
ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟓𝟖
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Só mais um pouco e todo esse problema da Haruna-Sensei e do Fushiguro vai acabar.
Yuuji observava Haruna, Megumi e Tsumiki juntos, como uma verdadeira família. A mais velha sorria tanto que seus olhos chegavam a se fechar, e o Fushiguro, mesmo que estivesse com sua feição indiferente natural, sabia que ele estava feliz.
Depois disso, a anja vai acabar com o Sukuna e me levar junto. E então, o Gojo-Sensei vai ser libertado usando o fundo do reino da prisão, então tudo vai dar certo.
Talvez devesse ter feito isso desde o início, talvez teria sido melhor eu ter salvado o Fushiguro e desaparecido.
Pensou em seus dois professores favoritos e no Fushiguro, agradecia aos três por lhe darem um motivo para viver.
– Adicione uma regra. – O Itadori voltou a prestar atenção nas pessoas ao seu redor, quando escutou Tsumiki propor uma nova regra – Permita a entrada e saída nas colônias.
– Hãn?! – Yuuji exclamou.
– Agora podemos escolher o lugar que quisermos para lutar. – Tsumiki diz sorrindo na direção do Fushiguro e da Haruna-Sensei.
– Quem... é você? – Megumi perguntou nervoso.
– Você não é a Tsumiki. – Haruna negou com as mãos fechadas em punhos – Ele te fez uma pergunta. Me diz quem é você!
– Quem sou eu? – Tsumiki pergunta divertida e sorri de uma forma esquisita e exagerada – Eu sou sua garotinha, Haruna Uchiha! E sua irmã mais velha, Megumi Fushiguro!
Os reencarnados recebem as memórias de seus receptáculos. Por esse motivo que aqueles como Choso, Sukuna e os outros jogadores, podem viver na era moderna sem problemas. E também, ao pegar essas memórias dos receptáculos, poderiam agir exatamente como o receptáculo agia antes.
Haruna sentia seu coração acelerar, estava sem reação, não acreditava que havia mantido sua quarda tão baixa a esse ponto, de não ter desconfiado de nada desde o início e ter aceitado tão facilmente a possibilidade de Tsumiki ser uma despertada o tempo todo.
Por puro egoísmo de não aceitar que algo tão ruim tenha acontecido com sua garotinha.
Sua mente deu um estalo quando as palavras do médico que cuidou da Fushiguro por mais de um ano ressoou em sua cabeça.
– Tsumiki acordou, o senhor Naoya Zenin cuidou na papelada...
– Um homem, Kenji é o nome dele...
– Ele a levou, disse que era uma ordem do Senhor Zenin.
– Desgraçado... – Praguejou, sentindo seu peito doer de agonia.
– Fushiguro! – Yuuji chamou o moreno, que se mostrava estar bem pior que a morena ao seu lado – O que está acontecendo?! Fushiguro?!
– Eu sou, Yorozu. – A mulher se virou para a Uchiha com uma feição arrogante – Talvez os mais velhos saibam quem eu sou.
Haruna fechou a cara. Já tinha ouvido falar de alguém chamado Yorozu, ouviu algumas histórias quando criança, ela era uma feiticeira poderosa na era Heien, mas não se recordava dos detalhes.
– O que você fez com ela? – Perguntou com a voz trêmula.
– Ah... é mesmo, essa garota é bem importante pra você, não é? – Yorozu diz com cinismo – Sabe... o Kenji já me falou de você, Haruna Uchiha. Mas naquela época... você era apenas um sonho.
– Esse tempo todo... v-você esteve no corpo dela... – Sua raiva e tristeza se apossava de seu corpo e sentiu sua garganta se fechar – O que você quer com a Tsumiki?!
– Por que?! – Megumi exclamou igualmente abalado.
– Vocês me explicaram tudo sem eu nem mesmo pedir, né? – Ela coçou a nuca – Sobre a migração e extinção e uma forma de sair dela. Por que eu recusaria 100 pontos grátis?
– E o que você quer? – Haruna olhou nos olhos dela, que desviou rapidamente com um sorriso presunçoso.
– Fiquei sabendo dos últimos acontecimentos que lhe privaram de muita coisa, Haruna Uchiha. Mas mesmo assim, você continua perigosa.
Megumi entrou na frente da Uchiha de uma forma protetora.
– Eu quero escolher meu primeiro oponente, e o lugar para enfrentá-lo após mil anos. – Riu olhando para Yuuji de relance, enquanto asas de inseto surgiam em suas costas – É claro que só podia ser você, Sukuna. Tchau, estarei esperando!
E voou, nos deixando em uma velocidade impressionante.
– Atrás dela! – Kurusu Hana exclamou.
– Bora! – Yuuji se juntou a ela, tentando alcançar a mulher.
Megumi observou os dois saírem em disparada e depois olhou para a mulher ao seu lado, que mostrava estra perto de disabar a qualquer momento, o deixando em alerta.
– Haruna! – Segurou os ombros dela delicadamente, fazendo os olhos negros marejados se encontrarem com os azuis escuros – Você está bem?
– A Tsumiki...
– Nós vamos dar um jeito.
– Como eu pude deixar eles fazerem isso com ela...? – Uma lágrima solitária escapou, deixando o garoto sempre reação – Eu prometi que a protegeria, que eu protegeria vocês dois.
– Não é sua culpa...
– Todos eles vão pagar por isso. – Falou amargamente quando seu joelhos cederam a fadiga, fazendo o Fushiguro a segurar – Todos eles vão queimar... e morrer gritando.
Megumi observou o olhar vazio da mais velha, a única que dividia a mesma dor que ele.
Enquanto isso, Yuuji mantinha Yorozu em sua vista, mas então, seu corpo parou depois que escutou a voz desagradável de Sukuna.
– Submete-se. – Ele apareceu na bochecha do garoto que paralisou – Eu tenho duas condições. Quando eu disser, submete-se, você vai me dar o controle do seu corpo por um minuto... e, você vai esquecer esse pacto.
Em um estante Sukuna, já no controle do corpo do Itadori, parou a Kurusu e pressionou um ponto do pescoço da garota, a fazendo ficar desacordada e a segurou.
– Opa. – Ele diz, olhando para trás a alguns metros, onde Megumi e Haruna estavam e largou o Kurusu no chão – Meu pacto com aquele moleque diz que eu não posso machucar e nem matar ninguém neste minuto.
– Sukuna?! – Megumi exclamou desacreditado, ainda com Haruna nos braços.
– O que...? – A Uchiha ofegou quando os olhos vermelhos dele se encontrou com os seus.
– Agora... é tudo uma aposta! – Sukuna diz sorrindo, e com movimentos rápidos, tirou um de seus dedos amaldiçoados de seu próprio corpo.
– O que ele está fazendo?! – Megumi questionou.
Haruna entrou em alerta quando o feiticeiro mostrou um de seus dedos amaldiçoados em uma de suas mãos com uma feição presunçosa, ignorou a fadiga do estresse que passou e se soltou dos braços do garoto, que a olhou com um olhar repreensão.
Sukuna gargalhou com um sorriso de orelha a orelha.
– Que moleque otário! – Exclamou com diversão – Quando ele disse não machucar ninguém, ele não se incluiu no pacto!
– Megumi, sai daqui... – Ela engoliu em seco, com um mal pressentimento.
– Você ficou maluca?! – Megumi protestou.
– Me obedeça garoto!
– Isso moleque... – Sukuna debochou – Obedeça sua mãezinha, enquanto ela ainda está com você.
Megumi fechou a cara com a ameaça e entrou na frente da mais velha outra vez, fazendo o selo de mão.
– Com esse tesouro eu invoco...! – Excalmou, mas foi interrompido pelo movimento brusco de Sukuna, que mal deu tempo dos dois reagirem.
O feiticeiro milenar prendeu os dois braços do garoto e com a outra mão, forçou o Fushiguro a abrir a boca, enfiando o dedo amaldiçoado e fez o garoto engolir em poucos segundos. Haruna arregalou os olhos e saiu do seu estado de choque, segurando os ombros do rosado o tirando de perto de Megumi de uma forma desesperada.
– Não toque nele! – Olhou para homem com uma feição enfurecida, mas logo se desmanchou quando viu o rosto abalado do Itadori – O que...?
– Você se lembra? – Haruna se virou na direção do Fushiguro e ofegou, vendo o rosto de Megumi com as mesmas marcas do Sukuna – Eu disse que iria mostrar algo interessante... moleque.
– Sukuna... – Ela sentiu seu coração errar um batida.
...
Batucou os dedos em sua perna freneticamente, tentando ignorar a ansiedade. Suspirou, estalando o pescoço observando Tóquio de cima do terraço de uma prédio, enquanto Uraume permanecia alguns passos de distância do moreno.
– Por que está tão nervoso?
– Não estou nervoso, estou ansioso. – Kenji respondeu com os olhos estreitos – Ele voltou, meu irmão finalmente voltou.
– Você tem ideia do que o mestre Sukuna está planejando fazer? – O menor perguntou.
– Quem poderia saber o que aquele cabeça de vento pensa? – Riu, olhando para Uraume de relance – Quando eu descubro o que ele quer, ele muda de ideia e planeja outra coisa.
– Então você não sabe? – Perguntou.
– É claro que eu sei, Uraume. Quem você pensa que eu sou? – Voltou a observar a cidade – Ele quis o garoto que a Uchiha criou desde que o viu pela primeira vez, percebi isso em Shibuya. A técnica amaldiçoada do Fushiguro... com o controle que o Sukuna possui... minha nossa, não vejo a hora de assistir esse show.
– E a Haruna Uchiha?
– Não sei se ele vai usá-la agora, ou vai se divertir. – Revirou os olhos – Do jeito que ele é inconsequente, aposto na segunda opção.
– Fico feliz que pelo menos o mestre Sukuna vai se divertir.
– O que é isso, Uraume?! Está dizendo que você não se diverte comigo? – Fez bico – Você realmente gosta mais daquele bastardo do que de mim, né?
– Não seja tão dramático. Se eu não gostasse de você, eu nem se quer daria o trabalho de te ajudar em seus caprichos.
– Você é muito cruel. – Gargalhou.
...
– Megumi! – Minha postura vacilou quando Sukuna sorriu pra mim, agora entando em posse do corpo do Fushiguro – Como você ousa fazer isso com ele?!
– Fushiguro? – Yuuji murmurou desacreditado com o que aconteceu.
Antes mesmo do garoto fechar os lábios, Sukuna apareceu bem na sua frente e lhe acertando um soco no estômago, fazendo o Itadori cuspir sangue e ser jogado para longe.
– Não importa a era, esses insetos... – Ele balança a mão que acertou o garoto – Sempre infestam o lugar.
– Yuuji! – Tapei minha boca com as mãos e olhei por Sukuna enraivecida – Você está maluco?!
– Hum...? – Ele se virou na minha direção e sorriu – Ah, Uchiha. Faz um tempo desde que nos encontramos.
– Com certeza, na última vez você estava atormentado a vida dos meus alunos. – Fechei a cara – Eu estava disposta a lhe dar uma surra por isso.
– Mas agora temos uma grande diferença. Naquela época eu não estava tão em forma, sendo que o moleque só tinha posse de três dos meus dedos. – Ele se aproximou e fiz o máximo possível para não mudar minha postura – Já você estava bem forte, uma feiticeira de nível especial talentosa e com uma imensa quantia de energia amaldiçoada. Mas agora, perdeu o que tinha por... amor. Patético.
Ele segurou meu rosto, raspando sua unha na minha bochecha e franzi os lábios em desgosto, vendo o rosto de Megumi daquela forma, sendo que agora ele possuía um olhar tão cruel. Me soltei do seu aperto e dei-lhe um tapa no rosto, fazendo ele virar a cabeça para o lado.
– Não me toque, você me dá nojo. – Engoli em seco quando escutei ele soltar uma risada fria.
– O sangue Uchiha realmente corre quente nas suas veias. Bem... selvagem. – Ele me olhou novamente com um sorriso malicioso – Essas são as melhores. Eu adoraria acabar com essa sua pose de orgulho...
– Nojento. – Franzi o nariz.
– Se você não tivesse se envolvido com o Gojo, você não estaria nessa situação, sabia disso? O seu sangue não é tão compatível com o do Sugawara no Michizane, simplesmente por minha causa. – Levou seu olhar penetrante até a barriga da mulher, com um sorriso cínico – Então... se queria tanto restaurar o clã Uchiha, eu teria te ajudado na pratica com prazer.
– Você não chega aos pés do Satoru, você não passa de uma maldição. – Levei minha mão até minha barriga – Não entendo o seu pedido, lembro que você tinha me dito que assim que você tivesse o controle de um corpo... eu seria a primeira a morrer.
– Eu disse, não foi? – Ele com diversão – Mas qual seria a graça se eu não te aproveitasse da melhor forma?
Senti ânsia só de imaginar as atrocidades que esse doente está propondo, o frio no meu estômago já estava me incomodando e só parou quando ele se aproximou ainda mais de mim.
– Não chegue perto...! – Gritei sentindo minhas mãos esquentarem.
– Nue!
Ele invocou um dos Shikigamis de Megumi que soltou rajadas de eletricidade ao redor do prédio e me posicionei, estava pronta para lutar se fosse preciso.
Mas então, de um segundo para o outro, flashes de luz arrudiaram o prédio onde eu e Sukuna estávamos. Fechei os olhos e me acostumei com a claridade, quando os abri novamente o Shikigami havia sumido e quando olhei para cima, Hana Kurusu, a anja, estava voando acima de nós.
– Não tem mais jeito. – A anja apareceu na bochecha da Kurusu – É ele! Ele é o anjo caído!
Senti um arrepio. Sukuna era o anjo caído e Kurusu e a Anja o queriam morto, só que agora o Megumi era o receptáculo, se elas o querem morto, vão matar o Megumi no processo.
– Não! – Exclamei chamando a atenção dela, vendo o Sukuna sorrir – Não faça isso!
Não sei a verdadeira força da anja, ela não deve ser fraca, o que realmente me preocupa é se elas vão sobreviver com o temperamento do Sukuna. Precisamos delas para libertar Satoru, sem a anja, vai ficar ainda mais difícil resolver isso.
– Me devolve ele! – Hana exclamou – Espada de Jacó!
Logo depois um símbolo desconhecido por mim e gigantesco apareceu no céu, rapidamente o Sukuna foi acertado em cheio o derrubando.
– Megumi, não! – Andei para mais perto do corpo caido, mas Kurusu apareceu voando acima de mim – Olha o que você fez com ele!
– O anjo caído mereceu. – A anja apareceu na bochecha da garota.
– O Sukuna mereceu esse golpe! – Gritei – Mas é o corpo do meu filho que você feriu!
– O Megumi também é meu... – Hana se virou para Sukuna com lágrimas nos olhos – Me devolve ele!
– Hana... eu me lembro. – A voz de Megumi a interrompe, enquanto ele se levantava – Obrigado. Está tudo bem agora.
Fiz menção de me aproximar, mas a sensação de perigo ainda gritava no meu subconsciente. Não posso me arriscar demais, não posso esquecer que além de Megumi, eu também tenho que proteger Toya. Nunca me senti tão dividida na minha vida.
– Megumi... – Hana murmurou com um pequeno sorriso.
– Não! – A anja gritou – Hana!
– Não, ainda não! – Avisei, mas a garota voou até ele e o abraçou.
– Eu... eu pensei... – Hana chorava nos braços do Fushiguro.
Um instante depois, arregalei os olhos horrorizada quando vi a boca de Sukuna aumentar de tamanho e morder o ombro e a asa direta da garota que ficou em choque, os arrancando.
– Os humanos... nunca mudam. – Sukuna soltou o corpo da garota e meu estômago embrulhou com a visão.
Me curvei para frente, vomitando o que ainda restava no meu estômago, ação que chamou a atenção do feiticeiro milenar, que me olhou de relance depois de jogar o corpo da garota para fora do terraço.
Ele andou até mim e também se curvou para ficar na mesma altura do meu rosto, passou seus dedos pelos meu cabelos e me esquivei rapidamente de seu toque ainda me sentindo enjoada, fazendo Sukuna soltar uma risada curta e fria, ignorando a sujeira que eu fiz no chão.
– Sua situação parece bem desconfortável. Você é minha desde que eu lhe vi pela primeira vez, e eu não gosto que algo meu quebre por causa de algo de outro homem. – Sorriu sugestivo e engoli em seco, Sukuna realmente daria um bom vilão, ele sabe bem como fazer um terror psicológico – Eu poderia dar um fim nessa coisa dentro de você de uma vez, não vai precisar dele mesmo. De qualquer forma... se tudo sair como o planejado, você não vai passar tempo o suficiente pra conseguir trazer esse garoto ao mundo.
– Você não sabe de nada. – Me levantei, já sentindo melhor – Eu não pertenço a ninguém!
– Sua energia amaldiçoada é minha, e você vai dá-la a mim. – Sukuna sorriu malicioso – Por bem... ou por mal.
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Voltei mais cedo! Gostaram?!
Parece que o Sukuna chegou de presente pra vocês e tacar ainda mais lenha na fogueira kkk
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