Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

017

Após alguns minutos de silêncio reconfortante, Harper começou a se acalmar nos braços de Peter. Ele continuou acariciando suavemente o cabelo dela, os dedos deslizando gentilmente pelo couro cabeludo dela, tentando aliviar a tensão. Quando as lágrimas finalmente cessaram, ele sentiu que era o momento certo para continuar a conversa.

— Harper — Começou ele, sua voz baixa e cuidadosa. — Você tem mais algo para contar? Algo mais que eu deva saber?

Ela respirou fundo, sentindo-se ainda vulnerável, mas determinada a ser completamente honesta com ele. Seus olhos se encontraram, e ela viu a preocupação genuína nos olhos dele.

— Na verdade, Peter, tem mais um detalhe — Disse ela, hesitando por um momento antes de continuar. — Teoricamente, eu sou filha do Doutor Estranho. No meu universo, eu nunca o conheci. Ele morreu quando eu era recém-nascida, mas foi ele quem me deu a Joia da Realidade.

Peter ficou em silêncio, absorvendo essa nova informação. Ele não conseguiu esconder o choque em seu rosto.

— Filha do Doutor Estranho? — Repetiu ele, incrédulo. — Mas... como?

Harper olhou para o horizonte, os olhos perdidos nas memórias do passado.

— O Strange do meu universo era um amigo próximo da minha mãe. Eles tiveram um caso de uma noite e minha mãe ficou grávida. Mesmo sendo só amigos, eles decidiram que dariam um jeito de me criar juntos. Mas, poucos dias depois que eu nasci, ele estava indo de carro de Nebraska para Nova York e sofreu um acidente. O colar com a Joia da Realidade estava com ele desde sempre...— Explicou Harper, a voz carregada de emoção.

Peter segurou a mão dela com firmeza, sentindo o peso da história que ela carregava.

— E você usou a joia para vir para cá? — Perguntou ele, tentando juntar as peças.

Harper assentiu.

— Eu não ''usei'', não foi intencional, mas sim, não sabia como funcionava direito. Fui parar na minha casa em Nebraska, mas em um universo diferente, onde a Harper de lá já tinha partido — Disse ela, a tristeza voltando a tingir sua voz.

eter continuou a acariciar o cabelo dela, tentando processar tudo o que ela havia revelado.

— Isso é... muita coisa para processar, Harper. Mas eu estou aqui com você — Disse ele, puxando-a para mais perto. — Você não precisa enfrentar isso sozinha. Não importa de onde você veio, agora estamos juntos, e eu prometo que vou te proteger.

Harper olhou para ele, sentindo-se grata por sua compreensão e apoio.

— Obrigada, Peter — Sussurrou ela, sentindo uma nova esperança se acender dentro dela.

Ele a beijou na testa novamente, continuando a acariciar o cabelo dela, oferecendo o máximo de conforto possível.

— Podemos continuar essa conversa outra hora. Agora, só quero que você saiba que você é importante para mim. E não importa em qual universo você esteja, eu vou estar aqui para você — Disse ele, a sinceridade em sua voz trazendo um calor reconfortante para o coração de Harper.

Ela se aninhou mais perto dele, sentindo uma paz que há muito tempo não sentia. E, pela primeira vez em muito tempo, Harper sentiu que, talvez, ela realmente tivesse encontrado um lugar onde pertencia.

Quando Harper se acalmou, Peter a ajudou a descer até o andar deles. Caminharam em silêncio, lado a lado, enquanto a luz do fim de tarde tingia os corredores do prédio com tons suaves de laranja. Chegando à porta do apartamento de Harper, ele se virou para ela, a preocupação ainda presente em seus olhos.

— Quer companhia? — Perguntou ele, a voz suave e compreensiva.

Harper balançou a cabeça, oferecendo um sorriso pequeno e cansado.

— Eu só preciso de um tempo para pensar. Mas obrigada, Peter. De verdade.

Peter assentiu, respeitando o espaço dela.

— Tudo bem. Se precisar de qualquer coisa, estarei no apartamento da frente. Não hesite em me chamar, ok?

Ela assentiu novamente, sentindo-se confortada pela presença constante dele.

— Obrigada. Eu chamarei se precisar.

Peter sorriu, ainda segurando sua mão por um momento antes de soltá-la.

— Boa noite, Harper.

— Boa noite, Peter.

Ele observou enquanto ela entrava em seu apartamento, fechando a porta atrás dela. Sentindo um misto de preocupação e alívio, Peter voltou para o seu próprio apartamento, determinado a estar lá para ela, não importa o que viesse a seguir.

Mesmo sendo cedo, Harper decidiu tomar um banho para se acalmar. A água quente ajudou a relaxar seus músculos tensos e a clarear sua mente, pelo menos um pouco. Depois de se enxugar e colocar um pijama confortável, ela foi para a cama, esperando que o sono trouxesse algum alívio das emoções tumultuadas do dia.

Mas o sono não trouxe paz. No meio da noite, a magia da Joia da Realidade começou a exalar, envolvendo Harper em um brilho etéreo enquanto ela dormia. Em seu sonho, ela se viu cercada por milhares de mariposas pretas, suas asas batendo freneticamente, criando um som assustador.

As mariposas se dissiparam, revelando um cenário ainda mais perturbador. Em meio a uma paisagem desolada e escura, milhares de versões de seu padrasto surgiram, todos olhando para ela com os olhos frios e cruéis que ela conhecia tão bem.

Harper tentou correr, mas seus pés pareciam colados ao chão. Os padrastos se aproximaram, suas vozes sussurrando ameaças e insultos. Ela sentiu o pânico crescer em seu peito, seu coração batendo freneticamente enquanto a escuridão parecia fechar ao seu redor.

De repente, uma luz brilhante emanou da Joia da Realidade, envolvendo Harper em um casulo de energia protetora. As figuras de seu padrasto começaram a se desintegrar, dissolvendo-se no ar enquanto a luz da joia os afastava. As mariposas pretas se transformaram em cinzas e desapareceram, deixando Harper sozinha na escuridão.

A luz da joia se intensificou, e Harper sentiu uma onda de calor e conforto envolvendo-a. Ela sabia que estava protegida, mesmo em seus pesadelos. Lentamente, a sensação de segurança começou a acalmá-la o sonho começou a se dissipar, trazendo-a de volta ao sono tranquilo.

Acordou com o coração ainda acelerado mas agora com uma nova sensação de força e determinação. Harper sabia que tinha muito a enfrentar mas também sabia que não estava sozinha. A Joia da Realidade era uma parte dela agora, uma fonte de poder e proteção que ela ainda estava aprendendo a entender e controlar.

Harper olhou para o relógio. Ainda era bem cedo e ela sabia que poderia dormir mais algumas horas. No entanto, havia uma sensação estranha e desconhecida na sua mente, trazendo pensamentos intrusivos que a incomodavam profundamente. Era como se um sentimento de vingança, que ela nunca havia sentido antes, estivesse sussurrando em seu ouvido.

Ela queria machucar o padrasto. Mesmo a versão dele que estava ali, no universo em que ela agora vivia. Esse desejo de vingança era novo e perturbador para Harper. Sempre fora mais assustada do que vingativa, preferindo ser reservada e quieta. Mas nunca antes tinha tido pensamentos tão obscuros.

A garota se levantou da cama e foi até a janela, olhando para a cidade ainda adormecida. A luz suave da madrugada começava a despontar no horizonte, mas isso não trouxe o conforto que ela esperava. Em vez disso, os pensamentos sombrios pareciam ganhar força.

Harper fechou os olhos e respirou fundo, tentando acalmar sua mente. Sentia-se dividida entre sua natureza gentil e os novos impulsos de raiva e vingança que surgiam dentro dela. A Joia da Realidade pulsava levemente em seu peito, como se estivesse respondendo a seus sentimentos conflitantes.

— Eu não sou assim. — Ela sussurrou para si mesma, apertando os olhos com força. — Eu não sou uma pessoa vingativa.

Mas a sensação persistia. Harper sabia que precisava fazer algo para entender o que estava acontecendo com ela, para confrontar esses novos sentimentos antes que eles a consumissem. Ela precisava de ajuda, de alguém que pudesse entender o poder da joia e os efeitos que ela estava causando. No entanto, naquele momento, Harper decidiu que a melhor forma de lidar com aquilo seria se distrair.

Levantou-se da cama e foi até o banheiro. Depois de tomar um banho quente, sentiu-se um pouco mais revigorada. Decidiu se vestir para a escola, optando por roupas confortáveis e simples. Sentindo-se um pouco mais composta, passou uma maquiagem básica para esconder o cansaço visível no rosto.

Harper ligou a TV na sala, procurando algum programa que pudesse ocupar sua mente enquanto preparava um café preto na cozinha. O aroma forte do café encheu o ambiente, trazendo um pouco de conforto. Como não tinha muita coisa na cozinha, ela decidiu fazer uma torrada com o restinho de geleia que ainda tinha.

Sentou-se à mesa com sua xícara de café e a torrada, tentando focar na TV, mas os pensamentos ainda a assombravam. Enquanto comia, seus olhos vagavam pela sala, tentando encontrar algo que a distraísse por completo. Depois de terminar, ela lavou a louça mantendo a música alta e a TV ligada para evitar que o silêncio trouxesse de volta os pensamentos intrusivos.

Harper se movimentava pela casa, arrumando pequenas coisas aqui e ali, sempre mantendo a mente ocupada. A música e a TV eram suas companhias constantes, criando uma barreira sonora contra os sentimentos de vingança e raiva que tentavam se infiltrar em sua mente.

Quando chegou a hora de ir para a escola, Harper estava mais composta. Pegou sua mochila, olhou-se uma última vez no espelho para garantir que estava apresentável e saiu de casa, decidida a enfrentar o dia um passo de cada vez.

Assim que saiu de casa, Harper encontrou Peter saindo também. Ele sorriu ao vê-la e deu um beijo suave na bochecha dela.

— Bom dia. — Ele disse, com uma suavidade que fez um calor reconfortante se espalhar pelo corpo dela.

— Bom dia. — Harper respondeu, sorrindo de volta. A presença de Peter trouxe uma paz inesperada, afastando os pensamentos obscuros que a assombravam mais cedo.

Os dois tinham se beijado duas vezes e estavam tão próximos mas ambos se questionavam onde estavam realmente. Talvez, se as coisas não fossem tão caóticas e difíceis, eles já estariam namorando.

 Ainda assim, Peter pegou na mão dela, entrelaçando os dedos de forma natural. Enquanto caminhavam em direção à escola, conversavam sobre aleatoriedades, tentando manter a leveza do momento. A cada passo, Harper sentia o peso dos últimos dias diminuindo, substituído pela segurança e carinho que Peter proporcionava.

— Você parece um pouco melhor. — Peter comentou, apertando a mão dela levemente.

— Acho que é graças a você. — Ela admitiu, sentindo o calor do toque dele e a sinceridade em suas palavras.

Peter sorriu, seus olhos brilhando com um carinho sincero.

— Estarei sempre aqui, Harper. — Ele disse, olhando nos olhos dela. — Para o que você precisar.

Eles continuaram caminhando, com Harper se sentindo cada vez mais tranquila. A presença de Peter era um lembrete constante de que, apesar de todas as dificuldades, ela não estava sozinha. E, por um breve momento, o caos que envolvia suas vidas parecia distante, substituído pela simples alegria de estarem juntos.

No resto do caminho, Harper se lembrou que ainda estava brigada com Strange. Ela não o havia deixado explicar, e agora um pouquinho de culpa e uma pitadinha minúscula de saudade estavam entrando dentro dela. No entanto, esses pensamentos foram afastados quando Lilian veio correndo na direção dela, dizendo, em seu jeito animado e agitado como sempre:

— Harper, você não respondeu minhas mensagens durante todo o fim de semana! Fiquei preocupada! Quero saber tudo sobre o encontro com Peter!

Lilian parou de falar abruptamente quando notou Peter ao lado de Harper. O rapaz corou e deu uma risadinha, dizendo:

— Vou deixar vocês a sós.

Harper sentiu uma pontinha de tristeza por ter involuntariamente negligenciado a amiga, mas ia recompensá-la. Mesmo ainda não sabendo até onde ia revelar para ela, Harper apenas disse:

— Tenho muitas novidades para você.

Ela sorriu, entrelaçando os braços com o de Lilian. As duas começaram a caminhar juntas, e Harper sentiu uma onda de conforto e normalidade ao lado da amiga.

— Conta tudo! — Lilian exclamou, seus olhos brilhando de curiosidade.

Harper riu, sentindo-se mais leve.

— Bem, por onde começar...

Harper contou a Lilian sobre alguns dos acontecimentos recentes, mas omitiu os detalhes mais sombrios e sobrenaturais. Ela não mencionou que Strange era seu pai, que vinha de outro universo, sua joia do infinito, ou a briga com Strange. Em vez disso, ela focou em algo mais leve:

— Beijei Peter no drive-in antes de um monstro estragar tudo — Disse Harper, tentando manter a conversa o mais adolescente possível. Mesmo tendo um monstro envolvido na sua história.

Lilian arregalou os olhos, animada.

— Sério? Isso é tão emocionante! — ela exclamou, seus olhos brilhando de curiosidade e entusiasmo.

Harper riu e continuou.

— E depois beijamos de novo no dia seguinte. Ele é tão... — Harper parou por um momento, procurando as palavras certas. 

— Isso é incrível, Harper! Viu, eu sabia que vocês eram feitos um para o outro.

Harper assentiu, um sorriso tímido nos lábios e Lilian balançou a cabeça, compreensiva. As duas continuaram a conversar, rindo e compartilhando histórias, enquanto caminhavam pela escola, Harper se sentia um pouco mais leve, como se a presença de Lilian ajudasse a dissipar algumas das sombras que pairavam sobre ela.

Depois de pegarem seus livros, Harper e Lilian seguiram para a aula de história. Ao entrarem na sala, Harper notou um nome escrito no quadro: "William Billy Hoecchilin". 

Ela gelou imediatamente, quase travando no lugar enquanto sussurrava para si mesma que devia estar vendo coisas, que sua mente estava lhe pregando uma peça novamente.

Lilian, não percebendo o nervosismo súbito de Harper, a puxou para uma mesa com quatro cadeiras onde Ned e Peter já estavam sentados.

— Ei, Harper! — Ned cumprimentou animadamente, enquanto Peter levantava os olhos do livro e lhe dava um sorriso caloroso.

Harper forçou um sorriso de volta, tentando disfarçar o pânico que sentia. Ela se sentou ao lado de Lilian, com Peter à sua frente. Sentia o coração bater acelerado, a visão do nome no quadro ainda ecoando em sua mente.

— Está tudo bem? — Peter perguntou, notando a expressão preocupada no rosto dela.

Harper olhou para ele, a voz trêmula.

— Sim, só estou... um pouco distraída. — Ela tentou tranquilizá-lo, mas Peter não parecia convencido.

Logo em seguida, o diretor entrou na sala, pedindo a atenção de todos. Uma vez que todos estavam em silêncio, dentro do possível, o diretor começou a falar:

— Bom dia, alunos. Como alguns de vocês já devem ter ouvido, nossa professora de história precisou se afastar temporariamente. Para garantir que vocês continuem com suas aulas sem interrupções, temos um professor substituto vindo diretamente de Nebraska hoje. Por favor, recebam o Sr. Hoecchilin. — O diretor anunciou, indicando o homem que entrava na sala.

Os olhares de Harper e do novo professor se cruzaram. Era o padrasto dela.

Harper entrou em pânico imediatamente. O homem, visivelmente chocado ao vê-la, recuperou-se rapidamente e se apresentou para a turma.

— Olá, alunos. Sou o Sr. Hoecchilin, seu professor substituto de história. Espero que possamos, trabalhar juntos durante esse período. — Ele falou após pigarrear, a voz ecoando dentro de Harper que tremia levemente, o homem também parecia pálido, como se, literalmente, um fantasma estivesse ali para assombra-lo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro