
ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟔𝟏
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Shoko me entregou um embrulho de forma quadrada e respirei fundo sabendo o que o tecido guardava, minhas mãos trêmulas seguiram o objeto e me perguntei como eles conseguiram recuperá-lo, mas não me importo.
Andei até a sala ao lado junto de Shoko, onde Yuuji, Hana, Hakari e Nishimya estavam. E também um homem de roupas estranhas que descobri se chamar Fumihiko Takaba.
Entreguei o reino da prisão para Yuuji, que o segurou com cuidado e se agachou no chão, tirando o tecido da caixa junto de Takaba e me sentei no sofá ao lado deles junto de Hana, ainda com meus olhos presos no reino da prisão, era difícil de acreditar que Satoru está lá dentro.
E agora íamos libertá-lo, eu estava inquieta e ansiosa. Esses dezenove dias sem ele foram uns dos piores da minha vida, e agora faltava pouco pra ele voltar.
- Esperem... - A anja chamou nossa atenção.
- Hum? - Takaba franziu a testa, enquanto Yuuji a olhava de relance.
- Vocês vão liberar o selo de Satoru Gojo, aqui? - Ela perguntou, como se essa ideia fosse um absurdo.
- Hum, sim. - Yuuji respondeu e olhou para a garota relutante - Isso é ruim?
- Aqui não é um lugar para uma boa recepção... - Tabaka se levantou com um olhar determinado - Tem algum origami pra usar como decoração? Vamos fazer uma faixa assim... com um bem-vindo de volta!
Franzi a testa com o comportamento dele, não só as roupas eram estranhas, o comportamento dele também.
- Não é isso... - Hana negou, fazendo o Takaba parar com as suas ideias de decoração.
- Então, qual o problema? - Perguntei.
- Dizem que o tempo lá não passa do mesmo jeito... - A anja informou me fazendo a olhar com curiosidade - Em outras palavras, ninguém morre de fome e velhice dentro do reino da prisão. A única forma de morrer lá dentro é se suicidando.
- Ele nunca faria isso de qualquer maneira, Satoru nunca privaria o mundo de sua ilustre presença tão cedo. - Cruzei os braços por baixo dos meus seios.
- Eu concordo. - Shoko diz ao meu lado - O ego dele é grande demais pra isso.
- Mas quem sabe, talvez até possa ser usado como uma máquina do tempo. - Hakari murmurou com indiferença.
- Não é assim que funciona. - A anja negou - Como lá o tempo não passa da mesma forma, não sabemos o que o Gojo sentiu durante esses últimos dezenove dias desde o Halloween. Pra ele pode ter se passado um segundo, ou até cem anos.
- Tá, e daí?! - Hakari exclamou irritado.
- O que me preocupa é o estado mental dele. - Ela continuou - Ele não é o maior feiticeiro de todos os tempos?
- Espera um pouco. - Chamei a atenção da anja com confusão - Você está querendo dizer que... o meu marido pode ter se tornado um maluco tirano com problemas psicológicos?
- Não é como se ele já não tivesse alguns problemas antes, Haruna. - Shoko diz, me fazendo virar a cara - Mas realmente, se ele estiver confuso, libertá-lo em um espaço tão pequeno talvez seja... muito perigoso.
- Pois é, né? - Yuuji murmurou com tédio.
- Muito perigoso. - Hakari murmurou, ele e o rosado se entreolharam, com a imagem mental de um Satoru Gojo descontrolado, destruindo Tóquio.
...
MINAS KIROKO EM SAITAMA.
(4° Campo de treinamento do colégio técnico de jujutsu).
Me manti distânte dos outros, ao lado de Shoko, sentada com um óculos escuros que a Ieire insistiu que eu usasse assim como ela. Enquanto os outros se protegiam atrás de muros de sacos de areia, esperando que Takaba deixasse a caixa logo a frente deles a alguns bons metros de distância.
Instantes depois que o reino da prisão foi deixado em seu devido lugar, Hana sobrevoou para o alto bem em cima da caixa e Inumaki segurou um megafone o levando até aos lábios, enquanto Yuuji espiava tudo ao seu lado.
A loira levantou um de seus braços esperando a hora certa.
- Salmão! - Inumaki gritou dando o sinal e logo depois meu corpo vibrou com a pressão do ar que se alastrou pelo ambiente.
- Espada de Jacó! - Hana atingiu a caixa com sua técnica.
Um feixe de luz cobre toda a extensão em que ela e o reino da prisão estavam e todos foram obrigados a fechar os olhos com a claridade, nesse momento eu agradeço mentalmente por Shoko ter me obrigado a colocar esses óculos escuros. Era como se ela tivesse previsto que isso aconteceria.
Lentamente a luz foi diminuindo e a poeira ao redor da caixa desaparecia, logo depois que abri meus olhos novamente meu coração começou a bater mais rápido com a ansiedade. Dei um passo a frente pronta para encontrá-lo, mas meu pulso foi segurado e me virei para Shoko que ainda estava sentada.
- Espere um instante. - Ela pediu.
- Por que? - Franzi a testa confusa.
Mesmo contragosto, permaneci no mesmo lugar, enquanto eu via meus alunos se levantarem de onde estavam e corriam até o ponto exato em que a caixa havia sido deixada. Yuuji tinha sido o primeiro a chegar perto, junto de Panda, Takaba e Inumaki, atrás os outros o seguiam.
- E aí?!
- Sensei?! Você está aí?! - Yuuji o chamava - Está vivo?!
Eles chegaram e permaneceram parados. Instantes depois me senti aflita quando escutei murmúrios confusos e surpresos.
Por um momento apenas pensei que tudo tinha dado errado, todo esse tempo passando por tantas coisas ruins me deixaram assim, sem tanta confiança e sempre com um pé atrás com as coisas.
- Hã?!
- Sensei?!
Não aguentei ficar parada, larguei a mão de Shoko que ainda segurava meu pulso e corri o mais rápido que puder até eles, sentindo que eu estava suando frio. Passei por Yuta e Maki, e fiquei a frente deles, mas logo depois, ofeguei quando eu não vi o que eu esperava.
Onde a caixa antes jazia, não havia mais nada, apenas o solo terroso castigado pela técnica da anja.
- Desapareceu junto com o reino da prisão?! - Yuuji me olhou, com uma expressão desacreditada - Hum...
Todos abaixaram a cabeça, mal acreditando no que tinha acontecido. Observei Hana pousar no chão com uma feição culpada.
- É culpa minha...? - Ela perguntou para si mesma com um olhar baixo.
Levei minhas mãos para minha cabeça e fechei os olhos, soltando um suspiro longo. Por que tudo tem que ser tão difícil? O que eu fiz de errado pra merecer tanta dificuldade com tudo?
- E assim... - Observei em silêncio o Takaba olhar para cima com um olhar pensativo - Nasce um novo trívia do universo.
- Do que ele está falando? - Murmurei para mim mesma.
- Não liga pra ele. - Hakari murmurou - Esse cara não fala coisa com coisa.
- O Gojo era uma pessoa pecadora, não é? - Hana perguntou nos olhando.
Por isso ele desapareceu com a nossa luz? Não é culpa minha, né? Né?! A loira questionava, preocupada de ter matado o feiticeiro.
- Hum... - Murmurei com uma careta.
- Sujou. - Yuuji diz me encarando com os lábios franzidos.
- Bem, a personalidade dele era um tanto... - Shoko respodeu e me olhou esperando que eu terminasse.
- Difícil. - Conclui.
Meu corpo se arrepiou e levei minhas mãos até minha barriga, sentindo o frio que já era familiar desde que Toya já começava a aprontar na região.
O que foi agora?
De repente o chão começou a tremer e Yuuji que estava do meu lado segurou meus ombros de uma forma protetora em um reflexo rápido.
- Um terremoto?! - Hana exclamou.
- Isso não pode ser uma coincidência! - Yuuji exclamou e entrei em alerta.
Sai dos braços do Itadori e me agachei, tocando com as mãos o lugar exato em que a caixa estava e ativei meu Sharingan instantâneamente.
Meu coração disparou e meus lábios se curvaram para cima, assim que pude perceber os fragmentos de energia amaldiçoada do meu marido. Me levantei com uma das mãos na minha lombar levemente dolorida, sentindo o olhar questionador de todos em minhas costas.
- Conseguimos... - Murmurei.
- O que? - Yuta pergunta.
- Ele saiu. - Falei me virando para eles e desmanchei meu pequeno sorriso.
Todos riram animados e permaneci parada, vendo todos continuarem a comemorar o sucesso que tivemos, e Hana suspirou aliviada de não ter terminado de matar o Gojo.
- Mas qual o problema? - Yuta e Maki questionam, vendo que de todos, a Uchiha continuava com uma expressão levemente preocupada.
- Você pode saber exatamente onde ele está? - Shoko pergunta.
- Esse é um dos problemas, eu não sei. - Olhei para ela.
- E qual é o outro problema? - Yuta se aproximou.
- Satoru está com raiva. - Olhei para cada um deles - Com muita raiva.
E aquando ele fica assim, é difícil controlá-lo. O conheço a anos, sabia como Satoru ficava quando perdia a cabeça.
...
- Eu coloquei o reino da prisão sendo quardado por uma maldição que age como um sensor, no lugar mais profundo possível com uma zona subducçao, na fossa do Japão há oito mil metros de profundidade. - Kenjaku diz com um sorriso simpático - Dobrei e redobrei os cuidados com esse selo, afinal já sabia que o fundo estava na posse do Tengen. Então mesmo se o selo fosse quebrado, eu ainda conseguiria te matar. Mas mesmo assim, você, hein...
O moreno observou mais no alto nos dentrosos da tumba da estrela, onde a nova presença estava. O corpo intacto do Gojo, que o olhava com uma expressão impassível.
- E então? A quanto tempo. - Debochou - Dormiu bem?
- Não seria bom... - Satoru respondeu com a voz séria, tentando controlar sua irritação, olhando para o moreno com seus olhos azuis frios - ... você escolher melhor as suas últimas palavras?
Em um piscar de olhos, Kenjaku arregalou os olhos e teve que pensar rápido, saindo de onde estava para não levar uma explosão causada pelo Gojo.
Kenjaku se arrastou pelo chão e olhou para cima com um sorriso curioso, vendo que o platinado tinha sido interrompido de continuar sua luta contra o homem de testa costurada pelo Sukuna, que apareceu naquele mesmo instante.
Quando eu assumir o corpo desse moleque, você e a Uchiha vão ser os primeiros que eu vou matar. A voz do rei das maldições ecoou em sua mente.
- Acabei entrando no corpo desse outro moleque... - Sukuna debochou, enquanto os dois pousavam no chão, tendo o moreno, Uraume atrás de si - Mas ainda vou te matar.
- O cara que fugiu do Yuuji com o rabo entre as pernas... - Satoru sorriu presunçoso - Agora está se achando o fodão?! Que otário!
- Desgraçado! - Uraume exclamou com irritação pela ofensa direcionada para seu mestre.
Avançou no Gojo, pronto para atacá-lo. Mas foi parado por um soco no estômago, fazendo Uraume cuspir sangue com uma feição surpresa.
- Vai se foder. - Murmurou o Gojo o olhando de relance - Quem é você mesmo?
O atirou na direção do Sukuna, vendo seu servo ser lançado e atingir a parede atrás de si, depois de desviar. Kenjaku chegou e pousou ao lado de Sukuna, que ainda encarava o platinado.
- Espera, Sukuna. - Diz - Tente manter a nossa promessa antes de lutar com ele.
- Uh, Sukuna-sama! - Satoru debochou com um sorriso divertido - Agora você é a cachorrinha desse velho remendado?!
- Maldição... ele consegue ser pior que o moleque mimado. - Sukuna murmurou, revirando os olhos enquanto se lembrava de seu irmão mais novo, que por acaso ainda não deu as caras.
Satoru trincou a mandíbula pensativo, desmanchando sua feição de diversão. Também tinha algumas coisas que gostaria de fazer antes de lutar contra o Sukuna.
Embora tenha vindo para sepultar o corpo de Suguru, já imaginava que tinha alguma ligação entre esses dois e apostava que o tal de Kenji, que sua esposa tanto mencionava, também estava envolvido.
Mas não imaginava que Sukuna estivesse tão próximo desse Suguru, que droga. Praguejou.
Só queria resolver tudo isso e voltar para sua família, não sabia quanto tempo tinha se passado desde seu selamento e queria ver com seus próprios olhos se todos estavam bem.
O que mais lhe preocupava era que mesmo se tivesse passado pouco tempo, muita coisa havia mudado, uma prova bem convincente era que Yuuji não era mais o receptáculo do Sukuna, e sim o Megumi.
Se questionou se Haruna já sabia disso, e se sim, como ela lidou com isso?
- É melhor controlar a língua, não vai querer que alguma coisa aconteça com a sua querida esposa, não é? - Sukuna sorriu - Ao contrário de mim, você possui muitas fraquezas, Satoru Gojo.
- Acha mesmo que eu vou acreditar? - Escondeu o ódio que surgiu em seu peito com a ameaça - Se Haruna estivesse em sua posse, você faria questão de exibi-la como um troféu.
- Bem perspicaz, mas isso não quer dizer que não posso tela em um futuro próximo. - Sorriu se divertindo quando percebeu o Gojo fechar as mãos mãos punhos e depois olhou para Kenjaku de relance - Onde está Kenji?
- Nunca se sabe, você conhece seu irmão melhor do que qualquer pessoa. - Kenjaku diz - Sabe que ele só aparece quando a situação o agrada.
- Tantos séculos e continua agindo como um idiota. - Sukuna resmungou.
- Então, interrompendo a conserva dos coleguinhas... que dia é hoje? - Satoru perguntou.
- 19 de Novembro. - Kenjaku respondeu com uma carranca.
- Bem, então dia 24 de Dezembro está bom. - Coçou a nuca dando de ombros, com a cabeça levemente abaixada para o lado.
- Você é o último romântico? - Kenjaku riu - É nojento pensar que marcamos algo para fazermos juntos no dia 24.
- Minha mulher até que gosta do meu romantismo, mas não fale sobre isso pra ela, ou vai ficar com ciúmes. - Debochou levantando seu olhar para os dois homens - Não leve pro pessoal, só não há necessidade de haver dois aniversários de morte.
- Acha mesmo que vai ganhar? - Kenjaku perguntou com um sorriso divertido.
- Hah... - Satoru riu de escárnio, olhando nos olhos do moreno - Eu vou vencer.
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E aqui estou eu chegando pra tacar esse presentão pra vocês!
O nosso branquelo está de volta! Eu ouvi um amém?!
Até a próxima! <3
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