- # IV. Ao seu lado o tempo voa como um pássaro
No es lo que siento por ti, es lo que no siento por nadie más...
— Jaime Sabines.
22 February, presente | Piltover/Zaun
Dias haviam se passado e mesmo assim Yansei não desistia. Sua força de vontade era realmente admirável, apesar de ser alguém muito temperamental com pensamentos mais fechados, sua mente se sentia bem sabendo que poderia fazer algo para ajudar o povo de Zaun. As milhares de possibilidades e sonhos habita em sua cabeça fazendo a mesma acreditar profundamente que conseguiria.
Não era mais uma das brincadeirinhas de detetive que insistia para Caitlyn brincar com ela quando crianças. Era algo de vida ou morte, se fizesse um passo errado sua vida seria ceifada em um segundo, deixando apenas sangue e sua alma caindo no esquecimento.
A cada dia que passava, mais seu quadro se enchia de coisas, seu caderno imerso de anotações e uma bagunça de papeis por todo o quarto. Nas ultimas semanas, andou por milhares de cantos da subferia, procurando o paradeiro de Silco por tudo.
Sua vida se resumia em se aventurar em Zaun, ficar horas no quarto escrevendo e em dormir, — isso quando realizava esse ultimo — era uma rotina cansativa e frustrante para as pessoas que conviviam com a garota, mas ela não se importava. Não iria descansar até achar alguma pista de onde Silco se encontrava ou como surgiu a Cintila.
Hoje não seria diferente, se vestiu totalmente coberta e com um capuz em sua cabeça, fazendo de tudo para não ser reconhecida. Desceu as enormes escadas de sua casa correndo e passou pela porta discretamente, ou talvez não tão discreta, afinal acabou ficando frente a frente com Caitlyn.
─── Saindo de madrugada novamente? — Questionou a mais velha.
─── Não estou com tempo, Cait. Depois conversamos. — Desviou da irmã e saiu andando, ou melhor, correndo.
─── Você nunca tem mais tempo... — Caitlyn sussurrou para si mesma. Tentou afastar os pensamentos sobre sua irmã e ir para seu quarto descansar.
Enquanto isso, Yansei novamente passou pela ponte despercebida indo em direção as ruas da subferia. Todavia, hoje havia um lugar especifico que tinha consciência que precisaria olhar, por mais que ao mesmo tempo tinha noção da complexidade que seria.
Ao entrar no bar nomeado de Ultima Gota, percebeu alguns olhares de imediato e ja comuns em si, com total certeza eram os subordinados de Silco, aquele lugar era cheio e por isso estava ali. Foi exatamente onde encontrou a Cintila, onde vivem varias pessoas que trabalham para ele e um dos principais domínios dele, ou seja, não tinha como aquilo ser atoa.
Seguiu tentando passar despercebida pela multidão de pessoas embriagadas, até chegar perto do bar. Se sentou em um banquinho em frente ao balcão e pediu uma cerveja.
Automaticamente seus olhos percorreram no local em busca de alguém que aparentava ser fácil de conseguir informações, o que não foi difícil achar. Pegou o copo de cerveja em uma das mãos e se direcionou a sua vitima.
─── Boa noite, tudo bem? — Sorriu falsamente, se aproximando mais que o normal do homem em sua frente.
─── Uau, uma bela dama falando comigo, me senti especial agora. — Soltou uma risada enjoada – na visão de Yansei – sem deixar de passar o olhar por todo o corpo da azulada.
─── Eu que deveria dizer isso... — Se inclinou sorrindo "docemente", mesmo sentindo seu estômago se revirar com o olhar do homem.
─── Acredito que não esteja aqui atoa, posso lhe dar o que quiser. — Sussurrou ainda com seus olhos fixados no corpo da jovem, mas especificamente em seus seios.
Vou arrancar os olhos desse verme. Essa era a frase que mais dominava os pensamentos de Yansei no momento.
─── Gostaria de saber se aceita me acompanhar em uma cerveja? — Sugeriu lhe entregando o copo.
Automaticamente o semblante do homem se fechou, ele olha completamente desconfiado então decide pedir outro copo com cerveja para assim poder acompanha-la, não era tão burro ao ponto de tomar uma bebida de uma desconhecida.
─── Agora sim, podemos. — Voltou com o copo em suas mãos, o colocou por cima da mesa e começando a conversar com Yansei distraidamente.
No entanto, ao passar alguns minutos, a azulada percebeu o corpo do homem começar a vacilar e ficar meio fraco, demonstrando que a droga estava fazendo efeito.
Sorriu vitoriosa consigo mesma e se levantou, puxando o mais velho para junto de si enquanto sussurrava para distrair-lo:
─── Acho que agora podemos ir no banheiro, querido... — O arrastou até os fundos do bar e o jogou bruscamente no chão fazendo-o perceber nitidamente o que estava acontecendo ali.
─── Como? Eu busquei outro copo justamente por não confiar em você. — Murmurou com dificuldade sentindo o seu corpo cada vez mais ceder ao cansaço inesperado.
─── Oh, tão ingênuo. Eu batizei os dois, meu bem. — Sorriu orgulhosa antes de levantar uma de suas pernas que possuíam belos pares de botas nos pés, para então chutar bruscamente a cabeça do indivíduo fazendo o mesmo desmaiar completamente.
Agiu rapidamente após essa ação; amarrando o homem em uma cadeira com cordas enroladas por todo a extensão do mesmo, impedindo de se soltar. Logo em seguida arrastou um grande armário para cobrir a porta e impedir de alguém entrar, logo pegando seu canivete e esperando tranquilamente para o mais velho acordar.
Obviamente havia diversas alternativas para pegar informações mais pessoais, afinal havia muitos subordinados desonestos, porém estaria correndo um grande risco. Então resolveu obter elas da sua maneira.
[...]
─── Acordou, "docinho"? — Exclamou irônica assim que o homem acordou.
No mesmo momento, ele direcionou seu olhar a azulada ainda meio atordoado, mas lembrou rapidamente do que aconteceu fazendo o mesmo tentar se soltar da cadeira.
─── Não tem como sair, nem gritar, ou seja, ninguém virá te salvar. Agora apenas responda minhas perguntas. — Proferiu seriamente sacando a adaga. ── Cada pergunta não respondida é um dedo cortado, entendeu?
A cada passo que a Kiramman dava, o coração do homem errava uma batida. A garota se agachou de frente á ele passando a adaga levemente nas mãos.
─── Primeiro, como você se comunica com Silco? — Perguntou para o homem que ficou resmungando assustado com o pano na boca. ── Ae, como você vai falar né, que bobinha eu sou.
Retirou o pano e aproximou a adaga firmemente da boca dele antes de proferir:
─── Se você ousar gritar, eu corto sua boca imunda até arrancar todos os dentes, entendeu "docinho"? — O homem apenas concordou com a cabeça, seu semblante ainda em completo desespero. ── Agora responda minha pergunta.
─── Os mais confiáveis para ele entram na sua sala.. — Resmungou contra sua vontade.
─── E essa sala fica aqui?
─── Não sei... — Abaixou a cabeça, fazendo a mais nova resmungar em descrença.
─── Óbvio que sabe, porra! Responde logo. ─ Firmou a adaga em um dedo do homem.
Todavia, algo interrompeu suas próximas ações. Se assustou quando sentiu uma mão em sua cintura e outra em seu pescoço lhe prendendo, imediatamente entrou em desespero.
─── Que maneira péssima de conseguir uma informação, gatinha. ─ Falou rente ao ouvido da azulada.
Com um brusco movimento se soltou do aperto da desconhecida — não tão desconhecida assim — e se virou firmando a adaga em sua mão.
─── Jinx?! ─ Exclamou surpresa arrancando uma risada da outra.
─── Eu mesma, xuxu! — Se aproximou sorrindo de forma irônica. ── Agora me fala vai, por que está fazendo isso com meu querido amiguinho?
─── Não se meta onde não foi chamada.
─── Não sei se você percebeu, mas você está no nosso território, gatinha. — Sua cabeça tombou levemente para o lado.
Yansei olhou em volta pensando como sairia daquela situação e como faria para os dois presentes ali não comunicarem Silco sobre sua aparição. Rapidamente associou uma ideia, seria cruel, mas era a única alternativa.
Com agilidade chutou Jinx fortemente, fazendo a mesma ir para trás de forma brusca, se virou e fincou a adaga na garganta do homem ainda amarrado fazendo assim sangue jorrar por todo seu rosto.
─── A gatinha tem as garras afiadas em. — Apontou sua arma na direção da Kiramman que se afastou imediatamente. ── Agora eu que vou retirar informações de você, princesinha de Piltover.
Yansei se viu sem saída, mas logo tomou uma outra decisão arriscada demais.
─── Quero achar Silco antes do conselho. — Mentiu se aproximando lentamente, abaixando a adaga aos poucos. Jinx lhe lançou um olhar desconfiado, ja imaginando que não era verdade aquilo.
─── Diga-me a verdade e talvez eu te deixe sair ilesa.
─── Quero que o conselho enxergue o povo daqui, mas para isso preciso mostrar provas das condições que estão vivendo e um culpado. ─ Contou mesmo contra sua vontade, abaixando a cabeça.
Ela poderia mentir ou até manipular Jinx e sair daquele lugar facilmente, poderia achar outras possibilidades de Silco não saber que a mesma estava atras dele, sempre houve outras alternativas. Porém por algum motivo seu corpo não obedecia suas vontades.
Estar no mesmo ambiente que a outra azulada a deixava desconcertada e mesmo que tudo aquilo gritasse perigo, seu coração insistia em dizer que estava segura.
Os olhos azuis de Jinx se iluminou automaticamente, parecia besteira, mas algo aqueceu-a. Talvez fosse porque aquelas palavras lembravam o maior desejo da sua infância; todos da subferia terem um lar seguro.
─── O que você ganharia com isso? — As vozes de sua cabeça á alertaram que poderia ser mais uma mentira, a Kiramman poderia estar falando aquilo apenas para usa-lá e poder fugir.
─── Não é sobre o que eu ganharia com isso e sim sobre as vidas que ajudaria. É sobre as próximas gerações poderem crescer aproveitando a infância e não roubando para conseguir comer. Nem sempre é sobre a gente, as vezes é para o bem do próximo.
O mundo nunca foi justo. Pessoas do lado alto usufruindo de riquezas, podendo alcançar todos os objetivos, enquanto o lado baixo se viam obrigados á roubar e a outras coisas contra a própria vontade. Existe pessoas ruins de qualquer lado, independente se tinha dinheiro ou não, mas também haviam pessoas boas que só queriam se sentir em paz.
Yansei mesmo não tendo nascido na subferia habituava consciência disso em sua mente, é como se algo fizesse sentido em sua vida quando pensava na possibilidade de ajudar quem precisava. Era um sentimento novo e estranho, mas acolhedor. Não entendia muito bem, mas uma conexão forte a ligava daquele lado.
Mesmo tendo mudado muito, Jinx ainda sentia raiva de pensar em todos os estragos e complicações que viviam desde criança, ainda doía pensar que a morte das pessoas que mais amava foram causadas por defensores, aqueles que deveriam proteger á todos, não somente o povo de Piltover.
─── Vem comigo. ─ A azulada declarou depois de longos minutos pensando nas palavras da Kiramman.
Ai gente, eu amo ler os comentários de vocês mds KKKKAKKAK sempre me racho de rir, meu entretenimento favorito do dia.
Bom, não tem nada haver com o capítulo ou com a fanfic, mas vou compartilhar com vocês pois estou MUITO feliz. EU VOU NO SHOW DO SKZ!!! Serio, foi um perrengue para comprar, esgotou na quarta e eu ainda tava na fila ent nn consegui, chorei horrores no dia. Poremm, hoje na escola meus amgs me ajudaram e tal, então consegui comprar pro Show extra, estou de verdade imensamente feliz hehe
Enfim, deixe sua estrelinha e comente, isso ajuda demais! Não seja um leitor fantasma. 🤍
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