ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟓𝟕
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- Isso não é algo que devemos descobrir sozinhos, vamos nos focar na Tsumiki antes. - Yuuji interviu - Por que nossos veteranos ainda não adicionaram as regras? Nós já decidimos quais regras íamos adicionar, não é?
1. Transferir pontos.
2. Entrar e sair das colônias.
3. Comunicação externa.
4. Sair da migração e extinção.
- Sobre a regra um... - Megumi diz - Se os pontos dos jogadores da migração e extinção não se alterarem em 19 dias, ele terá sua técnica amaldicoada removida. Essa remoção é alguma alteração no cérebro, então é basicamente morte.
- Isso faz com que os jogadores sejam forçados a matar. - Assenti.
- Nós precisamos de uma regra que possa alterar os pontos, sem precisar matar ninguém. - Maki disse - Então precisamos de uma regra para transferir pontos.
- Essa regra já foi criada. - Avisei.
- Isso, o Itadori já adicionou essa. - Disse o Fushiguro.
- Não fui eu. - Yuuji negou - Foi o Higuruma.
- O problema são as regras 2 e 3. - Maki diz - Regras que lidam com pessoas e sinais eletromagnéticos e saindo das colônias.
- Qual o problema?
- Até o momento, nenhum jogador pode entrar e sair das colônias quando quiser.
- Eu posso. - Falei junto de Kurusu.
- Você pode? - Megumi me perguntou.
- Eu possuo muitos truques, estive em Sendai por um bom tempo até me encontrar com a Maki. - Sorri levando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.
- Como o esperado de uma feiticeira de nível especial. - Kurusu sorriu na minha direção, ela demonstrava ser bem simpática, mas mesmo assim, acabamos de nos conhecer e não confio nela.
- Bom, como eu estava com a Haruna-Sensei, sei como ela conseguiu quebrar as regras da barreira. - Maki se virou para Kurusu Hana - Mas e você? Como diabos é possível?
- Não é exatamente eu. - Ela respondeu - Mas a técnica amaldiçoada da anja.
- Mas não é você, a anja? - Franzi a testa.
- É isso que eu ia te explicar. - Megumi murmurou - Isso tem haver com a boca que você viu antes.
- Ah... então é isso. - Estreitei os olhos na direção da garota. Será que ela é como o Yuuji?
- Ela funciona em outras pessoas? - Maki perguntou.
- Cancelar uma técnica de barreira com a minha técnica amaldiçoada, significa destruir a base da barreira. - Uma boca apareceu na bochecha de Hurusu novamente - Sem saber onde é essa base, só eu e a Hana podemos nos mover de uma barreira da colônia para outra.
- Seria difícil. - Hurusu assentiu.
- E você, Haruna-Sensei? Como conseguiu sair de Sendai? - Yuuji me perguntou e dei de ombros.
- Usei uma técnica inata da minha família, não foi tão difícil, mas bem cansativo. - Expliquei - O Escudo Yata. Ele anula a energia amaldiçoada de tudo que atravesar sua barreira ao redor de mim, mas necessita de muita energia amaldiçoada para sustentá-lo, principalmente quando tem mais de uma pessoa comigo, mas acho que foi possível porque a maki não possui energia amaldiçoada.
- Caramba! - Os olhos castanhos do Itadori brilharam.
- Claro que não seria tão fácil assim, né? - Maki reclamou, coçando a nuca - Enfim, em relação às regras 2 e 3, as regras da migração e extinção nunca proibiram expressivamente os jogadores ou os sinais eletromagnéticos de entrarem ou saírem das colônias...
- Estamos falando sobre o Kawamoto Makoto! - Viramos na direção de outro prédio a alguns metros de distância, onde um homem com roupas estranhas gritava, interrompendo nossa conversa.
- Qual é desse cara? - Maki estreitou os olhos.
- Megumi, quem é esse esquisito? - Perguntei.
- Esbarramos com ele por aí, é uma história longa e irrelevante nesse momento.
- Só ignorem ele. - Yuuji disse, enquanto olhavam as regras com seu Kogane, junto de Kurusu que também observava - Regras... regras... Ah, verdade! Em outras palavras, é como o teletransporte aleatório, não é uma regra da migração e extinção, mas sim uma própria regra da barreira.
- Eu imaginei.
- Então mesmo que acrescentamos uma regra que permita a entrada e saída dos jogadores das colônias... - Kurusu continuou - Isso pode se voltar contra nós por causa das regras das barreiras.
- É por isso que os nossos veteranos ainda não acrescentaram as regras? - Yuuji pergunta.
- Em relação às comunicações externas, acho que usarmos o Ui Ui e eu como mensageiros deve ser o suficiente agora.
- Então a nossa prioridade é a regra 4! - Maki chamou a atenção de todos - Vamos começar a permitir que jogadores possam sair da migração e extinção!
- E ai! - O kogane de Megumi apareceu.
- O Yuta e os outros já transferiram seus pontos pra você? - Perguntei para o moreno que já possuía 359 pontos.
- Já sim. - Ele respondeu e se virou para seu Kogane - Kogane, adicione uma nova regra. Jogadores podem sair da migração e extinção.
- Negado. - A criatura rejeitou - Essa regra entra em conflito com a regra 7.
- Isso já era bem previsível. - Revirei os olhos e chamei meu kogane - Que tal isso? Um jogador pode sair da migração e extinção, sendo substituído por alguém fora da colônia.
- Negado.
- O que?! - Tanto eu quanto Yuuji, ficamos inconformados.
- Então como podemos sair da migração e extinção?! - Yuuji pergunta.
- Está é uma proposta para adicionar uma regra a migração e extinção. - Meu Kogane respodeu - Um jogador pode sair da migração e extinção, sendo substituído por alguém de fora da colônia e pagar 100 pontos. Isso pode ser aceito.
- Sem problema..! - Yuuji aceita animado, mas Megumi segura e braço dele.
- Esperem! - Megumi exclamou - Se fosse só uma substituição, então não haveria mudança no número de jogadores! Mas com essa mudança, mais ou menos 20 jogadores vão ter que morrer para adquirirem os 100 pontos!
- Bem pensado... - Sorri orgulhosa pela forma de raciocínio do Fushiguro - Então essa sugestão é tão incompatível quanto ao efeito duradouro da regra 7 da migração e extinção.
- Ah... - Yuuji parecia entender pelo menos um pouco do quase desastre que ele ia aceitar.
- Um jogador pode sair da migração e extinção, sendo substituído por alguém de fora da colônia e pagar 100 pontos. Isso pode ser aceito. - O kogane repetiu sua sugestão.
- Parece que não tem mais como barganhar com ele... - Megumi resmunga, ele me olhou como se pedisse minha confirmação e assenti, não tinha mais o que fazer para melhorar a situação, pelo menos os jogadores teriam alguma forma de sair - Certo, adicione.
- Já está feito. Maki, por favor, traga a Tsumiki para essa colônia pra mim. - Pedi para a garota que concordou, quero ela o mais perto possível e mantê-la segura, quero Megumi e Tsumiki perto de mim.
- Hum..! - Yuuji murmurou.
- O que foi? - Megumi pergunta olhando para o Itadori, que mantinha uma feição pensativa.
- A Tsumiki já é uma jogadora, mas ainda não está em uma colônia, né? - Ele passou a mão na testa, como se estivesse com dor de cabeça de tanto pensar - Então não é mais seguro passar os pontos pra ela remotamente e fazê-la sair?
- Não, isso entra em conflito com as regras 1 e 2. - Megumi negou - No pior dos casos, ela pode ter sua técnica amaldiçoada revogada e morrer assim que sair da migração e extinção.
1. Depois de despertarem suas técnicas amaldiçoadas, os jogadores devem declarar suas intenções de participarem do jogo do abate em uma barreira de sua escolha, dentro de dezenove dias.
2. O jogador que quebrar a regra anterior, terá sua técnica amaldiçoada revogada.
Senti um aperto no peito só de imaginar essa possibilidade, e levei minhas mãos até minha barriga, acariciando a região, trocando o peso para meu outro pé, que já dava sinais de inchaço.
- Ah! Ainda bem que você lembrou disso! - Yuuji concordou.
- Jogadores mais fracos que detém muitos pontos por muito tempo, correm o risco de viverem alvos de outros jogadores. - Megumi diz me olhando - Concordo que seja melhor nos encontrarmos com a Tsumiki primeiro.
- Entendi, mas eu não posso entrar na colônia com ela. - Maki disse - Já que eu não tenho energia amaldiçoada, a barreira não me reconhece, então o teleporte vai nos separar.
- Então eu mesma vou buscá-la.
- De jeito nenhum! - Megumi entrou na minha frente com uma carranca - Já basta você estar se metendo nessa confusão, você não vai gastar mais energia!
- Não vamos perder tempo discutindo, Megumi. - Cruzei os braços - Já sabemos quem vai ganhar.
- De qualquer forma... - Ele suspirou contrariado - Mesmo com energia amaldiçoada, nós fomos teleportados para lugares diferentes quando entramos.
- Melhor trazer um paraquedas. - Yuuji murmurou, fazendo Maki o olhar confusa.
Soltei uma risada curta, realmente, quando entrei na migração e extinção eu estava a vários metros do chão.
...
16 de Novembro. 15:00.
Já fazia algumas poucas horas desde que Maki saiu para buscar Tsumiki, minhas mãos chegavam a soar só de penar que logo vou poder encontrá-la outra vez, sendo que na última vez que a vi, ela ainda estava em coma.
Me sentei no chão do terraço do prédio e fiquei na posição mais confortável que consegui com essa barriga, fechei os olhos e tentei ignorar o olhar questionador de Megumi e Yuuji.
- O que está fazendo? - O moreno perguntou.
- Fica quieto.
- Não deveria ficar sentada desse jeito, vai deixar suas pernas dormentes. - Ele reclama.
- Quieto. - Resmunguei com a preocupação exagerada de Megumi.
- Depois não fique reclamando perto de mim.
- Que droga, Megumi!
Pra quê ter Satoru Gojo enchendo o saco, se tenho Megumi Fushiguro pra substituí-lo?
- Haruna-Sensei... você engordou. - Yuuji murmurou aleatoriamente, me fazendo fechar a cara.
Recapitulando, tenho "dois" pra substituí-lo.
- Não fale assim! - Megumi deu um tapa na nuca do Itadori que resmungou.
Revirei os olhos, tentando voltar a me concentrar novamente. Inspirei e esperei o ar para relachar o máximo do meu corpo e rapidamente pude sentir minha energia amaldiçoada fluindo na minha barriga, a quente e a fria.
Fiz o que pude para não tremer quando essa mesma energia subiu lentamente pelo meu corpo até minha cabeça, e em poucos segundos senti meu corpo exausto, assim como sentimos depois de um dia cansativo. Mas felizmente, sei que meu corpo produzirá mais energia amaldiçoada novamente.
Assim que terminei, me levantei devagar e de fato, minhas pernas estavam um pouco dormentes, mas não vou reclamar em voz alta e receber um olhar de "eu te avisei" daquele moleque arrogante.
- Você está bem? - Megumi andou até mim, um pouco mais afastados de Yuuji e Kurusu - Está mais pálida.
- Estou bem, isso só dura alguns minutos. - Sorri - Logo vou voltar ao normal.
- Afinal de contas... o que você fez agora?
- Eu respondo se você me explicar o motivo de estar com a anja até agora e não ter tomado nenhuma providência. - Cruzei os braços - Ela quis algo em troca de desfazer o selamento, não quis?
- Sim. - Megumi assentiu.
- E o que ela quer?
- Ela quer o anjo caído morto.
- Anjo caído? - Franzi a testa confusa - Quem é esse?
- O Sukuna.
Arregalei os olhos, não escondendo a minha surpresa. Se ela quer o Sukuna morto, isso quer dizer que a morte de Yuuji será em breve. Sei desde o início que assim que ele se tornou um receptáculo, ele deveria morrer em algum momento. Mas não me conformo com isso de jeito nenhum.
Yuuji vai ter que se sacrificar pelo Satoru?
Engoli em seco, olhando de relance para o garoto de cabelos rosados, que mantinha uma conversa divertida com a garota loira ao seu lado.
- E ele concordou.
- Isso não é justo. - Fechei minhas mãos em punhos.
- Você me ensinou que a vida nunca seria justa.
- Não me importo... - Olhei para o Itadori com tristeza - Yuuji é uma boa pessoa, além de ser tão jovem... ele não merecia isso.
Satoru não concordaria com isso.
Abaixei a cabeça, pensando em como tudo mudou em tão pouco tempo. A um mês atrás tudo estava perfeito, e agora o caos reinou no Japão.
Logo depois escutei passos e resmungou femininos.
- Hum? - Olhei para a frente de súbito com a chegada de outra pessoa e ofeguei quando avistei Tsumiki, que havia acabado de se teletransportar.
- Ah, é ela? O teletransporte dela foi na mosca, hein?! - Yuuji exclamou quando percebeu a presença da nova garota.
- Tsumiki... - Murmurei com alegria.
- Ah, Tia Haruna... Megumi. - Tsumiki deu um sorriso brilhante, enquanto coçava a nuca com divertimento depois de seu teletransporte - Ainda bem, isso me assustou.
- Sim. - Megumi murmurou.
- Tsumiki tem muita sorte. - Yuuji concluiu.
- Prazer em te conhecer, obrigado por também cuidar do Megumi. - Tsumiki se curvou em comprimento.
- Sou o Itadori. - Yuuji também se curvou - Nada, eu diria que é o Fushiguro que cuida de mim.
- Minha querida... - Murmurei com um pequeno sorriso, sentindo meus olhos marejarem, andando até a garota de cabelos castanhos, que sorriu me acompanhando em uma abraço repleto de saudade - Eu senti tanto a sua falta.
- Bom... não passou tanto tempo assim pra mim. - Rimos enquanto eu puxava Megumi para o abraço estando o garoto resmungar.
- É assim que eu gosto, vocês dois juntos comigo, meus dois pequeninos.
- Não somos mais tão pequenos. - Tsumiki me olhou com seus olhos castanhos brilhando.
- Vocês sempre vão ser crianças pra mim, não importa se são quase adultos.
- Você sempre diz isso. - Megumi resmungou se soltando do meu aperto, constrangido.
Tsumiki franziu a testa e olhou para a protuberância que impedia suas aproximações no abraço, e arregalou os olhos surpresa.
- Eu não acredito! - Ela segurou minha mãos animada - Eu perdi tanta coisa assim?!
- Muita coisa aconteceu em pouco tempo.
- Eu não acredito que você e o tio Satoru vão ter um bebê! - Tsukumi exclamou - É isso mesmo?!
- Como você sabe que é dele? - Franzi a testa - Não estávamos juntos na última vez que nos vimos...
- Isso era bem óbvio. - Tsumiki riu - Só você não sabia que vocês dois estavam namorando.
- O que?!
- Temos coisas mais urgentes pra tratar agora. - Megumi reclamou.
- Você continua um insensível, Megumi. - Tsumiki resmungou enquanto eu ria, com saudade das discussões dos dois.
Mas então, comecei a sentir um frio no estômago sem sentido e coloqueiminha mão sob a protuberância, desmanchando o meu sorriso lentamente, enquanto eu observava Tsumiki conversar com Megumi. Algo estava errado.
- Ainda bem que não precisei agir. - Kurusu chegou voando.
- Essa é a Kurusu. - Yuuji a apresenta - Ela estava em prontidão o tempo todo, para caso de você cair do céu.
- Vamos acabar com isso. - Megumi diz seriamente - Kogane.
- Ele fica sério na frente da família, deve estar na fase rebelde. - Yuuji cochichou pra Kurusu que sorria.
- Que gracinha.
- Hum. - Megumi fechou a cara e continuou - Tsumiki, use os 100 pontos que acabei de te dar para sair da migração e extinção. A Maki te falou sobre o seu substituto, não é?
Observei a feição calma que ela transmitia, mas mesmo assim, percebi a pitada de nervosismo no meio. Essa sensação estranha que estou sentindo também não está me ajudando, tem algo de errado com Tsumiki, mas não sei dizer o que é.
- Kogane. Adicione uma regra. - Ela o chamou e arregalei os olhos - Permita a entrada e saída das colônias.
- O quê?! - Exclamei.
- Hã? - Megumi a olhou surpreso.
- Aceito. - O kogane concordou - Regra 12!
- Hãn?! - Yuuji exclamou.
- Os jogadores agora podem entrar e sair das colônias. - Kogane anunciou.
- Agora podemos escolher o lugar que quisermos para lutar. - Tsumiki diz sorrindo na nossa direção.
- Quem... é você? - Megumi perguntou nervoso.
- Você não é a Tsumiki. - Murmurei com as mãos fechadas em punhos e me distanciei dela puxando Megumi pela manga do uniforme - Ele te fez uma pergunta. Me diz quem é você!
- Quem sou eu? - Ela pergunta divertida e sorri de uma forma esquisita e exagerada - Eu sou sua garotinha, Haruna Uchiha! E sua irmã mais velha, Megumi Fushiguro!
Tanto eu, quanto Megumi vacilamos com a visão de Tsumiki agir de uma forma tão estranha, mesmo sabendo que não é ela de verdade.
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