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03. Capítulo Três


03 de dezembro de 2019
Lake City, Seattle, Washington

Andy sabia que aquele dia chegaria. Quando ela finalmente teria de vencer seu receio de interagir e visitar a cidade. Ela era a nova moradora, afinal. Sabia que todos estavam ansiosos para saber algo da vida dela. E, além do mais, ela precisava adiantar as compras para a reforma, quanto mais atrasasse, mais demoraria para tudo ficar pronto.

Pagar à equipe de construção próximo do natal estava fora de cogitação para ela.

Então, após o descanso do almoço, Andy arrumou uma bolsa pequena e pegou a chave do carro, deixando os cães presos em casa. Havia se despedido de Leonis pela manhã, quando ele teve que retornar para Portland, e se sentia um pouco sozinha agora. Interagir com os moradores também resolveria aquilo.

Ela dirigiu pela estrada fria e com os canteiros pintados de branco pela neve, que ainda caía lenta. A paisagem era calma, como a do início de algum filme. Com sorte, não seria um daqueles de terror que Leonis gostava de assistir. Rindo das próprias idéias, ela adentrou a parte central da cidade, vendo algumas pessoas encararem seu carro por tempo demais enquanto ela passava.

Todos ali já se conheciam, e já sabiam sobre a chegada dela. Era... estranho.

Andy estacionou o carro na frente do armazém recomendado, levando apenas chaves e carteira consigo. Ela inspirou o ar mais frio antes de caminhar para dentro, os cachos balançando contra os ombros dela, aquecendo o pescoço da mulher. Era a sua vantagem no inverno. Dentro do estabelecimento, Andy olhou ao redor, empurrando um carrinho e pegando pequenas coisas que precisaria com mais urgência. E então chegou ao balcão.

Um senhor de maior idade se aproximou, com um olhar curioso nela, sabendo perfeitamente que não era alguém conhecido. Manteve o sorriso gentil, parecendo de fato disposto a atendê-la.

— Bom dia! Como posso ajudar?

— Bom dia! Ahm... Eu preciso de alguns materiais para reforma, e, sendo sincera, eu não entendo nada disso — Ela revelou, soltando um suspiro que fez o homem dar uma breve risada.

— Tudo bem. Você tem alguma lista? Assim posso saber o que os pedreiros vão precisar — O homem perguntou.

Assentindo devagar, Andy procurou na bolsa, achando uma nota escrita pelo homem que ela havia contratado previamente. Checando todos os materiais, ela entregou a lista para o homem, que assentiu devagar.

— Obra pequena... Cozinha?

— Cozinha, sala e banheiro. Mas poucos detalhes.

— É, são sim. Mas os materiais são pesados — Ele comentou.

Tomando seu tempo, o homem checou cada material no estoque, e os valores, anotando tudo para Andy em uma pequena nota, e deixando que ela visse o valor total. Por sorte, não ultrapassou o seu orçamento prévio, como o pedreiro havia comentado.

— Nós temos tudo à disposição de entrega, mas o nosso caminhão está ocupado com uma obra grande no momento, se a senhora quiser, podemos entregar em dois dias.

— Perfeito! Pensei que demoraria mais — Ela comenta com certo humor, e o homem dá um sorriso igual.

— Não senhora, são algumas coisas para a destilaria, por isso é prioridade — Ele explicou, finalizando a nota quando ela puxou o cartão.

— Sem problemas, havia combinado com os rapazes de avaliar na quinta, então está tudo no tempo certo.

— Sorte a sua!

Com mais sorrisos simpáticos, Andy fez o pagamento dos materiais da obra, e, em uma nota separada, dos pequenos itens que havia pego. Assim poderia fazer a contabilidade separada depois. Uma mania que havia adquirido para evitar gastos desnecessários.

— Andromeda Lynch... Pode anotar seu endereço, senhora Lynch? Para a entrega — Ele pediu, e ela assentiu devagar.

— Senhorita, Lynch é o sobrenome da minha mãe — Ela o corrigiu, notando o olhar curioso do homem, que, logo em seguida, pousou no dedo anelar da mão esquerda, onde ainda havia o fantasma de uma aliança. — E, pode me chamar de Andy.

Ela pediu, entregando o papel com o endereço da casa anotado. Ao ler, o vendedor abriu a boca em certa surpresa, encarando a morena e parecendo olhá-la como se seus pensamentos fizessem sentido.

— Você é a nova vizinha do Jeffrey! É claro!

— É, acho que eu sou — Andy franziu o nariz e riu, pegando a sacola e as notas.

— Agora entendi porque ele estava tão bem humorado hoje cedo. Sabe, é difícil ver aquele carrancudo sorrir quando não está com os filhos — O vendedor disse, pondo o endereço dela em um quadro branco com um adesivo amarelo.

— É mesmo? — Andy franziu as sobrancelhas, pensando em como ele estava bem humorado na noite anterior.

Com ela.

— É sim. Com todo respeito, a senhorita tem um sorriso lindo, posso imaginar que ele estava feliz por isso — O rapaz pontua, entregando a nota da segunda compra para ela, vendo o sorriso genuíno da mulher e rindo também. — Viu só? É contagiante.

— Ah, sim, claro — Andy pôs a nota na bolsa, sorrindo sem jeito. — Bom conhecê-lo, senhor Philip.

— Por favor, só Phil.

— Ok, Phil. Posso confiar que vai entregar minhas coisas no dia?

— Sim, senhorita. Jamais decepcionaria um cliente tão alegre.

— Excelente. E não conte ao Jeff que eu estava sorridente também.

— Não posso prometer muito...

Com mais risadas leves, Andy saiu do armazém, deixando as compras no banco de trás do carro e voltando a dirigir. Ela tomou o próprio tempo procurando o que mais queria e conhecendo a cidade, até parar em uma cafeteria que lhe chamou a atenção.

Entrando no local, Andy viu poucas pessoas, dentro, e recebeu alguns olhares curiosos, que ela retribuiu com um sorriso amigável. No caixa, ela pediu dois salgados e dois doces para levar para casa, e seguiu para fora do local, circulando o carro. Um pouco mais à frente, ela viu a igreja da cidade, e o que parecia ser um bazar improvisado na frente.

Ou deveria ser isso. Mas havia dois jovens com a camiseta de algum projeto da igreja, com dificuldade de organizar a mesa.

Rindo da situação e sem conseguir se controlar, Andy deixou a sacola no carro e o trancou, dando alguns passos até atravessar a rua e chegar ao casal de jovens, atraindo o olhar dos dois.

— Oi! Boa tarde! — A menina disse, com um sorriso quase mais largo do que seu rosto comportava. Andy sorriu.

— Boa tarde... Precisam de ajuda? — A morena perguntou, erguendo a sobrancelha brevemente ao notar a bagunça na mesa.

Os dois realmente pareciam desesperados.

— Está tão óbvio assim? — A menina perguntou, fazendo um olhar sofrido que fez Andy rir.

— Um pouco. Sou a Andy, moradora nova — Se apresenta, esticando a mão.

— Natasha. Nat, grupo de jovens da igreja. Esse é o Kyle — A jovem se apresenta, apontando para o outro ao lado, que acena para ela, sem jeito.

— Prazer em conhecer... O que é isso aqui? Um bazar?

— Arrecadação, na verdade — Natasha explica. — Faremos a doação de inverno perto do natal, estamos coletando roupas, cobertores, alimentos e itens de limpeza e higiene para doar para as famílias do grupo de apoio da igreja.

— Que bonito — Andy é sincera ao dizer, impressionada pela atitude. Mesmo imaginando que não era uma iniciativa exclusiva deles, até onde ela sabia, não era toda igreja que fazia aquilo. — Bom... Vocês não tem caixas para separar as coisas?

— Ainda não, estamos esperando o Padre procurar lá dentro.

— Certo... Enquanto isso, você pode separar as coisas na mesa. Você já fez compras com algum adulto? — Andy perguntou, vendo a menina franzir o cenho, sem entender a correlação entre os tópicos.

— Já...

— É você quem organiza o carrinho?

— Não, minha mãe — Nat dá um sorriso sem jeito, e Andy ri.

— Tudo bem. Bom, é no carrinho de compras que aprendemos que itens de higiene e limpeza ficam separados das comidas — A mulher explica, movendo uma parte de cada item para um extremo da mesa retangular.

Natasha pareceu finalmente entender, e Kyle se aproximou, prestando atenção na explicação. Os dois ao menos pareciam genuinamente interessados naquilo.

— Assim evita a contaminação da comida por algum resquício de produto — Andy diz, passando os itens como roupas e lençóis para o meio da mesa. — Os tecidos podem ser a divisória.

— Uau... Quer entrar para o grupo jovem?

A pergunta repentina faz Andrômeda rir, negando devagar, e podendo ver de relance alguém se aproximando.

— Não sou mais tão jovem assim — A mulher brinca, sem realmente revelar sua idade. — Mas espero que meus grandes ensinamentos possam ajudar a organizar melhor tudo isso.

— Tomara... — Nat disse, e virou-se de lado somente para ver o padre se aproximar outra vez, analisando a situação com um olhar tranquilo no rosto. — Ah, Andy, esse é o Padre Richard. Padre, essa é Andrômeda, moradora nova. A vizinha do Jeffrey.

O olhar de Andy se perdeu entre o padre e o comentário da menina. Não havia mesmo dúvidas de que ela era o assunto da cidade a esse ponto.

— Satisfação em conhecê-la, Andrômeda! É sempre bom ter almas novas na cidade — O homem disse, erguendo a destra para cumprimentá-la.

— Por favor, pode me chamar só de Andy, padre. É ótimo conhecer mais pessoas aqui, também — Ela o responde, apertando a mão do homem rapidamente. — Eu estava passando quando vi os jovens parecendo precisar de ajuda.

Ela comenta, agora vendo Kyle ajudar Nat a reorganizar a mesa como ela explicou. O empenho deles até fazia uma vontade crescer dentro dela, sentindo certa falta de momentos como aqueles.

— Agradeço pela ajuda, qualquer mínimo detalhe faz a diferença para nós — O padre a responde, mantendo um sorriso tranquilo e o olhar vagando do dela para os seus jovens ajudantes.

— Fico feliz. Devo ter alguns itens em casa que posso doar, assim que vier para o centro outra vez.

— Ah, eu agradeço! Se os garotos não estiverem aqui, eu sempre estou na paróquia, pode me procurar.

— Eu irei. Agora... Acho que eles já estão em boas mãos, posso continuar minha pequena jornada — Andy brinca, ouvindo o riso dos meninos e vendo o padre assentir e sorrir.

— É bom finalmente conhecer você, Andy. Espero poder vê-la em algum domingo entre nós.

— Não vejo porque não!

— Se conseguir, traga Jeffrey! Já faz um tempo que ele não vem.

— Verei o que eu posso fazer! Até mais!

— Até!

Guardando aquele pedido em algum lugar da sua mente, Andy seguiu de volta para o carro, dirigindo dali direto para casa, presa em pensamentos. Odiava ser a pessoa nova ao chegar em algum lugar, odiava atenção, mas não havia muito o que pudesse fazer. Esperava que logo as pessoas estivessem acostumadas com a presença dela, e ela se tornaria só mais uma. Só precisava de tempo.

Ao estacionar o carro na frente de casa, Andy desceu do automóvel, ouvindo latidos altos e vozes de criança não muito longe. Imaginava que vinha do lado de Jeffrey, e riu com aquilo. Com as sacolas em mãos, ela seguiu para a entrada da casa, e, por estar tão distraída nos próprios pensamentos, não conseguiu conter quando Dante correu para fora, ignorando os chamados da mulher.

Pushkin seguiu logo atrás, ambos indo na direção da casa de Jeffrey. E, após ambos sumirem por entre os arbustos, voltaram correndo, na companhia de Bandit e Honeydog. Andy deixou as sacolas dentro de casa, junto com a bolsa, e desceu as escadas da entrada, chamando os cães, que a ignoravam completamente.

Até ouvir uma voz aguda, e passos corridos na lama escura misturada com a neve. Um menino, de corpo magro e um pouco pequeno, deveria ter por volta de dez anos, na visão dela. E se parecia o suficiente com Jeffrey para lhe dar a certeza de quem ele era. E o pai logo chegou atrás, ofegante por correr com a filha caçula no colo.

— Achei ela, pai! — O garoto diz, olhando para o homem enquanto ele põe a menina no chão.

— É, estou vendo — Ele comenta, respirando fundo. — Estou velho demais para isso... Como vai, Andy?

— Quase tão cansada quanto você — Ela brinca, observando as crianças. — Então esses são os pequenos?

— Sim. Augustus e George — Ele apontou, vendo os filhos distraídos com os cachorros.

— São adoráveis — Andy diz, notando como a menina sequer se importava em estar na lama.

— Tão adoráveis, me sujando de lama... Estava tentando ensinar ela a andar de bicicleta — Ele explica. Andy ri.

— Um evento na vida de toda criança — A mulher comenta rapidamente.

Tinha boas lembranças daquilo, e de como ela mesma fez o próprio irmão perder o medo.

— Ele é igualzinho aos cachorros da polícia! — Augustus diz, empolgado com as orelhas de Pushkin.

— Sim, ele é. Também é treinado, sabia? — Andy diz, interagindo com o menino, que a olha com surpresa. — Desde filhotinho, ele é meu guarda costas.

— É sério? — Ele pergunta, com os olhos brilhando. Ela assentiu. — Ele morde se você mandar?

— Augustus! — Jeffrey repreendeu, Andy riu.

— Morde. Só os caras malvados — Andy explica, e ele concorda devagar.

Ela se perde por um momento, observando o menino e pensando nos seus antigos planos. No que havia jogado fora após o rompimento com seu ex.

— Ele assiste filmes demais — Jeffrey tenta defender a curiosidade do filho, chamando a atenção de Andrômeda de volta.

— Assisto filmes com você — Augustus retrucou, sem tirar os olhos e as mãos do cachorro, e Andy não consegue segurar uma breve gargalhada. — Pushkin? É o nome dele? — O menino pergunta após ler na coleira.

— É sim. Em homenagem a Aleksandr Pushkin.

— Parece nome de russo — Gus responde.

— Ele era russo — Andy diz, e o garoto a olhou surpreso. — O pai da literatura russa.

— É a sua favorita?

— É sim. E a sua?

— Não sei muito de literatura, tenho dez anos! Mas eu gostei de ler O Pequeno Príncipe.

— Já conta.

O sorriso positivo de Andy fez Augustus sorrir também. Jeffrey olhava encantado pela interação dos dois, sabendo bem que o filho não costumava ser muito aberto com mulheres estranhas. Um reflexo da separação dos pais e a saudade constante de tê-los sempre juntos. Não forçava, e se sentia orgulhoso quando pequenos momentos assim aconteciam.

— Bom... Acho que deveríamos deixar a nossa vizinha descansar, que tal? — Jeffrey diz, erguendo a pequena George no colo outra vez, e chamando a atenção de Gus.

— Ah, pai!

— Pode brincar com eles outro dia, prometo — Andy disse, erguendo o mindinho. O menino a encarou por segundos antes de juntar o mindinho com o dela.

— Vou cobrar, viu?!

— Viu.

Ela sorriu, o vendo puxar Bandit e Honeydog, e fazer carinho em Pushkin e Dante outra vez.

— Até depois, vizinho. Vai curtir suas crianças.

— Recomendo limpar bem as patas das suas crianças — Ele aponta, sorrindo para ela.

— Ugh... Eu vou.

— Até mais, vizinha. Boa sorte.

— Pra você também!

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ⵌ ᴏʟᴀ!

Sinto muito pelo atraso tão longo, acabei focando em outros projetos que demandaram bem mais atenção.

Pretendo manter um cap por semana, assim a shortfic não fica sem atualização por tanto tempo.

Postado dia 27.12.23
Não revisado.

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