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04. Capítulo Quatro


05 de dezembro de 2019
Lake City, Seattle, Washington

Como combinado, o armazém havia deixado todos os materiais entregues na casa de Andy pela manhã, bem a tempo de os pedreiros fazerem a segunda visita e já começarem a organizar as coisas para a pequena obra na elétrica e parte do encanamento. Assim como Andy não queria esperar demais, eles não queriam acumular trabalho. Todos estavam em bons termos.

Com a chegada da noite, a mulher prosseguiu com algumas arrumações na casa, organizando os últimos detalhes do closet. Todas as suas roupas, bolsas e sapatos já estavam no devido lugar, e agora tirava itens como mantas e edredons das caixas pesadas, enquanto falava por ligação com o irmão.

— ...E eu só vou ter tempo livre no natal — Leonis explicou durante a ligação, ambos debatendo a possibilidade de passarem aquele feriado com os pais.

— Acho que não tem problema. Vai ser uma correria até lá — Andy deu de ombros, mordendo o lábio ao pegar a última caixa, mantendo a chamada no viva voz.

Para você não, mas a nossa mãe continua perguntando quando vamos te ver. Ela vai ficar desesperada, Dina.

— A mãe sempre foi um pouquinho desesperada, Leo — A mulher rebateu, ouvindo a risada do irmão pela chamada, e riu junto.

Mas, ao abrir a caixa, seu humor mudou completamente. O que guardava ali eram coisas que ela sabia que um dia teria que enfrentar, mas que esperava que aquele dia nunca chegasse. Para o seu azar, estava diante dos seus olhos, e ela se controlou para não cortar ou pôr fogo em cada item ali dentro.

Mal estava prestando atenção na voz de Leonis pela chamada, quando o ouviu cantar algo para obter uma resposta dela após seu silêncio.

Se você morreu, pisca duas vezes — Ele pediu, o que a fez dar uma risada fraca.

— Estou bem. Só... Achei uma caixa velha aqui.

Caixa velha? Com o quê?

— Coisas velhas. Dele.

Ela não precisou dizer nomes. Apenas a ausência de menção já deixou claro para Leonis que se tratava do ex-marido. Ele respeitou o silêncio da irmã na chamada, enquanto ela desempacotava as roupas velhas que já devia ter entregado para ele desde que assinou os papéis. Mas ela não fez, e ele não foi buscar. As roupas ficaram acumulando poeira na caixa, e Andy agora pensava no que fazer com tudo aquilo.

— Eu vou desligar. Preciso organizar essas coisas.

Tudo bem. Me liga amanhã.

— Mesmo horário.

Com a confirmação dela, os dois trocaram um rápido “boa noite”, e ele desligou. Andy então se sentou na cama, observando as peças, algumas que até ela mesma gostava de usar antes, mas agora não queria mais. E, se controlando para não fazer delas lençóis para as camas de Dante e Pushkin, a mulher apenas pôs tudo de volta na caixa, jogando alguns lençóis de cama junto, já que não usava mais.

Havia tomado a decisão de entregar tudo para a doação da igreja, e compraria alguns alimentos para complementar quando fosse entregar. Não faria mal ajudar algumas pessoas, e teria mais algum afazer na cidade além de ir e voltar buscando itens de reforma. E, com aquela certeza em mente, ela pôde finalmente descansar, terminando aquelas arrumações no closet e indo deitar, tomando seu tempo para que pudesse refletir um pouco antes de realmente dormir.

06 de dezembro;

A manhã não havia sido das mais pacíficas para Andy. Após um corte no dedo, pães queimados e um tropeço que havia deixado seu mindinho inchado, a mulher resolveu se afastar da cozinha, por bem. Já estava vestida com a legging grossa, delineando o corpo da morena, e uma blusa de manga longa no mesmo tecido e cor. Preto. Prendendo o cabelo em um rabo de cavalo firme, ela desceu as escadas.

Teve a certeza de que as coleiras dos cães estavam firmemente presas, junto a tag de identificação e o GPS, e saiu de casa, levando celular e fones, e as chaves ao trancar a casa. Alongando o corpo, ela começou a correr, com os dois cães ao seu lado, bem treinados para andar sem coleira, e seguindo os passos da mulher enquanto ela achava a trilha que circulava o quarteirão.

Era longa e espaçada, perfeita para um passeio como ela estava fazendo. Era seguro e cercado de natureza, com o branco da neve contrastando com o verde e marrom das árvores, fazendo parecer que a paisagem havia saído de um filme. Aquilo a fez aproveitar mais o momento que tinha tirado para si, respirando o ar puro e esquentando o corpo contra o frio que fazia.

Quase sem perceber e sem exatamente se cansar, ela deu a volta no quarteirão por toda a extensa trilha, contando os minutos quando pôde ver a sua casa de longe. Agora já havia diminuído o ritmo por se sentir um pouco cansada, olhando os arredores da trilha e o que parecia ser a fazenda de Jeffrey. Era grande e bonito, claramente bem cuidado, e ela podia imaginar só pelo que também podia lembrar da casa dele.

E só parou de olhar quando ouviu mais latidos, e um assobio. Olhando na direção do som, ela viu o homem ali, de pé e brincando com os filhos na neve, suas duas cadelas ao ar livre e agora correndo com os dois cães de Andrômeda. Sorrindo, a mulher se aproximou, acenando para os três com um sorriso no rosto.

— Então você é fitness? — Ele instigou ao perguntar, tombando a cabeça de leve e rindo fraco.

E pareceu mais confortável quando ela riu também.

— Eu tento, ‘tá bem? As vezes a fome me ganha e fujo da dieta.

— E ninguém pode julgá-la — Ele diz, erguendo a destra como se fosse um juramento por si próprio. Andy riu.

E então viu a pequena George vindo na direção deles na bicicleta. Pelo visto Jeffrey havia conseguido ensiná-la mesmo com a lama e a neve. E Augustus continuava a brincar entre os cães, ainda encantado com Pushkin, e como o pastor alemão era esperto.

— Que desenho engraçado — A filha de Jeffrey disse, apontando para a tatuagem que Andy tinha na costela, e que quase não aparecia por baixo do tecido da roupa.

— Você achou? É um patinho — Andy puxou um pouco o tecido da camisa, mostrando o desenho completo que ela havia feito após perder uma aposta com o irmão.

— Ele tem uma faca? — A menina questionou, fazendo a boca de Andy se abrir e fechar devagar.

Jeffrey quem riu dessa vez.

— Sim, ele está indo partir um pedaço de queijo. Você gosta?

— Sim!

A mulher não conseguiu não rir com a resposta animada da pequena, e notou seu olhar esperto buscando mais dos “desenhos” no corpo de Andy, todos cobertos pelas roupas de corrida.

— Você gosta de tatuagem? — Ela puxou assunto, se agachando para ficar numa altura mais próxima da pequena.

— Gosto! Papai tem várias.

— E tenho uma com o seu nome — Jeffrey diz, relembrando da tatuagem no braço quando apontou para George, o que fez a pequena rir ainda mais.

— É verdade, ele é bem corajoso.

— É sim.

Com um sorriso de canto, e achando adorável a devoção da filha por Jeffrey, Andy se levantou, vendo a menina prosseguir pela lama com a pequena bicicleta, se divertindo ao sujar os pés em uma poça.

— Me desculpa pela inconveniência das crianças, eles-

— São crianças — Andy o corta, voltando a olhar para o homem, percebendo como ele estala a língua e assente devagar. — E ajudaram um pouco a melhorar meu humor.

O complemento da resposta fez Jeffrey olhá-la com mais atenção, ligeiramente preocupado com o bem estar da mulher, e forçando a garganta quando não compreendeu bem de onde aquele sentimento vinha. Não que ele costumasse ser desinteressado, mas só fazia dias que havia a conhecido.

— Aconteceu algo? — Ele perguntou, mais rápido do que realmente gostaria.

— Achei algumas coisas velhas do meu ex-marido.

A resposta dela o fez assentir devagar, pensando no que deveria responder, ou até mesmo se ela esperava alguma resposta. Era um assunto delicado, uma decisão difícil.

— Eu... não sei como me sentir, na verdade — Andy continuou, o que trouxe um suspiro aliviado a Jeffrey. —  Fiquei com um pouco de raiva, mas... Decidi doar as roupas dele para a igreja.

— Melhor do que jogar fora — Ele deu de ombros, e ela riu baixo, assentindo devagar.

Ao menos havia conseguido fazê-la sorrir. Contava como uma vitória para ele.

— Eu pensei em jogar fora. Em picotar tudo e tocar fogo... Bom, tem pessoas que precisam mais disso do que o meu ego, então...

— Maduro da sua parte — Ele diz, assentindo devagar. — Sei como uma separação é difícil. Antes da mãe dos meninos, eu já tive outra esposa, e... Não foi fácil.

— Sério?

— Sim. Queríamos coisas diferentes na época e ela não gostou de saber que eu achava que havíamos casado por conveniência. Então me deixou.

— Oh... eu... Não fazia ideia — Ela comentou, o olhando com as sobrancelhas suavemente erguidas.

— Ninguém faz. É parte do que eu me forcei a esquecer junto com Nova Iorque — Ele diz, olhando para baixo, para ela, pondo as duas mãos no bolso quando sente os dedos um pouco frios. — Imagino que seja similar a você e Portland.

— Em partes, sim. Me permiti esquecer tudo o que eu vivi com ele em Portland e espero nunca mais pisar naquela cidade.

— É. Divorciados se entendem.

— Que frase triste.

Os dois se olharam por curtos segundos antes de gargalharem juntos, Andy balançando a cabeça devagar e respirando fundo, e Jeffrey limpando o canto dos olhos. Ambos pareciam pensar o mesmo naquele momento. Em como podiam ser tão similares com experiências relativamente diferentes.

Ambos apreciavam isso, gostando da ideia de ter alguém para conversar.

— Desculpa ocupar você com esse tipo de problema — Ela diz, após ter tomado um tempo para se acalmar das risadas.

— Desabafar não é problema — Ele tenta confortá-la da sua forma, tocando o ombro da mulher. — Sempre que precisar, pode passar correndo na frente da minha casa e eu vou ouvir você.

A frase, e a forma como ele claramente segurava uma risada, fizeram Andy gargalhar outra vez, dando um tapinha leve no abdômen do homem.

— Tudo bem, psicólogo. Tenho boas histórias para você fazer piadinhas.

— Vai ver que a minha criatividade não tem limites.

Os dois riram outra vez, gostando ainda mais de como aquela sutil intimidade parecia crescer a cada palavra trocada. Nenhum dos dois assumiria a vontade que tinham de realmente se sentar e conversar com alguém, por saber que nem todos entenderiam seus problemas e pontos de vista.

Mas tudo mudava ao encontrar alguém com as mesmas experiências.

E, pensando em deixar o assunto para depois, Jeffrey voltou as duas mãos para o bolso da jaqueta, deixando o olhar vaguear pelas roupas dela enquanto a mulher se agachava para ajustar os cadarços do sapato.

— Como não sente frio usando isso? — Perguntou, genuinamente curioso.

— Costume — Ela retrucou, rindo. — Sempre gostei de correr no frio para esquentar o corpo e os pensamentos.

— Parece loucura para mim.

— Deveria tentar, vai ver que é bom.

— Duvido muito.

— Quer apostar?

O sorrisinho convencido e o olhar ladino de Andrômeda fizeram Jeffrey respirar fundo e voltar algumas vezes, rindo fraco e baixo.

— Você me parece confiante demais, não vou apostar.

— Agora está com medo?

Ela continuou provocando, agora com as mãos na cintura, mantendo o mesmo olhar para o homem. Aquilo o fez semicerrar os olhos suavemente, a língua passeando no lábio inferior antes de puxá-lo com o dente, enquanto ponderava o que agora parecia ser mais um desafio.

— Tudo bem. Um dia eu tento.

— Tem que ser no inverno.

— Esse mês, senhorita exigente. E você vai comigo.

— Com prazer.

Os dois sorriem quando apertam as mãos, com uma troca de olhares curiosa por alguns segundos. E então, Andy afasta a mão primeiro, voltando o olhar para os cães, ainda brincando com Augustus. Jeffrey pôde notar perfeitamente como ela pareceu tímida de repente.

— Você mencionou que ia doar as coisas para a igreja... Pretende ir hoje? — Jeffrey perguntou.

— Sim, mais tarde. Por quê?

— Tenho algumas coisas para levar também. Algumas roupas das crianças que não servem mais. Aceita companhia?

— Claro! — Ela respondeu, quase sem pensar, forçando a garganta pouco depois. — Também preciso resolver algumas coisas na cidade, então...

— Eu também. Perfeito, então. Hilarie vem buscar as crianças após o almoço, podemos ir depois.

— Tudo bem por mim.

— Me dá o seu número, assim eu posso mandar uma mensagem avisando quando estiver pronto.

Quando Jeffrey ergueu o celular para Andy, ela não hesitou em pegar, discando o número e deixando para que ele salvasse o contato como achasse melhor. O que ele prontamente fez, deixando salvo como “Andy Vizinha”.

— Combinado então. É o tempo de eu organizar as coisas deles e almoçar.

— E eu preciso tirar a lama das minhas crianças — Ela disse, assobiando para chamar Pushkin e Dante.

— Nos vemos em algumas horas.

— Até mais!

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ⵌ ᴏʟᴀ!

Deixa eu tirar a poeira aqui, com licença

Vocês estão aí ainda?
Demorei demais pra atualizar, finalmente usei minhas férias pra esfriar a cabeça e descansar (disse ela, com um siso nascendo).

Mas o ano começa quando o Carnaval acaba, ? Então aqui estamos

Vou continuar atualizando semanalmente (com sorte, duas vezes a cada semana). Essa shortfic não tem mais do que 14 capítulos, preciso escrever tudo direitinho e finalizamos rapidinho!

Beijoo!

Postado dia 14.02.24
Não revisado

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