010
Harper estava no quarto dela, encarando o teto sem conseguir dormir. Ela olhou em seu celular e viu que já eram quase duas da manhã, e no dia seguinte ela teria tantas coisas para fazer. Mas ela não conseguia parar de pensar em tudo que é, ela havia conversado com Strange mais cedo.
Foi muita informação para uma única tarde, lutar com um monstro, deixar ele fazer um feitiço com ela e descobrir mais sobre ela do que ela jamais contou para qualquer outra pessoa. E descobrir que, de certa forma, ele era pai dela.
A vida inteira ela achou que o pai dela estava morto, e bem, ele estava... E, teoricamente, a filha de Strange também. Mas... Eles eram de universos diferentes, mas ainda eram as mesmas pessoas, não é?
Ela suspirou e virou para o outro lado da cama, nesse exato momento ela viu alguém pulando na janela, ela gelou por um minuto e só não gritou porque a voz não saiu. Logo ela percebeu que era o Homem Aranha e se aproximou para abrir a janela para ele entrar. Ele logo tirou a máscara do traje enquanto se sentava na cama dela. Ele havia se machucado de novo.
- O que aconteceu? - Harper perguntou, preocupada, por um minuto, esquecendo dos outros pensamentos que corriam na mente dela e antes a preocupavam. Ela se aproximou, segurando o rosto dele e vendo os machucados, mas felizmente eram só arranhões superficiais. Peter não responde e a garota bufa. - Em? O que aconteceu? Foi outro morto vivo?
Mesmo não sendo nada grave, ela pegou uma pomada em sua gaveta (a mesma que ela tem usado para seus próprios machucados nos últimos dias) Parker faz uma pausa, como se estivesse com vergonha de admitir ou evitando falar sobre.
- Não. - Ele finalmente diz, ela suspira aliviada e se senta do lado dele. - Dessa vez foi só uma briga idiota com um cara que estava tentando roubar uma loja.
- Bem, você me assustou. - Ela admite, falando sério com ele. Peter se inclina um pouco para trás, sabendo que ela possivelmente vai dar uma bronca nele, mas ele não consegue evitar um pequeno sorriso enquanto se apoia em suas mãos e a deixa terminar de falar. - Da última vez que você invadiu minha casa, você estava realmente machucado. E agora você bate na minha janela no meio da madrugada, então... Achei que você estava machucado de novo.
Quando ela termina de falar, Peter se sente um pouco culpado. Não havia passado pela cabeça dele que chegar daquela forma iria assustar ela. Ele não queria que ela se preocupasse, afinal nem havia razão para isso. Ele estava bem e foi só, realmente, uma briga idiota. E no fim o motivo de ele estar ali era porque ele estava preocupado com ela, desde a hora que ela o dispensou na escola.
Harper nem havia feito de propósito, ela realmente só precisaria sair mais tarde, mas isso ficou na cabeça dele o dia todo, se perguntando se ela estava bem, se estava o evitando ou se a situação toda dos mortos vivos e criaturas bizarras estava sendo demais para ela. E isso que ele nem sabia que ela enfrentou outra criatura, que o Doutor Estranho a salvou e tudo que aconteceu depois. E bem, ela não planejava contar por enquanto.
- Sinto muito, eu não queria te assustar ou te deixar preocupada... Eu só... Nós não nos falamos direito hoje, eu senti sua falta e fiquei preocupado. - Ele fala rápido, como sempre fazia quando está ansioso, nervoso ou animado. - Só queria ter certeza de que você estava bem, não queria agir errado, okay?
- Tudo bem, Peter. - Ela suspira, vendo que agora ele é quem está ansioso. - Sério. - Ela pega a mão dele e aperta levemente e, por fim, fala em um tom de brincadeira. - Mas da próxima vez, experimente bater na porta ou mandar uma mensagem.
- Eu vou. - Ele dá uma risadinha enquanto, em um impulso, passa os braços pelos ombros da garota e deixa um beijo na sua testa. Harper fica surpresa com a ação de Peter, mas não o impede, após segundos ele se afasta e muda de assunto, não querendo ir embora ainda. - Então, como foi seu dia?
- Foi bom. - Harper responde, mas imediatamente nota que não soou confiável o suficiente, então desenvolve. - Fiquei na reunião dos projetos estudantis... Acho que vão acabar desistindo do show de talentos.
- Sério? Que pena. - Ele diz, sorrindo enquanto escuta o que a garota tem a dizer.
- É, de qualquer forma, eu não estava muito empolgada. Meu único talento é me manter em problemas. - Ela suspira, mas antes que a conversa fosse para uma zona escura e deprimente, ela volta para o assunto dos projetos estudantis, ainda evitando totalmente o assunto 'Doutor Estranho', 'Multiverso', 'Monstros', 'Mortos-vivos', 'pai' ou qualquer outro semelhante a isso. - Mas o cinema Drive In continua de pé.
- Isso soa muito bem. - Parker ri. - Já sabe quando vai ser? E qual filme vai ser?
- Estamos marcando para o próximo sábado.
- Isso é bem perto.
- Sim. - Harper sorri tirando o cabelo do rosto, animada com o assunto do drive in, aliviada por finalmente se distrair de toda confusão que estava sua cabeça, se sentindo apenas uma garota comum e não uma invasora de outro universo. - Sobre o filme, vamos fazer uma votação. Estamos entre Star Wars, Diário de uma Paixão, O Robbit, Carrie e A Hora do Pesadelo.
- Uau. - Peter diz, dando outro sorriso sincero, parecendo realmente impressionado com as opções. - Eu votaria em Star Wars, óbvio. Mas todas as opções são realmente boas. Eu vou querer ir, você vai comigo?
- Isso é um convite? - Harper diz com o canto de sua boca se curvando involuntariamente em um sorriso. Peter sentiu suas bochechas ficarem levemente vermelhas, antes de ele desviar o olhar.
- É. - Ele pigarreia, limpando a garganta. - Sim, claro. Você quer ir comigo? Posso pegar o carro da May? - Peter diz rápido, tropeçando nas palavras.
- Claro. - A garota responde calmamente. - Vai ser bem legal. - Ele sorri com a resposta dela e depois de alguns segundos o silêncio se instala no cômodo, então ele fala de novo antes que o silêncio fique estranho demais.
- Bem, acho que vou deixar você descansar. Afinal, já é tarde. - Ele diz, olhando para o relógio na parede dela, já são quase três da manhã.
Harper suspira, sentindo a exaustão pesar sobre ela, mas também a insônia que a mantinha acordada há horas.
- Na verdade, acho que não consigo dormir de qualquer jeito. - Ela confessa, encolhendo os ombros. Peter franze a testa, ficando imediatamente preocupado com o cansaço evidente nos olhos dela.
- Posso fazer alguma coisa para ajudar? Chá, talvez? - Ele oferece, olhando ao redor do quarto em busca de algo que possa ser útil.
- Eu não quero atrapalhar. - Harper diz com um pequeno sorriso se formando no canto dos lábios dela. Parte dela quer que ele fique, mas a outra parte sabe que é meio injusto, afinal ela não está sendo cem por cento sincera com ele. E ele também está cansado. - Eu não consigo dormir, mas você consegue.
- Qual é, é só um chá. Vai te ajudar, prometo. - O Parker insiste, querendo confortá-la de alguma maneira.
- Não precisa.
- Você também não precisava passar pomada nos meus machucados. - Ele ri. - Peter se levanta da cama e vai até a pequena cozinha, onde ela mantém uma chaleira elétrica e algumas opções de chá. Ele começa a preparar o chá enquanto Harper observa, sentindo-se estranhamente calma na presença dele.
Enquanto esperam a água ferver, eles continuam conversando sobre coisas aleatórias, evitando deliberadamente qualquer menção aos eventos estranhos e sobrenaturais que ocorreram recentemente. É como se eles estivessem criando uma bolha de normalidade em meio ao caos ao seu redor.
Quando o chá está pronto, Peter serve duas xícaras e entrega uma para Harper, que agradece com um sorriso, enquanto os dois caminham de volta para o quarto e se sentam na cama dela.
Eles continuam conversando. Harper está agradecida por ele estar ali com ela, mas não sabe como demonstrar isso, então eles só continuam falando sobre coisas aleatórias, enquanto ela afasta da mente dela todos os pensamentos multiversais e sobrenaturais.
Olhando para a janela, Harper e Peter conseguiam ver que o sol estava quase nascendo. Peter suspira, ele provavelmente está mais cansado que Harpe. Mas ele aguenta bem.
No momento em que ele vê ela bocejando, ele a puxa para perto, deitando a cabeça dela no peito dele e acariciando os fios dela, enquanto os dois lentamente caem no sono.
No dia seguinte, Harper estava tendo uma manhã comum na escola. Ela e Peter tinham dormido pouco, mas estavam bem. Ele parecia mais cansado que ela, e Harper não pôde deixar de se preocupar com isso enquanto o observava de longe durante a aula, mas ele só lançou um sorriso para ela e voltou a prestar atenção no professor.
As próximas aulas se desenrolaram em um ritmo até que rápido. Peter podia até negar, mas estava ansioso para o fim do dia, para ir para casa e tirar um cochilo. Embora as memórias de Harper adormecendo nele fossem o suficiente para mantê-lo acordado e com forças para aguentar o dia e também para lhe causar borboletas no estômago.
Peter notou quando Harper não compareceu em uma aula que eles tinham juntos, ele ficou meio frustrado. Mas deduziu que era apenas a coisa do projeto estudantil, do drive in para arrecadar fundos para escola.
Ele ficava feliz de que Harper se envolvesse nesse tipo de atividade escolar, já que, para muitos, ela ainda era a garota nova com poucos amigos e Peter queria que ela se divertisse. E quando ele pensava no Drive In com ela no fim de semana, ele não podia deixar de ficar animado, porque, por mais que eles já tivessem passado muito tempo juntos, isso, sim, soava como um encontro.
Parker enviou uma mensagem para Harper, só para garantir que sua hipótese estava certa. Ela respondeu que era exatamente isso que ela estava fazendo e ele sorriu aliviado, guardando o celular antes que pudesse levar uma bronca e voltando a atenção para o professor.
Na hora do intervalo, Harper se sentou ao lado de Lilian, segurando sua bandeja com tiras de frango e uma lata de suco de uva verde. Ela olhou para amiga e viu que o cardápio da mesma era um pouco diferente.
Lilian tinha com ela tiras de maçã cortadas, quais ela estava mergulhando em uma pasta de amendoim, um pequeno pote com salada, algumas barras de cereais, um iogurte realmente grande e alguns mirtilos.
– Nossa, você esta com fome. – Harper diz dando uma risadinha.
– Ontem eu tossi e minha família surtou achando que eu estava com a imunidade baixa por não estar me alimentando bem, e agora eu tenho... - ela faz uma pausa olhando para mesa. – Muita comida.
– Seus pais devem ser bem superprotetores. – Harper diz dando uma mordida em uma tira de frango enquanto Lilian começa a colocar metade de seu almoço na bandeja da amiga, na esperança de que Harper ajude ela a acabar com tudo aquilo.
Harper mentalmente agradece, podia não comer tudo agora, mas com certeza levaria para casa para comer mais tarde.
– Sim, eles são. – Lilian admite.
– Bem, imagina se eles descobrirem que você é aprendiz de um mago e queria lutar com mortos vivos.
- Acho que eu ficaria de castigo pelo resto da minha vida. - Lilian ri. - Por falar nisso, hoje vou ver o Doutor Estranho, ele vai me ensinar um feitiço. - Ela diz animada, Harper acena observando a animação da amiga, que continua falando. - Inclusive, ele quer que você vá junto.
- Eu? - Ela parece um pouco surpresa. - Ele disso isso?
- Sim, e foi bem claro. - Lilian dá uma risadinha divertida, sem fazer ideia de tudo que Strange e Harper já haviam conversado. - Você vem, não é?
Harper congelou por um momento, sem saber o que responder, ela não sabia o que o Doutor Estranho queria dela agora, ela não sabia se ele podia realmente estar querendo se aproximar dela por achar que de alguma forma ela era filha dele ou se tudo isso era uma ilusão da cabeça dela. Ela até achava legal o convite, mas não sabia como encarar o homem e tinha medo de se apegar, não queria se apegar a ninguém mais daquele universo, mesmo que o Strange já houvesse prometido deixar ela ficar caso possível
- Eu... Talvez. Preciso... Ver se vai dar. - Harper força um sorriso não querendo que Lilian note sua hesitação. Ela volta a pensar na conversa que teve no dia anterior com o Doutor Estranho e talvez devesse confiar nele e acreditar que agora as coisas ficariam bem e normais.
No Dia Anterior
Harper estava mais calma agora, após desabafar suas preocupações com Strange e aos poucos ela estava aceitando o que ele falava. Ela respirou fundo, tentando assimilar toda a informação que acabara de receber. Strange olhou para ela com seriedade, pronto para responder a qualquer pergunta que ela pudesse ter, desde que, claro, ele também tivesse a resposta.
– Então, o que estava causando os mortos vivos? - Harper perguntou, sua curiosidade misturada com um leve nervosismo. Ela não sabia se queria saber realmente a resposta. - É minha culpa, não é? - A última frase sai quase em um sussurro, ele balança a cabeça negativamente.
Stephen ponderou por um momento antes de responder, escolhendo suas palavras com cuidado.
– O universo está desequilibrado, Harper. E a causa disso está diretamente relacionada ao colar que você carrega. – Ele apontou para a joia brilhante pendurada em seu pescoço. – Essa é uma das Joias do infinito, a joia da Realidade.
Harper franziu o cenho, tentando processar a magnitude do que acabara de ouvir.
– Joias do Infinito? – Ela repetiu, incerta do que aquilo significava. Strange assentiu, explicando pacientemente.
– Sim, as Joias do Infinito são seis artefatos cósmicos extremamente poderosos, cada um representando um aspecto fundamental do universo: mente, realidade, poder, espaço, tempo e alma. - Ele estava um pouco surpreso de ela nunca ter ouvido falar das joias do infinito a essa altura, estando tão envolvida com tudo que estava acontecendo.
Harper olhou para o colar ao redor de seu pescoço com novos olhos, percebendo a importância do artefato que carregava sem realmente compreender. A vida toda, ela pensou que aquilo era apenas algo que seu pai deixou para ela.
– Mas por que eu tenho isso? – Ela perguntou, confusa. Strange franziu o cenho, também intrigado. — Eu não sou ninguém especial.
– É verdade que a maioria dos humanos seria incapaz de suportar o poder de uma Joia do Infinito. É um mistério como você tem mantido isso com você todo esse tempo. – Ele pausou, sua expressão se tornando pensativa. – No entanto, considerando que sou portador de uma Joia do Infinito também, a Joia do Tempo. - Ele mostra o Olho de Agamoto em seu pescoço. - Talvez haja uma ligação com isso. Afinal, fui eu mesmo de outro universo que dei a você. - Ele sorri.
Harper permaneceu tensa, seus pensamentos girando em torno da revelação que acabara de receber. Ela olhou para o colar com a Joia da Realidade, agora vendo-o com uma nova perspectiva. Uma perspectiva um pouco assustadora.
– Então... – Ela começou, sua voz um sussurro hesitante. – Isso significa que a Joia da Alma de outro universo está causando todo esse caos? É... culpa minha? - Strange ponderou a questão por um momento, escolhendo suas palavras com cuidado antes de responder.
– É possível que sim. A Joia da Realidade tem o poder de distorcer a própria essência do universo, transformando a realidade de maneiras imprevisíveis. – Ele explicou, seu olhar sério encontrando o dela. – É possível estar conjurando criaturas e transformando os mortos em uma forma de zumbis. No entanto, isso não significa que seja sua culpa, Harper. Você não tem controle sobre o que a joia faz.
A resposta de Strange trouxe um certo alívio para Harper, mas a preocupação ainda pesava em seu coração. Ela precisava entender mais sobre o que estava acontecendo.
– E qual é o poder da Joia da Realidade? – Ela perguntou, curiosa e apreensiva ao mesmo tempo. O Mago Supremo suspirou, tentando encontrar uma maneira de explicar algo tão complexo de uma forma que ela pudesse entender.
– A Joia da Realidade tem o poder de alterar, bem, a própria realidade. Ela permite que seu portador manipule o tecido do universo, transformando sonhos em realidade e pesadelos em verdade. É um poder extremamente perigoso nas mãos erradas, capaz de distorcer a própria existência de maneiras inimagináveis.
Harper sentiu um arrepio percorrer sua espinha, o peso da responsabilidade se tornando quase opressivo. Ela se perguntou como seria possível controlar um poder tão imenso, tão perigoso.
– Harper, você foi trazida para cá porque sofreu muito no seu próprio universo. A joia, de alguma forma, tentou protegê-la, dando-lhe uma segunda chance. E ela trouxe para um universo onde nem existia mais uma variante sua. – Ele explicou, sua voz calma e tranquilizadora. – Não será fácil, mas eu estarei aqui para te guiar, para te ajudar a dominar esse dom que lhe foi dado.
– Eu não sei se consigo fazer isso. – Ela murmurou, sua voz trêmula com emoção.
– Você é mais forte do que pensa, Harper. – Strange respondeu, seu tom cheio de convicção. Harper olhou nos olhos de Strange, vendo a determinação e a confiança que queimavam em seu olhar. Ela ainda não sabia de onde ele havia tirado tanta fé nela.
Strange observou Harper com seriedade, compreendendo a gravidade do que estava prestes a fazer. Ele respirou fundo, centrando-se em sua magia, e começou a entoar palavras antigas, gestos precisos acompanhando cada sílaba. Uma aura de energia pulsante envolveu seus dedos enquanto ele canalizava seu poder.
- O que é isso? - Harper perguntou assustada, enquanto símbolos mágicos começavam a cercar ela.
- Vou fazer um feitiço para te proteger. Para impedir que suas emoções continuem controlando a Joia. - Ele disse simplesmente, ela ficou quieta e o deixou fazer, mesmo ainda estando um pouco assustada.
Enquanto Strange completava o feitiço, uma onda de energia dourada emanava da ponta de seus dedos, envolvendo Harper em um brilho reconfortante. Ela sentiu o poder da joia da realidade pulsar em resposta, mas ao invés de ser uma torrente caótica de emoções, era como se estivesse contida, aprisionada por uma força maior. Quando o feitiço foi concluído, Strange olhou para Harper com um olhar sério, mas reconfortante.
– Isso, por enquanto, vai impedir que monstros, criaturas e mortos-vivos apareçam. Você e seus amigos estarão seguros. – Ele declarou, sua voz carregada de determinação.
Harper sentiu um peso ser tirado de seus ombros, uma sensação de alívio inundando seu ser. Ela olhou para Strange com gratidão.
– Obrigada, Stephen. – Ela murmurou, sua voz embargada pela emoção. – Obrigada por tudo.
- Não precisa agradecer, garota. - Ele respondeu, com um leve sorriso brincando em seus lábios. Ele não ia admitir e estava tentando não demonstrar, mas a empatia que ele sentia pela garota era grande e estava começando a se importar com ela, de forma que há muito tempo não se importava com ninguém.
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