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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟒𝟎

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Satoru praticamente me arrastou até a escola, assim que o sol começou a nascer. Ele passou a noite quase toda acordado, estava inquieto e preocupado, se mechendo de um lado pro outro na cama observando meu fluxo de energia amaldiçoada, com medo de que algo acontecesse enquanto eu dormia.

Um grande exagero.

Mas mesmo que eu dissesse que estava bem melhor e que não precisava de toda essa preocupação, ele não deu ouvidos.

Não consigo entender porque ele estava agindo dessa maneira, como se estivesse se preparando para algum coisa que não podia impedir de acontecer.

– Não precisávamos vir tão cedo, Satoru. – Ela murmura enquanto ele segurava seu pulso e a conduzia até o necrotério – Nem sabemos se a Shoko já está acordada.

– Aquela lá não perde a oportunidade de ficar mexendo em seus cadáveres todos os dias. – Ele riu sarcástico – Claro que ela vai estar.

Haruna revirou os olhos com a teimosia do marido, estava se sentindo ótima comparado ao dia de ontem, o sono repôs toda a energia que precisava. Mas mesmo não estando tão inquieta quanto o mais velho, ainda queria saber o motivo desses sintomas imprevisíveis, qualquer coisa podia ser algo perigoso para o seu bebê e queria ter certeza de que ele estava bem.

– Shoko! – Satoru exclama batendo palmas – Bora trabalhar! Anda, levanta essa bunda dessa cadeira.

– Por que você não vai atormentar outra pessoa, seu insuportável? – Shoko faz bico enquanto terminava de ler alguns documentos em sua mesa – Uma hora dessas você devia estar dormindo. É só vontade de atrapalhar a minha paz?

– Deixa de frescura. Haruna não está se sentindo bem.

– Eu estou ótima, já disse. – Olhou torto pra ele e depois se virou para a outra mulher – Mas ainda sim, queria ver se está tudo bem, por favor.

– Deveria aprender educação com ela, Satoru. – Shoko resmunga.

Levanta e sai de sua sala e acena com a mão que a seguissem, enquanto perguntava qual o problema para o Gojo chegar fazendo tanto alvoroço.

– ... então ela ficou a noite toda apagada como se tivesse morrido, eu mal dormi com medo dela estar morrendo de verdade! – Satoru explica com a voz dramática, Shoko estreita os olhos com a feição enigmática do Gojo, enquanto ele encolhia os ombros – Então eu queria saber se... tem algo errado, Shoko.

Haruna estranhou os olhares sérios que os dois trocavam. Como se conversassem apenas pelas expressões faciais. Não era uma pessoa burra, sabia que Satoru e Shoko sabiam de alguma coisa e não estavam se preocupando em dividir essa informação neste momento.

– É bem difícil de acontecer... mas vocês dois não são normais, então essa criança também não é. – Shoko diz ignorando a feição ofendida dos dois enquanto aponta para uma cama no centro da sala  – Deite-se, Haruna. Vamos ver qual o problema desse pirralho, para eu finalmente poder ir dormir em paz.

– Vai, vai! – Satoru segura os ombros dela e a empurra levemente apresado.

– Eu vou ter que te bater, é isso? – Haruna franzi o nariz e se deita, vendo a Ieire colocar suas luvas. Shoko levanta a blusa da mais nova e depois passar um gel gelado na barriga dela.

– Muito bem. – Shoko se senta ao lado e desliza o pequeno aparelho conectado ao transdutor, fazendo quase que imediatamente uma imagem preta e branca aparecer na tela – Ah, ele está bem aqui.

– Onde, onde?! – Satoru exclama afoito.

– Aqui. – Shoko apontou com o dedo uma pequena mancha escura, que se ela não mostrasse, nenhum dos dois saberia o que era – O bebê já está um pouquinho maior do que da última vez e estando quase no terceiro mês... ele já está desenvolvendo suas características faciais, como o nariz e a boca, as mãos e os dedos também. Mas está no começo.

Haruna mal escutava o que Shoko dizia, ela apenas mantinha sua atenção naquela imagem em que mostrava seu bebê, a pequena vida que crescia dentro de si. Essa era a primeira vez que via seu filho. No seu primeiro exame, foi apenas uma confirmação da gestação, então não foi nada comparado ao que estava presenciando agora.

Sentiu uma mão gelada segurar a sua e desviou a atenção da tela para o homem ao seu lado contrário, vendo Satoru com os lábios precionados em uma feição indecifrável.

Queria que ele tirasse aquela venda para poder ver seus olhos e conseguir ler o que ele estava sentindo. Deu um leve aperto na mão dele e engoliu em seco quando sentiu sua garganta se fechar e seus olhos arderam levemente, com a sensação de alegria que estava tendo em poder ver seu filho.

Mas os outros dois presentes não pareciam estar sentindo o mesmo que a mais nova. Pelo menos ele não está demonstrando, estava calado e com os lábios em uma linha reta, enquanto seus olhos se mantinham na tela o tempo todo.

– Obviamente que não podemos saber o gênero, ainda é muito cedo. Mas eu já entendi o problema.

– Problema? – Haruna se virou imediatamente para Shoko com a  voz rouca.

– Não é exatamente um problema, mas... precisamos ter cuidado com isso. – Ela olha de relance para o Gojo, que continuava calado e com uma feição séria e tira o aparelho da barriga da mais nova e limpa todo o gel do local, vendo a preocupação brilhar nos olhos negros da Gojo – Não pude ver com clareza, mas pude sentir. Satoru também já percebeu como ele já disse.

– Está falando da energia amaldiçoada...

– Exatamente. O bebê está drenando a energia amaldiçoada da mãe para se desenvolver, mas ele não entende que ela também precisa dessa energia para mater o corpo saudável. – Shoko explica vendo a feição do Gojo se fechar ainda mais, enquanto a mais nova mostrava puro choque – Além de não conseguir controlar a quantidade exata, então ele usa bem mais do que precisa. E quando isso acontece, sua energia fica oscilando de densa a fraca, Haruna. Quando ele absorve a energia e se sente sobrecarregado com a grande quantidade, ele se livra da que não precisa.

– Se livra? – Haruna coloca a mão na barriga com os lábios entreabertos.

– Ele solta de uma vez a energia amaldiçoada restante e ela rebate com a sua, que circula em seu corpo. É como uma onda se chocando com outra. – Ela levanta o indicador – Isso causa um efeito negativo no seu corpo, quando você sente um pouco de fadiga de um segundo para o outro, esse é o momento em que sua energia é drenada. E quando você se sente extremamente cansada e fraca, o momento do impacto já aconteceu.

– Quanto de energia ele usa? – Haruna pergunta – Dá pra saber exatamente?

– Se eu fosse chutar em uma porcentagem... eu diria que quase a metade da sua energia e diminuída em certos momentos. – Satoru responde apoiando a mão na testa coberta pela venda – E depois seu corpo se desgasta para produzir mais, para não causar algum dano.

– Isso mesmo. – Shoko concorda – Então sugiro que economize o máximo de energia que conseguir, Haruna. Não fique usando seus olhos mágicos por nada e não fique se esforçando demais na escola com o treinamento de seus alunos.

– Mas, eu...

– Ao menos que queira ficar definhando até o dia em que ele for nascer. Agora pode não ser muito, mas ele vai crescer e vai querer mais. – Haruna abaixou a cabeça, não percebendo a leve feição de irritação do albino – Ele é inocente, não sabe o que está fazendo. Mas agora você sabe o que está acontecendo, que bom que descobrimos isso cedo. Depois irei passar algumas vitaminas pra você e não se esforce demais, só se for realmente necessário.

Sua mente estava uma bagunça. Era tantas informações que mal conseguia processar direito. Shoko acena e se levanta, saindo da sala e deixando os dois sozinhos. Haruna levanta o olhar para ele e o vê olhando para a parede sem demonstrar nada.

– Satoru...

– Vamos para casa. – Ele diz sem nem mesmo olhá-la e se levanta, segurando a mão dela ajudando-a a se levantar.

– Mas hoje temos aula para dar. – Haruna estranha a feição indiferente dele.

– Um dia não vai fazer mal a ninguém. – Ele continua a andar e quando chegam na saída, ele passa o braço sobre os ombros dela e em um piscar de olhos já estávam na frente de casa – Vou pedir algo pra você comer, não deu tempo de pensar nisso quando saímos.

Eles entram e o platinado vai direto para o quarto, se sentando na beirada da cama, segurando o celular com a cabeça baixa e com sua mente viajando para um lugar bem distante de onde estavam.

Haruna o segue em silêncio, preocupada tanto com a nova notícia, quanto o comportamento do marido que não era normal. Satoru nunca foi de ser tão indiferente na sua presença, principalmente quando estavam sozinhos.

Tudo que foi dito por Shoko, sentia que a maioria de suas palavras não eram uma notícia para ele, era uma confirmação. Desde que os três entraram naquela sala, Shoko e Satoru já sabiam disso, era isso que sua mente murmurava.

Era esse o motivo de seu comportamento estranho e preocupação excessiva.

Satoru estava diferente, mesmo que tentasse esconder algo, ela o conhecia bem o suficiente para saber.

Anda até ele e se abaixa, ficando na altura de seu rosto e segura suas mãos tirando o celular e colocando na cama, fazendo ele suspirar.

– Vamos conversar sobre isso.

– Logo você querendo conversar sobre alguma coisa?

– É do nosso filho que vamos falar, isso é importante. – Haruna responde, vendo ele soltar suas mãos e se levantar com a palma cobrindo sua venda.

– Eu não quero falar sobre isso agora, Haruna. – Ele negou, tentando fazer a mulher não esquentar ainda mais sua cabeça com esse assunto e fazer com que ele solte tudo que estava quardando dentro de seu peito e fizesse algo que não deveria – Vá descansar e talvez depois podemos falar sobre isso.

– Talvez? – Ela franzi a testa – Ele é a prioridade aqui.

– Prioridade? – Satoru murmurou sarcástico – Ele está drenando sua força vital de canudinho como se fosse o melhor bebida do mundo.

– Ele é apenas um bebê, não sabe o que está fazendo! Além disso, não é nada demais. Eu só preciso me cuidar melhor. – Haruna defende a criança não entendo o comportamento do marido – Ele é muito pequeno para entender, ainda nem nasceu.

– Ainda tão pequeno e já causa tudo isso em você! – Ele se vira para ela de súbito – Imagina daqui a quatro ou cinco meses? Ele vai pegar tudo que conseguir e ainda vai querer mais!

– Eu não me importo de ficar assim por ele, por mim poderia pegar tudo que quiser, eu sou a mãe dele! – Sente sua garganta se fechar – Eu o amo!

– E acha que ele se importa com o seu amor? Essa criança só pensa em ficar mais forte, só isso. – Ele dá um passo a frente – Nem que isso mate você!

Haruna vacilou por um segundo e franziu a testa, tentando processar se era isso mesmo que ele havia dito.

– Shoko disse que isso não era um grande problema, não chegaria a esse ponto. – Haruna rebate levando as mãos sobre a barriga – Eu não entendo o motivo de...

– Ela só não queria te assustar e deixar você mais nervosa. Mas você não é burra, não ouviu o que ela disse? – Satoru pergunta hesitante em chegar perto – Ele vai crescer, e vai usar mais da sua energia... e você sabe o que acontece com um Feiticeiro Jujutsu quando perde uma grande quantidade?

– Eu não me importo. – Negou com a cabeça – Se chegasse a esse ponto, não me importaria de fazer esse sacrifício pelo meu filho. Esse é o meu dever como mãe.

– Você vai morrer, ele vai acabar te matando! Como acha que eu me sinto com isso?! – Satoru exclama a assustando, ele leva as mãos a cabeça novamente, como estivesse se controlando de fazer uma loucura.

– Por que você está dizendo isso?! – Deu um passo para mais perto e ele recuou com outro para trás – Por que você está agindo assim?! Eu não estou entendendo seu comportamento!

– Olha... – Ele vacilou e trocou o maxilar – Se pretende morrer por ele, eu não preciso estar junto pra ver.

E então ele vê o olhar de dor e desespero que ela possui em seus olhos negros úmidos, e hesita quando percebe o peso de suas palavras. Se vira saindo do quarto, batendo a porta com força ao fechá-la, deixando a mulher sozinha no cômodo.

Haruna se senta na cama com as lágrimas já encharcando seu rosto, os soluços eram a única coisa que se ouvia. Acariciou a região abdominal e fungou se levantando e se deitou devagar na cama, molhando o travesseiro com mais lágrimas salgadas, que escorriam como uma cachoeira que não parava de transbordar.

Seu peito queimava como o inferno, e por um segundo pensou que realmente estava pegando fogo por dentro. Aquela dor, era ainda pior que a que sentiu quando mais jovem, se pudesse trocar, faria sem pensar duas vezes.

– A culpa não é sua, meu amor... você não sabe o que faz. – Murmurou entre os soluços passando o polegar em sua pele – A mamãe te ama tanto... você ainda é tão pequeno, e já consegue me fazer ter um sentimento tão grande desse jeito, minha pequena luz.

...

O Gojo sai da casa sem nem saber o rumo que estava tomando naquele momento, só queria estar em um lugar tranquilo.

Sua cabeça não conseguia pensar em outra coisa, a não ser nas memórias que enterrou a tanto tempo, memórias que voltaram como uma bala e agora atormentava seus pensamentos como uma maldição.

Queria gritar, mas sua voz não saia.

Estava se repetindo. Tudo estava se repetindo e dessa vez, ele estava no lugar de seu pai, como no passado. No passado em que ele era o ser inocente causador de todo o alvoroço que causou a morte de sua própria mãe.

E ele fez com que Haruna tenha que passar pela mesma coisa.

Colocou uma criança em seu ventre, que não sabia fazer outra coisa a não ser querer aumentar sua força, sem nem mesmo ter nascido. Usando a força da mãe, pegando tudo o que podia pra conseguir isso, assim como ele fez.

Abriu os olhos e se viu no lugar onde sempre conseguia sentir tranquilidade quando não estava junto de sua esposa.

No lugar onde se conheceram, debaixo da árvore de cerejeira favorita da mulher, a uma distância considerável do campus de treinamento principal. O lugar onde se encontravam na adolescência para passar o tempo depois de um dia cansativo. Lugar onde trocaram seus planos para o futuro. E lugar onde descobriu que logo seriam três.

Arrancou a faixa de seus olhos e se sentou no banco de madeira.

"Eu não me importo."

A frase que ela usou assim que  morte foi incluído na situação em que ela se encontrava.

A imagem de um mundo onde não poderia escutar a risada ridícula e aguda, não poderia observar os olhos negros brilhantes ou até escutar sua voz séria lhe dando sermão, dava um aperto no peito. Saber que ela não se importava com a própria vida, não se importava de morrer, tudo pela criança que estava a matando, isso o deixava devastado.

Algo que sua mãe não teve escolha.

Carregar o portador dos Seis Olhos era uma honra para uma mulher como sua mãe, que era apenas uma pessoa comum do Clã Gojo, sem nada de especial. Negar a criança não foi uma opção para ela, mesmo que soubesse que talvez custaria sua vida o gerar.

E Haruna tendo sua opinião totalmente válida, diz que não se importa em passar por isso. Não conseguia entender.

– O que eu tenho que fazer...? – Abaixou a cabeça.

– Volte para a sua casa e haja como um homem de verdade.

Já sabia que ele estava lá desde que chegou, estava apenas esperando que o mais velho fizesse alguma coisa. Yaga estava o observando de longe desde que chegou naquele lugar, como se já esperasse que o antigo aluno viesse, vendo o Gojo totalmente devastado e perdido, como se fosse a primeira vez na vida que não sabia o que fazer.

– Acha que é simples assim? – Riu sem humor – Aposto que ela nem quer olhar na minha cara.

– Pensei que nada fosse impossível para o grande e poderoso Satoru Gojo. – Ele ironizou andando até o mais novo sentando-se ao seu lado – Shoko me contou.

– Aquela mulher não consegue ficar de bico calado.

– Ela sabia que você não lidaria bem simplesmente com a sua reação. – Yaga diz observando a vista – Não contarei a ninguém, não se preocupe, se depender de mim, esse assunto só ficará entre nós quatro.

– Obrigado.

– Como ela está?

– Não sei. – Respodeu – Deve estar bem, ela disse que não se importa com a própria vida de todo o jeito mesmo.

– Seu idiota! – Yaga deu um cascudo no mais novo que nem se importou em se proteger – Como pode dizer algo assim?! Você é a família mais próxima que ela possui. Tudo o que ela precisa é de seu apoio, e então você desiste de tudo e a deixa sozinha!

– Se ela continuar com isso, ela vai morrer, e eu não quero estar lá pra ver minha esposa definhando aos poucos até o último suspiro! – Exclamou se levantando com as mãos na cabeça – Dá mesma forma que aconteceu com a minha mãe. Eu a matei, e essa criança vai fazer a mesma coisa.

– Sua mãe era uma mulher forte, mas Haruna não é como a sua mãe. Ela é ainda mais forte, muito mais. – Yaga também se levanta – Virar as costas e desistir não é algo que você costuma fazer. Você vai simplesmente abandonar sua mulher e seu filho em um momento de dificuldade, só porque essa condição já aconteceu com alguém antes e não terminou bem? Com ela, tudo pode ser diferente, basta você estar ao lado dela.

– Mas e se não der? – Satoru pergunta com a respiração descompassada – Se ela morrer, o que vai restar?

– A criança. O seu filho. – Yaga respode simples – O motivo de todo o sacrifício que ela está fazendo. Alguém que ela amou ao ponto de dar a própria vida.

– Acha que eu posso suportar olhar para alguém que tirou a vida da pessoa que eu mais amei? – Ele cruzou os braços – Meu pai nunca me olhou nos olhos, mesmo que eu fosse a pessoa que ele e todo o clã tanto desejavam.

– Mas você não é o seu pai! – Yaga exclama – Você possuí um bom coração, Satoru. Vai doer, mas com o tempo, você será preenchido de amor novamente.

– É isso que você acha?

– Você não entende, mas o dia em que segurar seu filho pela primeira vez, saberá do que estou falando. – Ele continua – Mas não é como se tudo fosse dar errado. Haruna, não morrerá fácil, nunca conheci alguém tão teimosa até pra morrer. Então deixe de ser tapado e pense como alguém descente!

Deu outro soco, dessa vez na boca do  Gojo que grunhiu de dor e se apoiou seu joelho, sentindo a dor latejante e o gosto metálico se misturar em sua boca.

– Eu disse que te bateria se fizesse algo que a machucasse. – Yaga estala os dedos – Um soco na boca e um na cabeça, não é nada comparado ao que ela deve estar sentindo, seu imbecil. Vá pra casa, a apoie e empreste sua força.

Satoru engoliu em seco, e tudo que não queria sair de seu peito, transbordou para fora, seus lábios pálidos tremeram e seus olhos azuis infinitos e encheram de lágrimas ralas, sua garganta se fechou, dificultando sua tentativa de esconder o que sentia.

– Eu só não entendo... como ela pode não se importar com a própria vida desse jeito, em como não se importa de me deixar.

– Ela te ama, eu sei disso. – Yaga suspira encostando a mão na cabeça – Mas entenda, que não há amor maior e mais forte... que de uma mãe pelo seu filho.

O platinado trincou a mandíbula e fechou as mãos em punhos.

– Pense nisso garoto. – Yaga olha para o céu – Deve ser quase nove horas, os alunos podem sentir a falta dos professores a qualquer momento. Mas não se preocupe, não precisa aparecer hoje se não quiser.

Acabou e se virou pretes a sair mas para quando escuta a voz firme do Gojo.

– Obrigado... pelo soco, os dois.

– Por nada. – Sorriu sabendo que essa era uma maneira do mais novo de dizer que agora estava pensando com clareza, e que se arrependia de seus atos – Fale com ela... não seja tão cabeça dura. Como ela vai saber o motivo de sua explosão, se você nunca quis contar sobre sua vida?

Satoru olhou para cima e observou o céu ensolarado. Ela um lindo dia, inacreditável como o sentimento negativo podia tirar todo o brilho de um dia como aquele. E como se sentiu um lixo, por ser o motivo das lágrimas derramadas pela mulher que jurou a felicidade.

Nunca tinha deixado seus sentimentos ruins saírem para fora, muito menos descontar suas frustrações nela. Essa foi a primeira vez que tinha visto Haruna chorar de forma tão dolorosa pelos seus próprios atos.

Agir por impulso com a cabeça quente era um grande erro, mas depois de feito, não tinha como desfazer.

Mas como poderia olhar em seus olhos depois da sua explosão?

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