
ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟓𝟔
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- Você quer jogar os jogadores da migração e extinção, contra não-feiticeiros armados... ou seja, os soldados... - Uraume questiona ao lado de Kenji, enquanto observavam Kenjaku permanecer com sua feição calma - Então isso vai estimular a energia amaldiçoada das colônias e concluir a preparação antes de se fundir ao Tengen. Era sobre isso, não é? O seu plano no caso.
- Te dou 60 pontos por esse palpite. - Kenjaku assentiu e olhou de relance para Kenji - O que você acha disso?
- Eu não me importo com o que você faz, ou deixa de fazer. - Kenji respondeu - Mas devo admitir, que todo esse caos que está causando me diverte.
- Tirando Tóquio e Sendai, é verdade que as outras colônias não tem energia amaldiçoada suficiente. Como preocupação, mandei militares de outros países para cada uma dessas colônias. Mas não espero que isso se torne um show de soldados e feiticeiros. - Explicou enquanto andavam - Tirando os jogadores reencarnados, os jogadores despertados podem ter um problema. Pra começo de conversa, mesmo que tenha alguns despertados fortes, a maioria não quer atacar pra matar. Já os soldados uma vez que tenham muitas baixas, vão começar a ter cautela e recuar. E os não-feiticeiros não valem muitos pontos, os jogadores não vão caça-los por um bom motivo.
- Entendo. - Uraume assentiu.
- Eu só queria saber como ela está se saindo. - Kenji murmurou sem dar muita atenção na explicação do moreno ao seu lado - Já faz alguns dias que Haruna entrou no jogo.
- Ela está em Sendai, você sabe. Além disso, está sendo procurada por vários jogadores desde que souberam de sua presença. - Sorriu vendo a feição ansiosa de Kenji - Ela vale muitos pontos, sendo que além dela, também há o filho que mesmo não tendo nascido, já possui muita energia amaldiçoada, diria que sua morte daria o dobro de pontos.
- Eu sei disso, mas não posso ficar a observando o tempo todo. - Deu de ombros - Não quero que nos dois entrassemos em uma luta desnecessária, não está na hora.
- Mas deveria, ela está aprontando.
- Isso não é assunto seu, Kenjaku. - Kenji fechou a cara - Eu não me importo se ela acabar com esse jogo, não me importo se ela está aprontando alguma. A única coisa que importa pra mim nesse momento, é libertar meu irmão daquele selamento, entregar a Uchiha a ele e pagar minha dívida.
- E se o que ela estiver tramando dificulte a volta de Sukuna? Não está preocupado?
- Eu até poderia estar, se eu não soubesse o que ela está usando pra permanecer firme e saudável pra durar até agora nesse zona de guerra. - Sorriu maldoso vendo o olhar confuso de Kenjaku - Mas isso também não é assunto seu. Quer saber? Tô indo, já estou enjoado da sua presença.
Kenji deu as costas para Uraume e Kenjaku que fechou a cara, enquanto ele se desmanchava como água no chão, desaparecendo logo depois.
- Ele consegue ser bem desagradável quando quer.
- Vai por mim, ele já foi bem pior. - Uraume deu de ombros - Kenji costuma fazer isso quando está impaciente.
...
14 de Novembro.
Coloquei a própria arma do meu novo inimigo no pescoço dele assim que o tomei em minhas mãos, vendo o olhar de desespero estampado em seus olhos.
- Me entregue seus pontos. - Mandei com a voz firme e logo depois ele o fez sem questionar - Agora suma da minha frente, antes que eu te mate.
Nessas últimas horas está cada vez mais difícil ficar aqui sem ser percebida, graças a presença de Shiun, sua filha e neta. Mesmo que minha barriga esteja começando a pesar e meu ritmo tenha diminuído por motivos óbvios, ainda sim sinto que os três estão me atrasando, já andei por boa parte da colônia de Sendai e nenhum sinal de Megumi e os outros, e aposto que a anja também não está aqui.
Mas sei que estão evoluindo no plano, já que eles conseguiram pontos o suficiente pra criar uma nova regra. Jogadores poderiam transferir seus pontos para outros jogadores, sem precisar matar.
- Estou cansada... - Fumiko diz ofegante, segurando sua filha nos braços, se apoiando em seu pai que estava igualmente cansado - Como você consegue andar tanto, sem se cansar? Ainda mais estando grávida.
- Eu estou cansada, mas já passei por coisa pior. - Dei de ombros - Ficar andando por horas e enfrentar alguns fracotes é brincadeira de criança, comparado ao que já me aconteceu.
- Se isso é brincadeira de criança, não quero nem imaginar o que lhe aconteceu então. - Shiun diz com os lábios franzidos.
Continuamos a andar por alguns prédios, até que avistei um local onde algumas pessoas estavam agrupadas e pelo que pude perceber, alguns soldados estavam junto a eles. Estranhei aquelas pessoas estarem juntas assim com soltados no jogo de abate, mas não vou questionar, elas pareciam estra bem e seguras lá, então aumentei meu passo sendo seguida pelos três até chegar na entrada do um prédio.
- Shiun, Fumiko... e Keiko. - Bagunçei os cabelos da garotinha que dormia no colo da mãe - Aqui estarão mais seguros, fiquem com essas pessoas.
- Não vamos te deixar sozinha. - Fumiko protestou.
- Eu vou ficar bem, vocês viram o que eu posso fazer. - Segurei o ombro de Shiun que andava relutante até a entrada - Todo esse caos precisa acabar.
- Como você vai fazer isso sozinha? - Shiun pergunta.
- Eu não estou sozinha, na verdade devo estar bem atrasada. - Sorri - Tenho que achar algumas pessoas, mas não vou ficar em paz sabendo que estou colocando vocês em perigo ao meu lado.
- Você tem certeza? - Fumiko a olhou preocupada.
- Tenho.
- Então, tenha cuidado.
- Eu vou ter. - Assenti e permaneci perto da entrada até ver os três entrarem em segurança - É melhor assim, pelo menos eu fiz algo bom aqui dentro.
Continuei meu caminho até o final da colônia, onde o caminho termina, mas minha passagem não é permitida. Preciso sair de Sendai, tenho que encontrar a anja o mais rápido possível.
Tenho mais de cem pontos, posso criar uma nova regra se eu quiser, mas pelo que me lembro, não a nenhuma regra da migração e extinção que proíba os jogadores de entrar e sair das colônias quando quiserem, mas mesmo assim não é possível atravessar.
- Ao menos que... - Levei minha mão até o queicho - Essa seja uma regra das próprias barreiras.
- É isso aí. - Arregalei os olhos quando escutei a voz de Maki bem atrás de mim e me virei.
- Maki! Você está bem? - Andei até ficar em frente a ela completamente aliviada e segurei suas mãos e a olhei de cima a baixo - Parece mais forte que da última vez.
- Eu acabei com o clã Zenin. - Ela diz direta me fazendo olhar em seus olhos de imediato.
- Com todos eles? - Perguntei e vi ela concordar - Até o Naoya?
- Sim.
- Estou orgulhosa.
- Não mude de assunto tentando me agradar. Você é muito teimosa, deixamos claro que você deveria ficar fora disso pelo seu filho. - Maki solta minhas mão e cruzou os braços.
- Você estava aqui em Sendai o tempo todo? - Ignorei a reclamação dela e mudei de assunto.
- Não, cheguei a pouco tempo, estava procurando pelo outros.
- Então como você conseguiu passar pela barreira?
- Acho que isso tem haver por eu não possuir energia amaldiçoada, então as barreiras não me reconhecem...
- Sem energia... - Refleti vendo ela me olhar confusa e sorri - Já sei! Como pude não pensar nisso antes?
- O que?
- Você vai ver.
Consentrei uma boa quantidade de energia amaldiçoada na minha mão e invoquei algo que não uso a muito tempo, o espelho Yata. Sorri quando vi uma barreira transparente se formar ao redor do meu corpo, preciso de bastante energia amaldiçoada para permanecer com ele, estão tenho que ser rápida.
- O que é isso? - Ela me observou curiosa.
- Temos que ser rápidas, Maki. - Suspirei apoiando minha mão em minha barriga e a outra estendi na direção da mais nova - Não quero me separar de você com o teletransporte das barreiras, então segure firme minha mão e entre no espelho yata comigo.
- Hum... tudo bem. - Ela concordou dando de ombros e atravessou a barreira transparente em que me circulava - Se não funcionar...
- Vai funcionar, tem que funcionar.
Andamos até a barreira e fechei os olhos, torcendo para que desse certo, ou então eu me separaria de Maki. Quando voltei a abrir meus olhos, sorri vendo que estávamos em outro lugar.
- Kogane, onde estamos? - Perguntei assim que desativei o espelho yata e logo depois aquela criatura apareceu.
- Colônia Tóquio 1.
- Vamos começar a procurá-los. - Maki diz e assim continuamos nosso caminho em frente.
...
16 de Novembro.
Percorremos um bom caminho e as horas passavam rapidamente, estou começando a me sentir impaciente por não encontramos ninguém conhecido por todo esse tempo. E principalmente, nem um único sinal dessa tal anja.
Paramos por alguns minutos e aproveitei para meditar e transferir mais energia amaldiçoada em meu "armazenamento cerebral". Maki me olhava sem entender, mas a única coisa que fiz foi dar-lhe um sorriso divertido, ela sempre foi alguém indiferente a muita coisa, vê-la curiosa era uma dádiva que poucos tinham.
Assim que terminei, continuavamos a seguir em frente. Me permiti ativar meu Sharingan pra ter um alcance ainda maior e depois de mais algumas horas, quando a tarde começou, parei e segurei o ombro de Maki que me olhou de imediato.
- Viu alguma coisa?
- Eles estão lá em cima. - Apontei para o alto de um prédio a alguns metros de distância.
- Até que seus olhos mágicos estão servindo pra alguma coisa afinal de contas.
- Muito engraçado. - Falei sarcástica - Marquei de rir a uma semana.
Em poucos segundos paramos no alto do prédio, suspirei com um pouco de dor nas costas e tentei massagear a região com as mãos, segurando uma careta. Megumi e Yuuji pararam de imediato quando nos viram e me olharam desacreditados quando seus olhos chegaram até mim.
- O que você está fazendo aqui?!
- Atualmente estou tentando achar uma tal de "a anja" e libertar meu marido imbecil de seu selamento, Yuuji. - Respondi vendo os dois fecharem a cara - Além disso, eu também vou libertar a Tsumiki desse tormento, você não pode me privar disso, Megumi.
- Bem que eu achei que você tinha aceitado fácil demais. - Megumi revirou os olhos.
- Pelo visto você conhece bem a mulher que te criou. - Dei um peteleco em sua testa e escutei ele resmungar - Ou não, vocês não precisam se preocupar, eu nunca me arriscaria sem um plano.
- E que plano é esse?
- Quem é essa aí? - Mudei de assunto quando percebi a presença de uma garota loira ao lado de Yuuji.
- Sou Hurusu Hana, muito prazer em conhecê-la. - Ela deu um passo a frente.
- Hurusu Hana? - Estreitei os olhos por alguns segundos e ofeguei - Espera um pouco...!
- Calma, calma! - Megumi entrou já minha frente, quando percebeu que eu ia avançar na garota - Tem algumas coisas que precisa saber ainda!
- Saber o que Megumi Fushiguro?! Ela é a anja, o que vocês estavam esperando?! - Dei um pescotapa no moreno que grunhiu com a dor - Um convite formal com todo mundo reunido?! Me explica de uma vez!
- Primeiro me conta o seu plano!
- Depois eu te explico!
- Então estamos quites! - Ele exclamou passando a mão no pescoço dolorido.
- Me respeita, muleque!
- Eles realmente parecem ser mãe e filho, até na aparência. - Hurusu observou, enquanto Yuuji concordava.
- Maki, como estão as coisas? - Voltei minha atenção na garota.
- Seria bom se fosse só a preparação ser concluída, mas de acordo com o que aquele cara que diz ser irmão do Itadori... - Maki responde - Kenjaku pegou o Tengen-Sama e deixou a escola jujutsu toda destruída.
- O que?! - Arregalei os olhos - Mas... e a...?!
- Tsukumo é do mesmo nível do Yuta. Ela se juntou com uma pintura da morte, com o Tengen-Sama e ainda perdeu... - Ela continuou e meu coração errou uma batida quando processei a nova informação, mais uma pessoa se foi.
- Yuki... não posso acreditar. - Murmurei, senti alguém segurar meu ombro e vi que era Megumi. Ele sabia que sempre achei Tsukumo alguém irritante desde que a conheci, mas mesmo assim a considerei uma boa amiga.
- Nós sabíamos que seria assim, isso só confirma que o Kenjaku não pode ser derrotado por meios comuns. - Maki diz - A única coisa boa é que o fundo do reino da prisão ainda está seguro.
Observei as expressões dela e percebi o quanto ela amadureceu durante apenas alguns dias, talvez os acontecimentos em Shibuya junto do que ela teve que passar no clã Zenin e até agora no jogo de abate tenha causado isso. Mesmo com essa notícia, Maki permaneceu firme o tempo todo.
Me lembrou um pouco de mim, mas desde que fiquei grávida, esconder meus sentimentos se tornou algo quase impossível.
- Por que a fusão ainda não aconteceu então? - Yuuji questionou.
- Eu acredito que os feiticeiros podem resistir a fusão com energia amaldiçoada. - Uma boca apareceu na bochecha de Hurusu e franzi a testa surpresa me virando para Megumi, que murmurou que logo me explicaria - As coisas parecem normais dentro das colônias, mas fora delas a fusão já começou.
- Não, impossível. - Maki negou - Os noticiários dizem que algumas pessoas mais vulneráveis ficaram doentes, mas... no geral, o Japão continua o mesmo.
- Isso não faz sentido. - Neguei com a cabeça.
- Talvez a fusão não possa ser iniciada, ou ele não quer fazer isso agora. - Megumi diz.
- Algo deve estar faltando... mas o que? - Supirei - O que aquele lunático está aprontando?
Além de que, alguém que se mostrou tão interessado em mim não deu as caras até agora. Se estou preocupada em descobrir todas os planos de Kenjaku, devo ter ainda mais cautela para as jogadas que Kenji costuma se divertir em fazer.
Ele conseguia ser insuportável até longe, parece que ele gostava de mecher com a cabeça das pessoas, sumia sem rastros e aparecia quando der na telha com alguma ideia mirabolante pra me tirar do sério.
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