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⎊ | 005: 'ASGARDIAN GODS'

Cαpı́tulo cınco
‘dᥱᥙsᥱs ᥲsgᥲrdιᥲᥒos’

    THOR GUIOU CALLISTA ATÉ A SALA COM UM SORRISO ENIGMÁTICO NO ROSTO, enquanto ela seguia curiosa ao seu lado. Ele havia mencionado uma surpresa e Callista, com o humor leve que estava naquela manhã, não conseguia conter a expectativa.

— Trouxe algumas coisas suas. Você vai gostar, prometo. — disse Thor, abrindo a porta da sala.

— Thor, você sabe que não precisava se preocupar, certo? Já tenho tudo novo por aqui. — respondeu ela, rindo suavemente. Mas quando seus olhos se fixaram na cena à sua frente, o sorriso desapareceu de seu rosto, substituído por um nervosismo que ela não sentia há muito tempo.

No meio da sala, cercado por alguns baús ornamentados, estava Loki. Ele estava de braços cruzados, com uma expressão de desdém, claramente desconfortável e desinteressado no ambiente ao seu redor. Seus olhos verdes varreram a sala antes de se fixarem em Callista.

— Então, você realmente se acomodou na Terra. — disse Loki, com um tom que beirava o desprezo. — Nunca imaginei que você fosse se contentar com algo tão... inferior.

— Quem diz isso é alguém que já tentou dominar a Terra no passado. — brincou Callista, erguendo uma sobrancelha divertida.

Loki revirou os olhos, claramente irritado com a lembrança.

— E veja como isso acabou. — ele retrucou, sem humor. — Mas o que me traz aqui não é minha antiga ambição.

— Então, o que te traz aqui? — Callista perguntou, cruzando os braços enquanto tentava esconder o nervosismo.

Loki a olhou de cima a baixo, seus olhos percorrendo as roupas mundanas que ela usava. Ele deu de ombros, como se a avaliação não tivesse sido particularmente impressionante.

— Queria checar você com meus próprios olhos. — disse ele, sua voz carregada de uma mistura de curiosidade e leve desaprovação. — E parece que você ainda está inteira... e surpreendentemente, não morreu de tédio.

Callista sorriu suavemente, tentando aliviar a tensão entre eles.

— Não é tão ruim quanto parece quando você dá uma chance. — respondeu ela, seu tom mais gentil, tentando transmitir que havia mais na Terra do que ele imaginava.

Loki observou-a por um momento, parecendo ponderar suas palavras mas o desdém não desapareceu completamente de seu olhar. A mudança em Callista era evidente e ele não sabia ao certo como lidar com isso.

— Loki está fazendo uma cena, mas não se engane, ele estava todo preocupado com você.— disse Thor, entrando na conversa com um sorriso travesso.

— Eu? Preocupado? — Loki repetiu, tentando parecer indiferente, mas sem negar.

— Que fofo. — Callista provocou, lançando um olhar divertido para Loki, que manteve a expressão de desdém, embora uma leve cor subisse em suas bochechas.

Thor, percebendo a oportunidade, continuou a provocar o irmão.

— E pelo que parece, Callista tem um novo melhor amigo. — disse Thor, com um tom malicioso. — Tony Stark.

Loki arqueou uma sobrancelha, seu olhar fixo em Callista. Ele disfarçou bem a reação mas a menção ao nome de Tony não passou despercebida.

— Stark, é? — Loki murmurou, com um tom que sugeria mais interesse do que ele gostaria de admitir. — Parece que você tem se adaptado à Terra melhor do que imaginei, Callie.

Callista apenas sorriu, sentindo a tensão aumentar na sala. A situação estava se tornando complicada e ela sabia que precisaria ser cuidadosa com o que vinha a seguir.

— Eu sei o que aconteceu em 2012, mas já é tempo de seguir em frente, não acha? — Callista disse, cruzando os braços e levantando o queixo em direção a Loki.

Loki, sempre perspicaz, estreitou os olhos, surpreso com a atitude dela. A Callista que ele conhecia não era de fazer concessões, ainda mais por mortais.

— Está falando sério, Callista? — Loki perguntou com incredulidade na voz. — Você está mesmo defendendo um midgardiano? Sério? Tony Stark, ainda por cima?

— Eu ouviu meu nome? — Tony interrompeu ao entrar na sala, um sorriso divertido no rosto.

Ele havia acabado de sair do laboratório e ainda usava roupas casuais, carregando um copo de café na mão. Seus olhos imediatamente pousaram em Loki e por um momento, uma sombra de suas memórias de 2012 passou por ele mas ele rapidamente recuperou o tom descontraído.

— Olha só, se não é o homem rena de novo. O que está fazendo na Terra? Perdeu o caminho para a oficina do Papai Noel?

Thor soltou uma risada abafada, enquanto Loki revirava os olhos, claramente exasperado.

— Stark. — Loki começou mas Tony já estava continuando, sem perder o ritmo.

— Sério, Thor, por que você continua trazendo esses... — Tony fez um gesto vago na direção de Loki e Callista, como se estivesse tentando encontrar a palavra certa. — Esses Asgardianos para cá? É tipo um hobby para você, colecionar deuses problemáticos?

Callista arqueou uma sobrancelha, ofendida pela insinuação e seu olhar afiado encontrou o de Tony.

Thor, sempre perceptivo, notou o climão instantaneamente mas Tony, completamente alheio, continuou a falar, claramente tentando esconder seu desconforto na presença de Loki.

— Quer dizer, não é nada pessoal. — Tony continuou, sua voz carregada com aquele tom sarcástico característico. — Mas acho que você deveria parar de trazer seus problemas para cá. — Ele parou, percebendo que estava prestes a dizer algo que talvez não pudesse consertar. — Bem, temos a Callista, que... é ótima, só que, você sabe, ela vem com todo o pacote de "eu sou uma deusa, olhem para mim".

Callista ainda estava processando o insulto disfarçado, tentando entender se Tony estava sendo deliberadamente cruel ou se era só ele tentando lidar com a tensão de uma maneira idiota. Thor abriu a boca para intervir mas Loki o cortou com um olhar, mais curioso do que irritado, observando como as coisas se desenrolavam.

— Está me dizendo que, apesar de todos os seus gadgets e sua suposta genialidade, você ainda não aprendeu a tratar uma dama adequadamente?

Tony, em sua típica moda defensiva, soltou uma risada curta e sem humor.

— Ah, eu sei muito bem como tratar uma dama, homem-rena. Mas vocês Asgardianos... Vocês são outra história. Um dia estão tentando dominar o mundo, no outro, estão aqui para uma visita casual. Me desculpe se estou um pouco... cético.

Ela manteve o rosto neutro, mas por dentro, estava furiosa. Thor, notando a mudança em sua expressão, tentou intervir.

— Stark, talvez você devesse pegar leve com as piadas. Callista não merece ser comparada com os erros do passado.

Tony, ainda sem perceber o estrago que havia causado, deu de ombros com um sorriso despreocupado.

— Não estou comparando ninguém. Só estou dizendo que, quando se trata de Asgardianos, sempre há uma surpresa esperando. E eu prefiro não ser pego de surpresa, é só isso.

Loki, com um sorriso que mal disfarçava o divertimento, interveio.

— Então, Stark, sua maneira de lidar com suas inseguranças é ofendendo pessoas que estão claramente acima do seu nível? — Loki lançou um olhar sugestivo para Callista. — Ou é só um jeito de mascarar o fato de que você está fora do seu elemento com ela?

Tony abriu a boca para responder, mas as palavras morreram em sua garganta quando finalmente viu o olhar de Callista. Ela não estava apenas irritada, estava ferida. Algo dentro dele se contorceu desconfortavelmente. Ele sabia que tinha o costume de falar demais, mas dessa vez, tinha ido longe demais.

— Callie, eu... — Tony começou, mas Callista o interrompeu.

— Deixa pra lá, Tony. — Sua voz era firme, mas havia uma tristeza subjacente que fez Tony se sentir ainda pior. — Talvez seja melhor você focar nas suas... surpresas, em vez de tentar entender o que realmente está acontecendo.

Tony hesitou por um instante, o peso da situação finalmente começando a se infiltrar em sua consciência. Mas, em vez de pedir desculpas ou tentar consertar as coisas, ele se apoiou na sua armadura emocional usual.

— Você está certa. — Ele respondeu, mantendo o tom leve mas sem a familiar confiança por trás de suas palavras. — É melhor deixar pra lá. Fiquem à vontade, asgardianos.

Ele deu um passo para trás, gesticulando de forma quase casual, como se estivesse se afastando de uma conversa trivial. No fundo, porém, Callista sentiu uma pontada de desilusão, uma sensação amarga de que talvez tivesse se enganado a respeito dele. 

Há poucos minutos, ela estava defendendo Tony, sorrindo como uma boba por causa da noite que tiveram juntos. Mas agora... Agora, parecia que ele não era tão diferente do que sua reputação sugeria.

Tony, por sua vez, sentiu o impacto das palavras de Callista no momento em que se virou. Algo dentro dele dizia que tinha estragado tudo, que tinha falado demais, deixado sua arrogância tomar conta. Se antes seu ego estava nas alturas por ter passado a noite com uma deusa, agora ele estava... confuso. Mais do que de manhã, quando ficou se perguntando o que seria deles a seguir.

Ele odiava pensar nessas coisas, preferia as coisas simples: sexo casual e fim. Ou talvez ele apenas achasse que gostava disso. Mas, independentemente do que estivesse sentindo, Tony Stark não era um homem de pedir desculpas. Nunca foi.

Enquanto caminhava em direção ao bar, ele sentia uma necessidade urgente de beber, de afogar tudo isso em uma garrafa, de afastar os pensamentos que agora o atormentavam. Afinal, ele era Tony Stark e não havia problema que um bom uísque não pudesse tornar mais suportável.

Callista se jogou no sofá entre Thor e Loki, tentando disfarçar o turbilhão de emoções que Tony havia deixado para trás. Thor se acomodou ao lado dela, descontraído como sempre, enquanto Loki, ao contrário, manteve a postura perfeita, o semblante frio e calculista que ela conhecia tão bem. 

 Ela o encarou por um momento, encontrando algum conforto no fato de que, apesar de tudo, ele não havia mudado. Ele era frio, desdenhoso e arrogante mas de alguma forma, isso a acalmava. Talvez porque ela e Loki sempre tivessem sido parecidos, ambos escondendo seus verdadeiros sentimentos sob camadas de indiferença e sarcasmo.

Enquanto Thor puxava uma conversa banal sobre Asgard e as últimas novidades, Callista se permitiu relaxar um pouco. Ela ouvia o que os outros diziam mas sua mente vagava. Conversar sobre trivialidades ajudava a afastar a decepção que Tony havia deixado e ela decidiu que logo o esqueceria.

Afinal, estava acostumada com esse tipo de situação. Não era diferente de Asgard, onde os homens se esforçavam para conquistá-la, apenas para agir como se não se importassem depois de terem o que queriam.

Ela estava cansada de ser vista apenas por sua beleza, ciente de que, apesar de toda a perfeição exterior, seu interior não era tão bonito assim. Havia uma frieza, uma dureza em seu coração que ela não conseguia afastar.

Com um suspiro suave, ela decidiu que não importava. Como sempre, ela seguiria em frente, deixando para trás mais um homem que não conseguira ver além da máscara que ela usava tão bem.

No laboratório, Tony Stark estava cercado por telas holográficas, gráficos complexos e peças de tecnologia em desenvolvimento. Mas, apesar de tudo isso, ele não conseguia se concentrar. A música explodia nos alto-falantes, o som pesado reverberando nas paredes enquanto ele tomava mais um gole do whisky que mantinha ao seu lado. A garrafa estava pela metade mas ele não ligava. Nada parecia funcionar naquele momento.

Tony estava inquieto, algo raro para ele, que sempre conseguia se perder nos projetos e invenções, afastando qualquer pensamento indesejado. Mas hoje, a bebida não estava ajudando. Cada gole parecia apenas intensificar a confusão em sua mente.

Ele tentou se focar em seu trabalho mas os gráficos dançavam diante de seus olhos, sem fazer sentido algum. Os circuitos que normalmente desenharia de olhos fechados agora pareciam um enigma impossível. Ele soltou um suspiro frustrado, passando a mão pelo cabelo.

De repente, uma ideia surgiu em sua mente, quase como uma solução mágica para o problema que enfrentava. Uma festa. Tony se levantou bruscamente, decidido. Uma festa resolveria tudo. Talvez, se ele organizasse algo grande, glamoroso, Callista pudesse ver isso como um pedido de desculpas — sem que ele precisasse realmente se desculpar.

Ela gostava de coisas grandiosas, de ser o centro das atenções e ele era ótimo em proporcionar exatamente isso. Um evento chamativo, com as pessoas certas, a música certa... Isso poderia funcionar. Talvez ela aceitasse isso como uma forma dele tentar compensar o que aconteceu mais cedo. E quem sabe, em meio a toda a diversão e distração, ele mesmo conseguisse afastar os pensamentos perturbadores.

Ele começou a fazer algumas ligações, sua voz firme e rápida, dando instruções detalhadas para as pessoas de confiança que cuidavam desses assuntos. Ligou para os organizadores mais renomados, pedindo para montar algo grandioso e elegante, algo digno de Stark. Ele também decidiu que queria todos os Vingadores lá.

Assim que desligou a última ligação, ele se encostou na mesa do laboratório, um sorriso satisfeito se formando em seus lábios. Uma festa era exatamente o que ele precisava. E quem sabe, isso fosse suficiente para mostrar a Callista — e a ele mesmo — que ainda tinha o controle.

Tony entrou no salão da Torre, onde a festa já estava em pleno andamento. O ambiente estava iluminado com luzes brilhantes e coloridas, refletindo a elegância de um evento de alto nível. A música vibrava pelo espaço, criando um clima animado e festivo. Ele observou rapidamente a cena: convidados bem vestidos, um buffet luxuoso e uma pista de dança cheia de pessoas que se moviam ao ritmo contagiante da música.

Tony fez um esforço consciente para manter um sorriso no rosto enquanto cumprimentava algumas pessoas. Com um aceno de cabeça e um aperto de mão aqui e ali, ele tentava passar a imagem de anfitrião envolvido e interessado, mas sua mente estava focada em um único objetivo: encontrar Callista.

Ele cruzou o salão, seus olhos varrendo a multidão em busca de um sinal dela. Ela era difícil de perder — sua presença imponente e sua beleza exótica deveriam ser notáveis, mesmo entre um mar de rostos conhecidos. No entanto, apesar de seu esforço, ele não a via em lugar algum.

Enquanto ele percorria a área, um pensamento persistente assaltava sua mente: E se ela realmente não viesse? O que significaria isso para ele, para o que ele estava tentando fazer? Se tudo isso acabasse em um fiasco, seria um golpe direto em seu orgulho.

Callista estava no quarto dela, examinando-se no espelho com um olhar crítico. Ela vestia um elegante vestido longo de seda que destacava sua figura e seus cabelos estavam soltos e bem cuidados. A beleza dela parecia quase etérea sob a luz suave da sala, enquanto ela ajustava alguns detalhes finais.

Loki estava ao seu lado, seu olhar repleto de desdém enquanto observava Callista. Ele revirava os olhos de vez em quando, claramente incomodado pela situação.

— Você realmente está indo a uma festa organizada por Tony Stark? — Loki perguntou, seu tom carregado de sarcasmo. — Nem mesmo nas festas asgardianas eu gosto, quanto mais nas festas de um Midgardiano.

Callista sorriu para ele através do espelho e deu uma pequena risada.

— Você vai reclamar o tempo todo, ou vai me ajudar a colocar esse colar? — Ela pediu, segurando um elegante colar que Loki ajudou a ajustar em seu pescoço.

Loki suspirou, mas tomou o colar das mãos dela e começou a colocá-lo.

— Então, alguma intenção de acasalar com o anfitrião? — Ele perguntou, seu tom brincalhão escondendo um traço de curiosidade.

Callista olhou para ele pelo espelho, um sorriso divertido no rosto.

— Não. — Ela respondeu de maneira firme. — Eu estou aqui para ver o que tipo de festa ele pode fazer, não para... algo mais.

Loki pareceu não desconfiar, ele só continuou reclamando.

— Eu só vim para Midgard para ver você, e já estou cansado disso.

Callista riu, ainda olhando para o espelho enquanto ajeitava os cabelos.

— Oh, pare de reclamar uma vez na vida, Loki. — Ela disse, com um tom de leveza em sua voz. — Não ligo o quanto o Stark pode ser idiota, eu estou curiosa para ver que tipo de festa ele consegue organizar. 

— Muito bem. Vou acompanhar você. — Ele disse, dando-lhe um olhar resignado. — Mas saiba que isso não significa que eu vou começar a gostar do lugar.

Callista sorriu para ele, visivelmente satisfeita por ter conseguido convencê-lo. Ela se dirigiu para a porta, enquanto Loki a seguia, com um semblante de quem está indo a um sacrifício, mas mantendo uma certa curiosidade em seus olhos.

Quando saíram do quarto, Callista estava ansiosa para ver o que a festa de Tony Stark realmente tinha a oferecer. Loki estava ao seu lado, mal-humorado mas presente e juntos eles se dirigiram para o salão onde a festa estava prestes a esquentar.

Callista e Loki chegaram ao salão da festa, e o ambiente era vibrante, com luzes piscando e música animada preenchendo o espaço. Loki imediatamente ficou visivelmente desconfortável, seu olhar passando pelas pessoas presentes, muitos dos quais ele conhecia dos eventos caóticos de Nova York. Ele claramente não estava feliz em ver tantos rostos conhecidos de um passado que preferia esquecer.

A asgardiana percebeu a expressão de Loki e, com um toque suave nas costas dele, tentou oferecer um pouco de conforto.

— Não é tão ruim assim, Loki. — Ela disse com um tom reconfortante, tentando aliviar o desconforto dele. — É melhor que as festas cheias de orgias que você costumava frequentar.

Loki franziu a testa, um pouco ofendido, mas também divertindo-se com a observação.

— Isso é passado. — Ele respondeu com um tom que misturava indiferença e um leve embaraço. — Não faço mais essas coisas.

Callie riu suavemente, seu olhar se suavizando ao ver a expressão de Loki.

Enquanto eles conversavam, Tony, que estava circulando pela festa com um copo de bebida na mão, finalmente avistou Callista e Loki conversando animadamente. Seu olhar imediatamente se fechou em um brilho de ciúmes e frustração.

Ele tentou se aproximar, mas, em sua ansiedade, tropeçou em um grupo de convidados e precisou pedir licença entre os corpos dançantes. Finalmente, chegou perto deles, com um sorriso forçado e um olhar que tentava parecer amigável.

— Desculpe interromper. — Tony disse, dirigindo-se a Loki com um tom quase desdenhoso. — Mas eu realmente preciso da Callista por um minuto.

Loki olhou para Tony com um sorriso de leve desprezo, claramente não impressionado, mas fez um gesto de mão, como se concedesse a Tony a "honra" de levar Callista para onde quisesse.

Callista, ainda um pouco incomodada pelo comentário de Tony mais cedo e ressentida pela forma como ele a havia tratado depois da noite que passaram juntos, hesitou antes de seguir Tony. Ela estava silenciosamente frustrada, mas também curiosa sobre o que ele poderia querer.

Tony, claramente aliviado por ter a oportunidade de falar com Callista longe de Loki, conduziu-a para frente de um pequeno palco montado para a festa. Ele subiu ao palco, deixando Callista lá embaixo e se virando para ela com um sorriso nervoso.

Callista cruzou os braços e olhou para ele com uma expressão de curiosidade e um leve desconforto.

— O que você queria, Tony? — Ela perguntou, sua voz um pouco fria, mas ainda curiosa.

— Você vai ver. — Disse Tony com uma piscadela, seu tom exibido e animado como sempre, mas havia algo um pouco cansado em sua postura. 

Ele começou a fazer piadas, atraindo a atenção dos convidados que se aglomeravam ao redor. Seus comentários e sarcasmo, que antes de 2012 eram naturais e afiados, agora pareciam uma armadura para esconder a o que ele sentia.

Ele acendeu a luz de seus holofotes internos e com um gesto dramático, acionou sua armadura. O traje se formou elegantemente ao redor dele, um espetáculo de tecnologia e brilho metálico.

— Então, pessoal... — Tony começou, sua voz agora ecoando pelo salão. — Tenho algumas palavras para o nosso querido Loki aqui. Vamos ser honestos, ele não é exatamente o tipo de convidado que todos esperam em uma festa. Mas, como estamos tentando manter as coisas civilizadas, vou pedir que, por favor, apenas hoje, não espancam o homem-rena. Quer dizer, podem deixá-lo em paz enquanto estiver aqui na Torre, mas, do lado de fora... sintam-se à vontade.

Loki, na plateia, revirou os olhos com uma expressão de desdém, claramente irritado com o comentário. 

— E, falando em ser coisas interessantes. — Tony continuou. — Eu posso garantir que sou muito mais fascinante do que nosso amigo aqui. Aliás, não são todos os asgardianos que são tão ruins. O Thor até que é legal e recentemente conheci uma deusa muito incrível.

Ele deu um sorriso significativo para Callista, que, mesmo com o desconforto causado pelas palavras de Tony antes, não pôde deixar de se sentir um pouco lisonjeada pela menção.

— E para provar que não tenho nada contra deuses e coisas do tipo... — Tony começou, parando abruptamente e franziu a testa com um olhar pensativo. — Na verdade, eu não preciso provar nada para ninguém.

A plateia estava curiosa, sorrindo e aguardando o que viria a seguir. Tony não precisava de muito para impressionar e talvez fosse exatamente isso que o fazia se sentir atraído por Callista. Ele balançou a cabeça, como se tentando se livrar de um pensamento e então prosseguiu:

— Mas, já que estamos todos aqui e eu realmente não preciso provar nada, vou mostrar algo incrível de qualquer forma. — Ele fez um gesto amplo com as mãos e uma impressionante projeção holográfica de Asgard surgiu no ar, cheia de cores brilhantes e detalhes magníficos. A visão da cidade celestial deslumbrava a todos na sala.

Tony, com um sorriso orgulhoso, levantou uma taça e falou para a multidão:

— Então, vamos erguer nossas taças e copos para Callista, a deusa mais bonita de Asgard e agora, também da Terra.

Os convidados ergueram suas taças em um brinde caloroso, e Callista, embora um pouco surpresa, sorriu ao ver a exibição e o gesto de reconhecimento. 

Tony desceu do palco e se aproximou de Callista, esperando encontrar um sorriso ou algum sinal de aprovação. Havia algo genuíno em sua tentativa de compensar e ele parecia sinceramente disposto a corrigir as coisas.

— Então, como você está achando a festa? — Ele perguntou, tentando soar casual, mas com um brilho de preocupação em seus olhos.

Callista olhou para ele, ainda um pouco reservada mas seu sorriso era mais autêntico agora. Ela ergueu sua taça em resposta ao brinde e respondeu:

— É... uma boa surpresa.

O ambiente estava um pouco mais leve agora e a festa continuou com um sentimento de renovado otimismo. Tony e Callista ainda tinham um caminho a percorrer, mas pelo menos, a noite estava começando a tomar um rumo mais promissor.

Horas depois, a festa havia terminado, deixando para trás pequenos grupos dispersos pelo salão. O sol começava a nascer do lado de fora da Torre, lançando uma luz fraca e dourada sobre o chão coberto de confete e bebida derramada. 

Tony, com a gravata aberta, o cabelo bagunçado e olheiras evidentes, bebia sua vigésima bebida da noite, apoiado em um sofá. Apesar do estado visivelmente alterado, ele se sentia estranhamente sóbrio, talvez devido à necessidade de resolver o que estava pendente.

Callista estava sentada ao lado dele, observando a cena com um misto de cansaço e contemplação. Ela parecia mais relaxada agora, porém também carregava uma aura de insatisfação contida. Eles conversavam sobre trivialidades, tentando manter o tom casual mas a conversa inevitavelmente esbarrava em tópicos mais pessoais.

— Então, sobre a noite que tivemos... — Tony começou, tentando parecer despreocupado, enquanto girava a taça de bebida em sua mão.

Callista fez uma careta sutil, seu olhar desviando para o chão enquanto ela procurava as palavras certas. 

— Sim, foi uma noite... memorável. — Ela tentou forçar um sorriso mas não conseguiu esconder a tensão em seus olhos. Tony riu, um pouco nervoso.

 — Definitivamente não é o tipo de coisa que acontece todos os dias. Mas, sabe, não precisamos complicar as coisas.

Ela assentiu, dando-lhe um olhar compreensivo. 

— Claro, eu também não quero fazer um grande drama. Acho que podemos seguir em frente e... manter as coisas simples.

Os dois estavam tentando parecer desapegados, mas suas palavras eram uma tentativa desesperada de evitar o que ambos realmente sentiam. O tom casual escondia a dor interna de aceitar que algo que parecia promissor estava acabando em uma decisão de ser apenas amigos.

— Exatamente, apenas amigos. — Tony repetiu, tentando reforçar a ideia. — Sem mais complicações.

 — Sem mais complicações. — Callista concordou com a cabeça, porém sua expressão revelou o pesar que ela tentava esconder.

A conversa continuou com um tom leve, mas ambos sabiam que a decisão de manter a amizade era uma fachada para os sentimentos não resolvidos que haviam surgido entre eles. A noite havia criado um vínculo inesperado e o ato de deixar as coisas como estavam, apenas amigos, era uma tentativa de proteger seus corações e evitar mais dor.

FIM DO ATO UM

Notas: oi gente, tudo bom?

Primeiramente, desculpe a demora. Eu meio que travei nesse capítulo e no fim nem sei se ele ficou do jeito que eu planejei.

Mas, pelo menos ele ficou maior que os outros, então acho que compensa né? Kkkk

Bem, fim do primeiro ato. Agora a Era de Ultron vem ai .

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