
𝘀𝗽𝗲𝗰𝗶𝗮𝗹 𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 Ⅰ
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Hum... do nada me deu uma saudade de escrever Bloody Eyes. Kkkk
Achou que eu tinha esquecido alguns pedidos? Achou errado!
Então toma aí uma surpresa que eu estava planejando pra vocês!
Entrar na escola jujutsu foi um grande alívio, há anos não se sentia tão livre pra tomar suas próprias decisões. Sem seu avô em seu encalço, decidindo até que horas deveria dormir e também o que deveria comer, pra ter um bom desempenho físico nos treinamentos.
Além de não precisar lidar com Naoya e suas provocações.
Esses primeiros meses foram cheios de surpresas e pode deixar-se se divertir um pouco, parou de pensar em apenas treinar e trainar, conheceu adolescentes da sua idade e os professores eram bem mais tranquilos que os Zenin.
Mas é claro que nem tudo pode ser perfeito, sempre gostou de estar no controle de tudo, mas um certo alguém não parava de tentar entrar em seu caminho. E quanto mais tentava chuta-lo pra longe, mais ele grudada, era irritante.
– Eu já disse que não preciso de companhia, Gojo. – Resmungou, ajeitando seu cachecol em seu pescoço, se protegendo do frio congelante – Muito menos a sua.
– Está mais ranzinza que o normal, moça bonita! – Satoru sorriu provocativo, vendo uma veia saltar na testa dela, depois de soltar o apelido que criou – Ah, não faz assim. É Natal!
– O Natal passou há duas semanas. – Haruna franziu a testa.
– Ano novo, então!
– Também já passou, Gojo. – Haruna revirou os olhos, segurando o sorriso que já queria sair, mas depois suspirou cabisbaixa – Eu só quero... ficar sozinha.
– Ah, então... então... – Satoru encarou as ruas um pouco movimentadas de Tóquio, com um olhar pensativo, mas depois a encarou determinado, vendo o olhar cansado dela – Então, eu vou mesmo assim!
Ela suspirou, olhando para baixo enquanto andavam, vendo a pouca neve que ainda não havia derretido. Satoru estava mais grudento do que nunca, talvez seja por causa do afastamento que ele teve com Suguru, depois do que aconteceu com a Amanai, a amizade dos dois não foi a mesma de antes.
O céu escurecia aos poucos e a cidade ficava ainda mais bonita a noite, com todas aquelas luzes e mesmo que o festival de novo ano tenha acabado, as pessoas ainda davam desculpas para se divertir, mesmo que coisas pra fazer não faltassem em Tóquio.
Algumas pessoas se juntavam pelo bairro comercial de Shibuya, com várias barraquinhas de comida, música e dança.
Os olhos de Satoru brilharam, vendo a festa começar aos poucos e nem mesmo avisou antes de segurar o pulso da garota ao seu lado e a puxou até lá, ignorando os resmungou dela.
– Olha só! – Ele apontou para uma barraquinha, cheia do doce que o platinado já encarava salivando – Dangos! Vamos comer!? Vamos?! Vamos?!
Haruna se encolheu envergonhada, vendo o mais velho praticamente a arrastar pelas ruas.
Depois de comprar mais palitos de dangos que poderiam aguentar comer, Satoru a puxou outra vez para andarem pela festa, observando as luzes com cores quentes, representando o novo ano que se iniciava.
– Anda, come! – Ele enfiou um dango na boca dela, fazendo a Uchiha o encarar com os olhos estreitos – Cara feia pra mim é fome.
– Se não estivéssemos em público... – Haruna murmurou depois de engolir o doce – Eu juro que quebraria os seus dentes.
– Ah, mais assim você ficaria sem ver o meu lindo sorriso. – Satoru sorriu divertido, vendo a feição dela se fechar ainda mais.
Encolheu os ombros, sentindo que Haruna estava mais fechada que o normal, nem mesmo suas piadas conseguiam tirar um sorriso sequer da garota.
Saindo sem ninguém da escola sem avisar, se não tivesse a visto de longe, nem saberia que ela havia saído. E também, como ela já disse, queria ficar sozinha.
Mas ficar sozinho era horrível, sabia bem disso.
– O que aconteceu?
– Não aconteceu nada. – Haruna revirou os olhos e virou o rosto para o outro lado, fazendo menção de sair – Acho que já vou embora.
– Não. – Satoru negou, segurando o braço dela com a mão livre, depois a virou para olhá-lo e forçou um sorriso – Se não me contar, não vou dividir meus dangos, hein!
Haruna franziu a testa e o encarou confusa, vendo o olhar determinado dele. O conhecia a poucos meses, mas sabia que se não contasse, ele não só não dividiria seus doces, como também não a deixaria em paz. Suspirou derrotada.
– Meu avô...
– Tinha que ser aquele velho bigodudo! – Satoru resmungou, comendo mais um dando e soltando o braço dela.
– E o meu tio também. – Haruna abraçou a si mesma com um bico em seus lábios – Eles são uns idiotas.
– O que eles fizeram dessa vez?
– O de sempre, me lembarar que mesmo não estando com eles, eu devo obediência. – Resmungou – Eles pensam que eu sou um objeto pra se usar quando quiser.
– Desgraçados. – Satoru forçou uma voz dramática
– E ainda me criticaram com tudo o que aconteceu com... o receptáculo. – Haruna continuou com irritação – Como se me importasse com o que eles pensam.
– Vadias! – Satoru concordou, fazendo a garota o olhar estranho.
– Você é estranho.
– Eu tô te apoiando, xingar aqueles velhos é sempre um prazer! – Ele piscou entregando um palito com três dangos para ela – Mas olha só, eles fazem isso há anos, não precisa de chatear tanto, ignore-os.
– Isso não me impede de me aborrecer.
Os dois permaneceram em silêncio, assistindo as pessoas se divertirem. Com o passar dos minutos a música passou de animada para um pouco mais calma e alguns casais se juntaram para dançar.
Satoru abaixou sua atenção para a Uchiha e viu que ela observava as pessoas dançarem sorridentes. Rapidamente uma ideia brilhou em sua mente, podia jurar que até uma lâmpada havia surgido no topo de sua cabeça.
Estendeu a mão para ela que o olhou confusa, fazendo seu sorriso aumentar quando viu as bochechas dela ficarem rosadas.
– Quer dançar?
– D-Dançar...? – Haruna gaguejou.
– É, vai ser divertido! Bora! – Satoru a puxou outra vez para o meio das pessoas e levou uma de suas mãos para a cintura dela e a outra entrelaçou seus dedos.
Haruna paralisou no lugar, não importava se ele perguntava sua opinião, antes mesmo de responder ele já havia a tirado do lugar.
Levantou o olhar e rapidamente encarou os olhos azuis mais brilhantes que já viu, olhos estes que já a observavam a tempos. Estava nervosa, não se lembrava da última vez que dançou na vida, e ele pareceu perceber, já que seus passos começaram lentos, até que ela pegasse o jeito devagar.
E com o passar dos segundos, Haruna soltou um pequeno sorriso, quando ele a girou de uma forma desajeitada e depois pisou em um dos pés deles com tudo, fazendo ele soltar um gemido de dor.
– Desculpa... – Haruna murmurou – Eu não danço há anos.
– Não se preocupe, se você sorrir pra mim outra vez... eu te perdou, moça bonita. – Satoru sorriu galanteador, fazendo a garota corar outra vez e depois soltar uma risada curta.
– Você não existe.
Estava cansada, passou horas dentro de um carro, praticamente atravessou o país, tudo para voltar a Tóquio. Mas hoje não era um dia qualquer, passou quase dois meses fora, não podia ficar longe no dia do aniversário de seu garotinho, que acaba de completar sete anos.
Quando chegou, mal pôde respirar direito com o abraço apertado de Tsumiki.
Era até estranho, não conseguia se acostumar, chegar em casa e ser atacada com abraços e com a famosa pergunta "como foi o seu dia?" No seu caso "como foi a viagem?"
Já Megumi, bom... ele agiu como o esperado. Inexpressivo, mas ela sabia que ele estava feliz, por ter voltado antes do previsto, apenas por ser seu aniversário.
– Toma, espero que goste. – Haruna entregou uma caixa mediana, embrulhada em um papel de presente azul para o Fushiguro que a encarou surpreso.
Megumi desembrulhou o presente e arregalou seus olhinhos azuis quando segurou o vídeo game portátil. Estava animado, era a primeira vez que recebia um presente de aniversário, já que seu pai não se importava com isso, nem sequer se lembrava dele pra falar a verdade.
Haruna coçou a nuca nervosamente.
– Uma moça me ajudou a escolher, tudo bem se não gostou... podemos trocar se quiser...
– Eu gostei. – Megumi a interrompe, levemente envergonhado.
– Nossa! – Tsumiki sorri animada – Você vai me deixar jogar também?
– Não, é meu. – Megumi abraçou a caixa, enciumado.
Haruna riu, assistindo os dois discutirem outra vez, se fossem irmãos, não se pareceriam tanto as vezes.
– E então? O que você quer fazer hoje, Megumi? – Perguntou, enquanto comecava a trançar os cabelos castanhos da garotinha a sua frente – Hoje é o seu dia.
– Hum... qualquer coisa. – Megumi respondeu baixinho, com as bochechas coradas.
Haruna quase riu com a cena, mas também não sabia ao certo o que planejar. Não comemorou seus aniversários, não sabia exatamente como fazer isso e Megumi também parecia não saber.
Mas esse era o primeiro aniversário dele que comemoraria, ele era uma criança, deveria se divertir em uma data tão importante. Não queria que ele deixasse em branco, como fez desde sempre, já que nem ela se importava tanto, muito menos os Zenin.
Então queria comemorar esse dia com eles, queria que Megumi e Tsumiki não se sentissem sozinhos, como ela se sentia na idade deles.
– Onde está o aniversariante?!
– Ah, não... – Megumi e Haruna murcharam.
– Tio Satoru! – Tsumiki praticamente pulou do sofá, fazendo a trança que a Uchiha mal tinha terminado se desfazer.
– Olho só se não é a minha ursinha! – Satoru pegou a garotinha no colo e a colocou sob seus ombros, fazendo a mais nova gargalhar.
– Você já está aqui? – Haruna cruzou os braços.
– Falando assim, parece que não está feliz em me ver depois de todo esse tempo, moça bonita! – Gojo deixou a Fushiguro no chão e depois baguncou os cabelos de Megumi que fechou a cara mais ainda – Eu vim salvar o dia desse mini rabugento! Já que eu sei que você é péssima com essas coisas, Haruna!
– Ah, cala a boca. – Ela revirou os olhos.
– Vamos ao parque de diversões! Que lugar melhor pra ir em um aniversário?!
– Isso! Isso! – Tsumiki começou a comemorar junto do mais velho, que parecia mais criança que o próprio aniversariante.
...
– Vamos na roda gigante?! Vamos?! – Tsumiki aposta para o brinquedo, enquanto o Gojo a carregava nas costas como sempre, junto do seu urso de pelúcia rosa que ele ganhou para a mais nova.
– Só se for agora! – Ele assentiu, já correndo na direção do brinquedo.
Haruna observava a cena com diversão, Satoru adorava mimar a garotinha, já que ela era a única dos Fushiguro que dava atenção a suas ideias mirabolantes e possuía tanta energia quanto ele, tanto que passaram a tarde toda de um lado para o outro no parque, podia dizer que os dois foram em todos os brinquedos, claro, todos os que a Fushiguro podia ir.
Enquanto o aniversariante apenas aproveitava seu algodão doce em paz e tranquilo, sendo mais parecido com a Uchiha nesse quesito, enquanto esperavam os dois energéticos saírem da roda gigante.
Assim que saíram, Satoru seguiu na direção onde Haruna e Megumi os esperavam. Logo depois passaram por um casal que andavam sorridentes, de mãos dadas com uma garotinha no meio deles.
Tsumiki os observou até sumirem de vista e depois prestou atenção na Uchiha e no seu irmão ao longe, e então, para o platinado que a carregava, com um bico pensativo.
– Tio Satoru?
– Hum?
– Você é a tia Haruna são namorados? – Pergutou de uma vez, abraçando seu urso de pelúcia, fazendo o mais velho parar de súbito e quase tropeçar.
– Quem te disse isso?! – Ele a tirou de suas costas e depois se abaixou para ficar na altura dela, sorrindo com entusiasmo – Ela te disse alguma coisa?!
– Não. – Tsumiki respondeu, vendo ele murchar – Mas... vocês são?
– Eu vou te contar um segredo, promete não contar a ninguém? – Ele sussurrou baixinho, fingindo uma feição misteriosa, fazendo a garotinha sorrir animada.
– Eu prometo!
– Somos namorados, mas ela não sabe disso.
– Hum...? – Ela tombou a cabeça para o lado.
– Jura de dedinho que não vai contar?!
– Sim... – Tsumiki entrelaçou seus mindinhos, ainda confusa, mas depois o olhou curiosa e se aproximou – E vocês já se beijaram?
– Mas é claro, várias vezes! – Se gabou, fazendo a garotinha o olhar surpresa.
Uma vez. E foi a um tempão. Mas ela não precisava saber disso, ele pensou enquanto continuavam a caminhar até Haruna e Megumi.
– Por que demoraram tanto? – Haruna pergutou e estreitou os olhos, vendo Satoru e Tsumiki trocarem um olhar cúmplice.
– Só nos distraimos. – Ele deu de ombros e estranhou quando Megumi o encarou desconfiado, literalmente a mesma feição que a Uchiha fazia – Vocês dois dão medo as vezes, sabiam disso?
– Irritante. – Os dois resmungaram ao mesmo tempo, fazendo o Gojo e a Fushiguro rirem.
– Então, vamos logo. – Segurou a mão de Tsumiki, que também segurou a do irmão, que já estava de mãos dadas com a Uchiha – Vamos pra casa.
Tsumiki os observou, enquanto Haruna sorria levemente na direção do Gojo, depois dele dizer alguma coisa que não prestou atenção, estava ocupada assistindo os quatro juntos. Estavam parecendo uma família, a família que sempre quis ter.
– Ah, vai! – Satoru a importunava, enquanto ela cobria o rosto com o travesseiro – Me dá uma dica!
– Eu já disse que não. – Haruna negou outra vez, com a voz abafada.
– Isso não é justo! – Ele fez um bico emburrado, cruzando os braços e virando a cara – Mesmo depois do que eu fiz agora?
– Eu não vou contar como é o meu vestido pra você, só porque a gente transou, Satoru. – Ela revirou os olhos, cobrindo seus seios com o lençol, se levantando da cama – Você vai me ver amanhã, ou vai dar má sorte... bom, pelo menos foi isso que a Shoko me disse.
– E você acredita nessas coisas? Dá azar se o noivo morrer de curiosidade, aí não vai ter casamento!
– Não seja dramático. – Haruna riu baixinho, pegando suas roupas que estavam jogadas pelo quarto – Agora vai embora, tô cansada e amanhã tenho que acordar cedo.
– O que? – Satoru fez um bico, se levantando da cama do jeitinho que veio ao mundo – Tá me chutando pra fora agora? Assim você parte o meu coraçãozinho.
– Não podemos nos ver amanhã até a cerimônia, isso também dá azar.
– Foi a Shoko que disse isso também? – Ele questionou vendo ela assentir, jogando uma cueca na cara dele – Engraçado, a fumante inexpressiva sabe mais das tradições de casamento que nós dois juntos.
– Vai logo!
– Só uma diquinha! – Ele juntou as mãos, fazendo um bico curioso e Haruna suspirou.
– Tá bem... – Ela cruzou os braços, vendo ele a encarar com expectativa – O meu vestido é...
– É...?
– Branco.
Ele murchou decepcionado, mas logo depois encarou o chão pensativo e então, Haruna estreitou os olhos desconfiada do silêncio dele.
– O que foi agora?
– Agora eu tô pensando na cara do Naobito se ele descobrir que a netinha dele não é mais purinha como o vestido representa! – Ele riu, vendo o rosto dela ficar vermelho como um tomate – Eu já vi tudinho aí, esse templo já foi muito bem adorado por mim.
– Satoru! – Haruna o repreendeu.
– Mas é verdade!
– Essa foi a sua deixa! Melhor você ir logo... – Haruna se aproximou e entregou o resto das roupas dele e ficou nas pontas dos pés, deixando um beijo rápido nos lábios dele – E comesse logo com o seu sono de beleza e vai embora, homem.
– Então tá bom! – Ele atravessou a porta e a olhou de relance – Te vejo no altar.
Haruna mordeu o interior de sua bochecha, ainda sentindo seu rosto quente e sorriu levemente envergonhada. Isso era muito clichê, era bem a cara dele.
– Eu vou ser a de branco. – Revirou os olhos, soltando uma risada curta.
– É claro que vai ser... não foi o que você disse? Você estragou a surpresa. – E saiu deixando a morena com cara de paisagem.
– Esse idiota...
...
Sua barriga estava fria e suas mãos suavam, o nervosismo estava ganhando do seu autocontrole. Se olhava no espelho, admirando a "obra de arte" como o cabeleireiro e a maquiadora tinham a nomeado.
Passou a mão pelo seu vestido branco, do jeitinho que queria no seu casamento, assim como sua mãe descrevia para ela quando criança, como sonhava em ver sua menininha de noiva.
Abaixpu a cabeça, sentindo seu coração se apertar com a vaga lembrança. Em um dia importante como esse, ter a figura materna a apoiando fazia muita falta.
Levantou o olhar novamente, admirando o vestido que a fazia se parecer com uma princesa. Com a saia ampla e volumosa, em tule, que se contrai em um corpete ajustado, marcando a cintura fina e realçando a silhueta.
Seu vestido transmitia uma sensação de realeza, encanto e romance, tornando-o digno de alguém em sua posição. Sendo herdeira de duas famílias poderosas, e estando prestes a fazer parte de outra, ninguém esperava menos que isso.
Escutou a porta do quarto se abrir devagar e logo depois sorriu levemente, estranhando ver Yaga vestido em um terno, totalmente diferente do comum, com seu uniforme jujutsu.
– Você está linda. – Ele elogiou, andando até ela.
– Obrigada.
– Acho que já está na hora. Satoru está quase arrancando os cabelos. – Ele diz com um ar divertido, fazendo a mais nova rir – Mesmo que não seja de todo ruim ver ele ter um ataque na frente de todo mundo, mas você está realmente muito atrasada.
– Eu sei... – Forçou um sorriso e segurou a mão que ele estendeu – Só estou um pouco... nervosa.
– Eu entendo. – Ele suspirou e olhou nos olhos dela – Eu sei que não sou seu pai, mas... saiba que te darei todo o apoio. E se quiser fugir, eu posso dar um jeito de te tirar daqui sem que todos vejam, pra não cometer o erro de casar com aquele idiota.
Haruna arregalou os olhos e depois soltou uma risada gostosa, esquecendo até do nervosismo.
– Tá bem... acho que não preciso fugir.
– Tem certeza? – Eles entrelaçaram os braços, andando pela mansão da propriedade do clã Gojo, já podendo queimar o som das conversas – Ainda da tempo.
Haruna sorriu levemente, negando com a cabeça com a implicância do mais velho, vendo o caminho coberto com algumas pétalas brancas enquanto andavam.
Quando todos os viram, se levantaram. Só então, Haruna percebeu que realmente era muita gente, de todos os clãs impotentes e entre outros feiticeiros de elite.
Naobito estava presente, e estava com a cara de poucos amigos. Quase riu com a visão. Ele estava assim provavelmente por não estar no lugar de Yaga.
Mas os únicos que deu atenção, foi para seus amigos e também seu alunos.
Só então, seus olhos negros se chocaram com os azuis, e então, de repente só os dois estavam ali. Não ligava para a presença de mais ninguém.
Apenas ele, Satoru Gojo. A esperando no altar, vestido com um terno branco sob medida, que valorizava muito seu corpo alto e musculoso.
Se teve alguma hesitação antes, ela não existia mais. Seu sorriso aumentava cada vez que se aproximavam dele.
Os olhos de Satoru brilharam quando a viu andar até ele, ostentando seu sorriso perfeito. Haruna estava parecendo uma princesa de verdade, aos seus olhos, a mulher mais bonita do mundo e o melhor, era toda sua.
Yaga o encarou com a feição séria e apertou a mão do platinado com mais força do que pretendia, fazendo o Gojo engolir um grunhido nervoso.
– É melhor cuidar bem dela... se não... – Apertou a mão ainda mais, e jurou ter escutado até seus ossos estalarem no aperto de mão.
Shoko que estava ao lado oposto, como a madrinha, segurou uma risada, enquanto Nanami apenas ignorava a cena.
– Eu vou. – Satoru assentiu rapidamente, quando Yaga soltou sua mão e entregou a de Haruna, dessa vez com mais delicadeza.
Haruna entrelaçou seus dedos e logo depois se viraram para o celebrante, começando a cerimônia.
Os minutos pareciam eternos para o Gojo, que não conseguia tirar os olhos dela. Após trocarem as alianças, trazidas por Megumi, finalmente chegou a parte que ambos ansiavam.
– Haruna Uchiha. Você aceita Satoru Gojo como seu legítimo esposo?
– Sim. – Haruna assentiu, já sentindo suas bochechas doerem de tanto sorrir, sem conseguir tirar os olhos do homem a sua frente, que a encarava emocionado.
– E Satoru Gojo. Você aceita Haruna Uchiha como sua legítima esposa?
– Sim! – Ele exclamou, fazendo algumas pessoas específicas rirem da empolgação do platinado.
– Sendo assim, com o poder a mim dado, nesse momento, eu os declaro... marido e mulher. – O celebrante olhou para o Gojo – Pode beijar a noiva.
Satoru não esperou nem mais um segundo, pegou a sua esposa pela cintura e a beijou quase desesperado, fazendo-a sorrir durante o beijo.
Quando se separaram, encostaram suas testas e continuaram abraçados, enquanto todos comemoravam ao redor deles.
– Agora você não escapa de mim, esposa. – Ele diz perto de seu ouvido.
– E quem disse que eu vou escapar, marido? – Haruna rebateu com um sorriso divertido, sentindo um frio no estômago ao escutar ele a chamar assim – Eu nunca fujo de um desafio.
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