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(000) ★・𝐖𝐄𝐋𝐂𝐎𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐋𝐋

𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐳𝐞𝐫𝐨, ℬ𝑒𝓂 𝓋𝒾𝓃𝒹𝒶 𝒶𝑜 ℐ𝓃𝒻𝑒𝓇𝓃𝑜

     A TEMPESTADE DENTRO DE MILLA ERA MAIS FEROZ DO QUE QUALQUER FURACÃO. Ela flutuava em uma brisa surreal, onde o vento uivava com vozes que não conseguia distinguir. Eram sussurros antigos, fragmentos de sonhos e pesadelos se entrelaçando em meio à caos.

Milla, suspensa entre a vida e a morte, questionava-se se já tinha cruzado o limiar, se seu corpo havia cedido ao desconhecido. Em sua mente, ecos de perguntas sem respostas dançavam como fantasmas: Será que eu morri? Onde estou?

Cada respiração era um esforço monumental. Ela sentia o coração bater de maneira descompassada, ecoando em seus ouvidos como um tambor de guerra.

Sua percepção se estendia e se retraía, alternando entre visões de sombras distorcidas e clarões de luz ofuscante. Cada tentativa de focar parecia ser engolida por essa maré inquieta, deixando apenas fragmentos de realidade para trás.

Gradualmente, a tempestade começou a acalmar. As vozes sussurrantes tornaram-se murmúrios distantes e as cores, antes vívidas e caóticas, começaram a desvanecer-se em tons mais suaves. Milla sentiu o peso do seu corpo retornando, uma âncora puxando-a de volta à realidade.

Primeiro, ouviu um zumbido distante, quase imperceptível, que aos poucos se tornou o som de máquinas trabalhando incessantemente. Depois, sentiu a frieza do metal sob sua pele, a dureza desconfortável de uma superfície que não oferecia nenhum consolo.

Seus olhos, pesados como chumbo, finalmente começaram a abrir. A princípio, as luzes brancas e brilhantes a cegaram, mas logo as formas começaram a se definir. Ela viu mesas com instrumentos brilhantes, seringas, tubos e monitores piscando. O ar carregava um cheiro químico, esterilizado, que parecia grudar em suas narinas.

Com um esforço tremendo, Milla tentou mover seus braços e pernas, mas encontrou resistência; suas extremidades estavam presas por cintas de couro. O pânico ameaçou emergir, mas ela respirou fundo, focando nos detalhes ao seu redor.

A logo inconfundível da HYDRA adornava as paredes e os uniformes dos cientistas que se moviam ao redor dela, manipulando equipamentos e conversando em murmúrios que pareciam mais ameaçadores do que qualquer grito.

Então, a realização atingiu-a com uma clareza gelada: não estava morta, mas muito viva e à mercê da HYDRA. O efeito da anestesia, como uma maré recuando, deixara apenas a fria realidade e o terror do desconhecido.

Milla sentiu a ponta fria do bisturi deslizar suavemente sobre sua pele, como se fosse neve caindo em seus braços. Cada corte, embora cauteloso, parecia abrir fendas profundas e as palavras dos cientistas, como veneno sussurrado, ecoavam em seus ouvidos, em falhas tentativas de acalmá-la.

— Agente Ivanov — Uma voz profunda e calculada murmurou, enquanto mãos enluvadas manipulavam instrumentos brilhantes com uma precisão quase artística. — Você é jovem demais para missões de campo. Seu potencial, porém, aqui não passará despercebido.

— Agora, você está em boas mãos — Continuou outra voz, esta mais suave, quase reconfortante, mas carregada de uma frieza inumana. — Você servirá a uma causa maior, um propósito maior.

Milla queria gritar, queria se libertar das amarras invisíveis que a prendiam tanto física quanto mentalmente. Mas as palavras continuavam, envolventes, sufocantes, como uma teia de aranha tecida dentro de sua garganta.

— A ciência cuidará de tudo — Disseram em coro, enquanto o bisturi deslizava mais uma vez, deixando um rastro de dor, sangue e submissão. — E a ciência, como você bem sabe, requer experimentação.

Ela fechou os olhos, tentando fugir para dentro de si mesma, para um lugar onde suas esperanças ainda pudessem brilhar. Mas mesmo ali, na escuridão de sua mente, as palavras dos cientistas ressoavam, prometendo transformação e sacrifício.

A ciência, fria e inexorável, estava prestes a moldar seu destino, transformando sua vida em um experimento contínuo, um tributo involuntário ao altar do conhecimento distorcido da HYDRA.

Milla sentiu-se como uma marionete desarticulada, guiada por mãos cruéis e impiedosas. O eco distante de vozes sussurrantes e o tilintar de instrumentos cirúrgicos haviam dado lugar a um silêncio estéril, interrompido apenas pelo arrastar de passos pesados sobre o chão metálico.

Ela se sentia à margem de si mesma, observando com uma distância inquietante enquanto os cientistas completavam os procedimentos.

Sangue manchava suas roupas e escorria por de baixo dos curativos. Cada respiração era um esforço, cada pensamento um sussurro perdido na correnteza turbulenta da sua mente.

A percepção de seu corpo retornou abruptamente quando foi arremessada com brutalidade ao chão de uma cela.

O impacto áspero fez suas costas protestarem, uma dor surda ecoando através de cada fibra de seu ser. O metal frio contra sua pele ferida era uma lembrança cruel de sua nova realidade, onde cada segundo parecia uma lembrança distorcida dos horrores vividos.

Milla tentou erguer-se, suas pernas trêmulas mal sustentando seu peso. A cela ao seu redor era um cubículo opressivo, com paredes de concreto cru e metal, um pequeno sanitário encardido e um colchão fino jogado no canto, exalando um odor de mofo e desespero.

— Soltem-me! — Sua voz ressoou, carregada de uma fúria desesperada. — Se não me soltarem, eu vou matar todos vocês!

Ela socou a parede com força, sentindo o impacto reverberar em seus ossos. Não havia janelas para olhar o mundo exterior, nem barras que pudesse sacudir em sua frustração. Era apenas ela contra o confinamento opressivo, um cenário de sujeira e abandono.

Milla gritou novamente, a voz rachando sob a pressão da dor e do medo. Seus punhos encontraram a parede repetidamente, o concreto inquebrável absorvendo seus golpes com uma indiferença impiedosa. Cada soco parecia esvaziar um pouco mais de sua energia, mas a determinação em sua alma se recusava a se extinguir.

— Eu vou matar todos vocês! — Ela repetiu, mesmo quando lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. A raiva transformava-se em desespero, e o desespero em uma tristeza avassaladora. Os gritos se tornaram soluços, e os socos, agora fracos, eram substituídos por uma rendição silenciosa.

Ela caiu de joelhos, as mãos escorregando pelas paredes frias enquanto o choro tomava conta de seu corpo exausto. As lágrimas caíam livremente, misturando-se à sujeira do chão.

Milla encostou-se na parede fria, seu corpo tremendo enquanto o choro se transformava em soluços baixos. Cada fibra de seu ser doía, resquícios dos experimentos cruéis que havia suportado. A exaustão ameaçava dominá-la, quando de repente, uma voz surgiu do tubo de ventilação, interrompendo o silêncio pesado.

— Está melhor agora? Mais calma? — A voz masculina tinha um sotaque forte e um tom quase sarcástico.

Ela ergueu a cabeça, surpresa, e correu até a saída de ar, o coração batendo mais rápido.

— Quem é você? Por que estou aqui? Me tira daqui ou vou te matar! — A ameaça saiu entre dentes, carregada de um desespero feroz.

O homem riu, um som leve e desdenhoso que ecoou pelas paredes de concreto.

— Não posso te tirar daqui — ele respondeu, a voz carregada de resignação. — Eu também estou preso.

Milla sentiu um misto de frustração e curiosidade. Quem era aquele homem? E como ele conseguia manter um tom tão calmo, quase divertido, em meio àquela situação desesperadora? Tentando soar ameaçadora e firme, embora por dentro tremesse de medo e incerteza, ela perguntou:

— Qual é o seu nome?

— Pietro Maximoff. — Ele respondeu sem hesitar, seu sotaque tinha certo charme. — E você?

— Milla... Milla O'brien.

— Milla. — Ele repetiu, como se achasse essa nova informação legal. — Bem vinda ao inferno, Milla.

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