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𝟎𝟐𝟓. 𝗋𝗎𝗌𝗌𝗂𝖺𝗇𝗌

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎
𝗋𝗎𝗌𝗌𝗈𝗌

𝐄𝐋𝐄𝐒 𝐉𝐀́ 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀𝐌 a alguns minutos andando o corredor que parecia ser infinito. Quinn não sabia se era sua falta de noção de tempo ou se realmente havia passado horas.

Todos pareciam cansados, estavam sem água e sem comida. Quinn só queria deitar ali no chão e dormir.

— Digo, vocês têm que admitir, isso é uma obra prima de engenharia, é impressionante — falou Dustin.

— Sabe o que mais é impressionante? — falou Quinn — O tanto de tempo que conseguimos ficar sem beber água — sorriu sarcástica e Dustin revirou seus olhos.

— Do que você tá falando? Esse lugar é horrível para incêndio — disse Steve — Não tem escadas, não tem saída, só tem um elevador que te manda para o inferno — olhou para o Dustin.

— São comunistas, se você não pagar as pessoas, elas acham atalhos — olhou para o Steve que franziu o cenho confuso.

— Pra ser justa com os nossos amigos russos, eu não acho que esse túnel foi feito para andar — falou Robin.

— Claro que não! Olha o tamanho desse negócio — disse quase de derretendo.

— Parando para pensar, eles desenvolveram o perfeito sistema para transportar cargo — falou a loira.

— Vai tudo para o shopping como uma entrega normal — concordou Dustin.

— E depois eles colocam tudo nesse caminhões e somem — piscou simples.

— Você acha que eles construíram esse shopping inteiro só para transportar veneno verde? — perguntou Steve.

— Eu seriamente duvido que aquilo é algo tão entediante quanto veneno — completou o Handerson — Tem que ser muito mais valioso, tipo promécio ou coisa assim.

— Que porra é essa? — perguntou Steve.

— É o que o pai do Victor Stone usou para fazer componentes cibernéticos e biônicos do Cyborg — disse Robin rapidamente.

— Vocês são tão nerds que me deixam fisicamente mal — falou Erica colocando a mão no estômago.

— Não, não, não me coloque com eles — o garoto alto se defendeu.

— Por que tão sensível, Harrington? — perguntou a loira o zoando — Com medo de perder pontos para uma criança de dez anos?

— Só estou falando que não sei nada sobre prometeu.

— Promécio — corrigiu Dustin — Prometeu é um Deus grego mas que seja, tudo que estou falando é que provavelmente é usado para fazer algo.

— Ou energizar algo — falou Robin e Quinn concordou mentalmente.

— Tipo uma arma nuclear? — perguntou Dustin.

— Totalmente — concordou a garota.

— Andando até uma arma nuclear, isso é ótimo — sorriu sarcástico o garoto.

— Mas se eles estão construindo algo, por que aqui? Tipo, Hawkins, sério, de todos os lugares? — perguntou Robin — No melhor, estamos na parada do banheiro para viagem pra Disney — disse.

Dustin, Steve e Quinn fizeram contato visual, se perguntando se estavam todos pensando a mesma coisa, e deixaram as garotas andarem na frente.

— Vocês acham que os russos sabem? — perguntou Dustin enquanto Robin tagarelava.

— Eles podem — falou Harrington.

— Então é conectado? — perguntou o menino.

— Não sabemos — falou Quinn.

— Como? — perguntou Steve.

— Não sei, mas é.. — respirou fundo e os três falaram "possível" ao mesmo tempo.

— Me desculpe, tem algo que vocês queiram compartilhar com a classe? — perguntou Robin sendo sarcástica.

E os três se olharam calados, não sabendo o que falar e quando Quinn iria abrir a boca, o rádio começou com a mesma transmissão russa de antes.

Todos se reuniram no chão rapidamente para tirar o walkie-talkie da mochila de Erica. Assim que tiraram, Robin ouviu e repetiu as mesmas palavras que o rádio estava comunicando, mostrando que era a transmissão original.

— É o código — falou a loira.

— Seja de onde isso está sendo transmitido — disse Dustin.

— Tá perto — sorriu Quinn.

— E uma coisa que sabemos sobre esse sinal.. — falou Robin.

— Pode atingir a superfície — sorriu o garoto.

— Vamos — falou a garota e todos se levantaram menos Quinn, fazendo com que olhem para ela confusos.

— Quinnie? O que foi? — perguntou Steve.

— Eu preciso de água, de dormir, de comida, de luz do sol — resmungou fechando os olhos por um momento e aproveitando que o chão estava gelado.

— Vem, eu te ajudo — esticou as mãos para ajudar ela a se levantar.

— Aí alguém me mata logo viu — murmurou ela enquanto se levantava com a ajuda dele.

(...)

Estavam escondidos atrás de um armário com medo de um dos soldados verem eles, já que estavam perto da base.

— Tem muitos deles, poucos de nós, tomara que a gente saia vivo — riu Quinn preocupada.

— Quinnie! — reclamou Steve — Podem sair! Está livre!

— Foi por muito pouco — falou Robin.

— Muito pouco — repetiu Dustin.

— Relaxa, ninguém viu... — disse Steve perdendo sua fala quando viram o lugar onde eles trabalharam, e se esconderam rapidamente para um canto.

— Eu falei! Muitos deles! — repetiu Quinn aflita.

Amanhecer Violento — falou Dustin, citando o nome do filme.

— Eu vi — sussurrou Erica — Primeiro andar, noroeste — falou ela olhando para todos.

— Viu o que? — perguntou Quinn.

— A sala de comunicação! — falou ela.

— Você viu a sala de comunicação? — perguntou Steve.

— Correto — disse ela — A porta estava aberta por um segundo, e eu vi um monte de luz, máquinas e merdas lá dentro.

— Pode ser um milhão de coisas diferentes — falou Dustin.

— Prefiro arriscar — disse Robin e Quinn ao mesmo tempo, fazendo Steve concordar balançando a cabeça.

— Ok, vamos ir rápido, mas nos manter agachados, beleza? — olhou para todos.

E assim eles foram, de caixa por caixa, até chegar a porta que Erica tinha falado, que quando viram uma pessoa sair de lá, foram correndo para entrar.

— Sh, sh, vem! — disse Steve.

E quando se viraram deram de cara com um homem controlando os controles da máquina.

Robin começou a pronunciar as únicas palavras russas que conhecia, o que parecia funcionar. Mas Quinn estava em dúvida pelo rosto do homem.

Steve saiu gritando assustando a todos e foi para cima do russo, se jogando nele. Fazendo Steve desviar quando o soldado deu um soco, e pegar o telefone de comunicação para atacar ele.

Dando uma batida em sua cabeça, assim o homem bateu na mesa e caiu no chão desmaiado.

— Cara! — gritou Dustin — Você fez! Você ganhou uma luta! — sorriu.

— Jesus — riu Harrington.

— O que você tá fazendo? — perguntou Erica quando viu Dustin roubando o cartão do corpo do russo.

— Fazendo a gente voltar — falou.

— Você quer andar aquele caminho inteiro de novo? — perguntou Erica.

— Acho que prefiro morrer aqui — falou Quinn baixo e Robin riu de sua resposta.

— Bom, a gente poderia ficar aqui, fazer um piquenique... — falou Dustin.

— Piquenique? A gente veio pelo rádio!

— Esse plano é muito melhor. Se eu soubesse que o Steve conseguiria derrubar um russo, esse seria nosso primeiro plano..

— Gente! — falou Robin perto de uma escada que emanava uma luz azul — Tem algo ali em cima.

Todos subiram pela escada, e abriram a porta devagar para espiar o outro lado, vendo uma máquina enorme, abrindo o portal para o mundo invertido, portal que todos achavam que estava fechado.

— É o que eu to pensando? — sussurrou Quinn desesperada e Steve a abraçou pelos ombros, também preocupado.

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