Prólogo
2498 palavras
Essa manhã estava mais iluminada que as outras, o que me irritava e fazia eu questionar a minha existência.
Eu estava na casa do meu amigo, Miguel, ou Rodolfo para os mais próximos, claramente ele odeia seu segundo nome Rodolfo, então existe mais motivos para eu chamar ele assim além de ser um nome esquisito, perdão a todos os Rodolfo do mundo.
Miguel é temperamental, irritante, mesquinho e um lufano, não que eu não goste dos lufanos, mas as vezes eles são extremamente estúpidos.
Porém mesmo meu amigo sendo todos os adjetivos ruins que pode se encontrar no vocabulário trouxa e bruxo, ele é um cara legal, um cara legal que eu conheci no momento certo.
Quando eu tinha 3 anos meu irmão mais novo, Orion, nasceu, eu me lembro de coisas vagas, como meu ciúmes pelo meu irmão, e também me lembro das desgraças que eu fazia quando pequena.
Eu tinha um certo medo que meus pais me esquecesse e me abandonasse por aquele bebê burro.
Isso realmente aconteceu por um tempo, mas foi um curto tempo.
Conheci Miguel com 4 anos, ainda era tempo da ascensão daquele que não deve ser nomeado, meus pais estavam mais ocupados com tudo que estava acontecendo, então eu ficava na grande casa dos meus avós.
Não lembro de todos os acontecimentos da minha vida de quatro anos, mas me lembro do Miguel, meu vizinho barulhento.
Eu residia na mansão Black após a morte da minha mãe, minha avó era uma louca por sangue puro, eu nem tinha saído das fraldas direito e meu avô procurava alguém de sangue puro para eu conseguir me casa e assim vai mais um dia normal na mansão Black.
Meu pai era um homem ausente, era um bruxo que se casou cedo demais e teve filhos cedo demais, graças a sua ausência e as reuniões que acabav acontecendo com o grande, mais poderoso, incrível, lorde da trevas, que aliás foi derrotado por um bebê, apenas deixando esse ponto bem claro, veio eu sendo criada no meio dos comensais da morte, eu tinha quatro anos.
Mas eu ainda me lembrava que era um dia dessas reuniões, Miguel brincava no quintal ao lado do meu, eu estava em minha varanda do quarto fazendo exercícios de escrever, esse era para ser onde meu pai ou minha avó me ajudava, mas como eles estava oucupados com suas reuniões eu fiz tudo sozinha. Orion dormia tranquilamente então eu apenas o deixaria sozinho quando terminasse.
Quando terminei minha lição deixei tudo em cima da mesa ali perto com meu nome assinado, quando um dos mais velhos fosse vim ver estava ali, tudo completo.
Meus passos era decididos pela escadas, eu iria ao quintal, deitar na grama e respirar, claramente com Monstro ao meu pé, não me surpreende. Monstro é o elfo doméstico da família Black, fiel ao meu pai, fiel a mim, se ele por acaso ele me irritar, eu apenas mandaria ele sair, se não saisse, eu dava um pontapé que Mosntro sairia correndo na hora, e não, eu nunca fiz isso.
Miguel estava ali, do outro lado brincando, ele fazia barulho demais, então eu acabei xingando ele com um dos palavrões que eu já ouvi Monstro falando, Miguel riu, e foi aí que nos tornamos amigos.
Sei que é algo estranho, mas nossa amizade é estranho. Minha relação com Orion nunca foi das melhores até nossos 10 anos. Eu apenas obedecia meu pai.
"Sendo teu irmão mais novo ele é a sua responsabilidade."
Meu irmão, minha responsabilidade.
Alguém abre a porta do quarto e eu já sabia quem era, Orion era alto pra sua idade, também era desastrado e barulhento demais.
— Está vagando pelos pensamentos novamente?
— O que está fazendo acordado a essa hora? Não tá na hora de criança ir para a cama não? — Ele apenas rir.
— Sei que sou grande, já tenho 13 ano, mas não consigo dormir. — Suas bochechas fica vermelha de vergonha, aponto para a minha cama, Orion deita lá sem contestar.
Olho uma última vez as estrelas, saio da varanda, fecho as janelas e pego uma coberta extra, não sem antes olhar minhas malas mais uma vez. Vou até a cama e me jogo naquele colchão macio.
— Amanhã vamos para o caldeirão furado, sabia? Ai meu Merlim, sinto a ansiedade me batendo, quero logo ir para Hogwarts logo, será que lá é muito diferente do Castelobruxo? — Tampo a boca do mais novo com minha mão, Orion me olha, ele pisca algumas vezes.
— Dormir? Sem conversa, sem barulho, dormir, estamos entendido? — Ele concorda, então tiro minha mão da sua boca.
Dou uma leve batida e bagunçada em seu cabelos, o mais novo rir e boceja, deito de barriga pra cima, me cubro com a coberta, o mindinho do mais novo se cruza com o meu, olho para o lado e vejo ele pegando no sono lentamente.
Ficamos em silêncio, nosso silêncio é apenas um desejo de boa noite que não colocamos em palavras, nossa relação pode ser meio explosiva muitas das vezes, tipo, quando eu peguei uma detenção no Castelobruxo por explodir o dormitório de Orion como uma punição. Graças a minha detenção de 4 meses aliás, tirando as outras, eu acabei repetindo de ano.
Tento pegar no sono, amanhã tenho um dia corrido que é resumido em tentar fazer meu irmão não tentar gastar todo nosso dinheiro no beco diagonal.
Sinto algo peludo tampando meu nariz, sei perfeitamente o que é, e por saber o que é e de quem é me irrita.
Aquele felpudo e maldito gato daquele pirralho que eu chamo de irmão, acabo decidindo não me mexer e nem retirá-lo dali. Talvez eu morresse de afixação se Félix não saisse do meu rosto.
— Você não tá tentando se matar com Félix te sufocando certo? — A voz é reconhecida por mim, o gato apenas continua dormindo, mas Miguel faz questão de retirá-lo do meu rosto e da minha tentativa de suicídio.
Pisco algumas vezes tentando me acostumar com a claridade do local, a janela aberta e a cama vazia revelava que Orion tinha acordado, e seu objetivo era me acordar. O ar voltada ao meu pulmão aos poucos, fazendo eu ter uma frustação de não ter trancado a porta e ter deixado meu irmão longe daqui.
— Bom-dia. — Olho para Miguel, pisco algumas vezes antes de decidir que não vou desejar bom dia.
Apenas saio para o banheiro para fazer minhas necessidades o mais rápido possível. Quando termino saio para trocar de roupa, Miguel estava sentado em minha cama, brincando com Apolo, minha linda coruja.
O mais velho me olhava com deboche, eu apenas o ignorava enquanto decidia qual roupa eu usaria hoje, está meio frio, mas pode ficar quente, mas pode ficar frio demais depois.
— Eu só queria um bom dia, é pedir demais? — Eu o ignoro e olho pra minha coruja.
— Bom dia Apolo. — A coruja se anima e o sorriso de Miguel morre, a ave começa a voar por volta da minha cabeça, logo descansa em meu ombro, bicando a ponta da minha orelha com carinho e esfregando a cabeça em meu pescoço.
— Apolo não vive sem você. — Passo meus dedos pela plumagem de Apolo que muda de cor rapidamente pra um preto e branco. — Não use nada exagerado, por favor, e já vamos sair.
Não falo nada, Miguel sai do quarto fechando a porta atrás de si, olho mais um pouco pro guarda-roupa e pego uma roupa mais simples.
Blusa branca folgada que não é muito quente, uma calça que não marca muito, tênis e meias, cachecol, luvas e um casaco em cima da cama. Claramente o cachecol e luva vai ficar dentro da mochila se eu sentir frio, já o casaco vai ficar com Orion, pois ele ama roubar minhas roupas.
Apolo voa pelo quarto, pousa em minha cabeça e bica meu nariz com carinho antes de sair voando pela janela para me dá privacidade. Sim, Apolo é uma ave educada.
Me troco rápido, visto a roupa e pego a minha mochila colocando aquelas coisas de frio lá. Minhas malas já estava lá em baixo, falta um dia para irmos para Hogwarts.
— TALITA. — Fecho os olhos com força, Orion não sabe esperar, sua ansiedade está atacada para ir pro caldeirão furado, além de querer comprar uma vassoura nova, mesmo sabendo que nosso dinheiro é limitado.
Vou até a janela e olho ao redor. Doce Londres, é lindo, a brisa gelada atinge meu rosto, sinto meu nariz coçando como uma lembrança de pegar aquelas malditas coisas de frio e usar.
— VAMOS LOGO TALITA. — A porta do quarto é aberta de uma vez, Orion vem até mim com aquele seu olhar ansioso e sorriso alegre, ele aponta para a janela como um sinal claro para eu fechar. — Não demora, por favor. — Apenas suspiro e concordo, ele saí dando pulinhos feliz.
Reviro os olhos, Apolo entra voando animado, aproveito e fecho a janela, olho ao redor, vejo que não tô esquecendo nada, então pego minha mochila e saio do quarto.
Desço as escadas com Apolo em cima da minha cabeça, Orion e Miguel conversava animados, mesmo nós três sendo totalmente o oposto podemos falar que somos o trio perfeito.
Decido ignorar eles e ir logo para o carro, o frio que estava ali, ia fazer eu ficar doente, então apenas abro a mochila para pegar meu cachecol, gorro e luvas.
Entro no carro, Orion e Miguel vem correndo com as malas. Se algum eles acham que eu vou carregar alguma daquelas malas, eles estão muito do enganado.
— Vamos logo, vocês estão demorando demais. — O motorista rir, esse homem me conhece muito bem e sabe perfeitamente que eu trato meu lindo amigo e irmão como empregados.
Quando os dois finalmente termina e entra no carro eu olhava as minhas unhas.
— Eu odeio você, por que sou seu amigo ainda? — Abro um sorriso cínico em direção a Miguel.
Orion não fala nada, apenas se joga ao meu lado e me abraça, deitando a cabeça no ombro que Apolo não ocupava.
— Rodolfo, eu sou sua única amiga. — Ele fica mais sério ainda e se vira para frente, acabo rindo da sua birra.
— O destino Senhores? — Começo a fazer um cafuné em Orion, sei que ele gosta.
Maldita vez que ele aprendeu a se tornar a porra de uma animago no Castelobruxo.
Orion solta um tipo de ronronado, claro que soltaria.
— Caldeirão Furado Thomas, e tenha certeza que não voltaremos até o fim do ano letivo. — Aviso e o mais velho apenas concorda antes de dirigir pelas ruas de Londres.
Orion dorme, não sei como, mas dorme, Miguel brincava com um jogo aleatório trouxa, percebo uma motivação em meus pés, olho para baixo e Félix estava ali, ele pula em meu colo e deita para dormir, Apolo brincava com minha orelha.
Sinto que estou em um daqueles zoológicos trouxa.
Quando chegamos no caldeirão furado, vários olhares vem em nossa direção, vamos lá, 3 bruxos com roupas claramente caras, com uma coruja que não é encontrada aqui e um gato com olhos verdes brilhante claramente ia chamar atenção. Eu apenas ignoro e entro no estabelecimento.
Miguel entra logo atrás e é recebido pelo dono do lugar, seu nome é Tom, o velho bruxo reservou 3 quartos para cada um de nós, também ajudou a levar as nossas bagagens.
Retiro minha luva e cachecol, que eu tinha usado no meio do caminho, e jogo na cama, Apolo sai voando pelo quarto, não era um quarto 5 estrelas ou um quarto limpo, mas era um quarto que dava para o gasto de dormir uma noite.
Claro, Apolo achou alguns ratos, o que foi bom pra ele, mas isso não importa.
— Talita, Talita, Talita, Talita. — Fecho os olhos com força, olho para minha coruja que tentava pegar o rato que tinha escapado do seu bico, não sei como.
— Não deixe abrir aquela porta abrir, por favor. — Apolo me encara, seus grandes olhos piscam, antes dele ficar sério e ir em direção a porta com tudo, bicando os dedo de Orion que já tinha os dedos entre a porta.
— Aí, Apolo, não, aí.
Ignoro seus gemidos de dor, abro minha mala, procuro meu saquinho de dinheiro, sei que vamos precisar de mais da metade, então apenas coloco o saquinho todo no bolso.
— Talita, manda Apolo parar.
Olho para a porta e vejo que Apolo estava do lado de fora, concerteza brigando com Félix nesse segundo.
Miados altos é escutado, barulho de piados mais altos ainda. Tá acontecendo uma guerra bruxa atrás dessa porta?
Pego um casaco novo e luvas, visto tudo rapidamente antes de sair. Quando fecho a porta vejo Orion assustado olhando para Félix e Apolo que brigava.
Apolo bicando a orelha de Félix e Félix com as patas agarrado as assas de Apolo.
Pisco algumas vezes e abro a boca incrédula quando os dois começa a se atacar, um vulto branco passa e gruda nos dois animais que estava brigando.
— LUKE, NÃO. — Não dá outra, estava ali, o lagarto de Miguel grudado nos dois animais.
— Pelo amor, Félix, solte Apolo. — Invés do gato escutar o dono ele aperta mais as garras em Apolo.
— Luke, saia do meio desse dois. — Luke começa a apertar as patas dos animais com a calda, esqueci de mencionar que a calda dele tem a força de 3 mãos humanas, ele pode quebrar a pata de Félix e Apolo.
— Ok, agora já chega, Apolo solte Félix, Luke obrigada por tentar separar a briga, mas você vai quebrar a pata desses dois mongoloides.
Apolo me obedece, Félix solta minha coruja que vooa até meu ombro enquanto Luke solta os dois.
— Vocês três parece crianças humanas, pelo amor.
Apolo gira a cabeça para olhar pra Félix, levo meus dedos para sua cabeça e a giro o fazendo desviar o olhar.
— Não provoque. — Apolo bica minha orelha com força, reclamo, mas depois ele esfrega a cabeça na base do meu pescoço. — Não vou te perdoar tão fácil assim.
Desço as escadas com Apolo bicando minha orelha de leve, como um pedido de desculpas, vários olhares é direcionado para mim quando chego na parte do bar do estabelecimento, por simplesmente minha coruja agora está voando em minha volta, tentando fazer eu perdoar ele.
Vou para a parte de trás do estabelecimento, espero Miguel e Orion para entrar um grande Beco diagonal.
No Brasil não tem um lugar cheio de loja bruxa, lá existe feiras bruxas, nessas feiras apenas compramos nossos materiais. Talvez você encontre animais mágicos e não mágicos traficados, tudo depende de onde você vai, pois também tem o fato que essa bruxa é misturada com feira trouxa, então é muito mais fácil você comprar coisas inútil trouxa, no mínimo você tem que ter um grande conhecimento sobre materiais bruxos ou tenha a sorte de conseguir um instrutor.
Não demora muito Orion e Miguel aparece.
— Bem vindos ao beco diagonal meus amigos.
Miguel faz uma sequência de toques nos tijolos, então a parede começa a se abrir.
Apenas uma palavra: Uau.
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