
28 | CLARICE.
Dentro do carro, estávamos eu, Lox, Marilu e Elisa com bolsas na mão. Nas bolsas, levávamos pertences nossos que teríamos que usar, como roupa de banho, toalha e outras coisas. Estávamos extremamente animadas pra essa noite, principalmente Marilu e Elisa. Eu nunca havia feito nada desse tipo, então confesso que sentia um pouco de medo. Lox sempre me botava em suas furadas e eu ia atrás igual uma louca. Tinha certeza que essa noite seria de pura loucura.
Lox estacionou e logo nós descemos do veículo. Estava andando até a porta do hotel quando Lox me chamou.
— Ei, espera. Tem mais gente vindo. — A ruiva disse e eu arqueei a sobrancelha.
— Pensei que fosse um programa só nosso. — Cruzei os braços.
— Eu não disse que seria. — Lox piscou um olho e eu bufei.
Fiquei muito feliz ao ver que as meninas estavam se dando muito bem com Mahogany. O mais engraçado de tudo era Elisa traduzindo tudo que Marilu falava pra Lox e vice-versa, como se fosse uma linguagem de libras. Me sentia muito feliz naquele momento.
Depois de algum tempo, um conhecido carro estacionou um pouco perto do nosso e eu franzi o cenho. Eu revirei os olhos ao ver que de dentro daquele veículo, saiu Gilinsky, Johnson, Nathan e Sammy. Pude escutar suspiros altos vindo das meninas e logo me virei para olha-las.
— Limpa a baba, sua quenga. — Falei pra Elisa que me deu dedo do meio.
— Nossa, como eu vou quicar hoje. — Marilu sorriu enquanto mordia os lábios e eu neguei com a cabeça. Aquelas garotas me davam náuseas.
— Aquele que é o seu irmão, Clarice? — Elisa perguntou e eu assenti. — Nossa senhora, eu não consigo nem dizer o quanto eu queria te quatro xotas nesse momento.
— Vocês estão me dando nojo. — Elas me imitaram com uma voz fina enquanto faziam careta e Lox apenas ria de tudo, mesmo não entendendo uma palavra sequer.
Os meninos se aproximaram de nós e cumprimentamos todos eles. Apresentei minhas amigas para eles e logo senti uma certa tensão sexual no ar entre os Jacks e Marilu com Elisa. Não pude distinguir quem estava desejando quem, mas era bem perceptível que algo estava rolando. Sammy já veio me abraçar instantaneamente, dando um beijo no canto da minha boca e abraçando minha cintura. Adorava que Samuel não tinha o complexo de macho desapegado e fazia questão de mostrar em público que estava me querendo e afins.
— Vamos entrar? — Lox perguntou e todos concordaram.
Ao entrarmos, percebi que o saguão do hotel era realmente de luxo. O ar condicionado aquele lugar estava congelando meu corpo. Nos direcionamos até a moça da recepção, que imediatamente nos olhou com uma cara de tédio.
— Oi, viemos à convite de Ethan Bailey. — Lox falou e a moça da recepção pareceu segurar o riso.
— Não acredito em você, mocinha. Vocês me parecem menores de idade. Se quiserem ir embora agora, eu não ligo pros pais de vocês. — A recepcionista disse e Lox cruzou os braços, parecendo estar ofendida.
— Eu não sou mentirosa. — A ruiva afirmou, tentando manter a paciência e logo eu suspirei.
— Boa noite, crianças. — A recepcionista desviou os olhos de nós e focou em seu computador. Eu respirei fundo e travei o maxilar.
— É melhor você deixar a gente entrar antes que eu quebre todos os trezentos e sete dentes que você tem na sua boca nesse balcão. — A mulher olhou pra mim com uma cara feia e todos que estavam comigo prenderam o riso.
— Olha aqui garota, você...
— Deixa eles entrar, Amanda. São meus convidados. — Um garoto apareceu. Um sorriso cresceu no rosto de Lox e imediatamente eu já adivinhei que era o tal Ethan. As bochechas da moça ficaram coradas e ela apenas assentiu, dando a chave de alguns quartos para todos nós e nos deixando entrar. Ethan recebeu todos nós de forma muito educada, logo nos direcionando para o elevador para nos levar até o andar da cobertura.
Dividimos e fomos alguns no elevador e os outros pela escada. Dando assim eu, Nathan, Sammy e Johnson no elevador e o resto preferiu subir pelas escadas.
Senti os braços de Sammy rodearem minha cintura para me abraçar por trás e eu encostei minha cabeça em seu peito, sentindo o olhar de Nathan queimar sobre nós. Ninguém disse absolutamente nada, apenas Johnson que tentou quebrar o gelo que estava ali dizendo que Elisa era muito gostosa. Nunca vou entender a mente dos homens que só olham o corpo das mulheres.
Assim que chegamos ao andar, saímos do elevador e depois de alguns segundos o grupo que veio pela escada apareceu. Seguimos Ethan pelo corredor e logo uma porta enorme foi aberta com o cartão do mesmo. Meu coração palpitou ao ver aquela enorme piscina, com luzes que iluminavam as águas e deixava tudo mais excitante.
— Ali é o vestiário. Podem ir se trocar, meninas. — Ethan falou e eu e as garotas pegamos nossas roupas de banho na bolsa.
Fomos pro vestiário e nos trocamos rapidamente. Eu estava extremamente empolgada. Estava com as minhas melhores amigas e me sentia meus nervos à flor da pele. Nunca fiz nada do tipo.
— Meu Deus do céu, Clarice. — Marilu me encarava. — Que bunda é essa?
— Para. — Eu ri e guardei as roupas que tirei de volta na bolsa.
Voltei junto das meninas para a área da piscina e os garotos já estavam dentro da mesma. Todos eles com uma bebida na mão. Como o esperado, seus olhares se fixaram em nós imediatamente. Senti um certo nervoso correr pelo meu corpo quando vi que Nathan e Samuel me olhavam ao mesmo tempo. Maldita hora que eu liberei minha piranha interior para esses homens.
Eu e as meninas pegamos nossas bebidas e entramos dentro da piscina. A água estava uma delícia, era quentinha como o esperado. Me encostei na borda enquanto bebia da minha garrafa e olhei em volta. Lox já estava pendurada no pescoço de Ethan enquanto trocavam beijos. Gilinsky e Marilu conversavam muito próximos um do outro. Elisa e Johnson riam de alguma coisa e Nathan estava sentado na borda da piscina fumando um baseado. Estranhei quando não vi Sammy e logo senti suas mãos apertando minha cintura. Me virei para o mesmo e vi um sorriso em seu rosto.
— Eu tô me segurando pra não arrancar seu biquíni e transar com você na frente de todo mundo nessa água. — Eu ri fraco.
— Não exagera. — Dei um gole da minha bebida enquanto desviava o olhar do dele.
— Qual é, Clarice — Suas mãos desceram e apertaram minha bunda. — Não paro de pensar em tu desde o dia da boate. Saudade do teu beijo.
— Já tá apaixonado? — Eu levantei a sobrancelha e ele riu.
— Não é tão fácil assim, mocinha. Sou um macho alfa. — Ele levantou seus braços e forçou os mesmos. — Olha meus músculos de super herói. — Eu gargalhei.
— Você é ridículo, Samuel.
Sammy deu um sorriso de lado e eu senti minha libido aumentar. Senti seus lábios sendo juntos aos meus e eu retribui o beijo, rodeando seu pescoço com meu braço. Senti suas mãos apertarem minha bunda com força por debaixo daquela água e seu corpo se colar mais ainda com o meu, fazendo com que eu sentisse seu volume pela bermuda que estava usando.
Quando senti sua mão se direcionando para o laço que prendia meu biquíni, afastei minha boca da sua e dei um sorriso forçado.
— O que foi? — Sammy perguntou.
— Não vamos fazer isso aqui, né? — Eu bebi mais da minha garrafa.
— Eu te disse que faltava pouco pra arrancar isso aí. — Sammy deslizou suas mãos pra dentro do meu biquíni e apertou minha bunda.
— Eu sei, mas aqui não. — Mantive firmeza na voz e Samuel apenas assentiu, dando um selinho em meus lábios.
Johnson chamou Sammy pra alguma coisa e ele me olhou, falando um "já volto" e indo em direção ao garoto loiro. Suspirei e coloquei minhas mãos na borda, fazendo impulso e saindo daquela piscina. Andei até o vestiário e ao entrar no mesmo, fui para a frente do espelho e arrumei meu cabelo. Enquanto olhava meu reflexo, pensei em várias coisas. Era muito estranho e excitante ao mesmo tempo transar com alguém em puro sigilo. Ninguém desconfiava de nada, afinal, nós éramos "irmãos". Eu sabia que havia dado um ponto final naquilo e que não dava pra continuar, pois obviamente podia acabar mal. Não queria voltar para o Brasil quando tudo isso terminasse sabendo que eu dei pro meu irmão a estadia inteira. Queria focar em mim. Nos meus estudos, nas minhas amizades, na relação com Kami e claro, com a família que eu estava construindo dentro daquele país. Não podia jogar tudo por água abaixo por conta de uma transa.
Respirei fundo e passei a mão pelos meus cabelos molhados antes de sair do vestiário. Ao voltar pra piscina, eu franzi meu cenho ao ver que já não tinha ninguém ali. Andei pelo local e procurei o pessoal por todo canto, mas nada. Apenas seus pertences ficaram ali e nada mais.
— Eles foram jantar na cobertura do hotel. — A voz rouca atrás de mim me fez dar um pulo de susto. Fechei meus olhos e segurei os palavrões na língua.
— E por que você não foi também? — Perguntei, me virando e vendo Nathan apenas de bermuda preta.
Sem olhar o físico, sem olhar as tatuagens. Sem olhar o físico, sem olhar as tatuagens.
— Eu não tô com fome. Apenas me pediram pra te avisar quando saísse do vestiário. — Ele entrou na piscina e se encostou na borda.
Eu fiquei em silêncio e apenas assenti, me sentando na beira e balançando minhas pernas que estavam dentro da água.
— Tá com o Samuel? — Ele perguntou, fazendo com que eu o olhasse.
— Não. — Continuei balançando minhas pernas. — É só uns pegas.
— Acho que pra ele não é só isso. — Ele me encarou.
— Esse é meu medo — Suspirei. — Mas ele sabe que eu não quero nada sério. Não vim pra isso.
— Por que não? — Ele perguntou.
Eu entrei na piscina e molhei meus cabelos.
— Porque meu foco não é esse. Vim pra estudar e conhecer mais ainda de mim mesma. Pessoas são apenas consequências, não quero me arriscar por nada nem ninguém.
— Ou é só medo de acabar sozinha? — Questionou e eu me mantive quieta.
Vidrei meus olhos nos dele e vi o mesmo nadar até minha direção até ficar há poucos centímetros de mim.
— Foi por isso que você mandou eu me afastar de você? — Ele perguntou. — Medo de se apaixonar?
— Não mandei você se afastar de mim, Nathan. — Eu ergui meu rosto. — Pedi pra cortar certas intimidades.
— Por que?
— Porque se deixar, eu quero dar pra você toda hora. — Eu falei e logo fechei meus olhos, querendo socar a minha própria cara por conta da frase que eu havia dito.
Nathan ficou em silêncio. Depois de alguns segundos assim, pude sentir o laço que eu havia feito no meu biquíni ser desfeito e fazendo meus seios ficarem expostos. Respirei fundo ao sentir a respiração de Nathan próxima de meu ombro, fazendo minhas pernas fecharem quando sua boca tocou minha clavícula, traçando uma trilha até meus seios para começar a chupa-los. Segurei em seus cabelos e pressionei sua cabeça contra meu seio, sentindo Nathan o mamar com vontade. Meus gemidos eram baixos e eu já sentia minha intimidade encharcar.
— Nathan, o pessoal... — Eu falei entre gemidos.
Nate tirou sua boca dos meus seios e colou sua testa na minha, vidrando seus olhos castanhos que estavam escuros nos meus. Nate colocou sua mão em meu rosto e o polegar sobre meu lábio. Envolvi seu dedo em minha boca e o chupei lentamente, dando um beijo na ponta do mesmo enquanto mantinha nossos olhares fixados.
— Você quer mesmo parar? — Ele perguntou com sua voz rouca e eu fechei os olhos.
— Nathan... — Senti sua mão deslizar pra dentro da calcinha do biquíni e deslizar seus dedos pela minha buceta molhada.
— Responde. — Sua mão apertou meu pescoço, me enforcando levemente e fazendo eu jogar minha cabeça pra trás.
— Sem sentimentos. — Eu o encarei. — Vamos continuar com isso, mas sem criar nenhum sentimento.
— Você sabe com quem está falando? — Um sorriso cafajeste cresceu em seu rosto e eu logo senti minha calcinha ser arrancada pra fora do meu corpo antes de Nathan prender nossos lábios em um beijo selvagem.
E lá estava eu, pagando com a minha língua mais uma vez. Eu estava ficando louca.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro