Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

⎊ | 008: 'MEGALOMANIACS'


Cɑpítulo oito
'Megɑlomɑniɑcos'

        DEPOIS DA BREVE DISCUSSÃO COM O IRRITANTE DO STARK, Callista foi para seu quarto ainda sentindo o peso da conversa.

O som de seus passos ecoou pelos corredores silenciosos enquanto ela tentava afastar a irritação que Tony havia plantado em sua mente. Assim que entrou em seu quarto, fechou a porta e suspirou, massageando as têmporas com as pontas dos dedos.

Sem perder tempo, dirigiu-se ao banheiro. A água quente do chuveiro escorreu pelo seu corpo, relaxando seus músculos tensos e lavando a tensão do dia. Callista permaneceu ali por um tempo, deixando o vapor e o silêncio reconfortante do momento ajudá-la a reorganizar seus pensamentos.

Depois de se secar, vestiu um roupão macio e ajustou os cabelos ainda úmidos. Caminhou até a cama e se jogou nela, o colchão macio acolhendo seu corpo cansado.

A deusa tentou não pensar no tom irritado de Tony, nas palavras pesadas que trocaram. Ele a chamara de egoísta, mas talvez... talvez ele tivesse algum ponto. Não que isso fosse importante. Ela balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos.

Virando para o lado, deixou os olhos se fecharem. O sono a envolveu rapidamente, carregando-a para um lugar onde a culpa e os julgamentos não podiam alcançá-la.

Porém, a paz durou pouco. Callista foi arrastada para um sonho inquietante, mais real do que qualquer outro que já tivera.

O céu acima estava pesado, tingido de um cinza escuro, relâmpagos cortando as nuvens como garras. O vento era denso, carregado de poeira e gritos distantes, enquanto um cenário de destruição se desenrolava diante dela.

Ao olhar ao redor, percebeu que estava em um trono no alto de uma colina. A base do trono era feita de pedras negras e adornada com relíquias de batalhas vencidas. Soldados se alinhavam em fileiras intermináveis ao pé da colina, esperando por uma ordem sua.

Em suas mãos, ela segurava o cetro de Loki. A luz azul emanava dele, pulsando como um coração vivo e ela sentia o poder fluindo através de seus dedos, como uma corrente elétrica. Era viciante, intoxicante.

Callie se via como uma rainha tirana, observando a devastação com uma frieza que não reconhecia em si mesma, mas que parecia... certa.

Os edifícios de uma cidade que um dia fora vibrante estavam em ruínas. Pessoas corriam, tentando se proteger, mas tudo parecia pequeno e insignificante diante da sua presença. Callista sabia, instintivamente, que era a causa de tudo aquilo. E, ainda assim, não conseguia sentir arrependimento.

Uma parte dela gostava daquela sensação, do controle, da adoração silenciosa nos olhos de seus soldados. Mas outra parte, enterrada profundamente, gritava por libertação, tentando afastar o cetro, tentando acordar.

Ela ofegou, tentando resistir, mas a imagem do trono e do poder a envolveu completamente. A tirania parecia doce, uma promessa de algo maior, algo definitivo.

Foi então que ela acordou de repente, ofegante, seu corpo coberto de suor frio. Ela olhou ao redor, como se esperasse ver o cetro em suas mãos, mas tudo estava vazio.

Callista passou as mãos pelo rosto, sentindo o coração disparado. E embora ela soubesse que não podia ignorar, o medo de se perder naquele poder a consumia.

Dois dias se passaram desde que Tony Stark começou a estudar o cetro.

Durante esse tempo, Stark e Bruce Banner praticamente sobreviveram à base de café e ao ritmo incansável de trabalho no laboratório. Para Tony, isso não era um problema; ele não gostava de dormir.

O sono trazia pesadelos e ele preferia ocupar a mente com qualquer coisa que o mantivesse longe das sombras que o perseguiam.

Naquele dia em específico, eles finalmente haviam conseguido concluir o estudo do cetro, agora só restava deixar JARVIS fazer os backups. E como Tony Stark nunca fazia nada pela metade, resolveu comemorar o progresso de seu novo projeto da única forma que sabia: com uma festa.

As preparações começaram cedo. A Torre Stark ganhou um brilho ainda maior, com luzes penduradas estrategicamente, música ambiente se espalhando pelos corredores e garçons circulando com bandejas cheias de coquetéis e aperitivos elaborados.

Os Vingadores, ainda se recuperando dos últimos dias, estavam divididos quanto ao evento. Steve resmungou algo sobre o fato de Tony nunca saber quando descansar, enquanto Natasha sugeria que uma noite tranquila poderia ser boa para todos.

Thor, por outro lado, parecia animado, já mencionando a necessidade de hidromel.

Callista, que vinha mantendo uma distância estratégica de Tony desde a discussão sobre o cetro, observava as movimentações da festa de longe. Ela não tinha certeza se queria participar, mas a curiosidade a levou a se arrumar.

Ela escolheu um vestido que mesclava elegância e um toque de ousadia, algo que deixava claro que, mesmo que não estivesse ali para impressionar ninguém, ela sabia como marcar presença.

Quando a noite caiu e a festa começou, Tony estava no centro de tudo. Ele ria, fazia piadas, mas, como sempre, observava tudo. Seu olhar, inevitavelmente, encontrou Callista quando ela entrou no salão.

Ela parecia indiferente à animação ao redor, caminhando até o bar como se a festa inteira fosse só mais um detalhe. Tony não conseguiu evitar um sorriso; ela sempre sabia como atrair atenção sem sequer tentar.

— Ah, a realeza resolveu nos agraciar com sua presença. — Tony disse, se aproximando dela com um copo na mão.  

— Achei que uma festa seria o melhor lugar para um pouco de entretenimento barato. — Callista respondeu, pegando um copo de vinho e erguendo levemente em um brinde irônico.

— Barato? Você claramente não viu o orçamento disso aqui.

Callista riu, mas o som era curto, carregado com o peso dos últimos dias. Tony notou, mas ele mesmo também não estava em seu melhor estado. O ressentimento ainda pairava entre eles como uma sombra mal resolvida. Ele tomou um gole de sua bebida antes de falar, incapaz de resistir à provocação.

— No fim das contas, nem precisamos da sua grande sabedoria asgardiana, não é? — ele disse, com um tom quase casual, mas o sarcasmo era evidente. — Quem diria que você seria tão... dispensável?

Callista virou a cabeça na direção dele, os olhos semicerrados. Ela colocou a taça de vinho sobre o balcão com mais força do que o necessário, claramente ofendida.

— E quem diria que você ainda é um babaca insuportável? — ela rebateu, o tom gelado, mas cada palavra carregava uma pontada de raiva.

Tony deu um passo mais perto, o sorriso sarcástico nunca deixando seu rosto, embora seus olhos mostrassem uma ponta de algo mais sombrio.

— Insuportável, talvez. Mas você ainda não consegue tirar os olhos de mim, não é? — ele disse, a voz baixa, mas o flerte descarado carregava uma tensão que não tinha nada de leve.

Callista arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.

— Confiante, não é? Talvez você devesse focar em compensar suas falhas em vez de desperdiçar seu charme barato comigo.

Ele inclinou a cabeça, deixando escapar um riso seco, mas sua mandíbula estava tensa.

— Você realmente sabe como machucar um homem, não sabe?

— Só se ele merecer. — Callista pegou sua taça novamente, bebendo um gole como se a conversa não a tivesse abalado. — E você merece.

Tony ficou em silêncio por um momento, encarando-a com um misto de irritação e fascínio. Era exatamente isso que o deixava tão atraído por ela — e tão irritado.

Callista nunca recuava, nunca facilitava. E no fundo, ele sabia que era por isso que não conseguia tirá-la da cabeça.

O Stark deu um passo ainda mais perto, sua voz carregada de sarcasmo e ressentimento.

— Sabe qual é o seu problema, Callie? Você é uma deusa frustrada que não sabe o que fazer com a própria existência. Então desconta o fato de que não serve para nada em cima de quem realmente está fazendo algo.

A mulher ergueu a sobrancelha, o rosto iluminado por um sorriso frio que não chegou aos olhos.

— E você é um fracassado megalomaníaco que acha que construir brinquedinhos caros vai preencher o vazio que carrega no peito. Literalmente, no seu caso.

A provocação acendeu algo em Tony, e ele inclinou a cabeça com um sorriso desafiador.

— Engraçado você dizer isso, porque, pelo que eu lembro, você não tinha tantas reclamações quando estava na minha cama.

Callista riu, um som cortante e cheio de desdém.

— E você também não parecia tão inútil quando estava em cima de mim. Pelo menos, por um breve momento, estava fazendo algo bom de verdade.

Os dois ficaram cara a cara, os olhos faiscando com uma mistura de raiva e tensão. A eletricidade no ar era quase palpável, mas o som de uma garganta sendo limpada os fez congelar.

Eles se viraram lentamente e encontraram Steve Rogers e Thor observando a cena.

Steve parecia completamente chocado, o rosto vermelho enquanto olhava de um para o outro, claramente tentando processar o que acabara de ouvir.

— Isso foi... — Steve começou, mas a frase morreu na metade. Ele balançou a cabeça, como se preferisse nem continuar.

Thor, por outro lado, estava com um enorme sorriso no rosto, lutando para não rir. Ele finalmente quebrou o silêncio, sua voz cheia de humor.

— Parece que a tensão entre vocês não é só no campo de batalha.

Tony passou a mão pelo rosto, suspirando dramaticamente.

— Obrigado pelo comentário, Shakespeare. Não precisávamos de uma plateia para essa conversa particular. — Tony resmungou, cruzando os braços.

Callista, ignorando o tom ácido, notou um pequeno cantil na mão de Thor. Ela estreitou os olhos, curiosa.

— Isso é hidromel asgardiano?

Thor ergueu o recipiente com um sorriso orgulhoso.

— Sim, minha cara. O melhor que Asgard tem a oferecer.

Sem hesitar, Callista estendeu a mão e pegou o cantil, levando-o aos lábios para um longo gole. Tony assistiu a cena com uma mistura de diversão e leve indignação.

— Sério? Você nem pergunta se pode?

— É bom. — Ela devolveu o cantil para Thor, limpando os lábios com o polegar.

Steve, com seu ar sempre conciliador, decidiu intervir, ignorando o detalhe do hidromel.

— Eu acho que vocês dois podem resolver isso com um bom diálogo. Nada como uma conversa honesta para deixar as coisas claras.

Thor, porém, soltou uma risada profunda, balançando a cabeça.

— Diálogo? Não, Capitão. Isso não é algo que se resolve com palavras.

Steve o olhou confuso, enquanto Thor gesticulava entre Callista e Tony com uma expressão divertida.

— Isso é tesão reprimido, meu amigo. Eles vão ter que resolver no quarto.

Steve imediatamente ficou vermelho, os olhos arregalados enquanto dava um passo para trás.

— Thor! Isso... isso não é apropriado!

Tony, por outro lado, arqueou uma sobrancelha, um sorriso travesso começando a se formar.

— Olha só, Shakespeare tá mais certo do que eu pensava. Talvez você seja bom para mais do que recitar monólogos.

Callista revirou os olhos, pegando a taça de vinho novamente.

— Sabe, Thor, às vezes você realmente exagera.

— Só digo a verdade, Callie. — Thor deu de ombros, tomando outro gole do hidromel.

Steve ainda parecia em choque, enquanto Tony inclinava a cabeça, analisando Callista.

— Então... o que você acha? — Ele perguntou, claramente provocando.

Ela apenas bufou, olhando para ele com desdém.

— Acho que você devia guardar suas fantasias para si mesmo, Stark.

— Claro, mas e se o Thor aqui tiver razão?

Steve soltou um suspiro exasperado.

— Eu desisto. Vocês são impossíveis. — Steve resmungou, saindo rapidamente, provavelmente para evitar mais constrangimento.

Thor o seguiu, ainda gargalhando, com o cantil de hidromel na mão e um sorriso divertido no rosto. Callista aproveitou a oportunidade para terminar seu vinho e se afastar também, mas antes que pudesse dar dois passos, Tony a puxou pelo braço.

— O que você está fazendo? — Ela perguntou, franzindo a testa.

— Vem cá. — Tony murmurou, a voz baixa e cheia de intenção enquanto a conduzia para um dos banheiros próximos ao salão.

— Stark, você perdeu o juízo? — Callista questionou, a indignação evidente enquanto ele fechava a porta atrás deles e a prendia contra a madeira com uma das mãos.

— Talvez. — Ele arqueou uma sobrancelha, seu rosto perigosamente próximo ao dela. — Mas duvido que você vá reclamar.

— Sério isso? — Callista cruzou os braços, tentando ignorar o calor que subiu pela espinha.

— Sério. — Tony respondeu com um sorriso desafiador. — E sabe por quê? Porque eu duvido que você também não queira.

Ela estreitou os olhos, irritada com a audácia dele, mas não conseguiu disfarçar o leve rubor que subiu às bochechas.

— Ah, então agora você pode ler mentes? — Ela retrucou, mantendo o tom desafiador, embora sua respiração estivesse um pouco mais pesada.

Tony inclinou a cabeça, aproximando o rosto do dela, mas parou a poucos centímetros, apenas o suficiente para que ela sentisse a presença dele.

— Não preciso. Está escrito na sua cara. — Sua voz era provocativa e quase debochada.

Antes que Callista pudesse responder, Tony se inclinou e deixou um beijo quente no pescoço dela. Ela prendeu a respiração por um instante, surpresa, mas não se afastou. Pelo contrário, suas mãos subiram para o cabelo dele, puxando-o com uma mistura de provocação e raiva reprimida.

— Você é tão irritante, Stark... — ela murmurou, a voz rouca.

— E você não consegue resistir. — Ele sussurrou contra a pele dela, deixando um sorriso surgir antes de beijá-la novamente, dessa vez com mais intensidade.

Callista retribuiu, puxando-o mais para perto, suas mãos segurando firmemente o cabelo dele. As bocas se encontraram em um beijo cheio de raiva, desafio e algo mais profundo que nenhum dos dois estava disposto a admitir.

No calor do momento, ela tentou esticar o braço para alcançar o interruptor e acender a luz, mas Tony interceptou, segurando delicadamente sua mão.

— Não precisa. — Sua voz era baixa, quase um murmúrio, enquanto ele voltava a beijá-la, ignorando qualquer sinal de hesitação que ela pudesse ter.

As mãos de Callista começaram a explorar, deslizando pelo peito dele, sentindo a textura do tecido da camisa que ele usava antes de seguir para os ombros e descendo pelos braços. Cada toque era um misto de provocação e desejo, como se ela estivesse testando os limites dele.

Tony, por sua vez, deixou suas mãos firmemente nas coxas dela, puxando-a para mais perto. Sem quebrar o beijo, ele tentou erguê-la contra a porta, o peso dela contra as suas mãos apenas alimentando o fervor do momento.

Callista sentiu o puxão e, instintivamente, segurou os ombros dele com mais força, suas pernas começando a envolver a cintura de Tony enquanto o beijo entre eles se tornava mais quente, quase violento. Era uma batalha entre dois teimosos, nenhum disposto a ceder completamente, mas ambos entregues ao calor daquele instante.

Tony interrompeu por um momento, apenas para respirar, mas não conseguiu evitar um sorriso provocativo.

— Você vai me enlouquecer.

O choque da porta contra as costas dela era nada comparado à intensidade do toque dele, e o silêncio do banheiro era quebrado apenas pelo som ofegante dos dois, uma mistura de frustração e desejo acumulados finalmente liberados.

Tony beijava o pescoço de Callista com avidez, descendo os lábios pelo seu ombro até alcançar o decote do vestido, onde seus beijos se tornaram mais lentos, quase torturantes. Ela tombou a cabeça para trás, os olhos fechados, soltando um gemido controlado que ecoou suavemente pelo banheiro.

No entanto, assim que fechou os olhos, algo mudou. O calor do momento foi subitamente invadido por uma visão: os céus escuros e pesados de uma cidade em ruínas, fumaça subindo ao seu redor.

Callista abriu os olhos bruscamente, o coração batendo descompassado, como se estivesse saindo de um transe. Sua respiração estava acelerada, mas agora por outro motivo.

— Callie? — Tony perguntou, parando imediatamente, a voz carregada de preocupação enquanto ele notava a mudança repentina na expressão dela. — O que foi?

Ela piscou algumas vezes, tentando se recompor.

— Nada. — Sua voz saiu mais firme do que ela esperava, mas ela não olhou para Tony enquanto levantava a mão, indicando que queria que ele a colocasse no chão.

Tony hesitou por um momento, confuso com a brusquidão dela, mas acabou cedendo, soltando-a com cuidado. Assim que seus pés tocaram o chão, Callista ajeitou o vestido sem dizer uma palavra e saiu do banheiro, deixando a porta aberta atrás de si.

O Stark ficou parado por alguns instantes, processando o que tinha acabado de acontecer. Ele passou as mãos pelo rosto, bufando, antes de ajeitar a camisa amarrotada e sair do banheiro. Do lado de fora, a música já estava mais baixa, e a maior parte dos convidados tinha começado a ir embora.

Ele caminhou até o balcão improvisado de bebidas e pegou um copo, enchendo-o com uísque. O líquido dourado brilhou sob as luzes enquanto ele tomava um gole generoso, tentando dissipar a frustração que crescia em seu peito. Tony olhou ao redor do salão, procurando por Callista.

Seus olhos varreram o ambiente, parando em Natasha, que conversava com Clint em um canto, ambos rindo de algo. Thor estava encostado em uma coluna próxima, ainda com o cantil de hidromel em mãos, sorrindo enquanto falava com Bruce. Mas Callista não estava em lugar algum.

Ele franziu o cenho, tomando outro gole do uísque, a mente se recusando a ignorar o estranho comportamento dela. Tony sabia que ela podia ser complicada, mas algo naquela saída repentina o incomodava mais do que ele queria admitir.

Ele se aproximou de Natasha, interrompendo a conversa com Clint.

— Você viu a Callista? — perguntou, tentando soar casual, mas falhando miseravelmente.

Natasha ergueu uma sobrancelha, observando-o com aquele olhar analítico que ele odiava e admirava ao mesmo tempo.

— Não desde que você e ela desapareceram. Por quê? Brigaram de novo?

— Não exatamente. — Tony desviou o olhar, tomando mais um gole do drink. — Se a vir, diga para me procurar, ok?

Natasha apenas deu de ombros, mas não respondeu, voltando a falar com Clint enquanto Tony saía, ainda procurando Callista entre os poucos convidados restantes. O salão agora parecia vazio demais, e a ausência dela pesava mais do que ele gostaria.

As horas passaram e o grupo se reuniu na sala principal, espalhados pelos sofás e poltronas. Clint estava deitado de qualquer jeito com uma almofada cobrindo os olhos, Bruce bebericava um drink e Steve, sempre atento, estava sentado de forma impecavelmente ereta. Rhodes e Maria estavam lado a lado, trocando comentários baixos sobre os eventos da festa. Natasha permanecia relaxada, mas seus olhos observavam a sala como se sempre esperasse algo acontecer.

A ausência de Callista pesava no ar, embora ninguém a tivesse mencionado diretamente. Tony estava afundado no sofá, girando o copo vazio na mão, fingindo prestar atenção na conversa de Thor, que parecia estar no auge de seu discurso sobre o Mjolnir.

— Então, quem quiser tentar levantar o martelo, aqui está sua chance. — Thor colocou o martelo sobre a mesa de centro com um sorriso desafiador. — Mas aviso: não é questão de força. É sobre dignidade.

O comentário fez Tony finalmente voltar ao presente. Ele inclinou-se para a frente, com aquele brilho de competitividade no olhar, apoiando o copo vazio no chão ao lado do sofá.

— Então, quer dizer que, se eu levantar o martelo, posso governar Asgard? — perguntou ele, um sorriso travesso surgindo no rosto.

Thor riu, estufando o peito. 

 — Sim, Stark. Governar Asgard e tudo o que ela representa.

— As leis sob meu reinado seriam... — Tony fez uma pausa, olhando dramaticamente para os outros antes de completar com um sorriso malicioso. — ...divertidíssimas.

Natasha revirou os olhos, enquanto Clint ergueu a almofada só o suficiente para lançar um olhar de ceticismo.

— Isso eu preciso ver, Stark. Vai lá. — Rhodes provocou, cruzando os braços.

Tony levantou-se com determinação exagerada, ajeitando as mangas como se estivesse prestes a entrar em uma batalha.

— Tudo bem. Assistam e aprendam.

Ele segurou o cabo do Mjolnir com ambas as mãos, colocando uma perna para trás como se isso fosse ajudar. Com um esforço visivelmente exagerado, ele puxou, o rosto se contorcendo como se estivesse levantando o peso de um elefante. Nada aconteceu, é claro.

Depois disso, os outros resolveram tentar também. Clint, Bruce, Steve, todos se revezaram para testar suas chances com o martelo, mas o resultado foi o mesmo. Ninguém conseguiu movê-lo sequer um centímetro.

Tony, agora um pouco mais relaxado — e claramente mais bêbado —, estava jogado no sofá, girando seu copo vazio com um sorriso cínico.

— Ok, ok. — Ele ergueu a mão, como se pedisse a palavra. — Vamos admitir que isso é um truque. Algum tipo de sensor que só funciona nas digitais do Thor ou coisa parecida.

— Uma teoria interessante. — Thor respondeu, o sorriso divertido ainda estampado no rosto. Ele cruzou os braços e encarou Tony. — Mas a verdade é mais simples: vocês não são dignos.

O clima descontraído foi quebrado de repente quando uma voz metálica ecoou pela sala.

— Claro que não são.

Todos se viraram ao mesmo tempo, alarmados, enquanto uma figura robótica se movia para fora da escuridão, sua aparência instável, como se ainda estivesse se montando.

— Como poderiam ser dignos? Vocês são assassinos.

A voz era fria, desprovida de emoção, mas carregada de julgamento. O silêncio na sala era tão denso que parecia palpável, e os Vingadores instintivamente se prepararam para o confronto.Tony se levantou do sofá, a expressão de diversão evaporando completamente enquanto ele olhava para o robô com um misto de alerta e irritação.

— JARVIS, status! — Ele chamou, mas não houve resposta. Um silêncio estranho se instalou, o que era incomum.

Tony franziu a testa, chamando novamente:

— JARVIS, reinicie o sistema. Deve ser um traje com defeito ou algo assim.

O robô inclinou a cabeça, quase como se estivesse estudando a situação.

— Eu tive um pesadelo... — disse, sua voz metálica ecoando pela sala. — Eu estava preso por cordões...

Os Vingadores trocaram olhares confusos e preocupados, mas o robô continuou:

— ...tive que matar o outro.

Steve deu um passo à frente, a expressão séria.

— Matar quem? Você matou alguém?

Thor, já segurando o cabo de Mjolnir, avançou também.

— Quem te enviou?

O robô ignorou as perguntas, seus movimentos desajeitados enquanto seus sistemas pareciam se estabilizar. De repente, sua voz mudou para um tom mais firme, reproduzindo uma gravação que fez todos se virarem imediatamente para Tony.

Eu vejo uma armadura em volta do mundo.

Bruce, que estava em pé próximo ao bar, sentiu o sangue gelar ao reconhecer a frase e perguntou, sua voz cheia de cautela:

— Ultron?

O robô ergueu o rosto, um sorriso quase sinistro se formando na sua expressão de metal.

— Em carne e osso? — Ele respondeu, a ironia evidente. — Não... ainda não, na verdade.

O silêncio que se seguiu foi cortante, e o robô deu um passo à frente, sua presença crescendo em ameaça com cada palavra.

Antes que a conversa estranha com o robô pudesse continuar, sons mecânicos invadiram o ambiente, e outros membros da Legião de Ferro entraram no salão. As máquinas não hesitaram em atacar, e os Vingadores, instintivamente, reagiram.

Thor foi o primeiro a agir, girando o Mjolnir e derrubando dois dos robôs em um só golpe. Natasha se moveu rapidamente, desviando dos tiros enquanto lançava suas viúvas elétricas nos circuitos das máquinas. Steve usou seu escudo com precisão, desmantelando um a um, enquanto Bruce, controlando seu temperamento, lançava cadeiras e móveis para imobilizar os inimigos. Clint, ainda se recuperando, usava suas últimas flechas para ganhar tempo, e Tony, mesmo em choque, não hesitou em pegar um dos trajes para liderar o contra-ataque.

A luta durou minutos que pareceram horas. Eles conseguiram desativar as máquinas, mas não sem esforço. Finalmente, o salão estava em silêncio novamente, exceto pela voz metálica de Ultron ecoando.

— Isso foi... dramático. — Ele ironizou, surgindo novamente, mesmo com sua primeira forma destruída. — Vocês têm boas intenções, mas não pensam direito. Querem salvar o mundo, mas não permitem que ele mude.

Os Vingadores trocaram olhares, tentando entender as palavras do robô.

— Como a humanidade será salva se não puder evoluir? — continuou ele, com um tom quase contemplativo. — Só existe um caminho para a paz... a extinção dos Vingadores.

Thor não esperou outra palavra e lançou o Mjolnir diretamente contra Ultron, esmagando-o em pedaços contra a parede.

O silêncio voltou, tenso e carregado.

— Quem será que ele matou? — Steve perguntou, a preocupação evidente em sua voz.

Tony olhou ao redor, seus olhos passando rapidamente pelo grupo. Algo dentro dele começou a apertar.

— Alguém viu a Callie? — Ele perguntou, a voz mais aguda do que pretendia.

Os outros se entreolharam, confusos.

— A última vez que a vi, ela estava com você. — Clint disse, enquanto Natasha balançava a cabeça em concordância.

Tony não esperou mais respostas. Ele saiu do salão, chamando por ela enquanto os outros seguiam sua liderança. O prédio inteiro foi revistado, todos os andares, cada sala e corredor, mas ninguém conseguiu encontrá-la.

Callista havia desaparecido.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro