-malas, apenas para se prevenir, e deixou a pistola por perto, se acalmando enquanto sua mente corria pelas possibilidades de o que diabos estava acontecendo. Quando se livrou do engarrafamento que ela mesma causou, virou uma rua, agora estava a poucos metros da SHIELD, mas todo seu alívio evaporou no momento que ela virou a rua e quatro carros pretos cercaram o seu veículo.
Sem hesitar, Lis pressionou o pedal do freio e tentou fazer uma manobra evasiva para escapar do bloqueio dos carros. No entanto, antes que ela pudesse agir, a porta do carro à sua frente se abriu e vários homens armados saíram, apontando armas na direção dela.
Os pneus do carro chiaram quando ela recuou com força, tentando ganhar impulso suficiente para se libertar. No entanto, antes que ela pudesse, outro dos carros pretos se aproximou, bloqueando sua rota de fuga.
Lis sentiu seu coração afundar enquanto percebia estar encurralada de todas as direções, ela avançou na direção dos homens, sem se importar em atrpopela-los, alguns saíram do caminho, outros possivelmente não, mas outro carro se moveu na frente do dela e ela bateu de novo.
Eles começaram a atirar nos vidros blindados dela, que aguentariam um tempo, mas não muito, as armas deles eram potentes. Ela não podia sair do carro, pois ela só tinha uma pistola, e não tinha espaço o suficiente para ela tentar lutar, pois eles estavam realmente perto. Ela socou o volante, deveria ter seguido o conselho de Fury e feito pedido para Tony um carro com armas escondidas. Armas de verdade. Mas não fez e agora estava cercada.
O som dos tiros ecoava pela rua estreita, criando uma cacofonia ensurdecedora, havia civis assustados. Lis ouviu o barulho dos tiros vindo de trás dos homens que a cercavam. Ela virou-se instintivamente para olhar pelo vidro e viu uma figura que ela não conseguiu distinguir, atirando nos homens que estavam atacando-a.
Enquanto os homens se viravam para enfrentar o novo inimigo, Lis viu sua chance. Com movimentos rápidos e precisos, ela abaixou o vidro do carro e sem hesitar, ela começou a disparar contra os homens que estavam em outras direções, aproveitando a distração causada pelo atirador misterioso. Seus tiros ecoaram pela rua, encontrando seus alvos com precisão letal.
O caos reinava na rua estreita enquanto os tiros continuavam a voar em todas as direções. Quando ela viu que uma boa quantidade de homens havia sido abatido, ela saiu do carro em um movimento de coragem, passando para o ataque corpo a corpo e tiros disparados mais de perto.
Seu ''defensor secreto'' fazia o mesmo, Lis deu uma cotovelada em um homem que se aproximou e atirou na mão de outro que derrubou a arma. No terceiro, ela deu um chute no meio das pernas e, quando ele se ajoelhou com dor, ela atirou na perna dele.
A Stark passou a mão na testa, limpando o suor. Ela sentiu alguém agarrando seu pulso e a puxando, ela se preparou para atirar, mas reconheceu, era Ward. Ela respirou aliviada ao ver um de seus agentes, então correu com ele em direção a uma moto, mesmo que o prédio da SHIELD já fosse perto dali.
Minutos depois, a moto estacionou dentro da garagem subterrânea, ele deu a mão para ajudá-la a descer da moto. Ele examinou a situação, ela estava suada e descabelada, com alguns cortes pequenos, possivelmente causados por vestigios dos vidros do carro e sangue dos homens que ela derrubou espirrado nela.
— Você se machucou? — Ele perguntou em seu usual jeito sério de ser, mas com um pouquinho de preocupação na voz dessa vez.
— Não. — Ela respirou fundo duas vezes seguidas para recuperar o folego. — Estou bem, obrigada... de verdade, você me salvou. — Ela sorri, arrumando o cabelo com os dedos.
— Imagina, não precisa me agradecer, mas pode me dar um aumento se quiser. — Ele diz em tom de brincadeira, ela dá uma risadinha, ainda tensa com tudo que acabara de acontecer. Ward segura no braço dela, apenas para dar apoio, enquanto caminham em direção ao elevador.
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