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SPIN OFF | CLARICE.

trilha sonora desse capítulo:

HOME — GABRIELLE APLIN

Eu não conseguia parar de tremer. Minhas mãos suam e as borboletas fazem festa no meu estômago. Não paro de balançar a perna pela ansiedade e parecia que eu iria levantar daquela poltrona à qualquer momento para sair correndo enquanto berrava. É hoje. Eu ainda não consigo acreditar que é hoje.

Sentada naquela poltrona, com várias pessoas à minha volta – inclusive minhas amigas –, eu me preparava para o meu casamento. Sim, o meu casamento. Minha ficha ainda não tinha caído e provavelmente eu só me daria conta do que estava acontecendo quando visse o meu noivo naquele altar em minha espera, com uma gravata borboleta qualquer e provavelmente resmungando pelo terno justo ao corpo. Eu ainda não consigo decifrar tudo.

— Em nome de Jesus, alguém me traz uma água, tá um calor do caralho aqui. — Eu olho para Marilu, a repreendendo pelo palavreado enquanto a maquiadora espalhava a base pelo meu rosto. — É sério, cara.

— Você parece até um bicho das cavernas — Elisa entra na sala com uma garrafinha d'água em mãos. — Não sabe se comportar igual gente.

— Porra, me inferniza não. — A loira arranca a garrafa das suas mãos e bebe longos goles da mesma. Elisa revira os olhos e logo me encara, dando um sorriso largo.

— Ainda não tenho maturidade o suficiente pra me tocar do que tá acontecendo aqui. — Minha amiga diz sincera e eu rio.

— Nem eu, Eli. — Eu suspiro.

— Alguém aí tá com fome? — Lox entra na sala acompanhada de Maeve. Elas tinham sacolas do Mc Donald's nas mãos e isso fez minha barriga roncar.

Maria e Elisa se apressaram em pegar uma das sacolas e começar à devorar os hambúrgueres na minha frente. Eu bufo com raiva.

— Vocês são as piores amigas do mundo. Eu tô morrendo de fome.

— Se contente com muita base e pó na cara, amada. — Lox ri da minha cara de tacho e eu reviro meus olhos. Pelo menos, o buffet seria bem completo.

A cerimônia aconteceria numa parte reservada por nós da Praia de Ipanema. Como conseguimos essa proeza? Bom, muita coisa aconteceu desde o ano novo.

Nathan abandonou a profissão de segurança de boates para seguir seu sonho na música. Ser rapper. Em pouquíssimo tempo de carreira, ele já alcançou inúmeras conquistas e cada dia mais cresce mais um pouco. Sua fama já lhe rendeu novas amizades, como Cameron Dallas e alguns outros meninos que eu ainda não sei o nome. Só sei que, ultimamente, ele anda ainda mais feliz e animado do que antes, com seus sonhos sendo realizados e seguindo o caminho que sempre quis.

Eu, sempre apaixonada pela dança, me inscrevi numa academia logo após o Reveillón e, recentemente, fui chamada para ser uma das dançarinas da Anitta e eu não estou zoando.

Logo quando recebi a ligação, eu quase caí dura. Eu e as meninas comemoramos como se não houvesse amanhã. Me chamaram de amiga da patroa e tudo. Mas, literalmente, minha ficha demorou muito pra cair.

E, surpreendentemente, as meninas engataram em algo mais sério com os meninos. Marilu e Gilinsky são o tipo casal ying yang. Ele é tranquilo e super da paz, ao contrário de Marilu, que qualquer coisa quer criar uma tempestade em copo d'água. Já Elisa e Johnson são totalmente o oposto. Os dois são totalmente good vibes e vivem no maior amor. Isso aquece meu coração de uma forma muito boa.

Enquanto meu coração borbulhava ansiedade, eu só conseguia pensar em como o meu futuro marido estava se sentindo naquele momento.

NATHAN

— Puta que pariu Nathan, dá pra ficar quieto? Eu tô tentando colocar essa porra direito aqui! — Gilinsky chama minha atenção e eu respiro fundo, tentando controlar o meu corpo de começar à tremer novamente. Enquanto isso, o resto dos meus amigos apenas me encarava com o riso preso.

Não consigo nem explicar o quanto estou uma pilha de nervos. Não dava pra parar de pensar que eu ia me casar hoje. Puta merda, me casar. Nunca que eu imaginaria que eu estaria me casando antes dos 30. Também, nunca imaginaria que eu encontraria alguém que eu amasse tanto em tão pouco tempo. Puta merda, minha mão estão suando.

— Eu preciso mesmo usar essa merda? — Me olho no espelho assim que Jack termina de ajeitar a gravata borboleta que aperta meu pescoço e, ao me virar para os caras, percebo que virei mesmo motivo de chacota, pois todos imediatamente começam à gargalhar sem parar. Enquanto vejo Sammy se curvar com a mão na barriga, Johnson se apoia em Gilinsky e descarrega as risadas da garganta. E eu, apenas encarando todo aquele circo puto. — Não sabia que tinha palhaço aqui.

— Gravata borboletinha, cara. — Sammy diz em meio à risadas e eu o mostro o dedo médio.

— Vão continuar enchendo a porra do meu saco? — Cruzo os braços. — Por mim, eu entrava lá de bermuda, chinelo e camisa de time.

— Fala sério. — Johnson revira os olhos. — Você tá no seu casamento. Precisa aprender à ser gente pelo menos por hoje.

Eu não respondo e apenas me viro pro espelho para encarar meu reflexo. Eu me sentia um mauricinho pronto para receber um cheque de uns dois mil reais, mas ao invés de dinheiro, eu estava indo aceitar para o resto da vida, a mulher que eu mais amei até hoje. Um puta presente da porra.

— Os convidados já chegaram. — Dallas entra na sala já com um copo com uísque. Sua frase faz eu perder o ritmo da minha respiração.

Cameron está sendo um puta amigo desde que o conheci. Pelo fato de eu estar crescendo e ganhando voz na música, conheci muitas pessoas e uma delas foi Dallas. Ele, sem dúvidas, é um dos caras mais divertidos que eu já conheci. Eu tinha certeza que ele seria o tio da cerveja e das piadas sem graças do Natal.

— Meu Jesus Cristo. — Eu me viro para o espelho novamente e ajeito meu cabelo, puxando um pouco as bordas do terno. Já estava quase na hora e, minha maior preocupação atualmente, era que eu caísse duro no altar.

CLARICE

Meu coração faz carnaval dentro do peito e mil coisas se passam pela minha cabeça. Me preocupo se tudo dará certo, em como será sua reação quando eu entrar com um vestido de noiva especialmente pra ele e, mais forte do que tudo, como será a nossa vida de agora em diante.

Nós escolhemos que nossa lua de mel fosse pra Malibu. É um lugar extremamente lindo e que eu sempre quis visitar. Nate também disse que, desde pequeno, sempre quis visitar as praias da Califórnia então isso só nos deixou ainda mais ansiosos para que tudo acontecesse logo.

Eu só esperava pelo chamado das meninas para eu poder caminhar em direção ao altar, já que eu estava numa tenda na praia mesmo. O quão eu estava nervosa não tava escrito. Eu tentava ao máximo respirar fundo e relaxar, mas só de pensar que era hoje o dia em que literalmente boa parte da minha vida mudará, eu sinto como se todo o chão tremesse. Meu Deus do céu, eu vou me casar!

— Amiga — Eu paro de tentar roer minhas unhas feitas e viro o rosto para encarar Maria e Elisa que entraram na tenda. Elas provavelmente vieram me avisar que já era hora de eu ir, mas assim que viram minha expressão de pânico, seus rostos relaxaram e caminharam rapidamente até mim, se agachando na minha frente.

— O que foi? — Maria perguntou e eu suspirei.

— Não sei o que esperar — Olho pros meus pés. — Eu estou muito feliz. Muito mesmo. Mas, sei lá... E se ele disser não?

— Tá aí uma paranóia que não precisa existir. — Elisa acaricia minha mão. — Nate é louco por você, amiga. É impossível ele te negar!

— Tá, mas... — Eu massageio minhas têmporas.

— Clarice — Marilu começa. — O máximo que pode acontecer é ele cair duro naquele altar de tanto nervoso. — Ela me arranca uma risada. — O Nathan é completamente apaixonado por você. Vocês se amam e oficializaram sua união da forma mais linda e séria possível hoje. Entendo que há inseguranças, mas foi a escolha de vocês. Você se arrepende de estar aqui?

— Óbvio que não. — Digo convicta.

— Então, amiga — Ela leva sua mão até meu rosto e acaricia minha bochecha. — Deixa esse medo de lado. Você é uma mulher muito forte e não deve fraquejar pelos pensamentos negativos. Seja positiva como sempre foi. — A loira ajeita o decote do meu vestido. — Agora vai lá e curte o teu momento. Depois, deixa o Nathan dormir uns três dias depois de um chá bem dado.

Eu rio alto e encaro minhas meninas antes de abraça-las. Eu me sinto extremamente feliz por ter pessoas tão fiéis e leais ao meu lado.

Elas me ajudam à levantar e eu fecho os olhos, mentalizando apenas positividade e pedindo à Deus que tudo corresse bem. Logo volto pra realidade e respiro fundo antes de começar à caminhar lentamente para fora da tenda, sentindo meus saltos pisarem na areia.

— Será que eu tiro os saltos? — Pergunto olhando pras minhas amigas. Elas se entreolham e dou de ombros.

Bom, em qualquer que seja a situação, eu opto sempre por ser eu mesma. Hoje não poderia ser diferente.

Eu tiro meus saltos e entrego para Elisa, que resmunga enquanto eu abro um sorriso por sentir meus pés entrando em contato com o chão da minha segunda casa.

Apresso meus passos e logo vejo toda a estrutura do meu casamento montada. Isso só faz com que meu estômago se revire mais ainda e avisto Maeve com um buquê de rosas brancas nas mãos.

— Jesus, pensei que não viria mais! — Ela exclama e me olha de cima a baixo, trocando a expressão séria por um sorriso. — Você tá tão linda.

Eu sorrio de volta e pego o buque nas mãos, me preparando para voltar à andar até o meu destino. Meu destino é ele, as pessoas que irão presenciar esse momento e todo o momento. Tudo isso faz parte do meu futuro.

Eu me aproximo mais do lugar e logo avisto dona Eloá. Meu coração se esquenta ao ver seu olhar sobre mim assim que também me avista. Seus olhos se enchem de lágrimas enquanto sustenta um sorriso largo no rosto. É exatamente isso que eu precisava para o dia de hoje, o sorriso dela.

— Meu Deus, minha filha... — Ela diz com a voz embargada e pousa as mãos em meus ombros. Eu mordo os lábios tentando conter o choro que também ansiava em sair enquanto vejo mamãe me olhando de cima a baixo. Ela transpira orgulho e admiração. Isso não tem preço algum.

Ela leva suas mãos até meu rosto e acaricia o mesmo enquanto ainda me olha com pura admiração.

— Vendo você assim, eu tenho certeza que não errei em nada e te dei o suficiente para que você se transformasse numa mulher linda sozinha. — Ela deixa uma lágrima cair. — Eu te amo tanto, filha...

Minha visão embaça por conta das lágrimas e eu me aproximo dela, a abraçando forte. Eu definitivamente teria que me controlar para não desabar hoje.

Ficamos por pouco tempo abraçadas e logo nos separamos para que ela pudesse entrelaçar o braço no meu e me acompanhar até o altar. Eu, mais uma vez, respiro fundo antes de erguer a beça para mostrar que estava pronta.

Nós nos direcionamos até a entrada do evento, que estava com um enorme arco de flores e uma música logo começa à tocar. Não era como a que costumava tocar em casamentos tradicionais, e sim a melodia tranquila e apaziguadora de Home. Coloco um sorriso no rosto, prendendo meu choro e logo ando em direção ao altar junto da mamãe.

Todos estavam sentados ali e com os olhos vidrados em mim. Sinto até mesmo flashes de fotos e vídeos por celulares. Sammy, Lox, Maeve, Marilu, Elisa, os Jack's, Ethan, Blake, Kyle e Hellen me observavam atentamente. O resto das poucas pessoas, eram da minha família. Basicamente, hoje eu era a estrela. Não sabia se achava isso demais ou assustador.

E lá, no altar e com um sorriso que eu nunca havia visto antes, Nathan me aguardava chegar até ele. Me surpreendendo completamente, eu pude ver seus olhos marejados e como ele se segurava para não desabar na frente de todos. É uma mistura de sentimentos que não sei como explicar, só sentir e me deixar levar.

Não demora muito para que eu chegue até o altar. Com o buquê na mão e de frente pro meu futuro marido, tudo que havia passado pela minha cabeça minutos atrás já havia se dissipado. Nesse momento, eu só conseguia pensar nele. Focar nele, beijar ele e o sentir. Eu estava de frente para o amor da minha vida.

— Porra, minha pressão vai cair Clarice... — Ele me olha de cima a baixo pela milésima vez e eu rio, apertando suas mãos.

— Fica tranquilo. — Digo apenas e volto à encarar seu rosto completamente encantada.

O padre, que não era nada um padre conservador, pois estava com uma camisa de verão e calças jeans, começa à fazer todo aquele discurso de casamento e parece falar grego pra mim que só conseguia prestar atenção no meu homem. Meu Deus, como eu estou apaixonada.

Depois de tanta enrolação, o padre nos deu o microfone para discursar. Ele disse que o noivo deveria começar, então não me intrometi e só queria ver o que ele iria aprontar dessa vez.

— Porra mané, to nervosão... — Ele passa a mão no rosto e já arranca risadas das pessoas. — Eu... Eu nem sei por onde começar. A tua chegada, você e teus costumes mudaram a minha vida de uma maneira que eu nunca vou conseguir entender. Não entendo até hoje, pra falar a verdade. Nunca vou entender como você prefere comer pão com manteiga e café com leite no café da manhã do que panquecas recheadas — Eu rio junto dos convidados. — Nunca vou entender como você passa três horas se arrumando para ir na esquina. Nunca vou entender como você consegue gastar três litros de hidratante em menos de uma semana. Sua pele deve estar gritando por um dermatologista — Eu reviro os olhos enquanto todo mundo gargalha. Ele vive para me esculachar. — Mas também, nunca vou entender como você consegue me fazer feliz com tudo isso. Como eu fico admirado todo santo dia com a tua capacidade de ser extremamente linda e gostosa fazendo qualquer coisa.

— Eu tô aqui, seu abusado! — Dona Eloá grita e arranca risada dos demais convidados e de mim também. Ele cora as bochechas e nega com a cabeça.

— Enfim... Nunca vou entender como que suas palhaçadas e teus defeitos me completam tanto. Como você é tão você, é tão da vida, do mundo, da paz. Você tem uma luz tão sua que, logo quando chegou na minha vida, me iluminou por completo e eu não sei como eu demorei tanto tempo pra perceber que você é a pessoa certa. — Ele olha as alianças na sua mão. Eu me desmancho completamente ao ver as lágrimas deslizando pelo seu rosto. Nathan Maloley estava ali, chorando na minha frente e na de todos. — Se você deixar, eu vou ficar do teu lado pra sempre. Serei seu pra sempre. Eu, você e os nossos quinze filhos.

Eu gargalho e bato no seu ombro, mesmo com os olhos em pura água.

— Eu amo você, meu bem. — Ele abaixa o microfone e arranca gritos de todos. Me sinto novamente como uma garotinha. Eu não sei como aguento tanto amor.

Ele estende o microfone pra mim e eu suspiro.

— Eu demorei bastante tempo pra me permitir em entregar pra você. Tive neuroses, desconfianças, muito medo e insegurança. Nunca fui de confiar em homem desde bem cedo, aliás, nunca fui de confiar muito em qualquer pessoa. Mas você... Você me deu um novo propósito. Um novo motivo para sorrir, para continuar e para deixar minha vida ainda mais linda do que era. Você me irrita muito, Nathan, muito — Ouço risos. — Mas eu nunca seria feliz sem os meus estresses diários. Eu nunca fui tão completa antes de ter você do meu lado. Você me mostrou o lado mais bonito da vida e a coisa mais preciosa que existe, o amor. — Eu pego a aliança das suas mãos e encaro as mesmas. — Se você me permitir, eu te prometo que paro de comer os doces que eu comprei pra você. Paro de chutar você de noite quando dormimos juntos e te farei o homem mais feliz do mundo. Mais do que já faço, porque sei que sou maravilhosa. — Ele revira os olhos e enxuga as lágrimas. — Eu te amo.

Assim que entrego o microfone pro padre, todos aplaudem emocionados. Posso ver Elisa, Maeve, Lox, Blake e Hellen se desabando em lágrimas enquanto Marilu apenas sorri me encarando de forma orgulhosa. Até mesmo os meninos se seguram para não desabar.

— Então... Nathan Montgomery Maloley, você aceita Clarice Morais como sua futura esposa? — A voz do padre ecoa pelo lugar por conta do microfone.

— Eu aceito. — Ele não demora para responder e não tira os olhos de mim. Seu sorriso é radiante.

— Clarice Morais, você aceita Nathan Montgomery Maloley como seu futuro marido?

— Mil vezes sim. — Eu mordo os lábios em meio à um sorriso e vejo mais uma lágrima descer do olho de Nathan.

Nós colocamos as alianças em nossos dedos e logo, o padre nos olha e sorri.

— Viva o amor! — Ele grita e todos gritam logo depois. Eu gargalho numa felicidade extrema e pulo no colo do meu homem para beijar seus lábios.

Agora, oficialmente, somos Nathan Maloley e Clarice Maloley. Marido e mulher, com o amor extremamente blindado.

Depois de sairmos do altar e chover muito arroz na gente, nós nos direcionamos até o carro que nos levaria para o aeroporto até a lua de mel e antes de entrar no mesmo, me despeço de todos ali presentes. Abraço aos prantos minhas amigas, minha família e não consigo nem sequer olhar para trás quando entro no carro, pois sabia que iria chorar mais ainda.

Assim que o motorista começa à dirigir, Nathan deita sua cabeça no meu colo no banco de trás com um sorriso de uma criança.

— O que foi? — Pergunto vendo sua expressão.

— Você agora tá casada comigo. Meu Deus, eu sou o cara mais sortudo do mundo. — Ele fecha os olhos e eu rio. Devia estar muito cansado.

Eu estava prestes à tirar um cochilo também, mas meu celular toca. Eu enrolo um pouco para atender mas logo o encosto em meu ouvido.

— Alô? — Bocejo.

— Clarice? — Aquela voz conhecida chama meu nome. Eu congelo.

— Kami. — Respiro fundo.

— Eu... vi que você e o Nate se casaram. Queria desejar os parabéns e muitas felicidades.

— Obrigada, Kami. Era só isso? Tchau. — Me preparo pra desligar a chamada.

— Não! Espera, por favor.

Eu suspiro e vejo que Nathan me encara com uma expressão de dúvida. Digo sem emitir som que era sua mãe e ele arregala os olhos.

— Eu não tenho muito tempo, Kami. Diga logo o que você quer.

— Eu quero me desculpar e pedir pelo seu perdão. — Fico em silêncio. — Eu não tinha o direito de fazer aquilo. Acabar com o seu sonho e tirar tudo de você. Não me explicar e nem pedir para que você me entenda, mas eu estava triste e assustada. Eu já te considerava uma filha e descubro que você mentiu pra mim por meses. Não só sobre o seu relacionamento com meu filho mas também por sair escondido diversas vezes sendo que eu sempre te dei liberdade — Fecho meus olhos. — Eu não podia deixar você passar dessa etapa sem falar contigo. Quero que me perdoe, Clarice. Eu pensei muito, sei que errei e estou aqui te pedindo meu perdão. Sei que nada vai voltar à ser como era antes e para recuperar sua confiança precisarei de esforço, mas estou aqui, te pedindo perdão e mais um chance.

Eu suspiro e aperto de forma fraca a base do meu nariz. Olho pra Nate que tem os olhos curiosos e penso. Penso bastante.

Eu não quero conviver com rancor. Não quero começar essa nova fase da minha vida brigada com outras pessoas, ainda mais por alguém que esteve do meu lado e cuidou de mim por tanto tempo. Sei também que é meu direito não confiar mais nela, mas ela não está me pedindo isso. Apenas o meu perdão.

Eu pouso a mão no rosto do meu amor e ele acaricia a pele da mesma enquanto ainda me encara. Ali, tenho certeza de tudo.

— Eu te perdoo, Kami. Mas não tô fazendo isso por você e sim por mim e pelo Nathan. É muito difícil eu te dar uma segunda chance. Você terá que fazer por merecer. Espero que, à partir de agora, você tenha o mínimo respeito por nós e melhore como pessoa. Porque, definitivamente, você quase tirou o amor da minha vida de mim. E não é só comigo que você deve se desculpar. Você tem um filho que magoou muito. Precisa falar com ele, não comigo.

— Eu sei disso, Clarice. — Ela suspira. — Prometo que farei tudo certo à partir de agora.

— Não quero que prometa nada que não irá cumprir.

— Eu irei. Fique tranquila.

— Tchau, Kami. Obrigada por ligar.

— Clarice? — Ela me chama.

— Sim?

— Eu sempre te amarei como uma filha.

Com essas palavras, ela desliga a ligação e me deixa desnorteada. Eu abaixo o celular e suspiro, voltando à olhar o rosto de Nate que ainda me encarava.

— O que ela queria?

Eu nego com a cabeça e me curvo um pouco, dando um selinho em sua boca.

— Nada demais, amor.

— Tá tudo bem? — Pergunta preocupado e eu assinto.

— Pode dormir, meu bem. Sei que está cansado. — Eu faço cafuné em seu cabelo e, com os olhos pesados, ele apenas assente antes de dormir.

Eu olho para fora da janela e percebo o mundo lá fora. As plantas, o céu laranja por conta do sol se pondo e as pessoas passeando tranquilamente. Eu sou a pessoa mais completa do mundo e, definitivamente, não trocaria todo esse amor por nada.

A felicidade está nas pequenas coisas e eu posso finalmente dizer que eu achei a razão da minha.


FIM.


•••

gente, nós chegamos ao fim. Meu Deus, acho que nunca vou superar isso!

eu definitivamente nunca escrevi algo que eu me sentisse tão bem, tão representada em tantos momentos e que adorassem tanto. eu tento de todas as formas representar muitas coisas na minha escrita e torço muito para que você gostem e cacete, vocês amaram dessa vez!

eu só tenho à agradecer por tanta coisa. tanto amor, tanto carinho, tanto incentivo e toda essa família que Brazilian forma. obrigada por terem acompanhado a história de Malice até aqui.

obrigada mesmo. por tudo! em breve postarei novas fanfics e não decepcionarei vocês, ok?

todo o amor do mundo! ❤️

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