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022



Horas mais tarde, O Sanctum Sanctorum estava envolto em um silêncio sombrio, quebrado apenas pelo ocasional zumbido das relíquias mágicas que habitavam o lugar. Harper, Peter e Lilian estavam em pé, lado a lado, em frente a uma mesa onde o corpo congelado de Billy repousava. 

A imagem era grotesca, a queimadura misturada com o gelo criava uma visão perturbadora. Peter estava quieto, com os punhos cerrados ao lado do corpo. Lilian tinha uma expressão de náusea no rosto, lutando para não vomitar enquanto sua mente se perguntava se as coisas que ela via dentro das queimaduras eram bichos ou apenas uma ilusão de seus olhos.

Strange, com uma expressão severa, estava ao lado da mesa, observando o corpo de Billy. O ambiente estava carregado de tensão. Harper finalmente quebrou o silêncio, sua voz trêmula.

— Ele está morto?

— Sim, ele está morto. O que vocês esperavam mandando ele para o meio do nada? — Strange, claramente bravo, respondeu com uma voz firme. 

Harper abaixou a cabeça, sentindo o peso da culpa. Peter se aproximou dela, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. Lilian engoliu em seco, tentando encontrar as palavras certas.

— Nós... nós só queríamos afastá-lo. Não sabíamos o que mais fazer.

Strange olhou para elas, seu olhar penetrante.

— Vocês têm noção do perigo que correram? Do poder que estão lidando? — Ele respirou fundo, tentando controlar sua frustração. — Harper, a joia da realidade não é um brinquedo. Cada uso dela tem consequências. E vocês estão brincando com forças que nem mesmo eu compreendo totalmente.

Harper sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto, mas ela a enxugou rapidamente, tentando manter a compostura.

— Eu sei, eu sei... Eu sinto muito. Eu não queria machucar ninguém. É só que... ele fez coisas terríveis. Ele merecia pagar.

Strange suspirou, sua expressão suavizando um pouco.

— Eu entendo, Harper. Mas justiça e vingança são duas coisas muito diferentes. E usar a joia da realidade dessa forma... pode ter repercussões que nem conseguimos imaginar.

Lilian, ainda com a expressão de náusea, olhou para Strange.

— O que faremos agora? Como podemos corrigir isso? — A mais baixa perguntou.

— Peter, Lilian, preciso que saiam. Agora. — Strange, irritado, passou as mãos pelos cabelos.

Peter e Lilian trocaram um olhar preocupado, mas obedeceram, saindo da sala. O silêncio se instalou enquanto Harper e Strange permaneciam ali, sozinhos. Harper abriu a boca para falar, mas Strange a interrompeu, a voz firme e cortante.

— Eu não quero ouvir desculpas.

Harper sentiu a raiva subir, a voz explodindo em um grito.

— Ele era um estuprador! — As palavras saíram com uma intensidade que surpreendeu até ela mesma. — Lilian estava certa, ele era mal em todos os universos e precisava ser parado!

Strange ficou em silêncio por um momento, as palavras de Harper ecoando pela sala. Ele fechou os olhos por um breve segundo, tentando controlar suas emoções antes de falar novamente.

— Eu sei o que ele fez, Harper. — disse Strange, a voz carregada de uma dor profunda. — Ele fez isso com a minha filha... uma filha que eu nem sabia que existia até recentemente. Eu também queria vingança, também queria machucá-lo. Não queria ele perto de você, não queria que você se machucasse... tudo isso me irrita e me machuca mais do que você pode imaginar. E agora, tudo que eu tenho é você, a variante da minha filha. Se você continuar fazendo esse tipo de coisa, eu não terei você por muito tempo.

Harper olhou para ele, surpresa pela intensidade da emoção que viu nos olhos de Strange. Ele parecia tão vulnerável e humano, uma visão que ela raramente testemunhava.

— Eu só estava me defendendo... — começou Harper, mas Strange levantou a mão, pedindo silêncio.

— Eu sei. — disse ele, mais calmo agora. — Mas, mais uma vez, você deixou sua raiva controlar a joia. Eu aprendi da maneira mais difícil que usar uma joia do infinito para interesses pessoais nunca resulta em coisa boa. As coisas têm um fluxo natural, Harper. Elas não acontecem por acaso. Só o fato de você estar aqui, não pertencendo a este universo, já é um desequilíbrio. Billy morto é outro desequilíbrio. E se isso continuar, eu posso não ter escolha a não ser mandá-la de volta ao seu universo original.

Harper sentiu um calafrio percorrer sua espinha. A ideia de ser enviada de volta ao seu universo original, onde tudo tinha dado errado, era aterrorizante. Ela não queria voltar para aquele lugar, não queria enfrentar novamente as sombras do passado e não queria deixar Peter, Lilian, Strange, tudo para trás.

— Eu não quero voltar. — sussurrou ela, quase inaudível.

Strange deu um passo à frente, colocando uma mão reconfortante no ombro de Harper.

— Então você precisa me ajudar a te proteger, Harper. Eu também não quero que você volte, Harper. — disse ele, a voz cheia de sinceridade. Seus olhos refletiam uma mistura de preocupação e afeto. Era evidente que ele a considerava como uma filha. E para Harper, para o bem ou para o mal, ele também era o mais próximo que ela tinha de uma família desde que sua mãe morreu.

Harper sentiu um calor reconfortante ao perceber isso. Mesmo com toda a tensão entre eles, havia um vínculo que ela nunca poderia negar. Ela olhou para ele, com os olhos brilhando de emoção.

— Mas eu não sei por quanto tempo vou poder limpar a bagunça que você faz. — continuou Strange, a voz ganhando um tom de seriedade. — Cada vez que você perde o controle, cada vez que a joia da realidade reage ao seu estresse, cria um desequilíbrio. E eu não posso sempre estar aqui para consertar as coisas.

Harper engoliu em seco, a gravidade das palavras de Strange pesando sobre seus ombros. Ela sabia que ele estava certo. Ela sabia que precisava assumir a responsabilidade pelo poder que tinha.

— Eu entendo. — disse ela, a voz firme. — Eu vou fazer melhor. Prometo. Só peço que confie em mim.

Strange assentiu, seus olhos ainda fixos nos dela, transmitindo um misto de preocupação e esperança.

— Eu confio em você, Harper. — disse ele, bagunçando gentilmente o cabelo dela. Seu toque era reconfortante, quase paternal. — Mas, por favor, tente não fazer mais nenhuma besteira.

Ela sorriu, um sorriso pequeno e triste, mas cheio de determinação.

Com um peso no coração, Harper saiu da sala, deixando Strange para trás. O Sanctum Sanctorum estava silencioso, as sombras dançando nas paredes enquanto ela caminhava pelos corredores. Ao reencontrar Lilian e Peter, ela notou a preocupação nos rostos deles. Eles estavam esperando ansiosamente no saguão, onde a luz do sol filtrava pelas janelas altas, criando um ambiente ao mesmo tempo majestoso e opressor.

— Harper, está tudo bem? — perguntou Peter, entrelaçando seus dedos nos dela. Seu toque era quente e reconfortante, um lembrete de que não estava sozinha.

Harper olhou para ele e depois para Lilian, que também parecia preocupada. A atmosfera estava tensa, carregada com as incertezas do que estava por vir.

— Estou planejando algo. — disse ela, a voz suave, mas determinada.

Lilian e Peter trocaram olhares, suas expressões refletindo uma mistura de confusão e preocupação, mas também de confiança. Eles sabiam que Harper sempre tinha um plano, mesmo que nem sempre fosse claro.

— Vamos te apoiar no que for preciso. — disse Lilian, com um sorriso encorajador. Ela colocou uma mão no ombro de Harper, um gesto de solidariedade que significava mais do que palavras poderiam expressar.

Peter assentiu, apertando a mão de Harper um pouco mais forte. Seus olhos estavam cheios de determinação e amor.

— Sempre.

Eles começaram a caminhar para casa, o céu de Nova York se tingindo de tons de laranja e rosa com o pôr do sol. O som distante do tráfego e o murmúrio das conversas dos pedestres criavam um contraste com a tensão que eles carregavam. Harper estava quieta, perdida em seus pensamentos, planejando seu próximo passo. Cada passo que dava parecia mais pesado que o anterior, o peso das responsabilidades e das consequências das ações recentes pesando sobre seus ombros.

Eles continuaram caminhando até que Lilian, percebendo que estava se aproximando do seu destino, se despediu.

— Eu vou nessa direção. — disse Lilian, apontando para uma rua à esquerda. — Nos falamos mais tarde, ok?

— Claro. Obrigada por tudo, Lilian. — disse Harper, abraçando a amiga com força. Lilian retribuiu o abraço, transmitindo conforto e apoio.

— Estamos juntos nisso. — disse Lilian, com um sorriso encorajador. Com um último aceno, ela se afastou, deixando Harper e Peter sozinhos.

Harper e Peter continuaram caminhando em direção ao prédio onde moravam, de mãos dadas. As luzes da cidade brilhavam ao redor deles, criando um cenário tranquilo apesar da turbulência interna de Harper. Peter olhou para ela de vez em quando, notando sua expressão pensativa.

Enquanto caminhavam, Harper começou a formular um plano em sua mente. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de usar a Joia da Realidade para desfazer tudo o que havia causado. Isso significava não apenas trazer Billy de volta, mas também reparar todos os danos colaterais que suas ações haviam provocado. 

la sabia que seria arriscado e que poderia haver consequências, mas sentia que não tinha escolha. Se pudesse reverter tudo, talvez pudesse dar um passo em direção à redenção e à paz que tanto desejava.

Ela ainda não estava pronta para compartilhar o plano com Peter. Precisava ter certeza de que funcionaria antes de envolver mais alguém. Harper sabia que Peter se preocuparia e tentaria dissuadi-la, mas estava decidida a tentar.

Enquanto caminhavam, Harper apertou a mão de Peter um pouco mais forte, buscando forças na presença dele.

— Está tudo bem? — perguntou ele, olhando para ela com preocupação nos olhos.

— Estou bem. Só pensando em como vamos consertar tudo isso. — respondeu ela, tentando soar mais confiante do que realmente se sentia.

Peter sorriu e beijou a testa dela, um gesto reconfortante que sempre fazia com que se sentisse um pouco mais segura.

— Vamos encontrar uma solução juntos, Harper. Sempre estamos juntos, lembra? — disse ele, com um sorriso encorajador.

Harper assentiu, mas por dentro ainda sentia a incerteza e o medo. Sabia que precisava ser forte e que, de alguma forma, encontraria uma maneira de corrigir tudo.

Enquanto continuavam andando, o prédio onde moravam finalmente apareceu à vista. Eles subiram as escadas lentamente, cada passo ecoando pelo corredor silencioso. Quando chegaram à porta de seu apartamento, Harper fez uma pausa, olhando para Peter.

— Eu te amo, Peter. — disse ela, a voz suave e cheia de emoção.

Peter parou, seus olhos se arregalando em surpresa. Era a primeira vez que um dos dois dizia isso em voz alta. O momento era intenso, carregado de emoções não ditas.

— Você disse... — começou ele, mas Harper interrompeu, sentindo seu coração bater descontroladamente.

— Eu te amo. — repetiu ela, agora com mais firmeza, sentindo cada palavra sair do fundo de seu coração. — Eu sei que tudo isso é complicado, e eu sei que temos muitos desafios pela frente, mas... eu te amo.

Peter sorriu, e seus olhos se encheram de lágrimas. Ele puxou Harper para um abraço apertado, segurando-a como se nunca quisesse soltá-la.

— Eu também te amo, Harper. — sussurrou ele, a voz embargada pela emoção. — Sempre estarei aqui, não importa o que aconteça.

Eles ficaram assim por um momento, apenas sentindo a presença um do outro. O mundo ao redor parecia desaparecer, deixando apenas os dois e o amor que compartilhavam. Era um amor que dava a Harper a força que ela precisava para enfrentar os desafios que viriam.

Entraram no apartamento dele, onde as luzes suaves e o ambiente familiar trouxeram um pouco de conforto. Ele chamou May, mas ela não estava em casa. 

Harper sabia que precisava se concentrar e se preparar para o que estava por vir. Ela se sentou na cama, observando a Joia da Realidade em seu colar, sentindo o peso da responsabilidade que carregava.

Enquanto Peter preparava algo para eles comerem na cozinha, Harper continuava a formular seu plano. Sabia que seria arriscado, mas estava determinada a tentar. Ela precisava fazer isso, não apenas por si mesma, mas por todos que amava. 

Aquelas palavras "eu te amo" ainda ressoavam em sua mente, trazendo uma mistura de medo e esperança. Ela sabia que tinha muito a perder, mas também tinha algo precioso pelo qual lutar.

Peter estava na cozinha, mexendo em panelas e frigideiras, preparando algo simples para comerem. O aroma de comida caseira encheu o apartamento, trazendo uma sensação de conforto.

Ele sabia que Harper precisava disso: um momento de normalidade, longe dos pensamentos sombrios e das preocupações que haviam dominado sua mente recentemente.

— Harper, vem aqui! — chamou ele, um sorriso travesso no rosto.

Harper, ainda perdida em pensamentos, levantou-se e foi até a cozinha, curiosa para ver o que Peter estava aprontando.

Quando chegou lá, encontrou-o com um avental engraçado, estampado com desenhos de gatos usando chapéus de chef. Ele segurava uma colher de pau como se fosse um microfone.

— E agora, para a receita especial do dia, temos... Macarrão à la Peter! — disse ele, em um tom exagerado, fazendo uma pose dramática.

Harper não pôde evitar rir. Era exatamente o que ela precisava.

— Macarrão à la Peter, hein? Isso soa impressionante. — respondeu ela, um sorriso brincando em seus lábios.Peter piscou para ela, ainda segurando a colher de pau.

— Espera só até provar. Vai mudar sua vida.

Ele voltou sua atenção para o fogão, mexendo o macarrão na panela. Harper observou enquanto ele trabalhava, notando a concentração em seu rosto. Peter sempre conseguia fazer as coisas parecerem mais leves, mais fáceis. Era um talento especial dele.

— Enquanto o grande chef termina sua obra-prima, que tal sentar no sofá e relaxar um pouco? — sugeriu ele, apontando com a cabeça para a sala de estar.

Harper assentiu e se dirigiu ao sofá, onde se acomodou com uma manta. Ligou a TV e começou a procurar algo para assistir. Peter, ainda na cozinha, olhou de relance para ela, determinado a mantê-la distraída e feliz.

Depois de alguns minutos, Peter entrou na sala com dois pratos de macarrão, um sorriso orgulhoso no rosto.

— Voilà! — anunciou ele, entregando um prato a Harper e sentando-se ao lado dela.

— Parece delicioso. — disse ela, dando uma primeira garfada.

— E é, se eu mesmo posso dizer. — respondeu ele, dando um beijo rápido na bochecha dela antes de começar a comer.

Eles comeram em silêncio por um momento, a TV proporcionando um ruído de fundo reconfortante. Harper sentiu uma calma começar a se espalhar por ela, o peso dos últimos dias começando a diminuir um pouco.

Eles continuaram assistindo, rindo juntos das situações absurdas na TV. Peter ocasionalmente se inclinava para dar beijos rápidos na testa ou nas bochechas de Harper, ou para segurar a mão dela por um momento.

— Sabe, eu estava pensando... — disse ele, com um tom conspiratório. — Talvez devêssemos fazer uma maratona de filmes de comédia. Nada de super-heróis, nada de drama. Apenas risadas. O que acha?

Acho perfeito. Vamos fazer isso.

Peter se inclinou para pegar o controle remoto e começou a procurar por filmes de comédia. Eles passaram o resto da noite assim, rindo juntos, compartilhando momentos de leveza e esquecendo, ao menos por um tempo, das sombras que pairavam sobre suas vidas.

Depois de horas assistindo a filmes de comédia e compartilhando risadas e abraços, Harper sentiu uma calma incomum, como se, por um breve momento, tudo estivesse normal. Ela estava aninhada nos braços de Peter, a cabeça descansando em seu peito, quando finalmente decidiu que precisava ir.

— Acho que é hora de eu ir. — disse ela, com um tom de pesar. Peter desligou a TV e se levantou, estendendo a mão para ajudar Harper a se levantar também.

— Vou te acompanhar até a porta. — disse ele, insistindo apesar do apartamento dela ser o da frente. Eles caminharam juntos até a porta, a luz suave do corredor lançando sombras tranquilas ao redor deles.

— Obrigada por esta noite, Peter. — disse Harper, olhando-o nos olhos com gratidão.

Peter sorriu e inclinou-se para um beijo. Que acabou sendo um pouco mais intenso que o planejado, cheio de emoção e carinho, fazendo o tempo parecer parar por um momento. Harper passou os braços pelas costas dela, uma das mãos do Parker apertou levemente sua cintura e a outra foi para os cabelos da nuca da garota, enquanto sua língua deslizava lenta e saborosamente para dentro da boca dela.

Quando se separaram, ambos estavam um pouco vermelhos e ofegantes.

— Eu... vejo você amanhã? — perguntou Peter, com um sorriso tímido.

— Claro. — respondeu Harper, acenando com a cabeça. Ela entrou em seu apartamento, acenando para ele antes de fechar a porta.

Uma vez sozinha, o peso de suas ações e responsabilidades voltou com força total. A sensação de segurança e leveza que sentira com Peter começou a desvanecer, substituída por uma inquietação profunda. Ela caminhou até o centro da sala, respirando fundo para se acalmar.

Harper fechou os olhos e tentou se conectar com a Joia da Realidade. Ela sentiu o peso do colar em seu pescoço, o calor familiar e a pulsação do poder contido ali.

À medida que se concentrava, uma leve aura começou a brilhar ao redor da joia. Harper sentiu uma conexão mais forte, mais clara, como se estivesse começando a entender a verdadeira natureza do poder que possuía.

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