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𝐅𝐎𝐑𝐓𝐘 𝐅𝐈𝐕𝐄 ⚡️ 𝐍𝐀𝐓𝐇𝐀𝐍


" você foi embora e eu preciso ficar chapada, o tempo todo, pra te manter fora da minha mente. "

𝗛𝗔𝗕𝗜𝗧𝗦𝗧𝗢𝗩𝗘 𝗟𝗢

É mais uma das inúmeras noites que frequento meu estúdio. Os caras conversando de um lado enquanto eu assino uma porrada de papeladas por questões de futuros lançamentos e parcerias. Por mais que eu não esteja tão ligado à isso agora, ainda era o meu trabalho e o sonho da minha vida. Nunca dei as costas para os meus sonhos, ainda que meus dias tivessem sido tempestades. Eu não poderia ser egoísta comigo mesmo à esse ponto, não mesmo.

Os caras estavam sentados no sofá, conversando entre si e via eles dividirem baseados. Por incrível que pareça, eu não estava concentrado nisso agora. Minha cabeça ultimamente girava em torno de duas coisas, meu filho e a minha melhor amiga, ou ex, não sei. Os dias têm sido iguais. Acordo, passo todo o dia no estúdio, mando mensagens e telefono pra Hannah para saber se está tudo bem e penso nela. Nos seus cabelos loiros, nas suas curvas, no seu sorriso e na sua incrível incapacidade de não virar minha mente em qualquer que fosse seu gesto. Pensar nela dessa maneira e nesse momento me machucava. Ainda assim, era algo totalmente inevitável. Bella vagava pela minha vida como um maldito anjo da guarda, aparecendo para me salvar nas piores horas e sumindo no mesmo segundo, me deixando confuso e revirando meus sentimentos. Ela sempre gostou de brincar comigo, seja lá qual fosse sua intenção.

Assim que eu termino de assinar todo aqueles papéis e os deixo em cima da mesa, a porta do estúdio emite um barulho estrondoso. No mesmo segundo, Sammy se levanta do sofá assustado e eu franzo o cenho, vendo a figura de Hayes adentrando o lugar completamente transtornado. Seus olhos passam por toda a sala até chegar em mim, então, acelera os passos na minha direção. Eu me mantenho imóvel, cruzando os braços e esperando ele chegar até mim. Suas íris estão indecifráveis, carregando uma mistura de raiva e desespero. Meu semblante confuso aumenta. Grier não costumava demonstrar emoções fortes, sempre foi alguém extremamente neutro e na maioria das vezes, deixava de dar sua opinião por ser relaxado até demais. Mas algo tinha acontecido. Era nítido.

Quando finalmente chega até mim, fixa seu olhar no meu por alguns segundos e mexe a cabeça, fitando os caras presentes na sala. Então, respira fundo, passando os dedos pelos seus cabelos e voltando à me encarar.

— Tem um minuto? — Pergunta, nervoso.

Passo a língua nos lábios e olho pro resto das papeladas que eu ainda tinha que assinar. Também encaro os caras. Sammy tinha seus braços cruzados e a testa franzida. Mais do que ninguém, ele estava incomodando pelo clima que se instalou naquele bendito ambiente. Suspiro, afundando as mãos nos bolsos da calça e nego com a cabeça.

— Não. — Hayes fecha os olhos. — Seja rápido.

— Preciso falar com você à sós, Nathan. — Insiste.

— Que merda tá rolando? — Samuel se aproxima, encarando Hayes no rosto. Apoio minha mão em seu peito, indicando para ele se afastar do garoto.

— Eu também quero saber. — A voz de Nash sai séria.

O Grier mais novo abre a boca pra falar e me lança um olhar como se pedisse socorro. Estalo a língua no céu da boca e me sento na mesa, pegando a caneta entre os dedos e à arrasto pela folha de uma das papeladas, assinando mais algumas coisas.

— Não tenho nada à esconder de ninguém, Grier. — Murmuro calmo.

Eu escuto o suspiro irritado do irmão mais novo de Nash. Então, depois de um curto período de silêncio, alguém decide falar.

— Fala logo o quê tá pegando, caralho. — Sammy diz nervoso.

— O quê tá pegando — Hayes responde. — É que a Hannah não tá grávida.

A tinta despejada em forma de letras na folha que eu escrevia interrompe, pelo fato do meu corpo e das minhas mãos terem congelado. O único som possível presente naquele estúdio era a de uma melodia baixa de um rap tocando na rádio e das respirações tensas dos caras atrás de mim. Obviamente, todos aqueles olhares queimam em minhas costas. Fecho os olhos e conto até dez. Mas que merda aquele cara estava falando? Já tinha escutado algumas histórias de que ele usava drogas das mais pesadas, mas seu cérebro jovem era o mais propício à criar fantasias sóbrias.

— E quem te contou isso? A fada do dente? — Tento me convencer de que tinha escutado errado.

— Foi a Bella, Nate. A Hannah forjou a gravidez pra ficar com você e te afastar da Bella.

Meu corpo está em completo choque, mas é como se meus músculos tivessem ganhado vida própria. Eu pulo daquela cadeira num piscar de olhos e o estrondo do corpo de Hayes batendo contra a parede assim que eu o empurro na mesma sobressai a batida repetitiva do rádio. Minhas mãos apertam a gola de sua blusa e por mais que seus olhos transbordassem insegurança, ele se manteve intocável. Eu poderia mata-lo agora mesmo.

— Me dá uma porra de um motivo para eu não quebrar a tua cara agora, Hayes. — Meus dentes rangem.

— Você tá surdo, caralho? — Ele trava a mandíbula. — Você tá sendo feito de otário assim como a Bella estava. Eu posso não suportar olhar pra essa sua cara de fumante deprimido, mas não é só você metido nessa merda. A Arabella passou o dia todo chorando meu colo por causa dessa porra, e ainda assim, eu não suporto mentira.

Empurro seu corpo com força novamente na parede, fazendo agora Hayes bater levemente com a cabeça e grunhir de dor. Nash ameaça se aproximar de mim, mas Sammy segura seu ombro, sabendo que aquela situação era extremamente pessoal. O meu sangue já tinha perdido a cor. Parece que eu havia entrado no modo avião, tentando engolir todas aquelas informações que tinha acabado de escutar.

— Toma cuidado com o que você diz. — Mais uma vez, tento me convencer de que ele estava errado. Aquilo não poderia acontecer.

— Então liga pra Bella, Nathan! — Hayes grita. — Se ele negar a história, você pode quebrar todos os meus dentes agora. Liga pra ela!

Pressiono meus dentes um contra o outro, sentindo meu sangue borbulhar dentro das veias. Respirei fundo e me afastei de Hayes, puxando meu celular rapidamente do bolso e digitando o número da loira como se minha vida dependesse disso. Coloco o mesmo no viva-voz, afinal, todos já estavam presenciando aquele maldito show. Minhas mãos tremiam como nunca. Pela primeira vez, eu preferia não saber a verdade.

— Hum... Alô?

— Bella. — Confirmo, afinal, ela tinha excluído meu número.

— Nathan?

— A Hannah tá grávida ou não, Bella? — Ela fica em silêncio. Respiro fundo, novamente. — Não esconde essa porra de mim.

Por mais um longo minuto, ela fica em silêncio, e eu só conseguia escutar sua respiração ficando cada vez mais pesada. Então, suas palavras parecem me puxar de volta pra realidade.

— Não.

Os olhos azuis de Hayes me encaravam carregando mistos de sentimentos. O pior deles foi dó. Meu coração batia na garganta e meu estômago se revirava como um navio numa tempestade em alto-mar. Não esperei mais nenhum segundo para encerrar a chamada e jogar meu celular em cima da mesa novamente. Eu sentia minha cabeça rodar feito um carrossel. Não tinha forças pra dizer, pensar ou tomar qualquer atitude. Meu corpo tinha sido mergulhado no mais intenso choque e as piores emoções possíveis. Eu tinha sido enganado, feito de otário por uma garotinha filha da puta por tanto tempo. Naquele instante, eu lembro de tudo. Lembro do seu surto na viagem, das vezes que ela não quis ir ver as coisas do suposto bebê comigo, de quando ela me mandava mensagem pedindo para eu ficar com ela de madrugada e outras mil coisas que sempre comprovaram que sua única intenção era me deixar longe da Bella.

A Bella. Tudo isso foi pra me afastar dela, e bom, a lazarenta tinha conseguido.

— Irmão, eu... — Sammy tentou.

— Vai embora. — Ordenei, tirando os olhos do meu celular em cima da mesa de vidro e encarando ele, logo fitando os demais caras presentes na sala. — Rala todo mundo, caralho!

Novamente Sammy tenta argumentar, mas Nash segura seu ombro e nega com a cabeça. Meu melhor amigo respira fundo e se direciona até a porta junto do Grier mais velho. Hayes me dá uma última olhada e um tapinha nas costas antes de me deixar sozinho. Um maldito tapinha nas costas.

Segurando com todas as minhas forças a estabilidade das minhas pernas para que eu não caísse, escuto o toque do meu celular. Meus olhos passam pelo visor e ler o nome da Hannah é o maldito gatilho perfeito. Eu não podia. Eu iria matar aquela garota.

E então, eu entro no completo modo avião. Arremesso meu celular contra a parede, achando que aquele seria o melhor jeito de não receber mais nenhuma mensagem ou telefonema. Jogo o maldito rádio repetitivo no chão, vendo ele se espatifar em pedaços, assim como eu estava agora. Eu já não vejo mais nada. Meu corpo apenas segue os instintos da mente e eu viro refém das minhas próprias emoções avassaladoras. Fico cego de raiva, ódio e decepção. Eu tinha transbordado e não da forma como Bella fazia. Aquele sim era o meu pior lado. Minha ira falava mais alto do que qualquer coisa.

Berro furiosamente, notando boa parte do meu estúdio completamente destruída e puxo os meus próprios cabelo. Apesar de estar explodindo, quebrar as coisas não era a melhor opção, ainda mais um lugar tão sério que era o meu estúdio. Eu não ligaria pra ninguém. Naquela hora, pessoas eram o meu maior pesadelo. Então, como uma luz se acendendo em minha cabeça, eu solto o resto do ar que prendia em meus pulmões antes de me direcionar até o pequeno criado-mudo que havia ali. Olho gaveta por gaveta, potinho por potinho, e quando acho o bendito saquinho, umedeço meus lábios.

O pó branco que parecia mais açúcar do que qualquer coisa aparentava ser inofensivo, o que não parece que quase acabou com a minha vida no passado. Naquela hora, eu não ligava pra mais nada. Eu só precisava de um pouco de anestesia e nada iria retirar minha dor naquele momento. Era por isso que eu fui um maldito viciado em cocaína. A sensação de alívio e todos os sentimentos dormentes. Eu sentia tudo e não queria sentir nada.

Desajeitadamente pelo fato de minhas mãos tremerem mais que tudo, separo as carreirinhas. É questão de menos de dois minutos para que eu aspire tudo. Fecho meus olhos, sentindo meu nariz arder como nunca e aquela pré-sensação voltar em minha mente como um maldito flashback. Eu já não ligava pra flashbacks. Os meus maiores dos últimos tempos tinham sido com apenas uma pessoa, e naquele momento, ela me odiava. Tudo por conta de um amontoado de mentiras e autosabotagens.

E pra esquecer isso, eu precisava ficar chapado. Eu só precisava ficar chapado.

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