Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴛʀᴇ̂s
‘Umᥲ ᥒoιtᥱ ᥒᥲ Broᥲdᥕᥲყ’

        O QUARTO DE CALLISTA ESTAVA TRANSFORMADO EM UM VERDADEIRO CARMARIM. Roupas, sapatos e acessórios estavam espalhados por toda parte, resultado da recente extravagância de Tony Stark. Callista, diante de um grande espelho, avaliava cada peça com um olhar crítico e preciso. Ela ainda estava se acostumando com as roupas terrenas, mas agora, com uma missão clara em mente, encontrava prazer na escolha cuidadosa de seu visual.

Ela pegou um vestido preto que Tony havia escolhido. Era elegante e clássico, com um corte perfeito que acentuava suas curvas de maneira sofisticada. Depois de colocá-lo, Callista deu uma volta na frente do espelho, observando como o tecido se movia com ela. Satisfeita, ela adicionou um casaco fino que caía suavemente sobre seus ombros, conferindo um toque de elegância adicional.

Os sapatos de salto alto completavam o conjunto, alongando suas pernas e dando-lhe uma postura ainda mais imponente. Callista aplicou um batom vermelho intenso, o toque final que realçava seu ar de confiança e poder.

Finalmente pronta, Callista abriu a porta do quarto e saiu para encontrar Tony na sala de estar. Ele estava esperando, vestido impecavelmente em um terno feito sob medida. Seu cabelo estava cuidadosamente arrumado, e suas roupas caras refletiam seu estilo inconfundível. Ao ver Callista, ele ficou momentaneamente sem palavras, seus olhos se arregalando em uma mistura de surpresa e admiração.

— Cacete. — Disse Tony, finalmente recuperando a voz depois de encarar ela por alguns segundos. — Você está... impressionante.

Ele limpou a garganta. Callista ergueu uma sobrancelha, divertindo-se com a reação dele.

— É melhor você se acostumar com isso, Stark. — Respondeu ela, seu tom desdenhoso suavizado por um toque de satisfação. — Então, vamos?

— Sim, claro. — Disse ele, oferecendo-lhe o braço. — Broadway nos espera.

Enquanto eles se dirigiam para a porta, Tony não pôde deixar de lançar olhares furtivos para Callista, maravilhado com o impacto que ela causava. Callista, por sua vez, mantinha sua expressão de indiferença, mas internamente, sentia uma sensação de excitação crescente. A noite prometia ser cheia de novas experiências, e ambos estavam prontos para enfrentar o que quer que viesse a seguir.

Tony abriu a porta do carro para Callista com um gesto cavalheiresco, uma raridade para ele, mas algo que ele sentia ser apropriado para uma deusa nórdica. Ela aceitou sua mão com graça, deslizando para o assento de couro com uma facilidade elegante. O Stark deu a volta no carro, entrando e se acomodando no volante.

Assim que ligou o motor, ele teve que se forçar a se concentrar na estrada. Era difícil manter os olhos no caminho com Callista ao seu lado, especialmente quando ela parecia tão impressionante naquele vestido preto, o casaco caindo levemente de seus ombros e o batom vermelho destacando seus lábios de forma tentadoramente irresistível.

Enquanto dirigia pelas ruas iluminadas de Nova York, Tony não pôde evitar o pensamento de que fazia menos de quarenta e oito horas que a conhecia. No entanto, isso não importava. Ele era Tony Stark e nunca tinha demorado tanto para conquistar uma mulher que queria. E ele certamente queria Callista.

— O show vai ser incrível, você vai ver. — Disse ele, quebrando o silêncio confortável entre eles.

— Espero que esteja certo. — Respondeu ela, olhando pela janela, mas lançando um olhar curioso em sua direção. Tony riu, sua confiança inabalável.

— Claro que estou certo. Quando eu estou errado? Confie em mim. — Ele fez uma pausa dramática, antes de adicionar com um tom provocador, cheio de segundas intenções — E se você não gostar, eu arrumo outro jeito de entretê-la.

— Você flerta 24 horas por dia, não é? — Callie respondeu rindo. Tony lançou um olhar rápido para ela, um sorriso brincalhão nos lábios. 

— Não posso evitar quando tenho uma linda e sexy deusa ao meu lado.

Ela revirou os olhos, mas havia um brilho divertido em seu olhar.

— Stark, você realmente é incorrigível.

— É uma das minhas melhores qualidades. — Ele respondeu, piscando um olho.

Enquanto continuavam a jornada, Tony notou que Callista começava a relaxar, sua postura menos rígida. Ele sabia que estava começando a ganhar terreno com ela, e isso o deixava ainda mais determinado.

Finalmente, eles chegaram ao teatro na Broadway, onde as luzes brilhantes e a energia vibrante da cidade os envolviam. Tony saiu primeiro, caminhando ao redor do carro para abrir a porta de Callista. Ela desceu com a mesma graça de antes, aceitando seu braço enquanto caminhavam em direção à entrada principal.

Tony sorriu, sua mão na parte inferior das costas de Callista guiando-a para dentro do teatro. Eles avançaram através da multidão, navegando pelas conversas animadas e pelos espectadores ansiosos, até que finalmente chegaram aos seus assentos. Como Tony havia prometido, eles eram os melhores assentos da casa. A visão do palco era perfeita, de frente e no centro.

Tony puxou uma cadeira para Callista, ajudando-a a se sentar.

— Aqui está, princesa. O melhor assento da casa, assim como eu prometi. — Disse ele, com um sorriso auto-satisfeito.

Callista deslizou para o assento, seu olhar vagando pelo luxuoso teatro. A decoração opulenta, com seus detalhes dourados e veludos ricos, combinava perfeitamente com a grandiosidade que ela estava começando a associar a Tony Stark.

— Bem, você não exagerou. — Disse ela, erguendo uma sobrancelha enquanto observava o palco.

— Eu nunca exagero, apenas digo os fatos. — Disse Tony com um sorriso convencido. — Eu sou o melhor anfitrião da cidade e sempre consigo os melhores lugares para meus convidados.

Callista, curiosa, se perguntou mentalmente quem ele havia levado ali antes. Porém, antes que pudesse perguntar, as luzes se apagaram, o público se acalmou e o show começou.

O teatro foi tomado por cenários coloridos, músicas cativantes e atores e atrizes talentosos que deram vida à história de "Wicked" no palco. O musical, uma reinterpretação do clássico "O Mágico de Oz", conta a história não contada das bruxas de Oz, focando na complexa amizade entre Elphaba, a futura Bruxa Má do Oeste e Glinda, a futura Bruxa Boa do Norte.

Desde o primeiro número, Tony podia ver que Callista estava encantada com a produção. Seus olhos estavam arregalados, seus lábios se curvavam em um sorriso e seu corpo se inclinava para frente em antecipação. A cada cena, ela parecia mais envolvida, como se estivesse imersa na magia do espetáculo.

Conforme o show avançava, Tony olhava para ela de vez em quando, apreciando a maneira como ela reagia a cada momento. Ele a observava rir das piadas, suspirar com as reviravoltas da trama e cantarolar junto com as melodias. Enquanto a observava, ele não conseguia deixar de sentir uma sensação de orgulho e satisfação. Ele havia agradado uma deusa com sua escolha. Nem todo mundo consegue fazer isso.

Quando o primeiro ato terminou e as luzes se acenderam novamente, Callista se virou para Tony com um brilho nos olhos.

— Isso foi... espetacular. — Disse ela, ainda processando tudo o que havia visto.

— Eu disse, princesa. A Broadway é outra coisa. E esse é só o primeiro ato. Espere até ver o segundo.

Enquanto aguardavam o início do segundo ato, Callista refletiu sobre o quanto aquela noite havia superado suas expectativas. Ela nunca imaginou que poderia se divertir tanto na Terra, e tudo isso graças a Tony Stark.

Tony, por sua vez, estava determinado a fazer o resto da noite tão inesquecível quanto o primeiro ato. Ele sabia que conquistar Callista seria um desafio constante, mas ele estava mais do que disposto a aceitá-lo.

Ele deu a ela um sorriso malicioso, sua mão gentilmente repousando em sua coxa. O show foi bom, mas ele não pôde deixar de ficar mais interessado na reação dela do que na performance no palco.

Quando as luzes se apagaram novamente e o segundo ato começou, o teatro voltou a se encher de magia. Elphaba, agora plenamente abraçando seu destino como a Bruxa Má do Oeste, continuava a desafiar o status quo e lutar por justiça, enquanto Glinda lutava com suas próprias escolhas e lealdades. As cenas dramáticas e os números musicais intensos mantinham o público à beira de seus assentos.

Quando a performance finalizou, o teatro explodiu em aplausos. Callista se juntou ao público, suas palmas ecoando no ar enquanto ela olhava para o palco com uma expressão de puro encantamento.

Tony se inclinou para ela, ainda aplaudindo, e murmurou:

— Então, o que achou?

Ela virou-se para ele, seus olhos brilhando.

— Foi... espetacular. Você estava certo, Stark. Isso foi verdadeiramente mágico.

Ele ri, claramente entretido com a admissão dela. Sua mão começa a acariciar suavemente sua coxa, seus dedos traçando círculos em sua pele.

— Que bom ouvir isso, princesa. E pensar que a noite ainda não acabou. Ainda tenho mais uma surpresa para você.

— O quê? — Pergunta ela, curiosa.

Tony sorri, seus olhos brilhando com travessura. Ele se inclina mais perto, seus lábios quase tocando sua orelha.

— Ah Callie, se eu te contasse, não seria uma surpresa. Mas acredite em mim, é algo que eu acho que você vai amar.

Ela o deixou liderar o caminho.

Tony a leva para fora do teatro, o ar da noite fresco contra sua pele. Eles seguem pelas ruas movimentadas, o braço de Tony em volta de sua cintura. Ele a leva por um beco, depois outro, serpenteando pela cidade como se a conhecesse de cor.

Finalmente, ele para em frente a uma porta indefinida, uma pequena placa dizendo "The Hideout" acima dela. Ele se vira para ela com um sorriso no rosto.

Ele abriu a porta, revelando um clube exclusivo e luxuoso, com luzes suaves e uma atmosfera intimista. A música jazz tocava ao fundo, e as poucas pessoas presentes eram claramente da elite de Nova York.

Callista olhou ao redor, admirando a decoração sofisticada e o ambiente acolhedor. Tony a guiou até uma mesa reservada em um canto privado, onde as luzes eram ainda mais suaves, criando um clima de exclusividade e intimidade.

— O que é este lugar? — Perguntou ela, curiosa.

— É um dos segredos mais bem guardados de Midgard. Apenas as pessoas mais legais e exclusivas sabem sobre este lugar. E, para sua sorte, eu sou uma delas. — Respondeu Tony com um sorriso maroto.

— Eu não sabia que o grande Tony Stark frequentava clubes de jazz. — Disse Callista, arqueando uma sobrancelha. Tony deu de ombros, divertido.

— Há muita coisa que você não sabe sobre mim. — Ele se inclinou mais perto, seu tom baixo e cheio de promessas. — Sou cheio de surpresas.

Tony acenou para o garçom, pedindo uma seleção de coquetéis especialmente preparados para a ocasião.

— Alguns dos melhores coquetéis que este lugar tem a oferecer. — Disse ele, com um sorriso de satisfação.

— Você sabe que bebidas terrenas não têm muito efeito sobre mim, não é? — Callista perguntou, um brilho de provocação em seus olhos.

— Ah, eu sei. — Tony respondeu, um sorriso malicioso se formando em seus lábios. — Mas isso não significa que não possamos nos divertir tentando. Quem sabe, talvez um deles consiga fazer efeito.

Os coquetéis chegaram, cada um mais elaborado que o outro, com cores vibrantes e decorações extravagantes. Tony pegou um copo e o levantou.

— Às tentativas e aos erros. — Ele disse, piscando para ela.

Callista pegou seu próprio copo, aceitando o brinde com um sorriso.

— Vamos ver se esses coquetéis estão à altura da minha resistência. — Ela respondeu, tomando um gole e apreciando o sabor complexo da bebida.

Enquanto experimentavam os coquetéis, a conversa fluiu facilmente entre eles, cheia de piadas e provocações. Tony, sempre o flertador, não perdeu a oportunidade de lançar comentários insinuantes.

— Então, o que uma deusa como você faz quando não está colocando mortais em seus lugares? — Perguntou ele, seu olhar cheio de curiosidade e admiração.

— Oh, você sabe, as coisas de sempre. Batalhas, treinar guerreiros, seduzir príncipes, apreciar a beleza da minha própria grandiosidade. — Respondeu Callista, seu tom cheio de brincadeira e falsa modéstia.

— Bem, devo dizer que sua grandiosidade é realmente impressionante. — Disse ele, seu tom cheio de sinceridade e admiração. — E não estou falando apenas das suas habilidades de combate.

Callista arqueou uma sobrancelha, um sorriso provocador brincando em seus lábios.

— Stark, você flerta o tempo todo, não é? — Ela perguntou, inclinando-se mais perto.

— Você já disse isso mais cedo, e eu já respondi que só quando estou ao lado de uma linda e sexy deusa. — Respondeu Tony, sem perder uma batida.

A química entre eles era palpável, o ar carregado de tensão e expectativa. Enquanto continuavam a trocar provocações e sorrisos, ambos sentiam a crescente atração que os aproximava cada vez mais. Tony se inclinou para mais perto, seus olhos fixos nos dela.

— Sabe, Callista, eu gosto de um bom desafio. — Ele disse, sua voz baixa e cheia de intenção.

— Então você deve estar adorando esta noite. — Respondeu ela, sua voz igualmente baixa e intima. 

Tony sorriu, o álcool lhe dando uma sensação de euforia e o deixando mais ousado do que o normal. Ele se inclinou para mais perto dela, sua mão ainda em sua coxa, seus dedos traçando mais alto sob seu vestido. Callista não reclamou nem o impediu, demonstrando estar gostando.

Ele a olhou sob as luzes fracas, admirando sua beleza no brilho suave. A música tocava ao fundo, criando uma atmosfera sensual no clube. O corpo de Tony foi empurrado contra o dela, sua respiração quente contra seu ouvido enquanto ele sussurrava:

— Callista, sabia que você é a coisa mais intrigante que já encontrei em toda a minha vida?

Ela virou a cabeça ligeiramente, seus lábios quase tocando os dele, um sorriso misterioso brincando em seu rosto.

— É mesmo, Stark? E o que exatamente acha tão intrigante em mim?

Tony riu baixinho, seus olhos brilhando com uma mistura de desejo e fascinação.

— Bem, para começar, você é uma deusa literal. 

 Ele deslizou seus dedos um pouco mais para cima de sua coxa, seus olhos nunca deixando os dela. — E não posso evitar me sentir atraído por você.

Callista fechou os olhos por um momento, apreciando o toque dele e a sensação de poder que emanava de cada palavra e gesto. Ela sabia que ele estava sendo sincero, mas também sabia que ele gostava de jogar com o perigo de desafiar limites.

— Você tem coragem, Stark. — Ela murmurou, abrindo os olhos e encontrando o olhar dele. — Muitos homens não teriam ousadia para me tocar dessa maneira.

— Ousadia é meu nome do meio. — Ele respondeu, inclinando-se para mais perto, até que seus lábios quase se tocassem. — E além disso sempre fui um pouco imprudente.

A música ao fundo parecia aumentar em intensidade, envolvê-los em um casulo de sons e sensações. Callista podia sentir a tensão elétrica entre eles, a promessa de algo mais no ar. Ela sabia que Tony era diferente dos homens que conhecera antes, e essa diferença a atraía de uma maneira que ela não podia ignorar.

— Vamos ver até onde vai sua ousadia, Stark. — Ela sussurrou, seus lábios finalmente tocando os dele, suave e provocadoramente.

Tony correspondeu ao beijo com fervor, suas mãos segurando a cintura dela com firmeza. Ele podia sentir o calor do corpo dela contra o seu, a suavidade de seus lábios e a força oculta em cada movimento dela.

Enquanto o beijo se aprofundava, ele sabia que essa noite seria apenas o começo de algo grandioso.

Notas da autora: Tudo lindo, tudo na paz, logo logo o circo pega fogo rs.