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⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⩩⦙ 1. 𝐃𝐢𝐧𝐠 𝐃𝐨𝐧𝐠! 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐢𝐭𝐜𝐡 𝐈𝐬 𝐃𝐞𝐚𝐝!

ılı.lıllılı.ıllı.

E a boa nova correu pela cidade
A boa nova de que a velha bruxa má
Finalmente foi derrotada
Ding dong! A bruxa está morta!

𝐃𝐢𝐧𝐠 𝐃𝐨𝐧𝐠! 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐢𝐭𝐜𝐡 𝐈𝐬 𝐃𝐞𝐚𝐝!
ᴱˡˡᵃ ᶠᶤᵗᶻᵍᵉʳᵃˡᵈ

COM UM SORRISO ORGULHOSO ESTAMPADO NA FACE, Evanora Hargreeves ingressou no seu camarim enxugando o suor que escorria por toda sua nuca, testa e busto. O show de abertura da nova turnê havia sido um grande sucesso, a plateia lotada cantarolou em plenos pulmões todos os hits lançados por Nora desde o começo de sua carreira, estando tão animados quanto a mulher de quase trinta anos que mantinha o mesmo pique de quando adolescente.

Após trocar alguns hi-5 com parte de sua equipe, a cantora se jogou de costas sobre o sofá, ignorando a grande pilha de camisetas e ursinhos de pelúcia que estavam espalhados sobre o móvel, todos sendo presentes de seus fãs, tanto para ela quanto para o filho de seis anos, Ben Hargreeves Segundo.

— O show de abertura foi do caralho! — Comemorou Evanora soltando um uivo animado logo em seguida — Vocês sentiram a vibração? Impressionante como eles sempre ficam animados quando utilizo dos meus poderes, mesmo depois de anos.

— Eles nunca esqueceram de sua participação na Academia Umbrella — Disse Leônidas, o maquiador de Evanora que estava terminando de guardar seu material de trabalho. — Número Zero, a última criança adotada pelo excêntrico milionário...

— Vai tomar no cú, Leo! — Ordenou Evanora jogando um dos ursos na direção do maquiador antes que ele pudesse terminar de falar qualquer frase envolvendo seu "pai"  ou irmãos adotivos.

De todos os eventos traumáticos que ocorreram na vida de Evanora Hargeeves, participar da famosa formação de super-heróis mirins era o que ela mais desejava esquecer. Seus anos dentro da academia foram responsáveis pela grande quantidade de dinheiro e tempo que foram gastos com terapia, assim como a culpa que acometeu sua fragilizada mãe biológica no final da vida.

Um dos motivos que haviam feito a garçonete Evelyn Rofa entregar sua amada filha aos cuidados do excêntrico milionário Sir. Reginald Hargreeves, além do fato de Eva demonstrar possuir superpoderes, fora a descoberta de um câncer avançado no abdômen. A senhora fez o que julgava ser o melhor para a criança, acreditando que dentro da Academia Umbrella ela teria uma vida confortável junto com seus iguais, que apesar dos treinos rígidos e missões perigosas, Evanora iria crescer cercada de amor e afeto de pessoas que a compreenderiam, tendo uma base para se apoiar quando o fatídico dia chegasse e ela se visse sozinha no mundo.

Entretanto, a realidade foi cruel com Evanora.

Aos dezesseis anos, a número Zero fugiu da Academia com a roupa do corpo, prometendo nunca mais pôr os pés dentro da mansão a menos que Sir. Reginald estivesse morto. Dentro daquela gigantesca casa ela deixava para trás várias inimizades e lembranças dolorosas, carregando consigo raiva, remorso e culpa. Raiva da família adotiva por todas as besteiras que escutou dos "irmãos" com o passar dos anos, de que ela não pertencia a academia assim como Vanya que não tinha superpoderes, raiva do pai adotivo por tê-la privado do contato com sua família biológica e impedido que soubesse o quanto antes da doença que aos poucos destruía sua mãe. Remorso por não ter levado Vanya embora consigo durante a fuga, seu verdadeiro amigo e companheiro, o qual sempre a tratou com gentileza por compreender o desencaixe da número Zero dentro da família disfuncional. E culpa pelo pior evento que ocorrera nos anos de super-heroína, a morte do seu primeiro melhor amigo, Ben. Se ela tivesse sido mais rápida, se não tivesse se distraído com pormenores, talvez, apenas talvez, ele pudesse ter sobrevivido à última missão.

Com o passar dos anos e muitas sessões de terapia, a qual frequenta até os dias de hoje, ela segue em processo de aceitação sobre o seu passado, tentando ser grata sobre os poucos bons eventos que a transformaram na excelente e popular cantora que é. Os anos sem o uniforme escolar ridículo e o cargo de super-heroína nas costas não foram fáceis, houve perdas trágicas, longos meses em reabilitação, inúmeros nãos em sua tentativa de alcançar o estrelato, vários dias de luta e até uma gravidez, a qual tinha como intuito principal tentar ajudar a mãe com as células tronco do umbigo umbilical e que não veio a acontecer, já que Evelyn faleceu no começo da gestação de Evanora. Muitas vezes ela pensou em desistir, jogar tudo para o alto e aceitar o fracasso, principalmente após a morte da mãe. Mas sua tia Agnes nunca permitiu que ela abrisse mão dos seus sonhos, apoiando da mesma maneira que sua mãe a apoiava e ajudando o máximo possível, mostrando que ela nunca esteve sozinha.

Da queda a ascensão, Evanora conseguiu alavancar sua carreira com muito trabalho árduo, tornando-se uma das cantoras mais populares da década não só por ter sido membro da Academia Umbrella, mas por seu talento. Chegou a ser indicada a um Oscar por melhor canção original feita para um filme infantil, o qual só havia aceitado por insistência de seu filho que era fã dos livros. Na premiação do Oscar, o qual infelizmente não passou de uma indicação, voltou a conversar com uma figura do passado que também estava enfrentando suas próprias batalhas, Allison, a irmã número três. No fundo ela não era tão babaca quanto Evanora recordava, pelo menos quando se encontravam em premiações ou outros eventos públicos com os artistas.

Quanto aos outros irmãos, a número Zero só mantinha contato frequente com Vanya, ligando quase todo final de semana e frequentando sua casa sempre que estava na Cidade, fosse para um café da tarde ou para passar a noite. Ela foi responsável por incentivar Vanya a escrever o livro expondo os podres da família adotiva, mesmo sabendo que aquilo poderia arruinar com parte da sua carreira, ela só queria que a irmã colocasse para fora tudo o que sentia e destruísse qualquer imagem boa que o pai adotivo tinha. No fim seu nome não foi cruelmente citado e aquilo ajudou a fazer com que mais pessoas criassem empatia por ela, subindo a popularidade de suas músicas nas rádios enquanto o livro esteve no auge do sucesso antes de ser esquecido, assim como a Academia Umbrella.

Pelo menos até a noite de abertura da turnê mundial da cantora, quando o nome do Sir. Reginald Hargreeves voltou a ser citado pelos meios de comunicação.

— Evanora Hargreeves! — A agente da cantora ingressou no camarim segurando o controle da televisão nas mãos e com expressões tão pálidas quanto a neve. — Você vai querer assistir ao noticiário.

— Eu estou na TV? — Perguntou Evanora esperançosa, acreditando que poderia ter batido algum recorde no seu último show, talvez ultrapassando os Beatles ou Michael Jackson.

— Não! — Respondeu a mulher com voz trêmula enquanto roía a unha após ter ligado o aparelho — Mas tem a ver com você...

— Mas que porra... — A boca de Evanoa abriu em um O perfeito ao notar a foto de seu pai adotivo estampado no plantão noticiário — Não pode ser.

A notícia da morte do excêntrico bilionário Reginald Hargreeves atingiu Evanora com a mesma intensidade que uma injeção de penicilina durante uma reação alérgica, primeiro sendo tomada por um susto ao ver o rosto do monstro que arruinara sua infância e parte da adolescência estampado na tela, em seguida por um grande alívio ao sentir que poderia respirar novamente.

— Eu sinto muito pelo seu pai — Resmungou a agente olhando para as expressões antônimas de Evanora, a qual tentava deglutir se aquilo era real ou um sonho.

— Que? Quando? — Perguntou a cantora levantando do sofá e franzindo o cenho ao ouvir a palavra "pai".

— Parece que foi hoje a tarde — Disse a agente checando a pilha que estava sem suas mãos — Já chamei o chofer para te levar para casa.

— Quando você diz casa...? — Evanora fechou as expressões, encarando a menor com frieza.

— A mansão, senhorita Hargreeves. Terá de resolver sobre o velório com seus irmãos, o mordomo da casa ligou avisando que deveria ir direto para lá — Falou Lucy rapidamente, temendo pelo comportamento de Eva quanto a notícia. — Ele sabe que está na Cidade.

— Todos sabem, foi uma péssima escolha ter escolhido onde tudo começou para abertura de minha turnê mundial — Reclamou a cantora, gesticulando para ela esquecer o assunto.

— Pedirei para que sua tia, a senhorita Rofa, leve o pequeno Ben para...

— Não! — Interrompeu a outra — Não quero o Ben envolvido nisso, a menos que o mundo esteja acabando ou coisa pior. — Sem esboçar reações quanto a morte do pai adotivo, Evanora passou a mão em uma garrafa de Chandon que estava dentro da cesta de presentes que havia ganho de um admirador e pegou algumas taças, distribuindo para os presentes do camarim — Vamos beber!

— Em homenagem ao seu pai, senhorita? — Perguntou Leônidas trocando olhares nervosos com Lucy.

— Ha! Ha! — Evanora riu de escarnio estourando a champanhe. — Ding Dong! The Witch is Dead.

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