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01. Prólogo

01 de dezembro de 2019
Lake City, Seattle, Washington

Com todas as dificuldades que Andrômeda teve que passar naquele ano, jamais imaginaria que ter que recomeçar sua vida seria uma delas. Divórcio nunca foi uma escolha fácil de se tomar, e parecia ser pior com o pouco tempo de casamento. A pouca experiência vivida em apenas dois anos antes de tudo desmoronar.

Mas agora o tópico sempre rendia uma longa conversa que ela já não se importava mais em mencionar.

A superação rápida fazia Andy entender o motivo do rápido fim. O relacionamento estava fadado ao fracasso e eles perceberam antes de ser tarde demais. O amor entre ela e Ryan jamais seria forte o suficiente para sustentar uma vida inteira juntos. No fim, ela reconheceu que o receio em seu peito era apenas o medo de ficar sozinha outra vez, e então se libertou.

E não levou muito tempo até perceber que merecia um recomeço digno. Algo além de ficar estagnada no mesmo emprego, numa cidade onde todos conheciam sua trajetória e sempre a olhavam com pena por saber do divórcio. Ou onde o seu ex não poderia se fazer de vítima pelos cantos dos bares da cidade, numa vã esperança em tê-la de volta. Andrômeda não queria viver assim.

Por isso, não hesitou ao se candidatar para uma vaga de cirurgiã veterinária em Lake City, há três horas de Portland, sua cidade natal. A primeira entrevista foi feita online, e então Andy viajou até Seattle para conhecer toda a equipe e o hospital veterinário em que trabalharia. Era um bom lugar, uma boa história para escrever, e finalmente a chance de pôr em prática todo o seu esforço do mestrado.

Com o contrato finalizado, Andy garantiu um tempo de férias para se reorganizar e descansar antes de recomeçar. E agora estava em Lake City definitivamente. Dando os toques finais na nova casa, um pouco longe de tudo e todos que conhecia, o que, para ela, era ainda melhor.

Ela sabia que sua família sempre estaria por perto, e que jamais perderia seus amigos verdadeiros, além de poder fazer novos na cidade. Certamente iria e não seria difícil. A mulher era simpática até com o ar que respirava.

— Dina! — Leonis, seu irmão, chamou a atenção da mulher para a porta da casa. — Os rapazes terminaram de montar a cômoda da sala. É naquela parede mesmo?

— Sim. Pode encostar, a tomada já está no lugar certo — Ela avisou, e o irmão acenou em concordância, voltando para dentro da casa.

E então ela continuou empurrando caixas e mais caixas para que ficasse mais fácil retirar tudo do caminhão. Faltava pouco para finalizar aquela parte da mudança. E desceu outra vez, não se importando em pisar um pouco na grama escura com os pés descalços até alcançar os próprios chinelos. Se impressionava como o inverno estava suave na região, mais confortável do que Portland. Agradável.

Alguns latidos chamaram sua atenção, e ela notou quando Pushkin, seu pastor alemão, voltou de uma corrida pelos arredores da casa, acompanhado de Dante, seu SRD, e mais duas cadelas que não eram dela. A mulher deixou as caixas onde estavam, se aproximando amigavelmente e se agachando, esperando que as duas se aproximassem. Quando viu que ambas eram tranquilas, ela pôde acariciar os pelos e achar as coleiras que usavam.

— Bandit, que nome bonito, garota! — Ela disse, vendo quando a cadela abana o rabo felpudo.

— Mal chegou e já adotou mais cachorros? Mamãe vai ficar decepcionada — Leonis brincou, apoiando as mãos na cintura e encarando a irmã ao estalar a língua.

— Só não adoto você porque bagunça mais do que eles — Ela retrucou, Leonis ri. Então, ela alcançou a coleira da outra, mais tranquila e menos desconfiada. — Honeydog... Elas têm dono.

— Será que fugiram?

— Não sei. Eles as trouxeram de algum lugar.

— Até seus cachorros estão arrumando namoradinhas e você não, que vida — Leonis provocou outra vez, recebendo um tapa no abdômen. — Tem número na coleira?

— Tem. Está com seu celular aí? — A morena perguntou, vendo o irmão tatear os bolsos até pegar o aparelho.

Mas enquanto digitava os números na discagem, ambos ouviram um assobio alto e longo, e olharam na direção do som, vendo quando as duas cadelas correram na direção de um homem. Ele era alto, de longe, podia-se ver que era grisalho, e usava óculos. Vinha caminhando na direção deles, e pareceu interessado ao ver o caminhão de mudança.

Quanto mais ele se aproximava, mais Andrômeda notava suas características. O jeans azul estava um pouco surrado, os tênis, por outro lado, pareciam novos. A camisa branca reluzia com o sol fraco, mesmo com as marcas de amassados leves. Ele tinha um olhar suave por trás dos óculos, e deu um sorriso amigável ao se aproximar, moldando os lábios rosados e a barba em seu rosto.

Leonis mal conseguiu disfarçar a cotovelada na irmã quando percebeu que ela mal piscava.

— Boa tarde — Ele desejou, dando um sorriso de canto para os dois irmãos ali. — Me desculpe por elas, ficam animadas quando veem outros cães — Explicou, apontando para as duas cadelas.

Andy finalmente assentiu, como se algo dentro do cérebro dela estalasse para fazê-la se mover.

— Não precisa se preocupar, Pushkin quem as trouxe, devem ter ido até perto da sua casa — A mulher explicou também, temendo que os cães tivessem o incomodado quando ela não estava vendo. — Boa tarde, aliás. Sou a Andrômeda, nova moradora. Esse é Leonis, meu irmão.

Ela se apresenta, incerta se estendia ou não a mão para cumprimentá-lo, mas o fez. E ele, por sua vez, parecia mais impressionado com a informação do que com o gesto dela. E cumprimentou a mulher segundos depois, se voltando educadamente para Leonis também.

— Satisfação em conhecê-los! Já faz um tempo que as pessoas da cidade comentam que a casa foi comprada. Estavam todos curiosos para saber quem viria morar aqui — Ele revelou, voltando as mãos para os bolsos da calça e dividindo o olhar entre os irmãos.

— Oh, é mesmo?! — Andy franziu as sobrancelhas com a informação.

— Não os leve a mal, a casa ficou desocupada por um bom tempo, Lake City não é a cidade mais atrativa de Seattle — Jeffrey defende os outros, e, provavelmente, a si mesmo, sorrindo breve ao olhar para a mulher.

— Pude ver que é um lugar bem tranquilo — Ela reconheceu, quase sem conseguir desviar o olhar dele, intrigada com algo que ainda não sabia o que era.

— É sim, espero que goste! — Ele deseja. E então leva a mão à testa rapidamente, sorrindo desajeitado. — Que cabeça a minha... Sou Jeffrey, seu vizinho — Ele se apresenta, olhando de relance para a casa dele.

Não eram tão distantes uma da outra, mas era suficiente para que tivessem sua própria privacidade. Além da casa, que aparentava ser maior que a dela, havia um grande terreno na frente, como uma fazenda mediana. Para a sorte de Andy, nenhum barulho poderia ser ouvido da casa dela.

De qualquer forma, a mulher havia achado o local simples e bonito, ao seu breve ver.

— Bom conhecê-lo, vizinho. E suas meninas também, são bem simpáticas — Andy disfarça o sorriso quando aponta para as cadelas, agora correndo com Dante e Pushkin de novo.

— E energéticas — Jeffrey adiciona, ouvindo o riso nasal de Andy. E olha para o caminhão, curioso, vendo as caixas ali, e algumas ainda no carro ao lado. — Precisa de alguma ajuda? São muitas coisas.

— Ah, são. Mas eu não quero incomodar.

— Não é incômodo algum, eu estava atoa em casa até que elas fugiram — Ele se explica, sentindo aquela necessidade.

Jeffrey não era o melhor para socializar, ou, ao menos, não pensava aquilo de si. Mas estava se esforçando, como havia prometido para um alguém importante. E Andrômeda parecia precisar de ajuda, então ali estava ele.

— Além disso, seu irmão já parece cansado o suficiente — Ele brinca, ouvindo a risada de ambos quando Leonis afasta os olhos do celular para ouvi-lo.

— E eu estou. Já arrastei mais móveis aqui do que na minha própria casa — Leonis se defende, soltando um suspiro dramático. Andy e Jeffrey riem.

— Deixa o garoto descansar um pouco, vizinha — O homem mantém o tom leve, caminhando até o carro e tocando uma das caixas dali, esperando apenas a aprovação de Andrômeda.

E, apesar de bufar em desagrado por sentir que estava fazendo o homem lhe ajudar, ela caminhou até ele e pegou a caixa mais leve. Jeffrey puxou a que estava ao lado e equilibrou outra um pouco menor em cima, e então seguiu para dentro, logo atrás de Andy. A mulher subiu as escadas com cuidado, desviando dos móveis que ainda buscavam por um lugar definitivo para ficar, e entrou o que seria seu quarto.

— Pode deixar junto das outras — Andy disse, se agachando brevemente para deixar a caixa sob o colchão ainda sem forro.

— É na mudança que pagamos nossos pecados, huh?! — Jeffrey comentou, com um tom de humor nítido em sua voz. Andy riu.

— Deus dá aos seus melhores soldados, as maiores caixas para desempacotar — Ela deu de ombros ao brincar, e ele riu logo em seguida.

— E de onde você veio? — Jeffrey perguntou, mantendo a conversa simples, seguindo Andy para fora do quarto. — Tem muitas caixas aqui.

— Vim de Portland, Oregon — Andy o respondeu, olhando por cima do ombro para isso.

— Não muito longe — Ele comentou, e ela assentiu devagar. — E o que te trouxe ao quase interior de Seattle?

Andy pensou e repensou em segundos sobre como deveria responder aquela pergunta. Se citava a parte triste e quase angustiante da sua vida, ou se dava a resposta curta que deu à imobiliária quando recebeu a mesma pergunta. E, após mais um breve suspiro, ela o olhou outra vez, andando lado a lado enquanto saíam da casa em direção ao carro.

— Oportunidades melhores de trabalho. Eu estava estagnada lá — Concluiu, se curvando para puxar as duas últimas caixas do carro.

— Espero que a oportunidade aqui seja mesmo melhor — Jeffrey deu um sorriso gentil para ela, o que ela espelhou logo em seguida, assentindo.

— É sim. Bom, pelo menos eu espero que seja. Pareceu promissor — Ela disse, tentando não se deixar levar pela ansiedade que já começava a sentir.

— As pessoas aqui costumam cumprir com o que prometem, não se preocupe com isso — Ele tentou a confortar com mais um sorriso, e ela assentiu devagar.

— Não estou preocupada, acredite. Só é estranho recomeçar — Ela deu de ombros, e então continuou a andar, guiando o homem ao levar as caixas para o quarto de hóspedes. — E você? Algo te trouxe para cá?

Com a pergunta da mulher, foi a vez de Jeffrey de pensar. Ele já havia ido a muitos lugares, e experienciado cada um deles da devida forma, mas o que mais lhe atraiu fora ali, o quase interior de Seattle. E ele sorriu ao lembrar.

— Sim. Eu sou natural de Seattle, mas nasci na capital.

— É mesmo? — Andy franziu as sobrancelhas ao ouvir, se apoiando rapidamente na cômoda do quarto. Jeffrey assentiu, confirmando. — Veio pela fazenda ou...?

— Sim e não. Por muito tempo tive minha fazenda na parte alta de Nova Iorque, mas nada se compara com o verdadeiro campo — Jeff explica, seguindo a mulher outra vez e andando lado a lado enquanto descem a escada. — Lake City tem tudo o que eu precisava para os meus trabalhos, e foi o melhor lugar para recomeçar também.

O fim da resposta do homem atraiu ainda mais a atenção de Andrômeda, que não se conteve ao tentar olhá-lo melhor. Não imaginava que um homem como ele tivesse que se reerguer em algum momento, mas parecia verdade. No entanto, ela não podia deixar de imaginar o motivo. Ele parecia o tipo de homem do campo bem-sucedido, com uma esposa bonita e muitos filhos, e esse pensamento a fez olhar para as mãos tatuadas dele em busca de alguma aliança.

Nada.

Nenhum sinal de que ele tinha alguém, nem mesmo noiva ou namorada. Nenhuma inicial tatuada ou qualquer pequeno detalhe que lhe indicasse algo mais pessoal de Jeffrey. E quando percebeu que estava olhando demais, Andy forçou a garganta, se virando para subir no caminhão e puxar as últimas caixas.

— E deu certo? — Ela voltou com o assunto, empurrando caixas menores, mas pesadas. Itens da cozinha e escritório.

— Deu sim. Vai ver como a vida é melhor por aqui — Jeffrey sorriu, com uma alegria genuína nos olhos. Algo que Andy não conseguia dizer bem o que era, mas a encantava.

Com a esperança crescendo em si, Andy pegou duas caixas, e Jeffrey, outras duas. Os dois seguiram juntos para dentro da casa outra vez, vendo Leonis de pé e pronto para ajudar no fim da mudança. Andy guiou Jeffrey, indicando o escritório no térreo, onde ele deixou as caixas sobre uma mesa branca recém montada, e ela levou as duas que havia pego para a cozinha.

Só assim retornaram juntos para fora, vendo um dos responsáveis pelo caminhão de mudança fechando a parte traseira do automóvel, e Leonis tomando conta de tudo de perto. Andy deu um suspiro de alívio, massageando as costas, e observando Jeffrey acariciar os pelos de uma das suas cadelas, e a outra se aproximando, curiosa.

Ela então suspirou.

— Não quero tomar mais do seu tempo, — Disse, olhando para o homem com certa tranquilidade no olhar. — Muito obrigada pela ajuda, de verdade.

Jeffrey sorriu.

— Não poderia deixar alguém carregando tantas caixas assim — Ele devolve o olhar gentil. — Se precisar de mais algo, minha casa está logo ao lado.

Quando ele se dispõe, Andy automaticamente olha para o lado, assentindo devagar ao relembrar daquilo, antes de voltar a olhá-lo.

— Agradeço, de novo — Ela sorri. — Acho que teremos mais chances de conversar melhor futuramente.

— Conto com isso! Boa sorte com o restante das coisas — Ele deseja, acenando devagar.

— Vou precisar, obrigada!

Com acenos e sorrisos, eles se despedem daquela forma. Andy observa Jeffrey ir, caminhando em passos tranquilos com as cadelas ao lado, enquanto ela ordena que Pushkin e Dante fiquem, caso contrário o homem teria que correr atrás delas outra vez.

Ela só desvia o olhar quando vê o irmão se aproximando em passos lentos, avaliando-a como se quisesse dizer algo, com aquela urgência em si para provocar a irmã.

— Dina Lynch tem um novo admirador? — Ele instigou, recebendo um olhar sério da mulher.

— Ele só estava sendo gentil, bobo — Ela dá um leve tapinha acima do abdômen dele, empurrando a porta para entrar em casa.

— Não sei não, ele te olhou bastante.

— E você olhou bastante para ele, pelo jeito. A Cassie vai gostar de saber...

— Ai, Dina, se se gostasse de homem, ele era meu.

— Duvido que ele iria te querer, você fala demais.

— Eu te odeio.

— É recíproco.

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ⵌ ᴏʟᴀ!

Finalmente estreando essa shortfic maravilhosa, tem sido tão leve de escrever!

Espero que gostem!

Postado dia 02.12.23
Não revisado.

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