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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟏𝟑

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- Se concentre, Haruna. - Gojo andava de um lado para o outro vendo a Uchiha em posição de lotus e olhos fechados - Está inquieta... assim não vai chegar em lugar nenhum.

- Da um desconto, Satoru. - Shoko o repreende - Ela está preocupada, ninguém consegue se concentrar assim.

- Não tem motivo pra preocupação.

- Haibara e Kento não voltaram até agora, obviamente que ela sentiria preocupação! - A Ieire da um tapa na cabeça do Gojo que resmunga - São os parceiros dela, tente ser compreensivo.

- Você não se preocupa quando eu e Geto sumimos por dias!

- Porque eu tô nem aí pra vocês!

- Vocês podem calar a boca?! - Abri meus olhos vendo Shoko em uma posição de que estava prestes a voar no pescoço do platinado - Também não consigo me concentrar com vocês discutindo.

- Desculpa, Haruna... - Shoko deu um sorriso sem graça e pegou alguns papéis em cima do banco do pátio - Tô indo, tenho coisas mais importantes pra fazer.

- Até mais tarde... - Acenei vendo a garota ir embora sobrando apenas a mim e o Gojo que estava emburrado - Por que essa cara feia?

- Estou entediado e ver você meditando é muito chato. - Ele resmunga mas logo dá um sorriso animado e estala os dedos - Já sei! Vamos dar um role?!

- Não. - Respondi me levantando.

Sei que não tem motivos para tanta preocupação. Yu e Nanami são feiticeiros jujutsu excepcionais, confio na habilidade dos dois. Durante esses últimos meses depois de Okinawa, fui a várias missões com eles e me provaram ter evoluído drasticamente com suas técnicas de combate.

Esse mal pressentimento é um saco.

Mas é por confiar nas habilidades deles que eu me preocupo. Os dois já deveriam ter voltado, eles foram ontem a tarde e até agora nada. Para apenas exorcizar uma maldição de segundo nível não é lá muito complicado.

- Ah, vamos. Prometo que vai ser divertido. - Satoru insiste mas faz bico vendo a feição irritada dela - Sabe o que eu faço quando estou preocupado ou triste?

- O que?

- Eu gosto de ultrapassar os meus limites. - Ele me arrasta até o campo de treinamento e não protestei. Satoru sempre faz isso, o tempo todo, até me acostumei. - Bora, você precisa treinar mais!

- E como você costuma ultrapassar seus limites? - Perguntei vendo ele estalar os dedos das mãos - Você não cansa de treinar, não? Até eu não sou tão obcecada.

- Como você acha que dominei minha técnica tão rápido? - Ele levanta o indicador - Você não está se esforçando o suficiente, então aproveite que está preocupada e distraída, e expanda seu poder.

- Eu me esforço o suficiente sim. - Coloquei meus braços na cintura com os olhos estreitos.- Mas algo me diz que você está me usando pra descobrir os segredos do meu clã.

- Como você pode me acusar de algo tão sujo?! Sou seu veterano, só quero que evolua. - Ele exclama dramático e aponta o dedo indicador na direção do meu rosto - Agora ative o seu Mangekyou sharingan e use seu Amaterasu. E nada de fingir desmaiar no treino!

- Eu nunca fiz isso! - Ele me olhou com tédio e desviei o olhar - Eu desmaiei de verdade. Tá, foi só aquela vez...

- Vamos começar! - Satoru se afastou alguns passos - Os invoque, mas ao invés de deixar ele se espalhar por conta própria, os domine, tente fazer com que as chamas te obedeçam.

- Certo. - Assenti levantando o punho que começou a esquentar e criar as primeiras chamas negras.

Levei minha palma até o chão, e lentamente, o fogo começou a se espalhar pela grama. Tentei forçar elas a pararem mas parece que elas aumentaram a potência, como se estivessem me desafiando a tentar as parar novamente.

- Concentre-se! - Satoru chama minha atenção.

- Eu não sei se é possível!

- Então mostre a si mesma que é possível! - Satoru rebate batendo o pé no chão com força, me fazendo olhar diretamente para ele que mantinha um sorriso confiante - Você consegue, eu confio no seu potencial!

Eu confio no seu potencial. Nunca ninguém tinha dito isso pra mim.

Nesse momento, as chamas se espalharam a mais ou menos uns cinco metros de distância de mim. Ofeguei quando elas estavam chegando perto do Gojo que não moveu um passo sequer.

- Vai deixar elas chegarem até mim?!

- Você tem o infinito e duas pernas enormes pra correr, não vai se machucar!

- Então imagine que eu sou uma pessoa ferida e que não está em condições de se mover. - Ele diz colocando as mãos nos bolsos com um sorriso brincalhão e gritou com uma voz fina e aguda - Vai me deixar morrer, moça bonita?!

- Seu palhaço! Por que ele é tão insistente e intrometido? Que saco. - Travei a mandíbula e voltei minha atenção para o fogo - Tá legal... se concentra, Haruna.

Suspirei e me levantei tirando as mãos do fogo que continuou a se espalhar. Movi meus pés até elas, levantei minhas mãos pelo ar na altura dos meus ombros para acalmá-las lentamente e estalei os dedos com o intuito de aumentar sua potência de propósito.

Forçei com que elas seguissem em frente e elas se moveram até os pés do Gojo. O calor está de matar, sentia meu suor descendo pela minha testa, pelo esforço físico também. Minhas mãos estavam quentes, era como se eu estivesse com elas sobe uma fogueira, e olha que elas não me afetavam tanto, imagina quem estava junto comigo?

As chamas tentavam seguir em frente, imagino que era como tentar segurar um trem em movimento com uma corda. Fechei a palma em punho diminuindo o fluxo de energia amaldiçoada dela, fazendo assim o fogo se acalmar e a força contrária começou a diminuir até sumirem sozinhas, sem que eu precisasse atraí-las devolta para o meu corpo.

- Eu consegui...

- É, você conseguiu! - Ele bateu palmas orgulhoso e olhou todas as brasas espalhadas pelo gramado queimado - Olha só, esse lugar está um forno agora. E você conseguiu destruir uma parte do campo também. Yaga-Sensei vai te matar!

- Você que costuma destruír os lugares. - Dei de ombros com um sorriso divertido - É só dizer que a culpa foi sua, sempre funciona

- Eu sou Satoru Gojo, ele não pode fazer nada comigo de todo jeito mesmo. - Ele deu de ombros passando a mão pelos cabelos, bagunçando os fios brancos de uma forma presunçosa e voltando a falar sobre o que queria fazer agora.

Observei ele pular alegremente com um sorriso enorme no rosto como se tivesse ganhado seu dia, esse cara era o único que conseguia me fazer esquecer dos problemas como acabei fazendo agora.

- Por que está com essa cara? - Satoru pergunta com um bico nos lábios.

- Nada. - Observei as brasas abaixo dos meus pés e desmanchei meu pequeno sorriso quando o observei mais uma vez - Satoru... por que está fazendo isso?

- Ahn? - Ele me olhou confuso me encarando - Isso o que?

- Toda essa preocupação desnecessária. - Senti minhas mãos soarem mais ainda e um frio surgir no meu estômago - Por que insiste em ficar perto de mim e me ajudar assim?

- Eu só quero que você evolua, Haruna. Você não tem muitas pessoas para te auxiliar, já que feiticeiros Uchihas não são tão comuns hoje em dia. Dá mesma forma que eu tive que aprender sozinho, já que o último usuário dos Seis Olhos viveu a quatro séculos atrás, de alguma forma somos um pouco parecidos nesse quesito. - Ele murmurou dando de ombros como se fosse óbvio - Você estava mal também, e eu estou tentando fazer você se sentir melhor. Além de que, eu gosto da sua companhia.

- Por que? - Levantei meu olhar para encarar seus olhos azuis - Desde o começo eu sempre te tratei com indiferença, e nunca fiz questão de ter sua companhia, mas mesmo assim você insiste.

- Eu não sei... - Ele deu de ombros coçando a nuca, enquanto andava até ficar na frente da mais nova, de uma forma tão natural que nenhum dos dois prestaram atenção na aproximação - Eu só não gosto de te ver triste, você não sorri quando está chateada, fica toda séria e sempre tenta se afastar. Eu diria que isso é algo que amigos fazem... mas ao mesmo tempo, não é a mesma coisa. É diferente, não sei explicar.

- Como assim...? - Engoli em seco quando senti sua respiração em meu rosto, seus olhos cobertos pelos óculos escuros redondos estavam fixos nos meus - Você está muito perto...

- Quer que eu me afaste?

Não respondi. Não me movi. Estava completamente, sem reação, queria me afastar, mas algo me fazia querer me aproximar ainda mais, era como um imã. Engoli em seco vendo seus olhos descerem até meus lábios e seu rosto se aproximar do meu devagar, meu coração disparou quando senti nossos lábios roçarem um no outro.

Então ele subiu sua mão direita até minha bochecha colando nossas bocas por completo.

Suspirei quando nossas bocas se moveram em uma sincronia perfeita. Não sabia exatamente o que fazer, nunca tinha feito nada desse tipo, mas segui seus movimentos sem nem mesmo perceber, como algo que aconteceu naturalmente.

Derrepente esqueci de tudo que estava me atormentando, era como se tivessem injetado um calmante em meu organismo e uma onda de paz se alastrou em meu corpo, diria que era uma droga viciante.

Quando nossas línguas se tocaram me senti como se estivesse flutuando. Sua mão descia até minha cintura dando um leve aperto no local me puxando para mais perto de si, grudando nossos corpos e ao mesmo tempo, me trazendo devolta para a realidade, junto com a vergonha e uma pitada de arrependimento, me fazendo parar o beijo completamente desnorteada.

- Satoru...? - Murmurei desorientada sentindo meu rosto queimar.

- O que? - Satoru franzi a testa com seu rosto próximo ao meu.

- Caramba, isso foi um erro. - Me larguei de seus braços ofegante - Um erro terrível!

- Foi tão ruim assim? - Ele me pergunta com um sorriso divertido vendo o rosto dela ficar ainda mais vermelho a medida que os segundos se passavam.

- Gojo! - O repreendi com as mãos na cabeça - Olha, eu...

Sinto meu celular vibrar no bolso da minha jaqueta e o pego imediatamente não aguentando o clima constrangedor e nem olhei quem estava ligando.

- Haruna. - Escutei a voz de Nanami e estranhei seu tom de voz - Eu sinto muito...

...

Seguro as lágrimas o máximo que consegui quando entrei no necrotério e vi o corpo de Yu coberto por um fino tecido branco com algumas manchas de sangue. Nanami estava acabado, com uma faixa cobrindo seus olhos sentado em uma cadeira ao lado da maca onde o corpo sem vida do Haibara repousava.

- N-Não... não pode ser verdade... - Murmurei com os lábios tremidos chamando a atenção do Kento e me aproximei - Nanami.

- Me perdoe, Haruna. - Ele travou a mandíbula - Não fui forte o suficiente para impedir.

- Não é sua culpa, nunca vai ser. Mas que aconteceu lá? - Perguntei tocando o ombro do loiro.

A porta é aberta logo depois, revelando a presença de Suguro que abaixou a cabeça em respeito quando nos viu. Estranhei sua presença, mas lembrei que ele e Yu tinham uma amizade e ele admirava Suguro desde que o conheceu, então não questionei.

Ele andou até o corpo do Haibara e me olhou como se pedisse minha permissão, assenti fazendo o Geto tirar o tecido da cabeça de Yu, revelando seu rosto cheio de hematomas roxos e um corte fundo que se estendia na bochecha, e um outro corte igualmente fundo em seu pescoço.

- Droga! - Nanami exclama frustrado me fazendo estremecer - Essa era pra ser apenas uma missão simples de exorcizar uma maldição de segundo nível... merda! Esse era um caso para os de primeiro nível!

- Você deve descansar agora, Kento. - Geto cobre o rosto de Yu novamente - Satoru vai assumir a missão a partir daqui.

- Nós não podemos deixar tudo para ele de agora em diante. - Nanami resmunga me fazendo apertar seu ombro.

- Não estamos deixando tudo para ele, Nanami. - Neguei sentindo uma familiar queimação no peito e falta de ar me deixando levemente ofegante, mas ignorei, não posso deixar que esses sentimentos me dominem - Mas você não está em condições de retomar a missão. Eu não posso deixar que se arrisque também.

- Haruna tem razão. - Geto concorda e se vira para os dois mais novos - Eu sinto muito pela perda. Yu era um rapaz muito gentil e talentoso, teria um futuro brilhante como feiticeiro. Ele não merecia o que aconteceu.

Suguro se virou e sai do necrotério sem olhar para trás, nos deixando sozinhos novamente. Olhei para o Kento sem saber o que dizer. O que eu diria? Nada vai mudar o fato de que Yu está morto.

Morto.

Meu peito doeu quando consegui processar minhas próprias palavras, era como um choque de realidade, ele estava morto. Yu morreu, e nunca mais vai voltar. Assim como os outros que perdi. Não dava pra acreditar, ontem a essa hora estávamos juntos e agora, era apenas eu e Nanami.

O trio de feiticeiros se tornaria apenas uma dupla de agora em diante.

- Haruna... por favor. - Kento murmurou - Eu quero ficar sozinho.

- Eu... eu entendo. Nos vemos mais tarde. - Funguei. Mesmo contrariada, ele precisava de um tempo. Larguei seu ombro, dando uma última olhada no corpo de Yu, parando na entrada do Morge com lágrimas se formando em meus olhos, mas tratei de enchugalas - Yu se foi como um feiticeiro jujutsu honroso e sempre será lembrado se depender de mim. Nanami... ele não ía querer que você se sentisse culpado.

- Do que adiantaria? Parar de me culpar não vai trazê-lo devolta. - Ele responde com a voz rouca - E você fala como se não estivesse se sentindo da mesma forma. Mesmo não estando lá, e não ter culpa de nada, você sempre irá se culpar, Uchiha.

Engoli em seco saindo do necrotério sem olhar para trás.

Cheguei até o lado de fora com minha visão embaçada, vendo uma silhueta alta me esperando encostado na parede com as mãos nos bolsos, suspirei e enxuguei as lágrimas novamente.

O olhei em seus olhos, e mas água começou a se formar. Não importa o quanto eu tentasse enchugalas e evitá-las elas sempre voltavam.

- Não precisa segurá-las, deixe-as sairem. - Ele murmurou andando até mim lentamente - Não precisa ser tão forte na minha presença.

Meus lábios tremeram, e sem mais nem menos, um soluço se soltou, fazendo ele abrir os braços, me dando um abraço apertado encostando seu queicho sobre a minha cabeça, enquanto eu mantinha meu rosto enterrado em seu peito sentindo minhas lágrimas molharem sua camisa social. Sem saber como reagir ao seu ato, levei meus braços de uma forma desajeitada ao redor de sua cintura.

- Yu morreu em missão. - Murmurei sentindo seu carinho em minhas costas - Ele está morto. Por que todos que entram na minha vida morrem? Eu não aguento mais...

- Eu não vou a lugar nenhum. - Ele murmurou.

Gojo fechou os olhos escutando a voz rouca dela com o coração apertado. Nunca tinha sentido isso antes, aquela vontade de arrancar toda a dor que Haruna estava sentindo e transferir tudo para si. Se ele possuísse esse dom o faria sem pensar duas vezes.

Mas uma vez a Uchiha perdia alguém para a morte, sinceramente, ele não conhecia alguém tão forte emocionalmente quanto ela.

Se eu tivesse passado por tudo que Haruna tinha passado, acho que não estaria mais lá com ela para conforta-la.

E isso me vem em mente mais uma vez depois de observá-la ficar em frente à lápide onde deixaram as cinzas do Haibara, ao lado das de sua família paterna mais uma vez, depois de quatro meses desde a morte do garoto.

Ela está tentando lidar com a perda, está tentando transparecer força para todos ao seu redor, sem demonstrar tristeza e mágoa. Desde o dia da morte do Haibara, Haruna nunca falou uma única palavra sobre o que aconteceu, e sobre a demonstração de se importar tanto com o companheiro falecido.

E sobre o momento de ter colocado toda aquela tristeza pra fora.

Sempre se esforçando nas missões e se preocupando apenas em evoluir junto com Nanami, que se esforçava em dobro todos os dias depois que recebeu uma recomendação para primeiro nível, graças ao sucesso de suas últimas missões.

É sempre assim, ela sai em missão, e volta para visitar o amigo e a família falecida, todos os dias, sem dizer uma única palavra quando chegava no local, e eu era o único que sabia sobre isso.

Haruna era uma pessoa sentimental, sendo extremamente leal a seus colegas, e no fundo ela se sente culpada por não ter estado lá naquele dia para ajudar. E isso me faz admirá-la ainda mais pelo seu coração bondoso, mesmo que ela não admita. Mesmo que ela não seja a mesma de antes, a dor podia mudar as pessoas, isso é um fato.

Desde que a conheci naquela noite em que não estava afim de dormir tão cedo e a encontrei meditando no campo de treinamento tão concentrada que nem percebeu minha presença, fiquei curioso, ela era uma Uchiha, isso era demais.

Desde criança escutava histórias de Feiticeiros jujutsu poderosos ao longo do tempo e o poder dos Uchiha sempre estavam no meio.

Tentei me aproximar a todo custo dela, para ficar de olho em seu desenvolvimento de perto, e uma amizade mínima acabou surgindo depois de muita insistência, da minha parte. Já que ela nunca fez muita questão de se envolver com outras pessoas, sem ser seus colegas de equipe.

Mas depois da missão com o receptáculo de plasma estelar, a conheci de verdade, se culpava por tudo de ruim que acontecia, como se a culpa fosse apenas dela, mostrou seu poder e se esforçou até o último segundo com seus olhos vermelhos determinados que chegavam a brilhar com a adrenalina da batalha.

Eu não sabia o que era aquilo, não sabia o que era aquela sensação de sufocamento e ansiedade sempre que eu acordava de manhã para treinar com ela, mas não importava, queria ficar perto dela e rápido. Depois que nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância naquele dia, não achei que àquilo era o suficiente, eu queria estar mais perto, e por um segundo, eu desejei me fundir a ela.

Era algo muito estranho e confuso, um ato quase impulsivo. Talvez seja o fato dela ser uma garota muito bonita e forte, qualquer cara ía se sentir atraído. Mas só de pensar em alguma outra pessoa com ela me dá um embrulho no estômago só de imaginar, me faz querer que apenas eu pudesse ter o prazer de a conhecer e desfrutar de sua companhia.

Como eu disse, isso é algo muito estranho e confuso. Já sai com outras garotas antes de a conhecer, mas nunca senti nada parecido com elas.

Vi Haruna se levantar e se virar andando em minha direção depois de alguns minutos observando as lápides e deixar uma rosa branca para eles, como sempre fazia em suas visitas diárias.

- Já te disse que não precisa ficar me esperando esse tempo todo, ou vim comigo. - Ela diz com a voz baixa.

- Você sabe que não é problema pra mim. - Seguimos para fora do cemitério - Como está se sentindo?

- Bem melhor, quando conseguimos aceitar fica um pouco menos doloroso. - Ela coloca as mãos atrás do corpo - Mas a saudade vai permanecer para sempre... eu sei bem disso.

Coloquei meus braços atrás da cabeça e andamos pelas ruas de Tóquio como dois adolescentes normais sem o peso do mundo jujutsu nas costas. Virei a cabeça vendo ela observando as pessoas vivendo suas vidas comuns e mundanas, enquanto falava algo que eu não prestava atenção.

- O que vamos fazer sobre isso? - Ela se vira pra mim terminando de falar.

- Um encontro? - Dei de ombros vendo ela franzir os lábios.

- Você não desiste nunca, Gojo? - Ela estreita os olhos - Eu disse que não. Tenho coisas melhores pra fazer.

- Eu nunca desisto de nada. - Dei de ombros - O que você quer que eu faça?

- Você eu não sei... - Haruna da de ombros vendo minha cara de cachorro sem dono que eu estava fazendo - Já disse que está tudo confuso pra mim. Mas aquilo foi um erro, não vai acontecer novamente.

- Não fode! - Exclamei vendo as pessoas nos olharem estranho mas ignorei - Ah, qual é, Haruna... o que eu preciso fazer pra você sair comigo um dia desses?

- Mas eu já estou saindo com você, Gojo. - Haruna responde simples - Você veio comigo, não veio?

- Ficar de vela, vendo você visitar o Haibara não é sair pra mim. - Fiz bico cruzando os braços.

- Não estou te obrigando a vim junto.

- Eu não me importo!

- Mudando de assunto... não era disso que eu estava falando. - Ela coça a garganta respirando fundo logo em seguida - Eu estava falando sobre o Geto.

- O que tem ele?

- Você é tapado ou só idiota? - Haruna pergunta indiguinada - Ele não está bem, Satoru.

- Mas é claro que ele está bem, de onde você tirou isso. - Soltei uma risada sem humor - Só está sobrecarregado com as missões, todos estamos.

- Vocês dois são melhores amigos, converse com ele. - Ela me olha de um jeito sério - Suguro só escuta você.

- Eu falo com ele todos os dias, Haru. - Tentei fazê-la esquecer esse assunto, mas ela é muito teimosa - Nada mudou, continuamos como antes, não tem nada de errado com ele, eu saberia se algo estivesse acontecendo.

- Se você tem tanta certeza, faça o que quiser. - A garota bufa virando o rosto para o outro lado irritada - Não ligo mesmo. Vocês dois que se virem com seus problemas.

- Ah, não fica brava... - Cutuquei a bochecha dela e a puxei para um abraço de urso fazendo ela dar um grito de surpresa - Ainda está brava?

- Está me sufocando... me solta! - Ela diz com a voz abafada - Vai quebrar meus ossos, Gojo!

Soltei uma risada alta enquanto ela se debatia tentando se soltar sem sucesso, e não conseguindo segurar uma risada curta que era música para os meus ouvidos, já que ela não soltava uma dessas a um bom tempo quando comecei a fazer cócegas no seu estômago, onde sei que é seu ponto fraco.

Quem prestasse atenção diria que os dois eram dois idiotas desocupados, aproveitando a juventude enquanto algo novo e puro nascia entre eles aos poucos, mesmo que ainda fossem jovens e inexperientes demais para perceberem.

Haruna consegue tirar seu rosto do peito da Gojo levantando sua cabeça dando de cara com o rosto dele a centímetros do seu e engoliu em seco nervosamente. Os olhos incrivelmente azuis dele estavam vidrados nos seus, era a coisa mais bonita que já viu na vida naquele momento, algo incomum e especial, algo que só ele possuí.

Satoru encarou com expectativa o rosto pálido da Uchiha que estava um pouco corado, quando os olhos negros dela desceram lentamente de seus olhos até sua boca, ela leva sua mão fria até a bochecha dele e se aproxima devagar, mas de uma segundo para o outro, acaba ficando hesitante e se afasta deixando o Gojo sentir um certo sentimento de desapontamento pela indecisão da garota.

Mas algo estranho na sua opinião acontece. Ela sorri levemente e leva seus dedos indicador e médio até sua testa dando um leve toque no local.

Um gesto bem incomum na sua opinião, mas não disse nada, ela já tinha feito isso antes, mas não entendia o significado.

- Talvez na próxima. - Haruna murmurou dando um breve sorriso do bico adorável dele.

- Se você prometer não ficar mais irritada comigo, eu te compro quanto sorvete você quiser.

- Feito. - Ela assente - Prepare a carteira, Gojo.

- Você é inacreditável, Uchiha. - Neguei com um sorriso divertido a soltando.

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