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68 | CLARICE.

O aroma forte de café relaxava meu corpo e colaborava com a minha paz matinal. Enquanto espero o café coar e meu pão na chapa ficar pronto, eu lavo algumas louças sujas do natal que deixaram na pia como passatempo. Não consigo sequer lembrar muito da noite natalina.

Sei que, após a meia noite, eu e meus amigos nos entupimos com a ceia e começamos à beber. Uma das míseras coisas que eu me recordo é de Nathan e eu segurando Lox para não cair de cima da laje, pois queria porque queria dançar em cima da mureta. Essa lembrança definitivamente me traz dor de cabeça. Foi um caos total.

Eu cantarolo Flor de Lis do Djavan enquanto despejo um pouco mais de detergente na esponja para terminar de esfregar a travessa de vidro. O som do café coando me fazia contar os minutos mentalmente pra desligar a cafeteira.

É inevitável não sorrir quando, misturado com o cheiro do café, eu sinto aquele aroma gostoso que eu conhecia muito bem. Seu cheiro invade minhas narinas e aquece meu coração na medida que seus braços me contornam e me apertam contra seu corpo. Sinto uma cafungada gostosa no pescoço e beijos distribuídos pela minha nuca, acompanhando logo depois, um tapa forte na minha bunda.

— Bom dia. — Sua voz rouca por conta do sono diz e eu continuo com meu sorriso no rosto.

— Bom dia, amor.

Continuo lavando o resto das louças enquanto sinto Nate me encarar, encostado na bancada ao meu lado.

— O que foi? — Pergunto. Ele morde o interior da sua bochecha.

— Não tá esquecendo de nada? — Ele ergue a sobrancelha e eu franzo levemente o cenho. Tento me recordar de algo, mas não consigo.

— Acho que não. — Eu entrego a travessa em sua mão. — Seca aí pra mim.

Ele pega o pano que estava em cima do balcão e seca a louça pra mim, enquanto aguardava eu terminar de enxaguar outras para ele poder secar.

— Hoje é aniversário da Marilu.

— Puta que pariu! — Eu deixo um prato cair dentro da pia e dou um grito pelo susto. Por sorte, ele não se quebrou, mas fez um puta barulho alto ao se chocar com os outros metais na pia.

— Quebra, maluca! — Ele me provoca e eu dou um soco em seu braço como resposta.

— Meu pai amado, é aniversário da minha melhor amiga e eu não lembrei. — Eu fechei a torneira em choque e encostei minhas mãos no balcão. — Caralho, como você lembrou disso primeiro que eu?

— Tu acha que só você é amiga dos outros aqui? Tô no bonde, bebê. — Ele levanta dois dedos e faz um bico.

Eu nego com a cabeça e seco minhas mãos. Me encosto na parede e cruzo os braços, respirando fundo e fixando o olhar no teto.

— Preciso convencer ela à fazer alguma coisa hoje. Se não, vai querer passar o aniversário dentro do quarto, vendo filmes e fumando uns vinte baseados.

— Não me parece uma má ideia. — Ele se aproxima de mim. O olho séria.

— É sério, Nathan. — Suspiro. — Ela não gosta de comemorar aniversários.

— Tem algum motivo específico? — Ele cruza seus braços e mantém a postura séria. Imediatamente, sinto minha calcinha molhar. Maldito homem gostoso da porra.

— Na verdade não. Ela só diz que aniversários são entediantes, que não aguenta mais escutar a mesma canção de parabéns todos os anos. — Dou de ombros. — Não julgo, porém, queria levar ela pra sair um pouco dessa rotina chata.

— Então vamos. — Nathan me puxa pela cintura e cola seu corpo no meu, afundando seu rosto no meu pescoço. — Vamos sair hoje à noite. Chama ela e as meninas, os caras estão no hotel e não vão perder uma cachorrada por nada.

Rio da forma que ele falou e assinto, puxando seu rosto pro meu e selando nossas bocas. O beijo lentamente, arranhando sua nuca e apertando meus dedos em seus cabelos. Nate levanta minha perna e aperta minha coxa, fazendo com que nossos quadris se grudassem e eu já pudesse sentir sua ereção crescendo.

— Eu tô cheia de vontade de dar pra você. — Digo ao separar nossos lábios e colar nossas testas. — Eu quero te mamar agora.

— Agora? — Ele ri de lado e eu sorrio, fincando meus dentes nos lábios inferiores e assentindo. Nathan olha para os lados e me puxa pelo braço, porém, eu me solto rapidamente e vou até a cafeteira que ainda estava ligada, puxando seu fio da tomada e não correndo risco da mesma explodir.

Olho para Nate novamente e ele sorri, se aproximando de mim e me pegando em seu colo. Eu o beijo de forma desesperada enquanto ele nos guia para o quarto de hóspedes. Naquele momento, eu precisava dele mais do que tudo. O sentir, o arrancar suspiros e gemidos e sabia que ele faria o mesmo comigo. Precisava dele, precisava do seu amor.

•••

— Bom — Eu prendo meus cabelos num coque alto e jogo meu peso para uma perna, cruzando meus braços e encarando a dona dos cabelos dourados sentada no sofá à minha frente. — Decide o que você quer fazer. Ficar em casa não é uma opção.

— Por que não? — Ela também cruza os braços na altura do peito. — É meu aniversário. Eu devo ter o direito de escolher.

— Já falei que ficar em casa não é uma opção, Maria de Lourdes. — Começo à bater meu pé freneticamente no chão. Nathan, do outro lado da sala, estava encostado na parede e apenas observava em silêncio.

— Puta que me pariu, hein. Você é muito chata. — Ela deita no sofá. — Cadê a Elisa?

— Não muda de assunto. — Persisto e ela fecha os olhos, bufando.

— Vamos pro Vidigal, sei lá. — Ela sugere e eu abro um sorriso.

— Perfeito. Bar da Laje? — Ela concorda sem me olhar. Dou pulinhos de alegria e me jogo em cima do seu corpo no sofá. — Vai ser ótimo!

— Sai daqui caralho, tá calor! — Ela resmunga me empurrando e eu rio. Me levanto de cima dela e me direciono até Nathan, segurando seu rosto e dando selinhos em sua boca repetidas vezes.

— Você vai amar lá, amor. Te prometo. — Ele nega com a cabeça com um sorrisinho de lado.

— Como se qualquer lugar que eu tivesse do teu lado não fosse único e apaixonante. — Me arranca um sorriso bobo. Fico sem respostas. — Eu amo você.

Encaro seus olhos por mais alguns segundos antes de o beijar apaixonadamente. Ele envolve seus braços na minha cintura e aprofunda mais ainda nosso beijo. Eu sou loucamente apaixonada por ele, não há como negar.

— Que isso, gente? Um cabaré? — A voz da Elisa chama nossa atenção e capta nossos olhares. Eu gargalho alto ao ver ela com um arquinho de onça no topo da cabeça.

— Tá achando que é carnaval? — Pergunto.

— Eu não espero o carnaval chegar pra ser vadia, sou todo dia. — Ela mostra a língua e vira de costas pra nós, mostrando um pequeno rabo de onça no seu short. Isso me faz gargalhar ainda mais alto e, até mesmo, arrancar boas risadas de Nate. Maria apenas a encara com uma careta.

— Você é muito sem senso. — Ela comenta e Elisa não responde, apenas larga sua bolsa na cadeira e se joga em cima dela.

— Feliz aniversário, sua galinha maltratada. — Ela abraça a loira fortemente enquanto a outra se debate.

— Porra, vou comprar um hamster pra vocês, tudo carente! — Ela exclama.

Eu me solto de Nathan e me jogo em cima delas duas também. Nós nos abraçamos enquanto Maria geme de dor e nos xinga. Nate apenas olha de longe enquanto gargalha, provavelmente nos achando umas retardadas.

Talvez nós somos mesmo e me orgulho disso.

•••

Já é noite. Estamos todos arrumados e, por incrível que pareça, conseguimos chegar rápido até o bar. É definitivamente a vista mais linda que eu já vi. As luzes da favela mesclam com o luar e iluminam toda a cidade. Lá de cima, consigo sentir o vento gelado me refrescando e tranquilizando meus neurônios. Não perdemos tempo em começar à beber. É final de ano, então não nos preocupávamos com horários e muito menos se iríamos ser levados carregados pra casa.

Encostada nos ferros, eu tinha a ampla visão do meu Rio de Janeiro. Minha cidade maravilhosa, onde eu nasci e cresci e pretendo continuar pelo resto da vida. Conhecer novos lugares e respirar novos ares é bom, mas as minhas origens eu não largo por nada. Sou totalmente grata por tanta coisa boa e simples, mas que pra mim, faz uma diferença enorme.

A área nobre brilhava como nunca. A favela também. O mar de noite estava calmo e eu estava feliz. Muito feliz. Feliz e completa.

— No que pensa tanto? — A voz de Nate me pergunta, pousando sua mão na minha cintura e a acariciando levemente. Não consegui tirar os olhos da minha cidade.

Dou um gole na minha Império e nego com a cabeça levemente.

— Eu estou em paz. — O olho de soslaio. — Eu já me senti feliz, muitas vezes. Com as minhas amigas, família, em rolês aleatórios e até sozinha. — Olho pra baixo. — Mas eu nunca estive tão completa.

Com minha fala, nós ficamos em silêncio, porém sinto os olhos de Nate me encararem. Ele continua passando seus dedos nas minhas costas carinhosamente, me deixando ainda mais mergulhada numa paz eterna.

Eu coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha e olho para o lado, vendo a imensidão castanha de Nathan me olhar intensamente. Seus olhos tinham uma luz linda. Ali, eu conseguia ver a sua alma. É lindo como qualquer mínimo detalhe seu, vale mais do que mil coisas. É mais do que mil coisas.

— Casa comigo. — A sua fala estremece meu corpo. Eu seguro a garrafa de vidro com força e, minha expressão que antes estava serena, se vira para uma de choque.

Minha barriga se revira e meu corpo congela. É a mesma sensação que eu senti quando ele me pediu em namoro. As borboletas fazendo carnaval em meu estômago e meus olhos ardendo ao segurar lágrimas. Absolutamente tudo que ele faz me estremece, mas definitivamente, há palavras chaves que conseguem me levar ao céu.

Ele é como um livro de poesias. Que, a cada palavra e verso dito, é uma surpresa e satisfação nova. Ele é mil coisas dentro de um só homem. Ele une todas as coisas.

Em nenhum momento, ele me pressiona ou me pergunta novamente. Ele apenas me encara em silêncio, esperando uma resposta, seja lá qual fosse. Ele é carregado de amor. Eu nunca teria achado alguém melhor pra mim, alguém que me completasse mais que Nathan Montgomery Maloley.

O Nathan me deu as melhores sensações do mundo. Os melhores momentos, a melhor descrição de paz e os teus braços são o meu maior e melhor abrigo. Ele é cheio de defeitos, ele mesmo sabe disso, porém eu também tenho noção de que eu sou perdidamente apaixonada por cada um das suas falhas. Isso é o que faz ele perfeito, o que faz ele humano. Ele é o humano, a pessoa, o amor certo pra mim. A minha melhor escolha.

Eu encho meu pulmão de ar e, soltando o mesmo pela boca, fazendo uma pequena fumaça branca por conta do frio que já reinava, eu não penso duas vezes antes de o responder.

— Sim.

•••

gente eu tô em PRANTOS escrevendo isso sem meme.

tá acabando, gente... nem eu tô acreditando.

só quero pedir MUITO obrigada à vocês. por serem as leitores mais fiéis do mundo, as melhores. vocês são tudo e Brazilian não seria nada sem vocês!

all the love. ❤️

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