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67 | CLARICE.

UM TEMPO DEPOIS...

— Caralho Clarice, para de andar de um lado pro outro, tu vai acabar fazendo um buraco nesse chão! — A voz de Nathan me repreendeu vendo a minha atual situação. Eu respirei fundo e relaxei os ombros por um instante, me permitindo sentar na bancada e olhar para os meus pés. Eu parecia uma bala de canhão. Não havia parado de fazer coisas desde cedo.

Hoje é dia vinte e quatro de dezembro, véspera de natal. Já era quase três da tarde e as meninas foram ao mercado comprar mais algumas coisas pro resto da ceia. Tudo já estava quase em seus lugares, mas por algum motivo, minha ansiedade me tonteava para que eu fizesse tudo sem um erro sequer. Nathan estava me ajudando junto com elas desde cedo, porém pelo fato de eu ser extremamente perfeccionista, eu acabava me estressando muito com coisas pequenas e isso resultou no suor de cansaço que esquentava meu corpo e minha cabeça que já estava começando à doer.

Desde que reatamos, Nathan vem sempre que pode pra cá. Ele decidiu deixar o Zeus comigo aqui no Brasil, para que ele pudesse ser cuidado num ambiente cheio de amor e não perto da dona Kami.

Quem é Zeus? É o meu pacotinho de amor com quatro patas. Ele é um labrador com pelos caramelo e que faz os meus dias mais felizes quando Nathan não está perto de mim. Sinto que depois que esse serzinho apareceu em nossa vida, selou de imediato uma paz que talvez nunca havíamos conhecido antes. É o nosso porto seguro e a confirmação que o nosso amor está mais vivo do que nunca com ele ao nosso lado.

— Tá parecendo um trem bala andando pra lá e pra cá, mano. Relaxa. — Ele se aproxima de mim e pousa as mãos nos meus ombros. Tombo levemente a cabeça pro lado e deito o rosto na palma da sua mão.

— Só quero que tudo ocorra bem. Nem sei o que faria se esse inferno desse peru queimasse no forno. — Digo e o faço rir. Ele acaricia minha bochecha.

— Tudo que tu faz é perfeito, minha linda. Tu é perfeita dos pés à cabeça. — Nate leva suas mãos para a minha cintura e me puxa para mais perto dele. Eu sorrio sentindo minhas bochechas corarem e junto nossos lábios. Nunca vou cansar de dizer que ele faz eu me sentir como uma adolescente apaixonada no colegial. As melhores sensações do mundo, eu tenho a plena certeza que ele me proporciona desde o dia que apareceu pra mim.

Eu arranho levemente sua nuca enquanto me entrego à ele naquele beijo e ele aperta mais minha cintura, fazendo a blusa um pouco larga que eu vestia subir. Ele logo desliza suas mãos por dentro do tecido e aperta meus seios cobertos pelo sutiã, me arrancando suspiros e aumentando minha libido com seus simples toques.

— Chegamos! — Marilu avisa com o som da maçaneta sendo aberta a acompanhando. Nathan desgruda os lábios dos meus e bufa, murmurando um palavrão enquanto eu apenas rio. Ele me ajuda à descer do balcão e nos direcionamos até a sala, onde as garotas estavam acompanhadas dos meninos.

Ah, um detalhe que eu esqueci de acrescentar: Elisa estava ficando com Johnson e Marilu também dava uns pegas no Gilinsky. Ao contrário de Maria e Jack que vivem numa intensa putaria, a Elisa parecia estar disposta à ter algo mais sério com Johnson. E, pelo andar da carruagem, ele também demonstrava interesse em oficializar o lance deles. Pois é. Em um curto período de tempo, muita coisa havia acontecido.

O chão da sala de estar estava repleto de sacolas e eu soltei um suspiro sabendo do provável trabalho que todos nós teríamos para fazer tudo direitinho.

— Compraram tudo que está na lista? — Pergunto para as meninas e elas assentem.

— Compramos ingredientes pra fazer aquelas boiolagens americanas, tipo cookies e bengalas de açúcar. Esses garotos disseram que natal sem esses doces está fora de cogitação. — Elisa diz e eu reviro os olhos.

— Bom, mais comida, pelo visto — Eu olho para as sacolas de plástico no chão e bato palmas. — Vamos começar.

•••

Já era quase nove da noite e eu terminava de me arrumar junto das meninas. Os garotos também se arrumavam no hotel e aguardavam as nossas mensagens os avisando que estávamos prontas. A mesa já estava toda posta e aos poucos, a família ia chegando. Por sorte, minha família não era muito grande, apenas algumas tias, minha avó e meus primos. Mesmo fazendo o meu delineado pacientemente e com toda a atenção do mundo, eu estava nervosa pelo primeiro natal que eu passaria ao lado de Nate. Minha mãe teve uma péssima primeira impressão dele por conta de tudo que aconteceu, mas desde que reatamos, ele frequenta tanto a casa que foi praticamente impossível dona Eloá não o pressionar para uma conversa. Desde então, eles se dão bem e eu fico brava com o tanto de mimos que minha própria mãe dá a ele e a mim, nada.

Por um lado isso é ótimo, já que ele tem uma relação tão boa com a mamãe, porém eu morro de ciúmes com o tanto que esse garoto é paparicado.

Pouco tempo depois, nós já estávamos todas prontas e deslumbrantes, como sempre. Marilu usava um vestido curto azul marinho que era bem justo em sua cintura e continha um decote que realçava bem seus seios. Seus cabelos loiros estavam ondulados e ela calçava um vans da mesma cor de seu vestido. Eu estranharia se fosse diferente. De qualquer forma, ela estava maravilhosamente linda.

Elisa trajava um conjunto de lurex prata. Seus cabelos cacheados estavam definidos e com bastante volume e ela calçava rasteirinhas brancas. Suas orelhas carregavam argolas grandes e pratas.

E por fim, eu usava também um vestido curto colado da cor vermelha que tinha as alças finas prateadas. Meus cabelos tinham babyliss e deixavam ondas com aparência natural e eu calçava um salto alto preto.

Envio uma mensagem pra Nathan, avisando que já estávamos prontas e ele me pediu para que eu o mandasse uma foto. Eu rio e me posiciono em frente ao espelho, tirando a foto e logo após o encaminhando. Não demorou muito para ele me responder.

"Nathan: Meu Deus do céu bendito seja o asteróide que se fragmentou e formou o meteoro que caiu sobre a terra pré-histórica dizimando os animais que viraram fósseis e depois petróleo que foi extraído e usado na fabricação do combustível que abasteceu o carro de cimento pra fazer o hospital que você nasceu sua gostosa filha da puta da porra"

Eu gargalho lendo o seu texto e mantenho um sorriso bobo no rosto enquanto digito a resposta. As meninas me olham torcendo o nariz.

— Ganhou na loteria? — Maria abre a porta do quarto para sairmos e eu a olhei.

— Sim. — Ela revira os olhos, vendo o quanto eu estava apaixonada e se retirou do cômodo. Eu desligo o celular e a acompanho junto de Elisa para o terraço de casa. Meu estômago ronca quando vejo toda a mesa posta, com diversos tipos de comida e doces e choramingo mentalmente ao lembrar que teria que esperar a meia noite.

Não demorou muito até os meninos chegarem e minha mãe arrastar Nathan para conhecer meus familiares. Eu seguro o riso entre os dentes ao ver o quão a cara de Nate estava pegando fogo e que suas pernas estavam praticamente bambas. Eu namoro um cagão.

— Esse é o namorado da minha filha, Cláudia. Ele é lá de fora. — Minha mãe pousa a mão no ombro do meu namorado e ele dá um sorriso torto para a minha tia que lhe lançava um olhar julgador.

— Ele cuida bem de ti, Cicinha? — Eu arregalo os meus olhos ao escutar aquele bendito apelido e tenho certeza que meu rosto entra em combustão. Nathan segura o riso enquanto me encara.

— Sim, tia. Por favor. Eu já tenho dezoito anos. — Suplico completamente envergonhada e ela intercala os olhos entre mim e Nathan, ainda em silêncio.

— Então tá — Ela aperta os ombros de Nate. — Se eu souber que você tá se engraçando por lado da minha sobrinha... — Ela levanta a mão e faz um sinal de tesoura com os dedos. — Já sabe.

Com essa ameaça, minha tia dá as costas e sai andando junto da mamãe. Vendo a expressão confusa de Nathan, eu me desabo em gargalhadas e chego à choramingar. Meu namorado ainda me encara com um ponto de interrogação desenhado na testa.

— Ela basicamente disse que se você não me tratar bem, ela corta o seu pau. — Eu disse ainda entre risadas e ele arregalou os olhos, fazendo o sinal da cruz no peito logo depois, o que me provocou mais gargalhadas ainda.

É muita gente louca reunida num lugar só.

•••

Faltava apenas cinco minutos para dar meia noite e eu e o pessoal já não aguentávamos mais esperar para poder comer. Meu estômago já roncava altamente e eu não suportava mais escutar Maria de Lourdes reclamando sobre o quão a tradição de esperar meia noite para comer era extremamente chata.

— Meu Deus, você tá insuportável, caralho. — Digo olhando para Marilu e ela me olha com deboche.

— Atura ou surta, bobona. — Ela mostra a língua e eu bufo, escondendo o rosto no pescoço do meu namorado.

Logo após isso, nós escutamos todos dizendo "feliz natal" e nos levantamos para cumprir a tradição amorosa de abraçar uns aos outros e desejar um bom aniversário de Jesus. Eu abraço todos os meus familiares e logo depois, minhas amigas e os meninos. Por último, eu me jogo nos braços do meu namorado e sinto ele apertar meu corpo contra ele. Nate junta nossos lábios num beijo rápido e repleto de amor e ele encosta nossas testas, num ato de intenso carinho.

— Tenho uma surpresa pra ti. — Ele olha nos meus olhos e eu levanto a sobrancelha.

— Ah, é? — Ele concorda. — Que surpresa?

Ele olha pro lado e eu, confusa, faço o mesmo. Eu abro a boca em choque ao ver a figura arrumada e loira de Sammy e a cabeleira ruiva de Lox andar em minha direção carregando sorrisos extensos no rosto. Rapidamente, eu me solto dos braços de Nate e pulo em cima de Samuel, o apertando contra mim fortemente e inalando seu cheiro. Ele me abraça de volta e sussurra palavras de amor em meu ouvido. Pra quem olha de fora, pode não ser nada demais, mas pra mim, é incrível. Só eu e ele sabemos o quanto toda aquela fase foi difícil. Como foi pra mim lidar com a culpa de ter escondido tudo aquilo dele o tempo todo e, tentando enxergar coisas apenas ao redor do meu próprio umbigo, eu não reparava que o meu melhor amigo estava na minha frente precisando de mim.

Samuel e eu temos uma história complexa, mas eu sempre o tive ao meu lado. Eu serei extremamente grata à ele para sempre por nunca ter me deixado, em qualquer hora.

Assim que saí dos braços de Sammy, eu já me afundo no peito de Lox. Essa garota foi a primeira pessoa que me acolheu logo quando eu cheguei em outro país, totalmente desnorteada e medrosa. Ela me deixou confortável e me mostrou o verdadeiro significado de amizade e confiança. Só eu sei o quão grata à ela eu sou.

— Como... Você veio pra cá? — Eu gaguejei, saindo dos braços de Lox e segurando o rosto de Sammy com as mãos.

— Eu pedi — A voz de Nate diz atrás de mim e me surpreende. — Eu sabia que você precisava dele e ele de você. Vou mentir não, tenho minhas neuroses, mas eu não posso negar a puta amizade que vocês tem.

Eu mordi os meus lábios nervosamente. Olho para a ruiva em minha frente ainda sentindo meu coração acelerar dentro do peito.

— E você? — Questiono. Lox sorriu e apontou com a cabeça na direção de Nathan.

Eu tinha um sorriso pateta no rosto. Sammy olhou para Nathan e riu, o puxando para o nosso abraço e deixando o meu namorado confuso.

— Que nós temos, irmão.

Isso me atinge de uma forma extremamente boa. Eu tinha os olhos marejados e o coração quente. Nate, mesmo petrificado, se soltou depois de notar o que estava acontecendo ali e abriu seus braços para nos abraçar de volta. Logo, eu senti a presença de Elisa, Marilu, Gilinsky e Johnson também se juntando ao abraço.

Na minha vida inteira, eu fui criada pela minha mãe e ensinada que família é quem cria e quem acolhe. Dona Eloá me criou e me acolheu.

Seguindo essa lógica, eu posso dizer com toda a certeza, que eles também são a minha família. Meus verdadeiros significados de amor, gratidão e casa.

O meu melhor lugar.

•••

chorando demais. socorro!

calma gente, ainda não acabou ok kkkkk mas falta pouquíssimo!

votem e comentem. todo o amor do mundo! ❤️

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