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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟔𝟗

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- Que coisinha mais fofa! Ele tem os olhos da Haruna-Sensei! - Yuuji babava o pequeno Toya ao lado de Yuta, Maki, Nobara e os outros, o observando através do vidro do berçário do hospital, onde o bebê balançava suas perninhas, segurando um de seus pés.

- Ele é bonitão mesmo! - Satoru se gabava ao lado dos outros, que não perderam tempo em conhecer o novo integrante da família Gojo-Uchiha - Puxou ao pai, é claro!

- Falem baixo, isso é um hospital. - Shoko chegou, ostentando sua barriga de seis meses e passou a mão nos fios castanhos rebeldes, que estavam um pouco úmidos - Já basta o céu estar praticamente caindo lá fora.

- Não fique tão nervosinha, isso não faz bem pra minha nora. - Satoru alfinetou, apontando para a barriga dela.

- Não começa. - Shoko fez um bico.

- Que a Haruna-Sensei me perdoe, mas... Gojo-Sensei, se o Toya puxar a sua personalidade, da mesma forma que puxou sua cara... - Nobara resmungou ao lado de Shoko - Pode ter certeza que ele vai ficar bem longe da Nami, vou fazer esse favor ao Nanami.

- Assim você me magoa, Nobara! - Satoru pós a mão no peito ofendido.

- Ela está certíssima. - Maki assentiu.

- Você também?!

- Acho que, tirando a mãe, o Yuuji quem deveria opinar nisso. - Yuta diz com um pequeno sorriso - Ele era bem próximo do Nanami-san, não é mesmo? É quase como um irmão mais velho pra Nami.

- Ovas! - Inumaki concorda, tocando o ombro do Itadori que paralisou.

- Não é pra tanto. - Yuuji olhou para a Ieire, com as bochechas coradas.

- Ele falava muito de você, Itadori. - Shoko sorriu levemente, descansando a mão em sua barriga - Nanami realmente te considerava mais que um simples aluno, ter você como uma figura fraterna pra nossa filha, me deixaria muito contente.

Yuuji abaixou a cabeça assentindo, escondendo seus olhos lacrimejando, emocionado. Satoru abraçou os ombros do rosado e deu uma risada curta.

- Não fica acanhado, Itadori. - Diz - Até o Megumi ficou mais soltinho, ficou pastorando o Toya como um cachorro de quarda assim que ele nasceu. Aquele garoto não demostra, mas ele já babou o Toya mais que todos nós!

- Isso é verdade, ele foi o primeiro a chegar. - Panda riu - Junto da Tsumiki-san.

- Falando naqueles dois, onde eles estão? - Nobara perguntou, lançando um olhar questionador para o Gojo com um de seus olhos, sendo o outro coberto por seu tapa-olho.

- Então com a Haruna no quarto. - Respondeu dando de ombros - Eles não largam ela desde que liberaram a entrada... falando nele, está quase na hora do Fofuxo comer, outra vez.

- É realmente um pai coruja. - Maki alfinetou.

- Tudo o que diz é, Fofuxo isso, Toya aquilo. - Panda se juntou a ela, fazendo os outros rirem - Ou, vejam como ele é tão bonito quanto eu!

- Olha só pra ele! - Satoru apontou para o bebê - Esse moleque é a minha cara, não tem como ignorar essa beleza!

Escutaram o som de burburinhos fofos que o bebê fazia e rapidamente voltaram a atenção no mini Gojo, que brincava com seus pés, como se fossem as coisas mais interessantes do mundo.

Todos voltaram a babar o bebê novamente, enquanto Shoko se aproximava de Satoru, que permanecia mais afastado, observando seu filho de longe, quase hipnotizado.

- Como foi? - Perguntou baixinho e Satoru suspirou, ainda sem deixar de olhar para o bebê através do vidro.

- O que?

- O parto. Foi complicado?

- Eu nunca... em toda minha vida... - Engoliu em seco - Vi Haruna sentir tanta dor.

- Entendo. - Shoko assentiu com os lábios franzidos - Fico pensando quando for a minha vez.

- É péssimo, mas quando o segura nos braços pela primeira vez, você vê que valeu a pena todo o esforço. - Shoko franziu a testa e Satoru riu baixinho - Foram as palavras da própria Haru.

- Entendi.

- É uma sensação indescritível, Shoko. - Satoru sorriu orgulhoso e depois olhou para baixo - Eu só queria que... ele estivesse aqui também e visto eu me tornar pai.

- Ele está vendo, e Nanami também, de alguma forma. - Shoko garantiu, tocando o ombro dele como uma forma de conforto para os dois - Seja lá onde estiverem, Nanami sempre estará junto da Nami. E Suguru olhará por você e Toya.

- Sim, eles estarão.

Enquanto isso, a algums metros de distância de onde estavam, no quarto em que a Uchiha estava, ela abraçava Tsumiki e Megumi, que estavam deitados com ela na cama do hospital, bem juntinhos. Ela sorria observando os dois conversarem e vendo Megumi tentando sair do aperto, sem sucesso.

- Eu não consigo parar de pensar no quão lindo ele é, tia Haru. - Tsumiki sorri, já se tornando uma irmã babona - Ele é bem travesso, aquela coisinha rechonchuda. E também é a cara do...

- Todos dizem isso. - Haruna revirou os olhos, com um pequeno sorriso nos lábios - Mas ao memso tempo é quietinho, só chora quando está com fome. Satoru diz que ele puxou a mim e ao Megumi nesse quesito.

- Fazem cara feia o tempo todo e se irritam fácil? - Tsumiki brinca, vendo os dois fecharem a cara.

- Você e o Gojo se merecem. - Megumi revirou os olhos.

- Ele realmente lembra você. - Tsumiki diz cutucando a bochecha do Fushiguro que resmungou - Claro, quando pequeno, porque agora você é um rabugento, Megumi.

- Não enche.

Haruna riu vendo os dois trocarem farpas outra vez, nunca se cancaria disso, sua família estava completa, parecia até um sonho, e se fosse, resava para nunca acordar.

A porta se abriu devagar e Satoru entrou com Toya nos braços, coberto por um manto azul. O mais velho estava sem a venda que cobria seus olhos, de acordo com ele, Toya não o reconhecia e não gostava quando ele usava aquilo. O pequeno ainda não viveu um dia completo e já está mandando no pai, que já atendia seus caprichos, Haruna pensou.

- Olha só quem chegou pra comer, outra vez. - Andou até a cama e o entregou a Haruna que o pegou com cuidado.

- Vem cá, meu lindo. - Haruna acariciou os cabelinhos platinados do filho, vendo os olhos negros iguais aos seus a encararem, enquanto já começava a procurar seu seio para mamar - Você está faminto, hein?

- Agora que está entregue. - Riu vendo o bebê abocanhar o seio da Uchiha rapidamente. Olhou para os dois Fushiguro - Fofinha, pode ir descansar e você também Megumi, passaram a noite acordados. Eu cuido deles.

- Eu sou a irmã mais velha, só vou sair daqui com os dois.

- Tem certeza? - Satoru bagunçou os fios castanhos da Fushiguro que riu com o gesto de afeto e assentiu - E você, Megumi! Faça o seu trabalho direito, viu? Depois de mim, você é o homem da família.

- Hum... - Megumi bufou ignorando o Gojo, enquanto observava o bebê, como se dosse o único ser naquele quarto.

- Não começa com a palestrinha, por favor. - Haruna suspirou com a paranoia dele - Se você está assim, fico imaginando se Toya fosse uma menina.

- Homem nenhum ia encostar nela! - Bateu o punho na palma da mão - Só eu e o Megumi, não é?

- É. - Assentiu e Haruna o encarou estupefata, enquanto Satoru sorria orgulhoso.

- Você concordou?!

- Ela não precisaria de abutres em seus calcanhares. - Megumi deu de ombros.

- Esse é meu garoto! - Satoru bateu três vezes nas costas do Fushiguro, fazendo ele se curvar pra frente - É por isso que temos um arsenal em casa, Megumi.

- Eu não acredito...

Tsumiki soltou uma risada gostosa, fazendo os outros a acompanharem, enquanto Toya permanecia ocupado, olhando ao redor com seus olhinhos curiosos, deixando a Uchiha ainda mais apaixonada pelo seu novo garotinho.

...

Nove anos depois...

Megumi esperava do lado de fora da escola de ensino fundamental com uma carranca emburrada, ao lado de Yuuji que segurava a risada a todo custo. O rosado mordeu o lábio inferior, quando o moreno lançou um olhar assassino na direção Itadori.

- Tá rindo de quê?

- Eu? - Yuuji apontou pra si mesmo - Nada.

Megumi estreitou os olhos, virando a cara pro outro lado e cruzou os braços, vendo que todas as crianças já tinham ido embora a tempos, enquanto os dois ainda esperavam do lado de fora, plantados a quase uma hora. O sol do fim de tarde já tinha sumido há um tempinho e o céu começou a escurecer.

Fushiguro resmungou baixinho, fazendo o Itadori soltar uma gargalhada alta.

- Isso não é engraçado! - Deu um soco no ombro do rosado, que mesmo assim não parou de rir.

- É sim! - Yuuji sorriu provocativo - Está furioso, sendo que ele fez a mesma coisa que você fazia na escola, é um mini valentão! É como um dejavu pra você?!

- Cala a boca, idiota. - Megumi fechou a cara - E não se esqueça que a Nami está no meio.

- Não venha jogar a culpa nela, todo mundo sabe que o Toya sempre encontra maneiras de incluir as pessoas nas encrencas com ele.

- Ela se envolve por que quer, ele não a obriga a nada. - Franziu os lábios, vendo o Itadori dar de ombros e trincou a mandíbula - Mas ele vai levar um bom corretivo, Haruna sempre foi boa com castigos.

Megumi se lembrava dos sermões incrivelmente grandes que ela conseguia fazer quando ele era só um moleque, sentia que seus ouvidos sangrariam, e o peso na consciência ficava insuportável. Mas como ser cabeça dura era de família, rapidamente esquecia e se metia em brigas outra vez.

- E o Gojo?

- Aquele idiota vai é parabenizar os feitos do filho, nem que seja pelas costas dela. - Megumi revirou os olhos, ainda se lembrando de como Gojo não se importava com suas brigas, e adorava quando sabia que ele tinha se dado bem, mas com Haruna era outra história - Tem que ser pelas costas mesmo, ou então, vai se juntar ao castigo também.

- É bem a cara dele. - Yuuji sorriu - Mas olha, Toya faz isso pra chamar sua atenção, ele se espelha muito em você, Megumi.

- Isso não vai livrá-lo do castigo. - Deu de ombros, negando com a cabeça e segurando um pequeno sorriso discreto - Eu também não escapava.

Pararam de conversar quando escutaram passos, e Yuuji se abaixou quando uma cabeleira loira apareceu e pulou em seus braços, com um sorriso gigantesco.

- Irmãozão! - Nami se soltou do abraço e encarou o Itadori, com seus grandes olhos castanhos esverdeados - Desculpe, não consegui impedir.

- Não tem problema, lindinha. - Yuuji afagou os fios loiros dela e sussurrou - Mas você não vai escapar da bronca da sua mãe.

- Isso é tudo culpa sua, Toya. - Nami revirou os olhos, enquando o platinado se aproximava - Eu te disse pra não ser meter com aqueles brutamontes.

- Eu não ia parar de qualquer maneira, você viu o que aqueles caras estavam fazendo, Nami. - Toya chegou a diferente da mais nova, andava com calma e uma feição indiferente, evitando o olhar penetrante dos olhos azuis escuros do Fushiguro - Todos eles mereceram.

Megumi suspirou, encarando os olhos negros incrivelmente parecidos com o da mãe, e a mesma feição carrancuda quando era contráriado de algo que julgava certo. Para todos, Toya Gojo era uma cópia fiel do pai, mas quem o conhecia de verdade, sabia que o garoto carregava o gênio difícil dos Uchiha nas veias.

Ele só precisava começar a falar e pronto, a figura de Haruna quando era apenas uma criança rebelde estava presente, até as mesmas manias e o jeito de andar eram iguais.

E graças a suas confusões e o estresse misturado com seu pavil curto, que em um acidente em suas brigas na escola, de alguma forma, acabou despertando a herança que herdou de sua família materna. Haruna não queria que nenhum de seus filhos tivessem esse peso tão cedo nos ombros, mas não poda mentir em se sentir impressionada ou orgulhosa.

Então, graças a esse pequeno detalhe, para alguns, era melhor dizer que o garoto na verdade deveria ser reconhecido por Toya Uchiha, aquele que tomara o lugar de sua mãe um dia. Diferente das gêmeas caçulas da família, que se mostravam ser entrementes parecidas com Satoru Gojo, possivelmente herdarão os dons da família paterna.

- Você também está merecendo uma surra, moleque. - Megumi segurou o garoto de cabelos brancos pela orelha, fazendo ele resmugar.

- Tá bom! Tá bom! - De debateu, quando o Fushiguro o lavava até o carro - Tá doendo, irmãozão Megumi!

- Não reclame, o castigo que a sua mãe vai te dar, vai ser bem pior. - Abriu a porta do carro e o garoto estremeceu quando escutou sua mãe e castigo juntos na mesma frase, enquanto Yuuji e Nami riam baixinho, fazendo o moreno estreitar os olhos para os dois, que se calaram imediatamente - Vamos embora.

- Está bem, já vou deixar a Nami em casa. - Yuuji diz pegando a garotinha e a colocando sobre seus ombros, fazendo ela soltar uma risada animada - A gente se vê mais tarde, Fushiguro!

- Boa sorte, Toya! - Nami riu levemente vendo ele fechar a cara.

Megumi entrou no carro e olhou para o garoto por um momento, ele era uma criança bem quieta e reservada, mas quando aprontava, nunca era uma coisinha qualquer que poderia passar batida.

O caminho foi em silêncio total, Megumi se sentia preso em um dejavu toda vez que isso acontecia, se lembrava de sair da escola e ver Haruna o observar com um olhar furioso. Se lembrava de estar no lugar do garotinho ao seu lado, enquanto Haruna dirigia até em casa em silêncio, mas preparando o discurso mentalmente.

E todas as vezes se lembrava das palavras dela, todas elas.

Na época não ligava e achava uma chatice, algo que qualquer criança irritada com a repreensão pensaria, mas agora entendia o que ela queria dizer. Os ensinamentos que ela queria passar, por ter mais experiência de vida e saber o que ele estava sentindo, melhor do que ele mesmo.

- Toya... - Começou mas foi interrompido pela risada de escárnio do garoto.

- Já sei o que você vai dizer, que eu devo parar com isso, não é? - Revirou os olhos vendo o Fushiguro voltar a olhar para a rua - Eu fiz o que eu achei ser o certo, foi o que você e a mamãe me ensinaram.

- Olha... - Megumi já tinha a resposta na ponta da língua e sorriu levemente - Bater em seus colegas, não é o certo a se fazer.

- Eles não são meus colegas. - Rebateu com uma feição indiferente - E eles fizeram coisas piores com outras pessoas, receberam da mesma moeda.

O Fushiguro paralisou por um segundo, vendo o mais novo cruzar os braços e virar a cara para o lado oposto com birra, depois riu, fazendo o garoto franzir a testa, confuso com a atitude do mais velho.

- Por que está rindo? - Perguntou - Não era pra você estar me dando um sermão agora?

- Deixo essa missão pra sua mãe. - O olhou por um segundo com um sorriso divertido. Toya se afundou no assento, engolindo em seco - E nada vai te fazer escapar disso.

Chegaram na frente da mansão e Megumi percebeu que o carro de Haruna ainda não estava estacionado, então ela não chegou do trabalho ainda. Olhou para o platinado ao seu lado e tocou a testa dele com os dois dedos, fazendo o menor fechar os olhos, não esperando isso do Fushiguro.

- Vê se não apronta mais, seu pai está em casa com suas irmãs. - Toya assentiu ainda temeroso - Não tenha medo, você sabe que sua mãe nunca levantou a mão pra você.

- Quem dera ela me desse uma surra, a dor dura menos tempo. - Soltou uma risada curta.

- Você que pensa. - Megumi deu um pequeno sorriso - Quando começar a terminar com ela, você vai sentir a verdadeira dor de quebrar alguns ossos.

Toya fechou a cara e rapidamente escutou um som de latido e viu seu cachorro, tão negro quanto seus olhos correndo até eles depois de passar pelo portão na entrada.

- Divino! - Toya se abaixou e o cachorro pulou em cima dele quase o derrubando pelo sei tamanho.

- Ele cresceu bastante desde a última vez que vim aqui. - Megumi observou.

- Eu cuido bem dele, foi um presente seu, irmãozão Megumi. - Toya estava tão entretido com seu companheiro de quatro patas que não viu a feição surpresa do mais velho - Irmãozão, você...?

- A gente se vê amanhã, vou ter tempo livre pra te ajudar com seu treinamento. - Avisou - E Tsumiki disse que virá ver vocês também, disse que estava com saudades.

- Legal! - Comemorou saindo do carro e pegando sua mochila, acenou se despedindo - Até amanhã, irmãozão Megumi!

...

Haruna estalou o pescoço sentindo a tensão, depois de um dia inteiro no trabalho. Administrar tudo na escola jujutsu parecia muito mais fácil quando Yaga fazia isso, ou talvez, simplesmente era pelo fato dos velhos não estarem mais lá pra opinar em nada.

Não querendo ser presunçosa, mas estava fazendo um excelente trabalho. Mas agora, só o que queria era voltar pra casa, pra sua família.

Estacionou o carro na garagem e saiu, pegando sua bolsa, a noite estava agradável, o vento estava frasco e o som das cigarras ecoavam pelo jardim. Mas não era só isso que escutava, o som de gritos, risadas e latidos chamaram sua atenção e não consegiu não sorrir.

Andou até a entrada, abriu a porta e depois trancou. Passou pelo hall de entrada e deixou sua bolsa sob a mesinha de centro na sala, abriu as portas duplas de vidro que dava até o jardim e viu Satoru correndo de um lado para o outro no meio da noite, sendo seguido por Divino, com duas criaturinhas que nem chegavam na altura de sua cintura.

- Venham cá, suas pestinhas! - Ele agarrou uma delas e logo depois pegou a outra, as prendendo em seus braços - Peguei vocês!

- Não, não! - Sora, a nossa caçula, com seus cabelos platinados bagunçados pela correria se debatia - Não, papai!

- Tá na hora de dormir! - Satoru as levantou - Se a mãe de vocês chegar e ver vocês acordadas uma hora dessas, ela vai ficar brava!

- Eu não tô com sono! - Suyen, a mais velha das gêmeas resmungou com uma carreta, tendo seus cabelos negros na frente do rosto, pela forma que Satoru a segurava, tendo o cão negro puxando a calça do platinado com os dentes, como se tentasse o convencer a soltar as duas.

- Tarde demais. - Haruna cruzou os braços, chamando a atenção deles.

- Mamãe! - As gêmeas gritaram, se soltando dos braços do pai e correram como dois furacões na direção dela, que se abaixou e quase caiu de costas quando as duas pularam em seus braços.

- Já tomaram banho? Escovaram os dentes?

- Sim! - Elas concordaram.

- E o que vocês duas ainda estão fazendo acordadas? - Fingiu uma cara enraivecida, fazendo as duas sorrirem cúmplices, se olhando com seus olhos azuis idênticos.

- O papai não consegiu segurar a gente. - Suyen riu.

- Ele é muito lerdo. - Sora concordou.

- Ah, então eu passei o dia brincando com vocês pra falarem mal de mim?! - Satoru as tomou dos braços da morena - Agora vocês não escapam! Hora de dormir!

Haruna riu, vendo ele correr, carregando as gêmeas escada a cima, os seguiu e andou até o quarto delas, com Divino em seu encalço. Entrou e pegou Sora no colo, acariciando seus fios brancos e a levou até a cama, enquanto Satoru levava Suyen e fazia o mesmo.

- Eu não quero dormir. - Suyen fez bico.

- Eu não tô com sono, mamãe. - Sora diz depois de um bocejo. Instantes igual ao pai, Haruna negou com a cabeça.

- Não é o que parece. - Deixou um beijo na testa dela e a cobriu com o cobertor rosa, vendo ela piscar seus olhos azuis se segurando pra não dormir - Boa noite.

- Boa noite, minhas princesinhas. - Satoru afastou a franja de Suyen e também deixou um beijo, a cobrindo até o pescoço, vendo ela assentir e se virar para o lado, fechando os olhos azuis rapidamente.

Desligaram a luz do quarto, deixando apenas o abajur aceso, e Satoru se aproximou da esposa, deixando o queicho apoiado no ombro dela, enquanto observavam as duas que já pagaram.

- Então, fico pensando em como duas meninas de quatro anos podem te enganar tão fácil?

- Elas me ganharam com aqueles olhinhos fofos me encarando. - Deu de ombros.

- Elas só queriam fazer cena, estavam morrendo de sono. - Sussurrou baixinho - Como podem se parecer tanto com você, Satoru?

- Bom, estamos quites. - Satoru deixou um beijo na bochecha dela, enquanto saíam no quarto e ela fechou a porta devagar - Toya pode se parecer comigo, mas a cabeça dura veio de você.

- Falando nele, onde ele está?

- No quarto, se escondendo de você. - Riu baixinho, vendo ela franzir a testa - Ele aprontou denovo, bateu em uns veteranos e pegou uma semana de suspensão.

- Eu não acredito... - Haruna segurou a risada - É como voltar ao passado.

- É, o moleque não teve nenhum arranhão, meu garoto. - Satoru sorriu orgulhoso, mas desmanchou quando viu a feição indiferente dela.

- Vou vê-lo.

- Só não demora. - Ele sorriu malicioso e Haruna sentiu suas bochechas corarem como uma adolescente.

Se virou sem dizer nada e andou até a porta ao lado do das gêmeas, onde Divino esperava sentado na frente dela para poder entrar, abriu a mesma e rapidamente viu seu primogênito escondido debaixo das cobertas.

Divino correu até sua caminha ao lado da do platinado e se deitou obediente, acariciou os pelos do labrador e depois voltou a observar que Toya continuava escondido e negou com a cabeça e andou devagar até a ponta da cama, tirou alguns vídeo games e revistas em quadrinhos que estavam jogados de qualquer jeito nas cobertas e deixou em cima da escrivaninha.

- Toya, eu sei que está acordado.

- Eu sei que você sabe. - Ele tirou o cobertor do rosto, revelando seus olhos negros - Aquele cara me dedurou, não foi?

- Aquele cara é o seu pai. - O repreendeu - E mesmo se ele não me contasse eu ficaria sabendo de qualquer jeito, o Megumi foi te buscar, não foi?

- Sim. - Encolheu os ombros.

- E a Nami? - Estreitou os olhos - Ele estava no meio também?

- Estava. - Respondeu sem rodeios.

- Você não muda mesmo, meu filho. - Negou com a cabeça - Quantas vezes eu já te disse pra não usar os resultados do seu treinamento com eles? E ainda mais, envolvendo a Nami nisso.

- Ela me seguiu porque quis. - Fez bico - E eles estavam importunando um garoto, ele era mais novo que eu, estavam batendo nele. Eu fiz o que achei ser o certo, eu o protegi, mãe.

- As vezes... o que você acha ser o certo, não é o que deve fazer.

- Isso não faz sentido.

- Toya, meu filho. Vou te ensinar uma coisa, e peço que preste atenção, você já tem idade pra entender, nem que seja um pouco. - Suspirou cansada, se aproximou e acariciou o rosto dele, que a encarava com atenção - Me ensinaram isso uma vez, e eu já disse isso ao próprio Megumi também quando ele nem mesmo começou a estudar jujutsu, e agora, vou passar esse ensinamento a você.

- O que é? - Perguntou curioso.

- Somos apenas pessoas comuns levadas à vingança em nome da justiça. Mas se a vingança é chamada de justiça, então a justiça só geraria ainda mais vingança e se tornaria uma corrente de ódio.

- O que isso significa? - Toya se sentou na cama com curiosidade.

- Lembra das histórias que te contei sobre a nossa família? - Sorriu vendo ele concordar - Eu me esforçei todos os dias para poder vingar a todos que eu amava, mas depois que eu consegui... depois que o sentimento de satisfação acabou, eu percebi que, de qualquer forma, eu estava sozinha... aquilo não valia de nada, minha família não voltaria só porque eu me vinguei.

- O que... você sentiu, mãe? - Ele segurou a mão dela, que estava sob sua bochecha.

- Algo horrível, Toya. - Sorriu tristemente - Eu senti o vazio. Mas... o seu pai apareceu, e me mostrou que eu não estava sozinha. A minha jornada, foi ainda mais importante que atingir meu objetivo, eu consegui amigos.

- E o que isso tem haver com o que eu fiz?

- Isso mostra, Toya, que o caminho que eu julguei ser o certo, não era o único que eu poderia ter seguido. Katsuo matou a nossa família, mas eu... fiz a mesma coisa com ele. - Haruna diz e olhou nos olhos dele - Você já parou pra pensar, que batendo neles, pra conseguir fazer a sua justiça... você acabou, de alguma forma, fazendo a mesma coisa que eles? Isso não te fez diferente.

Toya encolheu os ombros e abaixou o olhar, de serta forma envergonhado. Mas franziu a testa quando escutou ela rir levemente, e voltou a encarar sua mãe, admirando o lindo sorriso que ela tinha em seus lábios.

- Mas não se sinta mal, todos nós erramos, somos humanos afinal. O importante é você aprender com seus erros e melhorar a acada dia. - Levou os dedos até a testa dele, dando um leve toque na região, fazendo ele sorrir também - Você ainda é jovem, vai aprender.

- Entendi. - Assentiu se deitando novamente, vendo ela se levantar e o ajudar a se cobrir, deixando um beijo em sua testa.

- Ah... e não pense que vai escapar do castigo, mocinho. Sem vídeo games por uma semana, e nada de televisão e telefone ou algo do tipo também.

- Mas, mãe... - Resmungou frustrado.

- Nada de mais. - Andou até a porta - E o seu treinamento vai aumentar durante essa suspensão, não era o seu desejo ser um feiticeiro jujutsu?

- Sim.

- Então, preparece. - Haruna viu ele se acomodar melhor na cama e fechar os olhos. E sussurrou - Boa noite.

Apagou a luz e fechou a porta devagar ao sair. Andou até o fim do corredor e abriu a porta do quarto, vendo o lugar quase completamente escuro, apenas com a luz da lua iluminando através da cortina.

Tirou a jaqueta azul de seu uniforme jujutsu e andou até o banheiro, pronta pra tomar um banho quentinho.

Minutos depois, já de banho tomado e vestida com uma camisola vermelha, tendo deixado todos os vestígios do estresse descerem pelo ralo. Andou até a cama, pronta para se deitar, estranhou quando não viu Satoru pelo quarto, deu de ombros. Mas logo depois suspirou quando sentiu um beijo em seu pescoço e braços fortes abraçarem sua cintura.

- Você sempre sabe como lidar com qualquer situação. - Ele sussurrou.

- Você estava ouvindo? - Encostou sua cabeça no peito dele, entrelaçando seus dedos.

- Sim. - Ele diz perto de seu ouvido, fazendo seus pelos se arrepiarem - Mas agora que as crianças já estão dormindo, que tal eu te fazer perder todo esse seu estresse, hein?

- E como você pretende fazer isso, senhor Gojo? - Se virou ficando de frente pra ele, percebendo que ele apenas usava uma calça moletom, ostentando seu abdômen bem definido. Mordeu o lábio inferior, fazendo os olhos dele se dilatarem.

- É fácil, eu só preciso... - Roça seus lábios levemente e aperta a cintura dela com uma das mãos, enquanto a outra colocava uma mecha negra dela trás da orelha - Te deixar completamente maluquinha na nossa cama, enlouquecendo de prazer, enquanto eu te faço esquecer até seu próprio nome.

Haruna sorriu e avançou nos lábios dele, que devolveu o movimento da mesma forma. Ele a empurrava lentamente até a cama, a derrubando nos lençóis macios.

Subiu por cima dela e beijou sua pele alva do pescoço, a ouvindo soltar gemidos baixos, levou sua mão até a camisola dela e subiu, vendo que ela não usava nada por baixo e sorriu malicioso.

- Você está bem ousada por meu gosto, senhora Gojo. - Deslisou seus dedos até aquela região, pressionando seu polegar na área sensível dela que já começava a ficar molhada, fazendo ela soltar outro gemido.

- E você não gosta? - Sorriu provocativa, sentindo a ereção dele perto da sua intimidade.

- Até demais... - Voltou a beijá-la, subindo a o único tecido dela, pronto para tirá-la, mas quando estava quase conseguindo escutou uma batida na porta - Ah, não...

- Mamãe? - Escutaram a voz das gêmeas.

- São elas... sai de cima. - Haruna diz baixinho, o empurrando.

- Faça silêncio, elas vão voltar. - Satoru sussurrou, ainda esperançoso.

- Papai, está acordado?

- Abre a porta, velhote. - Toya bateu na porta, tirando os vestígios de esperança do mais velho, que franziu os lábios quando Haruna o encarou com uma feição divertida - Abre logo.

Ele grunhiu, enquanto saia de cima da esposa e pegava um travesseiro pra esconder seu probleminha, enquanto Haruna ria baixinho, arrumando sua camisola, se levantando da cama.

- Eu pensei que tinha cansado elas, passei o dia inteiro correndo com as duas. - Satoru resmungou baixinho - E o Toya? Não tinha apagado?

- Não seja dramático. - Haruna se aproximou dele e deixou um beijo rápido nos lábios dele - Depois eu vou te recompensar.

- Olha que eu vou cobrar, minha imperatriz.

Haruna revirou os olhos com um sorriso contido e andou até a porta a abrindo, vendo seus três filhotes do lado de fora, segurando os cobertores.

- Por que não estão dormindo?

- Ficamos com medo. - As gêmeas responderam.

- Fomos até o Toya, mas ele é um medroso! - Suyen apontou pro mais velho que fechou a cara.

- Eu não estava com medo, só quero deixar esas duas com vocês!

- E você não quer ficar também? - Cruzou os braços, vendo ele contrair os lábios e virou a cara, com toda a certeza com o orgulho ferido.

- Quero, mãe.

- Então o que estão esperando? - Se aproximou e abraçou os três os levando pra dentro.

Satoru abriu os braços e as gêmeas se jogaram em seu colo, já com o probleminha adormecido. Enquanto Haruna e Toya se deitavam no outro lado da cama.

- Então vocês estavam com medo de que? - Satoru perguntou, olhando para os três.

- Uma coisa debaixo da cama, papai! - Sora respondeu.

- Ele era grande e feio! - Suyen continuou.

- Ah, mas ele não se atreveria a mecher com nenhum dos meus docinhos! - Satoru abraçou as duas puxando Toya e Haruna junto que resmungaram com o aperto - Sabe porquê? Porque o seu pai é o feiticeiro mais forte do mundo e a mãe de vocês dá medo em qualquer um!

- A última parte não é mentira. - Toya diz brincalhão fazendo o mais velho soltar uma risada.

- Que bom que sabe, Toya. - Haruna diz com sarcasmo.

- Você nem imagina, filhote. - Afagou os cabelos brancos do filho que se aconchegou nos braços dos pais, junto das irmãs - Mas agora vocês tem que dormir...

- Conta uma história! - Toya pediu, com seus olhos de cachorrinho sem dono - Por favor! Por favor!

- Vocês prometem que vão dormir se eu contar? - Perguntou vendo eles concordarem e encarou a mulher ao seu lado que observava os quatro com um sorriso carinhoso - Bom, era uma vez, em um dia completamente comum... um cara muito bonito, bonito mesmo, ele estava caminhando sem rumo e depois encontrou uma garota sozinha, ela estava meditando, mas então ela se assustou com a beleza dele, eu não a culpo...

- Satoru. - Haruna o repreendeu.

- Tá bom, tá bom... ela não se assustou com a beleza dele, ele a assustou por se aproximar demais. - Satoru diz olhando para os filhos, e depois olhou de relance para a Uchiha, lhe lançando um olhar cheio sentimentos - E quando ele viu os olhos dela pela primeira vez, não adimitiu naquele momento, mas... tinha acabado de perceber que aquela era a garota mais bonita que ele já viu em toda a sua vida.

Haruna arregalou os olhos levemente e seus lábios ficaram entreabertos, enquanto os olhos azuis infinitos a encararam por alguns segundos antes de voltar aos pequenos em seus braços.

Sua família.

Sorriu olhando para baixo, enquanto ele continuava a contar a história, que era familiar até demais. Os três já lutavam para ficarem acordados, e duvidava que aguentariam até o final, já que conhecia essa história de cor, e era muito, muito longa.

A história onde uma garota sozinha conseguiu conquistar algo muito mais precioso do que aquilo que realmente buscava, seu caminho era sombrio, frio e solitário, mas uma luz apareceu do nada, e iluminou seu caminho, mesmo que as sombras tentassem o afastar a todo o custo. E com isso, a impediu de afundar ainda mais na dor, a fazendo conhecer a verdadeira felicidade, o que realmente importava, até o final.

E que história é essa?

Bom, essa é uma pergunta fácil de responder.

Como eu já tinha dito antes, essa é a minha história!












































Sou péssima com finais!

Mas é isso meus amiguinhos e amiguinhas, agora que eu parei pra pensar, já faz quase dois anos que eu comecei a escrever essa história, eu não via a hora de terminar e ver os resultados de tudo que escrevi, mas agora que chegou ao fim eu não consigo acreditar nisso!

Vou sentir falta de escrever Bloody Eyes e ver as reações que vocês tinham a cada capítulo novo, mesmo que as vezes eu tivesse um pouco de preguicinha de escrever, que convenhamos, jujutsu kaisen não é um anime fácil de escrever, quem tem fic de jujutsu entende do que eu tô falando kkk.

Mas mesmo assim eu amei cada instante, obrigado a todos que acompanharam desde o começo, durante e também para os que chegaram agora, por ter dado uma chance a essa história, e lido até o final. Graças a todos vocês, meus leitores, que tive motivação pra chegar até aqui!

Muito obrigado!

Um cheiro no cangote!

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