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004


Os dias passaram rapidamente, Harper estava se acostumando a viver sozinha cada vez mais. Na verdade ela sentia muita saudades da sua cidade natal mas tentava se manter ocupada para não pensar muito a respeito, afinal essa era sua vida agora e não era ruim. 

Estava sentada na sala pesquisando sobre o multiverso para o trabalho de ciências que estava fazendo com Peter e Ned, obviamente tudo que ela encontrava na internet era muita vago e em seu ponto de vista parecia chato mas como quando entrou para o grupo o tema já estava decidido não ia querer discordar. Ela acabou encontrando outro artigo sobre o efeito borboleta e a teoria do caos que estabelece que uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer pode ter consequências desconhecidas no futuro.

Ultimamente ela estava lendo um livro sobre o assunto e sempre que ela parava para pensar nisso sentia como seu cérebro fosse fritar imaginando com as coisas teriam sido se ela tivesse as feito de outra maneira e o que exatamente teria que ter feito de outra maneira. 

Acabou caindo no sono, teve um sonho estranho com o homem-aranha mas não se lembrou dele quando acordou assustada com o despertador tocando. Passou a noite dormindo no sofá da  sala, não poderia reclamar caso acabasse morrendo de dor nas costas no fim do dia. Ela se levantou atrasada, vestiu uma calça jeans clara, uma camiseta branca e um moletom azul escuro de zíper por cima, calçou um par de tênis brancos e deixou os cabelos soltos. Não passou maquiagem e acabou não comendo nada antes de sair, estava atrasada.

Deu de cara com Peter quando saia de casa, ele estava acompanhado de sua tia, Harper nunca havia visto pessoalmente, só de longe mas conseguiu a reconhecer com facilidade. Peter formalizou as apresentações e May os deixou de carro na frente da escola. O caminho foi silencioso no entanto. 

— Você esta bem? Peter perguntou quando os dois saíram do carro. — Esta tão quieta.

— Ah, não é nada. Só não dormi muito bem. — Disfarçou.

— Nos últimos dias?

— Qual é? Não estou tão avoada assim! — Ela o empurrou com o braço tentando mudar de assunto. A verdade é que ela ficou bem pensativa nos acontecimentos depois da festa, não ficou sabendo de mais nenhum morto vivo por ai, porém Lilian claramente passou a evitar e isso a deixava incomodada e curiosa mas não tinha percebido que estava tão avoada.

Peter apenas riu da brincadeira da garota e resolveu não insistir. As aulas naquele dia passaram em um ritmo entediante, parecia que Harper sabia sobre todos os assuntos que os professores estavam falando mas se algum lhe fazia uma pergunta ela não conseguia formular uma frase por estar com a cabeça longe. Tentou falar com Lilian algumas vezes durante o dia mas ela fugiu em todas as tentativas.

Na ultima aula, ela se sentou com Peter e Ned para adiantarem a apresentação do trabalho. Talvez tenha sido seu ápice de atenção no dia mas ainda assim não falou muito. Quando o sinal tocou ela rapidamente pegou suas coisas e se despediu, saindo rapidamente determinada em conseguir um minuto da atenção de Lilian. 

Harper viu a garota entrando na biblioteca e correu naquela direção, entrou na sala e começou a procurar Lilian pelos corredores de estantes cheios de livro mas não estava conseguindo a encontrar. Por mais que a biblioteca estivesse praticamente vazia ela ainda não podia gritar por Lilian se não quisesse acabar na detenção outra vez. Pegou seu celular para tentar ligar para a amiga mas antes que pudesse deu de cara com Peter.

— Oi. — Os dois disseram juntos, era engraçado como faziam isso com frequência e por isso riram. — Procurando algum livro em especifico? — Peter perguntou e Harper fez que não.

— Estava procurando a Lilian na verdade, você não a viu por ai? — Peter fez que não com a cabeça.

— Realmente, não vi mais vocês juntas desde aquele dia da festa. 

— Esta me stalkeando agora? — Harper respondeu em tom de brincadeira. Peter percebia que seu tom irônico sempre que queria fugir de uma pergunta mas ele não se incomodava. 

— Não mas talvez eu devesse começar já que você fez isso primeiro. — Ele entrou na brincadeira. — Mas já que sua amiga esta te dando um gelo, por que não vamos comer alguma coisa? 

Harper ia dizer que não precisava e que estava tudo bem mas seu estomago roncou como resposta então não teve muito para onde correr. Acabou seguindo com Peter para o restaurante onde aconteceu o incidente que fez ela admitir que sabia a identidade secreta do homem-aranha.

Entrar no estabelecimento fez seu estomago embrulhar e ela perder o apetite por um instante mas depois se tranquilizou, Peter não tocou no assunto e nem nada do tipo, falaram sobre coisas aleatórias enquanto esperavam uma porção de batata fritas e dois milkshakes serem servidos.

— O que fez de bom ontem? — Peter tentou puxar assunto. Quando o silencio reinava por muito tempo ele acabava ficando sem graça. 

— Só terminei de pesquisar sobre o trabalho de ciências e acabei dormindo no chão da sala enquanto pensava no quanto nossas ações podem desencadear coisas imagináveis.

— Uau.

— O que?

— Nada, só não esperava essa resposta. — Ele riu. — Toda ação tem uma reação, não é? — Assim que falou o pedido foi servido, Harper fez que sim e logo em seguida deu um longo gole em seu milkshake de morango. 

— Se você pudesse voltar no tempo, para fazer algo de uma forma diferente, o que seria? — Ela perguntou encarando Peter Parker nos olhos, não podia imaginar qual resposta ele daria.

— Difícil, eu acho que guardaria essa chance para caso algo desse muito errado. — Ele deu ombros, era o máximo que conseguia responder sem parar para pensar muito mas achou que foi uma resposta inteligente. — E você?

— Esperto da sua parte. —  Harper disso colocando mostarda em uma batata e a comendo. — Eu não faço ideia, na verdade.

— Nada? Nenhuma briga com seus pais que te fez fugir de casa? Nenhum namorado? — Harper fez uma cara que dizia algo como ''você esta querendo saber muito'' — Desculpa, não precisa me contar se não quiser.

— Não tem problema, nunca briguei feio com meus pais, isso não tem muito a ver com eu ter saído de casa. E namorado, deixe me ver. — Ela olhou para o nada fingindo que estava pensando. — Já tive um mas faz muito tempo e voltar no tempo não mudaria nada. — Harper riu e continuou comendo, dando a entender que não queria que Peter perguntasse mais sobre esse assunto. E novamente, ele entendia perfeitamente mas gostaria de saber o motivo de não poder perguntar quase nada em relação a ela, ela deveria confiar um pouco nele já que sabia seu maior segredo. — E você? O que fez de bom ontem? Não teve mais nenhum incidente envolvendo mortos-vivos, não né?

— Não, as coisas estão tranquilas demais na verdade. É estranho, sabe... Quando você faz as coisa que eu faço, é inevitável ficar preocupado quando nada acontece. — Ele falou e viu que Harper riu.

— Talvez você devesse relaxar um pouco, não é sempre que o mundo precisa ser salvo, né?

— É, acho que você tem razão.

Eles continuaram comendo e mudaram de assunto diversas vezes, rindo de coisas bobas, até que o sol começou a se por e resolveram voltar para casa. As ruas estavam vazias, o ar estava seco e alguns estabelecimentos já estavam fechando. 

— Quer ver uma coisa legal? — Peter perguntou e antes de Harper ter a chance de responder ele lançou uma teia até o topo do prédio que moravam, segurou Harper pela cintura e em um piscar de olhos estavam lá em cima.

Quando estavam lá em cima, ela sentiu suas pernas tremendo, olhou para Peter como se quisesse gritar com ele mas nenhum som saísse de sua boca.

— Calma. — Ele ergueu as mãos para cima da cabeça como se estivesse se rendendo. — Eu só queria te mostrar a vista do por do sol daqui de cima. 

— Poderíamos ter usado as escadas. — Ela respondeu em um sussurro mas com um olhar de medo ou raiva ou algo no meio disso.

— Não teria dado tempo. — Ele puxou ela pela mão para se sentar na ponta do prédio. 

— Alguém poderia ter visto, esqueceu que esta sem uniforme? 

— Você viu, não tinha ninguém lá, é só um beco atrás de um prédio residencial. — Ele tinha razão.

— Poderia pelo menos ter me avisado! — Ela falou por ultimo como se fosse seu ultimo argumento. — Você nem esperou minha resposta.

— Você teria dito não. — Ele riu alto e apontou o por do sol, depois de tudo ela não poderia perder a vista por estar ocupada lhe dando bronca. E Peter tinha razão, era muito legal a vista dali de cima. À medida que o sol se aproximava do horizonte e o céu começava a se encher de tons suaves e quentes, laranja, amarelo e vermelho até nuances de rosa, roxo e dourado. Essas cores se mesclam em um degradê suave, pintando o céu com uma paleta celestial. 

Quanto mais o sol subia mais bonito ficava, porém durou poucos minutos até que estivesse completamente noite.

— Você estava certo, é incrível. — Harper falou enquanto Peter já de pé pegava sua mão para ajuda-la a levantar.

— Você deu sorte, hoje estava ainda mais bonito do que a maioria dos dias. Valeu a pena mesmo você tendo gritado comigo! - Ele fez um pequeno drama enquanto desciam pelas escadas do prédio.

— Ei! Não é como se eu tivesse sido cruel! Você nem se importou! — Ela tentou se defender. 

— É claro que eu me importei! Doeu em mim!

— O que doeu? — Ouviram a Tia de Peter falar enquanto abria a porta trazendo algumas sacolas de mercado, Peter logo foi ajudar.

— O tombo que a Harper levou. — Inventou na hora e viu a garota segurar para não engasgar. — Ela esta dizendo que não foi nada, mas doeu só de ver!

— Espero que realmente não tenha se machucado. — Tia May falou rindo. — Por que não fica para jantar com a gente, Harper?

A garota acabou aceitando e entrou para o apartamento de Peter, as coisas eram bem arrumadas e era uma casa extremamente aconchegante e era totalmente do seu apartamento apesar de ser no mesmo prédio. O jantar ficou pronto em poucos minutos e sem dúvida filé de frango com molho, brócolis e milho foi a comida mais saudável e com gosto de comida de verdade que Harper comeu em muito tempo. 

Após o jantar Peter e Harper lavaram a louça ainda conversando sobre coisas bobas e cada vez menos relevantes até que acabaram indo para o sofá assistir Jurassic world (1993) que estava passando na TV e era impossível só ignorar, mas acabaram caindo no sono antes mesmo do filme terminar.

Harper acordou dormindo no sofá, coberta com uma manta vermelha e quentinha, a TV estava desligada e um relógio na parede da frente indicava cinco da manhã, Peter devia ter ido para o quarto em algum momento depois de ter lhe arranjado um cobertor. Ela sorriu e procurou seu celular, não faltava muito tempo até ter que de fato levantar para se arrumar para ir para escola.

Estava tão aconchegante, silencioso e escuro que ela sentia que podia ficar ali por muito mais tempo mas no fim resolveu ir para casa, não como se fosse muito longe no fim das contas. Ela se levantou, dobrou a manta e saiu silenciosamente, sentindo o vento frio da noite bater em seu rosto mesmo ainda dentro do prédio. Caminhou até seu apartamento e abriu a porta, colocou água para ferver para poder fazer um café e se sentou no sofá pensando no dia anterior e em seus momentos de diversão com Peter, ela nem via o tempo passar quando estava com ele e era sempre divertido no final.

Depois de tomar seu café preto, foi tomar um banho, ficou algum tempo de baixo do chuveiro quente, depois de se secar se vestiu com uma calça cargo e um suéter de cores neutras, fez uma maquiagem simples e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo, quando se deu conta o tempo havia passado rápido o suficiente para já estar na hora de ir para escola.

Nesse dia as aulas passaram bem mais rápido do que no anterior, Harper também conseguiu se concentrar mais, talvez tudo que precisasse era de um dia tranquilo esquecendo a ideia de ter presenciado sua nova amiga mandando um zumbi para o Alasca. Mas agora que tinha lembrado disso, tinha uma nova chance de seguir Lilian e tentar conseguir alguma informação, afinal ela já sabia o segredo mesmo, não custava saber os detalhes.

No fim da aula seguiu Lilian, mantendo uma distancia segura, o que não foi exatamente difícil, Lilian aparentemente não andava com medo de ser seguida e nem Harper, uma vez que levou um susto quando  Peter apareceu atrás dela.

— O que ela esta fazendo aqui? — Falou na esquina parado atrás de Harper que deu um pulo. 

— Que susto, você estava me seguindo? — Falou em uma acusação no tom de pergunta.

Não... Quer dizer. — Tentou procurar uma justificativa plausível mas não veio nada a mente. — Sim. Quer dizer, eu não pretendia mas ai eu vi você vindo para cá e fiquei curioso.


— Não pode sair seguindo as pessoas assim. — Ela olhou em direção a casa de cinco andares que ficava na outra esquina, era uma construção visivelmente antiga mas bem conservada e olhar muito para aquele prédio lhe causava uma sensação estranha, ele parecia familiar mas ao mesmo tempo não se lembrava de já ter visto algo como aquele lugar e como Lilian havia sumido de vista, assumiu que era lá que ela tinha entrado.

— Você estava seguindo a Lilian! Inclusive, o que ela faz ali? — Peter disse em um tom como se conhecesse aquele lugar.

— O que tem ali? Espera! Não me conta. — Deu as costas para Peter e atravessou em ritmo imparável em direção ao local, ele a seguiu, viu ela bater na porta e antes mesmo de ter uma resposta entrar.


Era um salão amplo e vazio de moveis, o teto era extremamente alto e no meio havia uma escada que parecia sem fim, onde um homem descia as escadas casualmente para falar com Lilian que estava esperando na borda.

— Lilian! — Harper chamou e a garota olhou para ela confusa.

— Harper, Peter? O que estão fazendo aqui? — Ela estava realmente surpresa em vê-los.

— Eu disse que não podia trazer amigos, isso aqui não é um circo. — O homem falou ainda descendo as escadas.

— Doutor estranho. — Peter falou automaticamente, mais para si próprio do que para os outros ouvirem.

— Coitado, não fala assim com ele! — Harper murmurou de lado sem nem mexer os lábios.

— Peter Parker, o que faz aqui? — O Doutor estranho falou finalmente chegando no primeiro degrau e fazendo um gesto com a mão, logo uma capa vermelha voou magicamente em sua direção e parou em seu pescoço.

— Vocês se conhecem? — Lilian e Harper disseram juntas. Mesmo as respostas vindo rapidamente aquele dialogo estava cada vez mais estranho. 

— Quem é você? Você não é daqui, não é? — Doutor estranho perguntou caminhando na direção de Harper.

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