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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟐𝟎

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Desviou de um soco e uma rasteira que o Fushiguro tentou acertar e se esquivou de outra tentativa de acerto em seu rosto, observou o braço dele passar de raspão em sua bochecha como se estivesse em câmera lenta e segurou o pulso do garoto, torcendo e puxando para frente aproveitando para derrubá-lo de vez na grama.

Megumi geme de frustração e levanta o olhar, observando os olhos escarlates vidrados em seu rosto.

- Continua lento.

- Os seus olhos conseguem prever qualquer movimento antes mesmo de pensar em fazer. - Retrucou se levantando.

- Então seja mais rápido. - Haruna diz vendo o Fushiguro tentar tirar a grama de sua roupa - É isso que você precisa aprender.

- Como se fosse fácil. - Megumi resmunga franzindo os lábios.

- Eu nunca disse que seria fácil. - Ela coloca as mãos nos bolsos desativando seu Sharingan - Mas pense bem, no dia em que você conseguir me tocar uma única vez em uma luta, vai ser o dia em que poderá acertar qualquer pessoa diretamente.

- Até mesmo o Gojo?

- Ah, a técnica dele serve exatamente para evitar contato. - Haruna franzi o nariz - Isso faz com que ele seja intocável, mas... todos temos fraquezas, você só precisa descobri-las, não é?

- Entendi. - Megumi murmurou vendo a mulher olhar a hora em seu celular e fechar a cara logo depois.

- Tenho que ir. - Ela guarda o aparelho e se vira andando até a saída.

- Você tinha me dito que hoje me treinaria a tarde inteira. - O Fushiguro diz cruzando os braços emburrado e levemente chateado.

Haruna para seus passos e olha para o garoto de relance soltando um suspiro. Refaz seu caminho de volta até centímetros de seu pupilo, levando os dois dedos até sua testa suada, dando um leve empurrão, fazendo o garoto dar um passo pra trás e colocar a mão no lugar tocado por ela.

- Me desculpe, Megumi. - Olha seus olhos azuis escuros, fazendo também o garoto poder ver sua imensidão negra - Talvez outro dia.

Ela dá uma última olhada no mais novo com um feição culpada contida, e se vira completamente voltando a fazer seu caminho até o lado de fora da residência Uchiha.

...

24 DE DEZEMBRO.

Andei até o necrotério da escola onde poderia encontrar Shoko facilmente. O dia marcado para a guerra contra Geto havia chegado e a cada segundo que passava eu ficava ainda mais nervosa e ansiosa.

- Shoko. - A chamei vendo a mulher vestir seu jaleco branco - Já estamos indo. Diretor Yaga me mandou informar que você deve ir também.

- Certo. - A mulher resmunga - Olha só no que o Suguro está nos metendo.

- Aquele fracassado... - Bufei vendo a cara desanimada da amiga - Você sabe como ele é um emocionado.

- É, ele sempre foi. - Shoko solta uma pequena e curta risada e suspirou - Vou organizar as coisas.

Assenti saindo do necrotério e colocando as mãos nos bolsos enquanto andava até a saída da escola, onde alguns feiticeiros já se encontravam, apenas aguardando a ordem de ida. Andei até o Masamichi que estava muito ocupado gritando e dando ordens.

- Já avisei a Shoko.

- Ótimo! - Ele exclama mostrando para qualquer um que o visse que estava ansioso para ir ao campo de batalha - Ela não gosta de se meter nesse tipo de coisa, mas vai mesmo assim!

Ele saiu sem nem mesmo olhar pra mim, reclamando com um garoto do segundo ano que observava a paisagem completamente distraído.

Soltei uma risada discreta quando o Masamichi deu um cascudo no garoto que soltou um resmungo de dor.

Olhei ao redor e não achei nenhum sinal de Satoru. Onde esse irresponsável está?

Peguei meu celular e liguei para o Gojo pra ver se ele vai dar algum dar o ar de sua graça, mas ele não atende. Enquanto o fui tentar ligar novamente, senti um arrepio.

A atenção que até agora se mantinha nos outros feiticeiros na minha frente, começaram a ficar distorcidos, minha visão estava ficando turva.

Uma onda de pressão na minha cabeça me fez desligar o celular e segurar o local afetado pela dor com uma das mãos.

De repente o ar começa a ficar mais denso e difícil de respirar. O lugar ao redor de mim estava escurecendo e a única coisa que eu conseguia ver, era um brilho avermelhado perto dos prédios da escola, mais especificamente duas pequenas esferas escarlates me observando de longe.

Algo me atraia naquela direção, como uma corda invisível que se enlaçava ao redor do meu corpo me puxando lentamente. Quando dei o primeiro passo, pude escutar uma voz abafada tentando chamar minha atenção, me fazendo quebrar o contato visual com aquelas esferas avermelhadas misteriosas.

- Haruna? - Satoru balançava meus ombros aparentemente preocupado - Você está bem? Tá olhando pro nada como se fosse uma psicopata.

- Hum... - Me virei olhando para o rosto do mais velho que tinha seus olhos cobertos pela sua faixa branca. Meu interior esquentava, junto com um sentimento de irritação sem sentido - Não é nada.

- Tem certeza? Você está pálida. - Ele segurou o queicho desconfiado - Não está mentindo pra mim, está?

- Não. - Neguei engolindo em seco - E se estivesse, deve ao fato de que não é da sua conta.

- Ih, você está bem arisca hoje! - Ele deu tapinhas na minha cabeça como se eu fosse um cachorro, não ajudando em nada na minha raiva repentina - Calminha, querida.

- Me lembrei que esqueci uma coisa no meu quarto. - Travei a mandíbula e me esquivei, começando a andar.

- Agora?! - Ele franziu a testa e aponta para os outros que já saiam da escola - Mas já estamos indo.

- Vai ser rápido. - Garanti sem nem mesmo olhar para ele e acenei de costas - Podem ir na frente... você sabe que posso chegar primeiro que todos eles.

- Eu sei disso. - Satoru assentiu, estranhando o comportamento frio dela - Mas mesmo assim, não demore.

Os olhos dela, estavam apagados, frios e sem vida quando os viu, sem aquele brilho que sempre via quando estavam juntos, nem mesmo sua brincadeira fez um mínimo sorriso aparecer.

Observou ela sumir de vista sem nem mesmo dizer uma única palavra. Ela estava diferente. O que será que se passa na cabeça daquela mulher nesse momento?

E teimosa como ela é, se não quiser revelar, ninguém poderia saber.

Haruna andou até o corredor ativando seu Sharingan instantaneamente tentando sentir qualquer movimento ao seu redor, mas nada foi sentido, todos já tinham saído do lugar, estava tudo vazio. Continuou seu caminho ao redor do prédio por mais alguns minutos e não encontrou nada suspeito.

Aquilo foi muito inusitado e estranho.

O que era aquilo? Não pode ter sido algo da minha cabeça, era real eu sei o que vi. Pudi até sentir aquela coisa me chamando e me atraindo, junto com uma súbita vontade de quebrar alguma coisa pela repentina raiva que se impregnou em meu corpo.

Podia dizer que era até hipnótico.

Esferas vermelhas... dois olhos...

Genjutsu... uma ilusão...

Sharingan.

- Mas que merda! - Me esquivei a tempo do soco que eu levaria nas costas e segurei o braço, que com certeza era masculino, e torci o derrubando no chão, mas assim que o corpo levou o impacto se tornou fumaça desaparecendo - Mas o que...?

Logo depois antes mesmo de poder reagir ao movimento atrás de mim, senti uma pancada na cabeça, fazendo tudo girar, junto com um barulho irritante de zumbido. Meus joelhos cederam me fazendo cair no chão desnorteada esperando o impacto, mas não aconteceu. Apenas pude escutar uma risada estranhamente familiar e braços me segurando antes de apagar por completo.

...

SHINJUKU.

Satoru observava as duas figuras em cima de um dos prédios ao lado de várias maldições que se espalhavam pelo local.

- Aquele cara... - Estreita os olhos com a mão apertando os lábios fazendo um bico - Me parece problemático.

- Senhor Gojo! - Ijichi corre em direção do albino - Meu relatório... aconteceu alguma coisa?!

- Não.

Aquele buscador de atenção não está na linha de frente? Ele está em Kyoto? E onde está Haruna?

- Ijichi... Haruna já chegou?

- Ainda não senhor, acho que ela nem chegou a sair da escola. - Ijichi responde fazendo o Gojo se virar imediatamente para o Kiyotaka - Pode ser uma hora ruim, mas eu pensei que seria melhor te falar agora. E sobre a coisa do Okkotsu que você e a senhorita Uchiha me pediram...

Murmurou para que apenas o feiticeiro de nível especial escutasse, e assim que terminou, Gojo travou a mandíbula correndo até seus alunos Panda e Inumaki que tinham ido até lá pelo seu nível de jujutsu.

- Panda! Toge!

- O que...?

- Sem perguntas! - Satoru interrompe puxando os dois até um lugar mais espaçoso - Vou mandar os dois até a Escola Jujutsu!

- Que?!

- Geto e Haruna estão lá! - Faz símbolos de teletrasportação ao redor dos dois sem conseguir esconder a feição de preocupação - Definitivamente. Provavelmente. Sem sombra de dúvidas!

O comportamento estranho da Uchiha mais cedo pode ter algo relacionado com isso. Haruna tem um bom sexto sentido, todo esse showzinho com as maldições foram apenas uma distração para nos tirar da Escola Jujutsu.

- Quais delas?!

- Yuta e Maki podem morrer se pensarem em enfrentá-lo sozinhos! - Satoru engoliu em seco apertado suas mãos em punhos então juntou as mãos e entrelaça os dedos - Eu também irei logo depois de acabar com esse invasor. Deem reforço!

- Entendi!

- Okaka! - Disse antes de serem teletrasportados.

- Seu inimigo sou eu... - Miguel pulou ficando em cima de uma ponte - Classe especial.

- Desculpa, mas... - Satoru tirou sua faixa de um de seus olhos, olhando diretamente para o moreno - ... agora eu estou meio ocupado.

...

Abri meus olhos devagar depois de ouvir um barulho de estrondo e sentir o chão tremer. Suspirei sentindo minha cabeça latejar e me levantei, olhando ao redor vendo que estava caída bem no pátio da escola, e acima desta havia uma cortina que cobria toda a área do lugar.

- Só pode ser brincadeira.

- Até que enfim acordou. - Haruna estremeceu quando escutou aquela voz - Não aguentava mais esperar. Até Suguro já está se divertindo.

Haruna se vira podendo ver aquele que sempre desejou reencontrar e finalmente vingar seu clã e sua família. Katsuo Uchiha, o homem que destruiu sua vida estava bem na sua frente depois de quase vinte anos. Seus cabelos estavam grisalhos e seu rosto já possuía marcas da idade, mas o olhar e o sorriso maldoso continuavam os mesmos.

- Precisava me nocautear?

- Queria ter certeza que mais ninguém estaria aqui pra nos atrapalhar. Você cresceu. - Katsuo sorri - Espero que os anos que te dei tenha sido o suficiente para não perder meu tempo.

- Você! - Haruna aponta o dedo indicador na direção do homem - Você corrompeu Geto com essas ideias insanas. Foi você o tempo todo!

- Ah, ele fez tudo aquilo por vontade própria, só se juntou a mim depois de matar vários macacos, algo de se admirar na minha opinião, o garoto tem talento. - O Uchiha se aproxima da sobrinha com seu Mangekyou Sharingan ativado, mas Haruna percebe que ele era diferente do seu, e o ativa também - Você também tem bastante talento, coisinha. Hoje finalmente vamos lutar e você morrerá pelo bem do nosso mundo.

- Seu doente desgraçado! - Ela invoca sua espada Totsuka fazendo o homem sorrir mais ainda de forma macabra - Eu nunca vou morrer pelos seus caprichos!

- Tão burrinha... - Katsuo soltou uma risada alta e divertida vendo a feição da mais nova se enfurecer mais ainda - Você nunca se importou de descobrir a origem do nosso clã?

- Quem você acha que eu sou? Os quatro Clãs de Xamãs se formaram durante os séculos através de suas linhagens, os fortalecendo através do sangue. - Respondeu confusa por ter perguntado isso.

- Foi o bêbado do Naobito Zenin que te ensinou isso?! - Katsuo ri outra vez achando graça da sobrinha - Essa pode ser a origem dos Zenin, Gojo e Kamo. Mas a nossa é muito diferente.

- Do que você está falando?

- Nós Uchihas alcançamos o poder de outra maneira. O sangue que corre em nossas veias é tão amaldiçoado quanto os outros, nosso poder veio através de uma troca a séculos atrás. Mas você era muito nova para Raijin e Tatsuo te contarem. - Katsuo levantou a mão direita mostrando suas chamas negras com orgulho - Roy Uchiha, o primeiro. Aquele que lutou contra os Seis Olhos e o Zenin portador da técnica das Dez Sombras de seu tempo. Ele negociou com quem não devia por mais poder, e vendeu sua linhagem a um ser tão poderoso quando todos os feiticeiros na época.

- Acha que eu vou acreditar em algo que você diga? - Segurou sua espada com mais força.

- Não importa se você acredita ou não, mas essa é a verdade. - Voltou a olhar para a mais nova que prestava atenção em cada palavra sua hesitante - Nós somos descendentes de Roy Uchiha, a séculos lideramos nosso clã por sermos os únicos a conseguir controlar nossa Kekkei Genkai com excelência, assim como ele.

- Se Roy vendeu sua linhagem por poder como você diz. - Engoli em seco - O que esse outro ser quis em troca?

- Aí que vem a parte que você precisa morrer, minha querida sobrinha. - O mais velho andou até ficar poucos metros de distância dela - Você foi a primeira mulher da linhagem de Roy, depois de quatro séculos. Você foi destinada antes mesmo de nascer, por uma profecia de uma maldição. Com sua energia ele poderia fazer coisas inimagináveis e repugnantes a pessoas como nós.

- Seu maluco. - Haruna murmurou travando a mandíbula sentindo seus olhos arderem - Os Uchihas conseguiram poder de forma nobre através da evolução!

- Raijin e Tatsuo só estavam preservando sua inocência, Haruna. - Katsuo estalou o pescoço girando sua lança em suas mãos - Somos dois adultos aqui, não seja estúpida, veja a verdade que está bem na sua frente.

- Não. Eu nunca vou acreditar em algo que saiu da boca de alguém como você! - Haruna ficou em posição de ataque avançando no mais velho que defendeu o ataque da sobrinha com maestria, fazendo uma corrente de ar circular ao redor dos dois.

Eles começaram uma sequência de golpes e defesas. Haruna ofegou quando viu a lâmina do tio passar de raspão em sua bochecha em câmera lenta. Ela segurou a lança com sua mão livre, a jogando para longe e deu uma cotovelada nas costelas do homem que sumiu em fumaça e depois desviou de outro chute em suas costas por trás.

Katsuo desmanchou o sorriso e tentou contato visual com ela que não permitiu, tentando prever os movimentos dele pelos pés.

O Uchiha correu na direção dela e encheu seu punho de chamas negras que se espalhavam pelo solo lentamente, se misturando com as da morena que impedia de se queimar com seu escudo Yata, impedindo que qualquer feitiço atravessasse sua barreira.

Haruna suspirou forçando seu corpo a sustentar a espada Totsuka e o escudo ao mesmo tempo, isso consumia muita energia. Katsuo atravessou a barreira usando uma katana sem nenhuma energia amaldiçoada para poder chegar perto dela e começar uma batalha árdua de golpes que faziam faíscas surgirem pela pressão usada nas lâminas.

- Você está forte. - Katsuo murmurou enquanto forçava sua katana contra a espada da sobrinha - Mas não o suficiente pra me vencer!

Ele desviou do golpe da espada e saltou para fora do escudo Yata, ficando onde as chamas ainda não tinham chegado. Pra quem visse de longe, aquela cena parecia o inferno, todo aquele fogo negro que brincava com tudo que o tocasse e queimava até virar cinzas não parava de se espalhar ao redor dos dois Uchihas.

Ele suspirou e levantou sua mãos fazendo o chão tremer e algumas rochas flutuarem como se a gravidade não existisse. Haruna desativou seu escudo Yata e sua espada Totsuka e tirou suas agulhas douradas sua jaqueta, olhando as rochas subirem até ficar uns quinze metros do solo.

- Acho que já brincamos demais, Haruna. - Katsuo sorriu estalando os dedos de sua mão esquerda enquanto a outra controlava as rochas telepaticamente - Está ficando tarde, e eu tenho mais o que fazer.

- Ou está com medo de perder pra mim. - Ela sorriu presunçosa.

- Não seja arrogante, sobrinha. - Observou a pedra do anel no dedo anelar dela brilhar com a luz solar do fim de tarde - Está ficando igualzinha ao pirralho dos Seis Olhos. Ouvi dizer que ele é o feiticeiro mais forte, vamos ver se é mesmo verdade daqui alguns minutos depois que você deixar de ser uma pedra no meu caminho. Vai ser fácil matá-lo!

Ele fez as chamas do Amaterasu flutuarem, se fundindo nas rochas, e depois abaixou a mão fazendo elas despenvarem como meteoros na direção da mulher, aumentando a velocidade a medida que a gravidade pesava ainda mais.

Haruna ofegou, seus olhos viraram na direção do homem e mirou sua agulha a jogando na direção do tio que mal se preocupou com aquilo. Katsuo parou a lâmina com seus dois dedos da mão direita, a centímetros do seu rosto e voltou a olhar para frente onde as rochas em chamas atingiam o lugar onde Haruna estava o destruindo por completo, e deu um sorriso satisfeito.

- Boa tentativa. - Riu sentido a lâmina gelada entre seus dedos.

Mas um chute em suas costas faz ele femer e ficar em alerta segurando o pé da Uchiha com surpresa por não perceber sua aproximação.

- Como você...?! - Ele exclama vendo a feição divertida dela.

- Eu não sei se você lembra, titio. - Haruna faz impulso se soltando do aperto do homem e dando uma cambalhota para trás - Mas eu não sou apenas uma Uchiha. Também sou uma Zenin e herdei a técnica da minha mãe. O Sharingan não é meu único truque, não me subestime!

- Sua pirralha! - Katsuo exclama sentindo seu sangue ferver e concentrou o máximo de energia amaldiçoada em seu olho esquerdo olhando diretamente para a mais nova - Vou acabar de uma vez por todas com você!

Ele sorriu maldosamente finalmente encarando os olhos dela, e logo pode ver o corpo da sobrinha tremer e derrubar suas agulhas douradas no chão e cair de joelhos.

Haruna sentiu seu controle diminuir, como se seu corpo não a obedecesse mais, sua vontade era de se perfurar com suas próprias lâminas e dar um fim nesse caos, um pensamento absurdo demais pra ser verdade. Seu corpo tremia para não obdecer seus pedidos que ecoavam no fundo de seu consciente.

- O q-que é isso...? - Observou suas mãos tremerem contrariadas com suas novas vontades.

- Estranho, não é? - Katsuo caminha até ela que tremia cada vez mais com os olhos fechados e com sangue descendo destes, mostrando o esgotamento de sua visão e sua força de vontade em reprimir seus novos desejos. Ele pega sua katana levando para perto dela - É como se você tivesse mudado de opinião em tudo que você acredita.

- Que droga! - Haruna grita com os dentes trincados, quando sua mão finalmente alcança a arma entregue pelo Uchiha.

- Fui abençoado com essa maldição através dos meus olhos, em que me permiti manipular os pensamentos e vontades de um oponente por completo mesmo que ele não queira. E por esse motivo, que ninguém nunca foi pareo para me ganhar em uma luta. Nem mesmo os Seis Olhos aguentaria suprimir. - Ele murmura com uma feição neutra - Mas você sabe e está conseguindo reprimir, isso mostra sua evolução com a nossa Kekkei Genkai, mas não por muito tempo. Você realmente possui muito potencial, mas você consegue entender que não pode viver mais, não é Haruna?

- Cala a boca! - A Uchiha sentia o sangue descer de seus olhos e uma queimação em seu abdômen faz com que ela arregale os olhos - Não...

Conseguiu abaixar seu olhar e viu suas mãos precionando a katana em si mesma. Sua blusa branca estava com uma mancha vermelha que crescia a cada segundo, junto com a dor que só aumentava.

- Viu? No fundo você sabe que isso é o certo a se fazer. - Katsuo segura o corpo da sobrinha que ia se esborrachar no chão, e abraça a mais nova, fazendo a cabeça dela se apoiar em seu ombro - Pronto, está acabando, querida. A dor vai diminuir e tudo que você vai sentir vai ser a calmaria. Não é bom?

Haruna sentia suas forças se esvaziando e sua visão escurecendo. As palavras do homem eram reconfortantes em sua cabeça, sua dor diminuiria e talvez finalmente pudesse reencontrar aqueles que amava depois de tantos anos.

Aqueles que amava.

Meus olhos encheram de água e minha garganta se fechou. Sentiu vontade de socar a si mesma por pensar em abandoná-los dessa forma, desistindo e se entregando ao caminho mais fácil.

Como Satoru reagiria quando soubesse que eu tinha perdido? Ele se sentiria desapontado com a sua fraqueza? E em pensar que sua última memória que teriam juntos, seria o tratando com tamanha frieza em seu momento de irritação pelo genjutsu, se sentia uma idiota.

E Megumi? Como ele ficaria sem mim? Como posso ficar em paz sabendo que estou o abandonado dessa maneira outra vez? E dessa vez permanentemente.

Como pude perder que isso terminasse assim?

Katsuo é realmente tão forte quanto dizem. Seu poder de controle psicológico é extremamente poderoso, mas não fui forte o suficiente para impedir meu fracasso. Por todos esses anos apenas pensei na vitória, a arrogância me seguiu pelo meu caminho mesmo que eu não tenha percebido.

Me sinto inútil.

E agora, vou perder tudo que construi em meus anos de vida. E vou ser privada de viver o que estava por vir.

- Não... e-eu não quero isso. Eu não quero. - Ela nega com a voz fraca - É muito cedo... eu não quero, eu não posso morrer agora. Eu te odeio!

- Calma... o ódio é algo que acontece a gerações na nossa família, é normal. Até seu pai que se prezava tanto já a sentiu na pele. - Seus cabelos eram acariciados suavimente pelo tio enquanto ele murmurava - Mesmo que não queira, é tarde demais. Você vai achar o que tantas pessoas da nossa família procuravam a vida inteira... a paz. Eu a concedi a todos eles, e agora proporcionei a você também, todo o peso que sentiria se continuasse a viver não vai mais ser sentida por você.

Haruna fechou os olhos sentindo seus pulmões queimarem quando tentava a todo custo respirar e manter suas células funcionando. Mas uma leveza a atingiu e com isso, seu último suspiro chegou antes da escuridão.

E o som de gotas de água.

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