
ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟔𝟓
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- Nossa, parece que eu não venho aqui a muito tempo... em Shibuya. - Satoru diz, ao lado de Haruna e Ijichi, indo em direção do terraço do prédio vazio em que estavam.
- Falando nisso... eu acabei não te perguntando como o tempo passava no reino da prisão. - Haruna olhou para o platinado com curiosidade.
- Era como se você estivesse atolado de trabalho, mas uma semana passava num piscar de olhos. - Respondeu - Uma contradição bizarra que você não quer repetir nunca mais, era esse tipo de sensação.
- Eu consigo te entender... - Ijichi murmurou soltando um suspiro cansado.
- O que aconteceu com as pessoas que estavam no quinto subsolo? - Satoru olhou de relance para a esposa, que cruzou os braços desconfortável.
- Aqui foi o epicentro das maldições durante o último acidente aqui em Shibuya. - Ela respondeu - A taxa de sobrevivência dos não-feiticeiros diminui quanto mais próximos daqui. Mas não havia nenhum sinal de maldições no 5° andar em decorrência dos resquícios da sua energia amaldiçoada.
- E as pessoas atingidas pelo vazio imensurável? - Os três subiam os degraus que levavam até o topo do prédio.
- Sem problemas. - Ijichi respondeu - Todos já foram reintegrados a sociedade.
- Ótimo! - O platinado esticou os braços para cima e estalou os dedos das mãos - Bem, vamos começar.
Haruna observou que Utahime e Gakuganji já estavam se preparando para ajudar a chamar a atenção de Sukuna, mesmo longe, ela podia sentir a presença do feiticeiro milenar, e a de Megumi também, mesmo que a dele esteja bem fraca, conseguia diferenciar.
Seu estômago embrulhou, se aproximou do Gojo e segurou o pulso dele, o puxando para ficar mais afastados dos outros, onde poderiam ter mais privacidade.
- O que foi? Já está enjoada, não é? - Satoru perguntou preocupado com a feição nervosa da morena - Eu disse que não era uma boa ideia você vir junto.
- Eu já estou indo...
- Pensei que tínhamos combinado de você não sair da minha vista.
- Não concordei com isso. - Fechou a cara - Vou encontrar o Kenji, é ele que eu quero primeiro... e sei que ele também está me esperando.
- Não gosto da ideia de você sair sozinha.
- Não estou sozinha. - Acariciou sua barriga e apontou para seu sinal na testa - E tenho um plano.
- É claro que você tem, você sempre tem um plano. Mas eu ainda não entendi direito o que esse sinal misterioso faz. - Segurou as duas mãos dela e deixou um beijo sob o anel que adornava o dedo dela - Só tome cuidado. Tome conta do nosso bebê.
- Eu sempre tomo cuidado e venho cuidando dele desde o começo, sobrevivi até hoje e já passei por coisas piores. - Assegura olhando nos olhos azuis infinitos e engoliu em seco - Satoru... faça o que for possível... por favor, tire o sofrimento do meu menino. Salve-o.
Ele olhou no fundo dos olhos negros da mãos nova e a puxou para um abraço apertado, sentindo os braços dela o segurarem como se tivesse medo dele desaparecer. Se separaram e ele sorriu segurando os ombros dela.
- Não se preocupe, assim que eu chegar lá aquele velho tatuado vai se arrepender de mexer com a minha família! - Diz com confiança - Posso fazer qualquer coisa. Afinal de contas, eu sou Satoru Gojo, não é?
Haruna sorriu e se aproximou mais, levando seus dois deles até a testa do mais alto, deixando um leve toque na região. Os olhos azuis brilharam com o gesto de afeto tão importante.
- Foi até mesmo selado, não é?
- Você e a Shoko se merecem.
Haruna revirou os olhos e deu um passo a frente, levando sua mão até a testa do platinado novamente, dessa vez dando um empurrão mais forte com os dois dedos no local. Satoru sorriu presunçoso e puxou a Uchiha pela cintura de súbito, deixando um beijo rápido em seus lábios carnudos.
- Se você morrer... eu te trago devolta, só pra te matar.
- Eu também te amo, moça bonita.
...
Kenji observava a distância junto de seu irmão mais velho, o prédio em que sentiam a presença de seus inimigos. A poucos minutos poderam sentir a energia amaldiçoada de Satoru Gojo e Haruna Uchiha quando chegaram.
- Vamos nos separar, vou atrás da Uchiha.
- Se tomar jeito de homem, deixar de ser um preguiçoso e vencer essa luta, e se vencer, deixe-a viva pra mim. - Sukuna diz - E não machuque o rosto dela, aquela beleza não se encontra tão facilmente.
- Então não fique se amostrando, se você perder... bom, seria engraçado ver isso acontecer. - Kenji riu vendo o mais velho fechar a cara - Mas aí, todo o meu esforço durante esses séculos vão por água a baixo, e isso não é engraçado. Não sou de trabalhar por nada.
- Sukuna-sama...- Uraume coçou a garganta, chamando a atenção dos dois - A luta será hoje, dia 24, mas onde e quando?
- Isso é irrelevante.
- Hum? - Uraume franziu a testa quando do escutou o som alto e estridente de uma guitarra, ao longe, sob um prédio.
- Viu só? Então é assim. - Riu divertido - São bem extravagantes.
- É um belo início, mostra que não vai ser totalmente um tédio. - Kenji diz ao lado de Sukuna.
Logo depois uma explosão de energia amaldiçoada foi direcionada na direção dos três, e rapidamente foi reconhecido por Kenji, o vazio roxo, o ataque de Satoru Gojo estava ainda mais poderoso do que nunca.
Tudo aconteceu em poucos segundos. Kenji olhou para o irmão mais velho e viu Sukuna levar as duas mãos para frente, pronto para parar aquela imensa esfera que viajava quase na velocidade da luz.
O ataque não atingiu os três feiticeiros, mas o prédio em que estavam foi levado a baixo.
Graças a barreira feita por Ijichi, Sukuna não previu corretamente o primeiro movimento de Gojo. Apensar de ser capaz de sentir a sua presença, ele não foi capaz de prever a liberação de energia amaldiçoada até momentos antes do impacto.
- Você que se vire com essa doninha raivosa, Sukuna. - Kenji tossiu pela poeira dos escombros do prédio e deu um tapinha no ombro de Sukuna, andando até o lado contrário.
Sukuna saiu da poeira, que estava tão densa que não podia se ver o que estava coberta por ela, e avistaram a cabeleira branca do Gojo que havia acabado de chegar ao local com um sorriso confiante e ansioso.
...
Haruna assistiu o vazio roxo viajar em uma velocidade impressionante até o prédio em que Sukuna estava, mas o edifício não durou muito, foi completamente destruído.
A poeira abaixava lentamente, mas sabia que a luta entre Satoru e Sukuna já estava pra começar.
Tirou suas agulhas douradas que guardava em sua jaqueta e lançou para a direção contrária em que aquele dois estariam, sabia que não precisaria se esforçar muito pra encontrar quem estava esperando.
E de fato, não foi preciso.
Assim que pousou no chão de concreto, pode ver a cabeleira negra de Kenji que já lhe aguardava, com o mesmo falso sorriso meigo que lhe dava tanto nojo, se apoiando em uma katana que jazia na bainha de sua calça
- Olá, Haruna! - Ele acenou - Dormiu bem, minha querida?
- Dá pra você calar a boca? Sua voz me irrita. - Revirou os olhos.
- Não fale assim, vou ficar chateado. Temos uma história juntos. - Riu, adorando ver a feição carrancuda da mais nova.
- Tem razão, mas toda história tem um fim. - Levantou sua agulha dourada na direção do moreno que fechou o sorriso divertido lentamente - Você desonra a minha família desde que decidiu nos usar como fantoches, e em nome de todos os Uchihas que você foi o culpado de causar a morte, eu vou fazer questão de fazer a sua alma suja cair direto no inferno.
- Então vamos começar, só não se esforçe demais. - Ele debochou - Você não vai querer perder o seu moleque...
Kenji desviou de uma das agulhas que a morena lançou, assim que ele terminou sua frase e logo depois segurou o punho dela que parou a centímetros seu rosto. Haruna sorriu adorando a sensação de adrenalina e com sua mão livre, usou a agulha que usou em seu teletransporte para perfurar o abdômen do mais velho que grunhiu e largou o braço dela.
- Uchiha desgraçada! - Sentiu o sangue quente entrar em contato com sua mão quando tocou o local atingido - Esses seus truques não vão funcionar novamente...
- Você é fraco, Kenji. - Viu ele se curar com a técnica de reversão - Eu posso estar grávida e meu bebê pode usar boa parte da minha energia amaldiçoada, mas você ainda não chega nem aos meus pés.
Kenji observou uma energia amaldiçoada desconhecida brilhar em verde na testa dela, e franziu a testa confuso.
O que diabos é isso?
Abaixou sua atenção até uma das mãos dela e viu uma espada de energia surgir, sabia que esse era uma técnica do Sharingan, ela já tinha o ativado. Se perguntou em como Kenjaku estava certo em dizer que Haruna não havia usado nem um terço de seu poder quando ele e a Uchiha lutaram naquele casarão abandonado.
Tirou uma espada da bainha e avançou na direção da mulher, que defendeu o ataque da arma do mais velho. Os olhos dela brilhavam em vermelho, mas Kenji não ousava em olhá-los diretamente.
O coração do feiticeiro disparou quando sentiu ela forçar sua espada de energia amaldiçoada com mais força, e viu o aço de sua katana ranger como se fosse se partir a qualquer momento. Não sabia quanto de poder ela estava usando ou quanto ela possuía, mas pensou em como Sukuna se tornaria um verdadeiro monstro se conseguisse se apossar do poder da Uchiha.
Seu irmão se tornará realmente, invencível.
Se distanciou novamente da mulher, mas ela insitia e não deixava com que ele saísse de perto, se bobear sua cabeça seria separa de seu corpo com toda a certeza.
Podia não ser um feiticeiro lutador com sangue nos olhos como seu irmão, mas seu ego já estava sendo ferido por sentir que estava apenas se defendendo dos ataques da Uchiha. Quando viu a espada dela passar na direção de seu braço, usou sua técnica amaldiçoada de imediato e se manteu calmo, mesmo depois de ver seu braço ser cortado e cair no chão.
Haruna suspirou com a feição fria e engoliu em seco irritada quando viu o braço do moreno de tornar uma gosta negra e logo depois, mais um braço crescer no lugar do que havia sido cortado. Kenji ficou novinho em folha.
- Sua técnica é um saco.
- Falou a Uchiha com um Sharingan e técnicas herdadas até dizer chega. - Kenji debochou.
Haruna abriu os lábios pronta para rebater, mas parou quando escutou sons de explosões a vários metros de distância de onde estavam. Seu peito apertou em preocupação, confiava em Satoru, ele não perderia, mas essa sensação estranha não deixava seu interior.
Por mais que quisesse brincar mais um pouco com Kenji e mostrar cada técnica amaldiçoada que possuía a ele e fazê-lo sofrer em seus últimos instantes de vida, não poderia vacilar e deixar Satoru sozinho com Sukuna.
Satoru é o mais forte, todos sabem.
Mas também é muito arrogante, até quando não quer ser, e a arrogância cega qualquer um em uma luta. E Sukuna sabe muito bem disso.
- Queles dois parecem estar se divertindo, que inveja. - Kenji refletiu com um bico.
Haruna estranhou o que ele disse, e seu tom de voz também. Desde o início sentia que iria vencer essa luta, mas a forma que Kenji disse, era com se ele também já soubesse que fosse perder.
- O que você quer dizer com isso? - Perguntou confusa e depois debochou - Não me diga que não está gostando da nossa luta? Não sou tão divertida quanto seu irmão e meu marido?
- Eu já me diverti com você, Uchiha. Lá naquele casarão abandonado que nos conhecemos. - Kenji sorriu - Diferente daqueles dois brutamontes, nos dois gostamos de uma luta rápida e limpa. Sem estardalhaço.
- Já está desistindo? Isso me decepciona.
- Não estou desistindo, apenas estou te pedindo pra usar o que tem de melhor a me oferecer nessa luta. - Abriu seus braços com um olhar desafiante - Sem enrolação. Ande logo, Uchiha. Qual a sua melhor arma? Use-a e se eu não resistir, morrerei satisfeito!
- Qual o seu problema?
- Nenhum, minha querida... quero dizer, não que seja da sua conta.
- Se é isso que você quer, melhor pra mim.
Haruna suspirou sentindo a energia amaldiçoada que acumulou, graças a técnica criada por sua mãe, se espalhar pelo seu corpo e socou o chão, criando uma rachadura no concreto que se aproximava rapidamente de onde Kenji estava, e enquanto isso, as chamas negras se espalhavam ao redor.
Kenji sorriu desacreditado, vendo a força que ela adquiriu quando usou a energia desconhecida. Desviou da rachadura que abriu uma funda cratera no chão e olhou ao redor, vendo o amaterasu cobrir todas as rotas que possuía de fugir.
- Você tem razão, não gosto de enrolar, as melhorar lutas são rápidas e limpas. - Haruna diz, procurando o olhar do mais velho - Por mais que eu queira que você sofra, não posso perder tempo.
- Então vamos logo, quem sabe o que o seu maridinho possa estar passando, não é mesmo?
- Satoru não vai perder, ele é intocável.
- É o que você pensa.
- O que te faz pensar que o Sukuna possa vencer tão facilmente? Você está muito confiante. - Haruna perguntou engolindo em seco, aquele mesmo pressentimento ruim só aumentava.
- Use essa sua cabecinha, Haruna. Você nunca questionou o motivo do meu irmão ter escolhido o seu pequeno Fushiguro como receptáculo?
- Isso não importa. - Ela fechou as mãos em punhos.
- É claro que importa. Você sabe muito bem o poder que aquele garoto tem em mãos, algo que poderá ser usado facilmente pelo meu irmão pra dar uma surpresa na doninha raivosa.
- Doninha raivosa? - Haruna franziu a testa.
- De tudo que eu falei, você só prestou atenção nisso?! - Kenji resmungou.
- Você sabe, tudo que saí da sua boca e tão relevante quanto a sua existência pra mim. - Ela deu de ombros - Só deixando claro... eu não me importo com a sua existência.
- Mas vai começar. O seu querido Megumi possui algo que pode acabar com o mugen. - Kenji sorriu de orelha a orelha, quando viu a feição indiferente dela mudar para confusão - Não nos subestime, Uchiha. Sabemos de coisas que ninguém nem sonha que pode ser possível, além do mais... ninguém viveu mais tempo do que eu nesse mundo.
- É mentira! - Haruna exclamou nervosa e com seu coração acelerado em preocupação, sentiu uma sensação estranha de algo se movendo em sua barriga e largou sua espada de energia amaldiçoada, que desapareceu imediatamente e levou suas duas mãos na região com uma feição surpresa - Toya...
- E então? - Kenji chamou a atenção dela novamente - Você já ouviu falar sobre o Mahoraga?
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Demorei, mas antes tarde do que nunca!
Já estamos na reta final de Bloody Eyes, da pra acreditar?!
Os últimos capítulos já estão se aproximando!
O que vocês acham que vai acontecer? kkk
Até a próxima! <3
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