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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟎𝟐

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2006.

Mais um dia começava, o sol nascia lentamente no horizonte, e como sempre, Haruna acordava cedo para observar esse espetáculo da natureza. A forma como o tom de azul escuro clareava devagar e as estrelas sumiam enquanto alguns pontos alaranjados surgiam ao lado do sol era um momento lindo ao seu ver.

Era um dos poucos momentos de paz que possuía desde que começou a morar junto do seu avô Naobito e seu tio Naoya. Mesmo sendo uma menina, nunca fui tão rebaixada como as outras mulheres do clã. Naobito a via como um troféu, um trunfo, um prêmio ganho com facilidade, ela era apenas um objeto, não é como se isso fosse melhor que ser rebaixada por ser mulher.

Ele sempre deixou claro que não se importava com a morte da filha e muito menos com o clã do marido dela. Dizia que se tivesse planejado o fim dos Uchiha e ganhado um de seu membros de brinde com seu sangue, não teria dado tão certo quanto. Além de ter a posse de todas as propriedades que pertencem a família Uchiha e toda a herança da neta até que ela se tornasse maior de idade.

Todos sabiam, a última Uchiha agora pertence a Naobito. A era dos Feiticeiros de olhos vermelhos não pertencia mais aos Uchiha, e sim aos Zenin, e consequentemente, a técnica dos Olhos de Sangue também.

E isso era um dos várias motivos da Uchiha odiar o líder dos Zenin ao ponto de desejar a morte do homem todos os dias que passou com ele. Ainda não era forte o suficiente para vencer o velho, mas assim que esse dia chegasse, sairia daquele clã sem olhar para trás.

Desde meus sete anos, Naobito me observava treinar pessoalmente, todos os dias, mesmo não entendendo a técnica ocular que eu possuía, ele tentava a todo custo me fazer evoluir.

Desde que nasci, mesmo não sendo o neto homem que ele tanto queria, ele sabia que tinha todo o direito de se manter em minha vida.

Depois do nascimento do Gojo portador dos lendários Seis Olhos e portador da técnica do infinito, causando um desequilíbrio de poder no mundo jujutsu, o Zenin forçou a minha mãe a engravidar o mais rápido possível, para que um Uchiha tenha seu sangue e finalmente pudesse mostrar que os Zenin possuíam um membro tão especial quanto o garoto dos Seis Olhos, um bebê com sangue Zenin e Uchiha. E a morte do meu clã só ajudou mais ainda em seu desejo.

E depois de alguns meses de treinamento, Naobito pode ver a primeira vez em que despertei uma técnica pertencente do clã Uchida além do Sharingan. A mesma técnica que meu tio Katsuo usou para queimar o corpo do meu pai, o jujutsu que copiei mesmo sem intenção ao presenciar a cena.

Mesmo depois de horas de treino Naobito não permitia o tão esperado descanso de sua neta que tentava a todo o custo ativar sua Kekkei Genkai.

- Como você não está conseguindo usar um poder já despertado? Que decepcionante... - O Zenin resmunga revirando os olhos.

- Não consigo me concentrar... - Haruna murmurou soltando um suspiro cansado - Fique quieto.

- Talvez o tão poderoso clã Uchida não seja revestido de feiticeiros talentosos como pensei. - Ele alfinetou vendo a menina de quase oito anos se irritar - Não acredito que perdi meu tempo casando minha filha com um homem de um clã tão patéti...

- Eu disse pra você ficar quieto! - Haruna exclamou sentindo seu sangue ferver.

Ela sentiu um de seus olhos arderem junto com um calor em suas mãos. Não enxergava nada, apenas a cabeça do líder Zenin, a cabeça que desejava a tanto tempo arrancar e colocar em uma bandeja de prata como enfeite.

Era pedir demais?

Sua raiva transbordava vendo o sorriso orgulhoso do mais velho aumentar. Pensou que ele sorria por ter a feito perder a postura, mas foi pior que isso.

- Já era hora! - Naobito riu chamando a atenção dos serviçais que passavam por perto. - Finalmente pude ver esses olhos depois de tanto tempo.

A Uchiha ofegou surpresa, não esperava essa reação dele. Tentou enxugar as lágrimas mas assim que viu suas mãos, paralisou, elas estavam revestidas de chamas negras de pura energia amaldiçoada. Balançou as mãos tentando apagá-las diminuindo as chamas até elas sumirem por completo.

Observou suas mãos com a respiração descompassada. Aquelas chamas, as mesmas que queimaram o corpo de seu pai até os ossos naquele maldita noite, uma das pessoas que mais amava morreu pela técnica que estava em suas mãos a poucos segundos, a técnica de um assassino.

Uma gota de sangue desce em um de seus olhos caindo na palma de sua mão assustando a pequena menina. Ela tocou seu olho sentindo o líquido viscoso manchar seu rosto e desativou o Sharingan quando mais uma ardência se iniciou.

Depois desde dia, Naobito grudou em mim mais ainda como carrapato, e só para garantir que eu aumentasse minha força e experiência. Algo que era bem difícil, todos que podiam me ensinar na prática estavam mortos, e o único que estava vivo pra isso, também me queria morta e não era visto a anos.

Naobito pensa que vou viver para dar força ao Clã Zenin e aumentar ainda mais o poder deles. Grande piada. Assim que eu puder, vou embora desse lugar, tenho um propósito ainda maior a seguir do que dar orgulho aquele velho escroto.

- Está atrasada.

A garota revirou os olhos vendo que seu tempo de paz acabou. Olhou para trás vendo seu tio Naoya fechar a porta com uma carranca.

Ele nunca gostou muito de mim, não é como se eu gostasse dele também. Como Naobito, Naoya nunca levantou a mão 'pra mim, ele não é louco de fazer isso, mas as vezes ele conseguia ser ainda mais cruel e impiedoso que o pai.

O homem observava o quarto vendo os pergaminhos espalhados no chão e algumas peças de roupas espalhadas na cama, ele suspirou vendo a desorganização que a sobrinha vivia nesse cômodo.

- Enchendo meu saco uma hora dessas, tio?

- Sabe que daqui a algumas horas você vai para Tóquio, as aulas vão começar amanhã, ou acabou esquecendo, como sempre faz com seus compromissos? - Ele cruzou os braços a observando limpar uma de suas agulhas douradas com um paninho branco manchado de sangue.

Haruna mantinha um sorriso provocativo.

- Como está seu braço, titio? - Ela soltou uma risada vendo a raiva nos olhos do homem.

Estava adorando o gostinho de irritar o mais velho, já que o sangue manchado nas lâminas era dele, seria ótimo provocá-lo como Naoya fazia com ela quando fracassava miseravelmente em acertá-lo devido a velocidade que o xamã possui.

- Finalmente consegui te atingir! - Exclamou com um sorriso animado - Não é tão difícil quando você começa a ficar tão velho, Naoya.

- Vá logo e pare de falar idiotices, pirralha.

- Já estou indo. - Bufou colocando suas armas em cima da cama e então deixou seus aposentos andando em direção da sala principal onde seu avô sempre ficava quando a convocava para uma conversa.

Abriu as portas duplas e pode ver o líder do Clã Zenin sentado em seu tatame com uma mesa baixa a sua frente e uma xícara de chá em sua mão. Quando ele percebe sua presença deixou a xícara sobre a mesa e soltou um um resmungou de desaprovação.

- Está atrasada.

- Todo mundo fica me dizendo isso...

- Eu te dei tudo do bom e do melhor, dei-lhe a melhor educação...

- Começou a palestrinha. - Haruna murmurou sentindo as palavras do mais velho entrar em seus ouvidos como lâminas.

- ... e tudo o que eu queria que você fizesse, era que respeitasse minhas ordens. Eu que mando aqui, Haruna. - Naobito lançou seu olhar severo em direção da jovem - Mas parece que eu apenas te transformei em uma mimada mal-agradecida.

- Se me permite dizer. - Haruna forçou uma risada - Se eu obedecesse tudo o que você manda, eu já teria tentado queimar todo o clã Kamo quando criança e fingido ser um acidente por causa daquela sua discussão que você teve com eles, e entrado na politicagem daqueles velhos da chefia também.

- Você não é mais criança, Haruna. Sabe muito bem o que acontece no mundo onde vivemos, e com quem me desobedece nessa família. - Deu mais um gole de chá vendo a garota engolir em seco - Não envergonhe minha imagem para aquela gentinha da escola de Tóquio.

- Depende de qual reputação você está falando vovô. - A morena resmunga - Agora que já terminou com o sermão, eu tenho que ir.

- Eu apoiaria muito mais se escolhesse estudar em Kiyoto. - Naobito disse vendo a garota suspirar - Na verdade eu poderia muito bem fazê-la ir para lá.

- Não! - Haruna exclamou vendo o sorriso provocativo nos lábios finos do mais velho - Eu já te disse um milhão de vezes, meu avô Raijin e meu pai estudaram em Tóquio.

- Katsuo Uchiha também frequentou a mesma escola, e olha no que deu.

- Isso não tem nada haver comigo! - A morena sentiu um sentimento de raiva e tristeza em seu peito - Não é uma escola que vai definir quem eu sou de verdade. Mas eu quero seguir os passos do meu pai e do meu avô Raijin.

- Tanto faz... mas saiba que você só vai para Tóquio porque eu permiti que isso acontecesse, não porque você quis. - Ele estalou o pescoço e cruzou os braços lançando a ela uma olhar sério - Mais uma coisa.

- O que é? - Haruna pergunta olhando para qualquer coisa menos para o Zenin.

- Sei bem que você nunca gostou de viver conosco, meus objetivos são completamente diferentes dos seus. - Ele diz vendo a carranca dela aumentar - Todo bom feiticeiro jujutsu possui desejos e objetivos que anseiam alcançar, sei quais são os seus, então peço que tome cuidado para não seguir um caminho sem volta.

- Isso não é da sua conta.

- A vingança? - Naobito riu - Isso é da minha conta se os problemas que você causar envolver o clã.

- Os Zenin não tem nada haver com isso, vocês são feiticeiros jujutsu, não tem o que temer com os objetivos dele.

- Não é de Katsuo que estou falando. - Naobito murmurou dando um último gole de seu chá - Está dispensada.

Ela revirou os olhos e saiu indo em direção do jardim da residência para tentar se acalmar.

- Está dispensada. - Ela imitou a frase do Zenin com uma voz fina - Aquele velho pensa que manda em mim.

Observou alguns serviçais cortando a grama e os arbustos do jardim e algumas mulheres entrarem na cozinha para começar suas tarefas matinais. Pessoas com sangue Zenin e portadores de energia amaldiçoada, mas julgados fracos por Naobito. E como tal, são obrigados a servir aqueles que ele julga serem bons o suficiente.

Bem diferente do que se lembrava do clã Uchida. Todos que estavam dispostos a aprender e evoluir eram considerados fortes, não precisavam do julgamento de ninguém.

Nunca achei justo que isso acontecesse no Clã Zenin. O que será que faziam com a minha mãe antes dela se casar com meu pai? Como era a vida dela?

Sai da minha bolha de pensamentos quando senti um corpo pequeno esbarrar em mim. Pude ver Maki se desequilibrar e cair de bunda no chão.

- Me desculpe, Haruna. - A menina de quase quatro anos se desculpa recebendo minha ajuda para se levantar.

- Eu que não via por onde andava. - Sorri gentil para ela que devolveu o gesto envergonhada - Onde está, Mai?

- Estavamos brincando de se esconder, estou tentando achá-la. - Maki responde a mais velha e logo desmanchou o sorriso - E verdade que você vai embora?

- Vou começar a me tornar uma grande feiticeira jujutsu, mas para isso, eu preciso estudar e treinar mais ainda. - Haruna respondeu tocando no ombro da mais nova que formou um bico em seus lábios - Logo estou de volta, eu prometo.

Maki assentiu e se despediu da Uchiha voltando a procurar a irmã gêmea.

Conhecia Maki e Mai desde que elas nasceram, filhas de Ogi Zenin, foi uma surpresa quando souberam que eram duas crianças que tinham nascido, alguns diziam que gêmeos eram sinal de má sorte, uma grande bobagem.

Mas com o passar do tempo, algo começou a ser percebido por mim e os outros. Mai já mostrou possuír energia amaldiçoada e poder ver maldições, tanto que a menina já passou muitas noites em claro com pesadelos por causa disso. Já Maki, até agora não sentimos um pingo de energia amaldiçoada nela.

Igual Toji, um dos serviçais do meu avô, ele era praticamente invisível já que não conseguíamos senti-lo, não que eu me importe com isso, ele até que era legal, mas acabou não aguentando mais viver como estava, fez muito bem.

Na minha opinião, Toji tinha talento para se tornar um grande feiticeiro jujutsu, eu o pegava treinar escondido de todos. E como não sou idiota aprendi alguns truques de defesa com ele, mas apanhei bastante pra aprender.

Mas Naobito é muito diferente de mim como todos sabem, como fez com Toji, ele já mostrou sua opinião de que Maki nunca poderia ser uma feiticeira jujutsu por, na sua opinião, a menina ser fraca.

- Que bom que finalmente vou poder ficar longe desse velho depois de tantos anos.

- Você ainda não fez suas malas? - Naoya perguntou mau humorado quando viu sua sobrinha resmungando enquanto andava pela propriedade - Pra alguém que não vê a hora de ir embora, não parece estar se esforçando o bastante.

- Que saco. - Haruna reclama - Por que você não vai plantar alguma coisa ou talvez pular de uma ponte?

- Porque eu não quero. - Ele respondeu com tédio - Agora vai logo, agilize.

Agora tivemos uma pequena parcela do carinho que sempre recebi da minha linda família materna. O amor chega a ser sufocante. Sentiram o sarcasmo?

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