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(009) ★・𝐒𝐎𝐊𝐎𝐕𝐈𝐀

𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝒏𝒐𝒗𝒆:𝒮𝑜𝓀𝑜𝓋𝒾𝒶

      AS SEMANAS COMEÇARAM A PASSAR RÁPIDO, mais rápido do que Pietro esperava, e no fim, ele descobriu que Milla estava certa, a SHIELD não era tão ruim quanto ele pensava. Era cheia de segredos, mas não necessariamente ruim.

Ele estava em uma espécie de base secreta, constantemente monitorado por Crystal e Jemma Simmons, médicas da SHIELD. No entanto, os testes não eram tão dolorosos e desprovidos de cuidado como costumavam ser na HYDRA.

Deixando isso de lado, Pietro sentia que uma ameaça pairava no ar, mas ninguém falava diretamente com ele sobre o assunto. Afinal, ele ainda não havia conquistado a confiança de quase ninguém ali.

O Maximoff também pensava constantemente em Wanda, preocupado com o fato de que ela ainda estava nas mãos da HYDRA. Seu coração se apertava só de considerar a possibilidade de algo acontecer com sua irmã.

Pensar em Milla também o atormentava, mas de uma forma diferente. Era um sentimento estranho e conflituoso. Ali, ele não recebia mais as drogas que a HYDRA o obrigava a ingerir, então, teoricamente, sua mente estava mais clara. Mas isso não mudava o fato de que Milla ainda era apenas uma voz.

Ele nunca havia visto o rosto dela e, por isso, às vezes se perguntava se ela não passava de uma alucinação — uma válvula de escape que sua mente criara em meio à solidão de sua prisão ou apenas um truque de sua cabeça exausta e drogada.

Mas então, ele dormia e sonhava com a voz dela, com a risada e também com o choro abafado. E acordava com a convicta certeza de que ela era real. Esse era mais um fator que o preocupava, já que ela também continuava na HYDRA.

Pietro sentiu a pressão do esfigmomanômetro diminuir e voltou à realidade. Para disfarçar seu momento de distração, esboçou um sorriso de canto, quase charmoso. Crystal riu da tentativa dele.

— Sentindo algo estranho? — A ruiva perguntou, anotando algo em uma prancheta.

— Não. Tudo exatamente igual estava nas últimas dez vezes que você perguntou. — Pietro respondeu, o sotaque sokoviano marcando suas palavras.

— Bem, pelo menos você é consistente. — Ela brincou, dando um passo à frente.

Pietro deu de ombros, mantendo o sorriso.

— Consistência é o que tenho de melhor.

Crystal inclinou a cabeça, apoiando a prancheta em um dos aparelhos ao lado e cruzando os braços, o olhar fixo nele.

— Não sei... — Ela disse, o tom brincalhão, mas com uma ponta de intenção. — Aposto que você tem outras qualidades escondidas. Algo além de correr mais rápido do que qualquer um.

Pietro riu, um som curto e meio nervoso, desviando o olhar por um momento.

— Talvez eu deva descobrir por conta própria. — Crystal sugeriu, a voz baixa e cheia de charme.

O rapaz não teve tempo de responder. Skye entrou no laboratório acompanhada de Phil Coulson. Pietro ainda não entendia exatamente qual era a relação de Coulson com as duas garotas, mas percebia um carinho genuíno e quase paternal direcionado a elas. De certa forma, era bem fofo.

Além da constante sensação de que uma ameaça maior se aproximava, Pietro sabia que Coulson era o novo líder da SHIELD, após Fury ter forjado a própria morte para ganhar vantagem contra a HYDRA.

A SHIELD agora era taxada como uma organização terrorista, o que a forçava a operar nas sombras, de maneira anônima, como nos tempos anteriores aos Vingadores. Mas sua missão continuava sendo a mesma de sempre: derrotar a HYDRA.

No entanto, agora as duas organizações pareciam ter um interesse peculiar em "Inumanos", fossem eles aprimorados, como ele, Wanda e Milla, ou aqueles que tivessem passado por uma "transição natural". Pietro também descobriu que, entre todas as cobaias da HYDRA, apenas ele, Milla e Wanda haviam demonstrado resultados positivos. E a HYDRA, com certeza, estava furiosa por ter perdido uma de suas "armas".

Coulson pediu para que eles o acompanhassem para uma reunião. Na verdade, ele não solicitou a presença de Pietro, mas ele foi mesmo assim.

O ambiente da sala de reuniões da SHIELD era sufocante, o Maximoff encostou-se na parede com os braços cruzados vendo os outros agentes que tiveram suas presenças solicitadas se acomodavam na mesa, todos cercados de documentos e telas holográficas à frente deles. 

— Fury está com os Vingadores. Eles estão lidando com uma ameaça chamada Ultron. — Coulson começou a explicar. — Inteligência artificial. Extremamente avançada e extremamente homicida. Criada por Tony Stark. — Coulson respondeu, a voz carregada de um cansaço perceptível.

Pietro ignorou o resto do discurso, novamente começando a xingar mentalmente Tony Stark enquanto balançava a perna ansiosamente, ele só voltou a prestar atenção na reunião quando ouviu a palavra ''Sokovia''.

— O quê? — Perguntou com a voz baixa, sem se importar se estava atrapalhando ou interrompendo.

— Fury está organizando um resgate. Ele levará uma nave para evacuar o máximo de civis possível. — Coulson continuou, sem rodeios.

Pietro sentiu o sangue ferver. Sua cidade estava em perigo e por conta de Tony Stark.

— Eu vou junto. — ele disse alto enquanto se levantava e quase derrubava a cadeira para trás. Todos os olhares se voltaram para ele e Phill Coulson suspirou como se já esperasse aquela reação. — Eu sou rápido. Posso tirar pessoas de lá antes que desmorone. Vocês precisam de mim.

Coulson manteve a postura firme, mas não havia raiva em seu olhar. Apenas uma compreensão silenciosa.

— Tem certeza disso?

— Sim. — respondeu sem hesitar.

Por um momento, houve um silêncio carregado na sala. Fitz e Simmons trocaram olhares discretos e Skye mordeu o lábio inferior, Crystal o encarou e Coulson cruzou os braços e deu um leve aceno de cabeça antes de dizer:

— Então é melhor você se preparar. Partimos em dez minutos.

                   SOKOVIA HAVIA SE TORNADO UM VERDADEIRO PESADELO, Quando a nave da SHIELD alcançou a cidade já elevada, Pietro viu prédios desmoronando, ruas fachadas, poeira e fumaça por todos os lados e muitos gritos de desespero. 

O Maximoff já estava na rampa de saída antes mesmo de tocarem o solo, ou o que restou do solo e ele não esperou ordens, assim que seus pés tocaram o concreto rachado, ele disparou.

Em meio a todo caos, ele podia ver sentinelas de Ultron continuavam avançando, exterminando qualquer um que ficasse em seu caminho.  Ele se movia rápido demais para ser visto, desviando dos destroços que caíam, dos disparos que cortavam o ar. A primeira coisa que fez foi correr até um prédio em colapso, onde uma mulher tentava puxar o filho pequeno para fora dos escombros.

No meio de toda destruição, ele podia ver de relance os Vingadores; Steve Rogers com seu escudo e Thor atingindo robôs com o Mjolnir e trovões. Ainda assim, rapidamente ele viu Wanda, e sentiu um alivio tomar conta do peito dele. Ela fazia movimentos com os dedos liberando seus poderes de uma forma que ele ainda não havia tido a chance de presenciar. 

— Wanda? — ele chamou após levar alguns segundos para alcança-la. 

— Pietro? — Sua surpresa foi substituída por um alívio quase palpável.

— Você... Você está com os Vingadores? — Pietro perguntou, confuso.

— Sim. Ultron quer exterminar o mundo, e eles estão tentando impedi-lo.

—  É, eu fiquei sabendo. — ele disse enquanto Wanda estreitava as sobrancelhas e olhava para ele com uma expressão de quem claramente estava julgando a escolha de palavras tão casuais.

No entanto, os dois sentiram uma sombra se aproximar antes que pudessem dizer qualquer coisa. Pietro olhou para a direção da sombra e viu uma garota de cabelos pretos e trajes escuros, ela estava coberta de poeira, mas conseguia andar tranquilamente, embora parecesse um pouco pálida e estivesse com alguns arranhões. 

— Ei, você precisa de ajuda? Podemos tirá-la daqui. — Pietro perguntou, enquanto sentia uma sensação estranha apertar seu peito, por algum motivo que ele não conseguia facilmente identificar. 

Ele não teve resposta imediata, mas que ele pudesse reagir, a garota ergueu as mãos e uma explosão de energia púrpura foi disparada em direção a ele e a Wanda. Pietro desviou no mesmo segundo, ainda assim, sentindo a eletricidade no ambiente enquanto a rajada passava a poucos centímetros de seu corpo.

Wanda, por sua vez, não hesitou e com um movimento rápido e controlado ela usou sua magia vermelha, desferindo um contra-ataque certeiro contra o golpe da de cabelos escuros. As duas forças se encontraram no ar, colidindo uma contra a outra e o impacto gerou uma onda de pressão que arremessou Pietro para trás.

Os olhos da garota de cabelo preto foram ficando escuros, quase roxos. Wanda aumentou a força dos poderes, embora os da adversaria fossem quase igualmente fortes, a Maximoff tinha muito mais domínio próprio e por isso, a luta não levou tanto tempo, a magia da desconhecida cedeu e ela caiu de rosto no chão.

Por algum reflexo estranho de seu corpo, Pietro  correu até ela no mesmo instante, ajoelhando-se ao lado de seu corpo e levando os dedos até seus pulso para lateral do pescoço da garota, enquanto tentava entender  por que aquela estranha sensação de déjà vu o atormentava.

— Ela... não está morta, certo? — ele perguntou, ainda encarando o rosto dela.

— Não sei, você que esta checando o pulso dela. — Wanda  tentou se aproximar, mas antes que pudesse, algo soou em seus comunicadores. 

— O tempo acabou. Precisamos sair agora!

Os dois Maximoff's tensionaram imediatamente e Pietro olhou ao redor, sentindo o peito doer ao ver que Sokovia estava desmoronando em pedaços. Ainda assim, ele puxou a garota desacordada nos braços, segurando-a com cuidado, e então estendeu a mão para Wanda  e num piscar de olhos, os três desapareceram em um borrão e pararam na nave. 

Wanda viu Thor e Steve Rogers se aproximando, ambos cansados da batalha, enquanto Sokovia destruída ficava para trás.  Pietro ainda segurava a garota desacordada em seus braços, sentindo o peso dela contra si e não conseguindo parar de encarar seu rosto pálido. 

— Quem é ele? — Steve Rogers perguntou, apontando para Pietro.

— Ele é meu irmão. — Wanda respondeu, descontraindo um pouco. — Pietro.

Os olhos de Steve se arregalaram por um momento, surpreso. Thor também ergueu as sobrancelhas, analisando o velocista.

— Hah! — Thor exclamou, batendo a mão no ombro de Pietro, quase o fazendo perder o equilíbrio. 

Pietro apenas lançou um olhar de canto para o deus do trovão, mas não respondeu, sua atenção ainda focada na garota inconsciente em seus braços.

— E quem é ela? — Rogers perguntou novamente, analisando a garota de maneira curiosa. Ela parecia perturbada, mesmo em seu sono. Pietro abriu a boca, mas hesitou. Ele mesmo não sabia a resposta.

— Eu... Não sei. — Ele respondeu em tom de voz mais baixo, quase decepcionado consigo mesmo por não saber a resposta.

— Vamos levá-la para a enfermaria. Ela precisa de cuidados. — O Capitão disse e Thor se inclinou um pouco, observando a estranha com interesse antes de estender os braços. Pietro hesitou por um segundo, segurando a garota um pouco mais firme antes de soltá-la nos braços do asgardiano.

— Cuidado com ela. Ela é perigosa. — Wanda alertou.

— Não se preocupe. Sou bem resistente. — Thor respondeu em um tom bem humorado demais para a situação. Mesmo assim, Pietro continuava se sentindo inquieto. 

— Só sejam cuidadosos com ela. — Ele pediu, soando como ''cuidado para não machucarem ela'' ao invés de ''Cuidado para ela não machucar vocês'', que foi o que Wanda quis dizer.

Steve observou Pietro com atenção por um momento, antes de dar um aceno de cabeça breve. Pietro assentiu de volta e viu os dois se afastarem. A nave ainda estava cheia de pessoas resgatadas, crianças, adultos, idosos, o povo de Sokovia, assim como ele. 

O Maximoff soltou um suspiro pesado enquanto se aproximava mais de sua irmã, buscando algum contato familiar. As coisas estavam mudando rápido demais; poucos dias atrás ele estava em uma cela na HYDRA, com Milla (ou pelo menos a voz dela) sendo sua única companhia e agora ele nem sábia se ela estava viva. Mesmo que ela estivesse naquela nave, ele não saberia, já que nunca havia visto o rosto dela. Talvez ele tivesse a salvado hoje mesmo e nem soubesse. 

Agora, ele havia conhecido pessoas da SHIELD, que na teoria tinham grande significado e impacto, tanto positivo como negativo, na vida de Milla. 

Mas talvez, ele devesse aceitar que ela foi algo que ficou no passado e que  provavelmente não iriam se reencontrar. Então decidiu acreditar que ela estava bem. 

Ainda assim, o aperto no peito e o nó em seu estomago permaneciam firmes  e presentes o tempo todo. Mas, Pietro deduziu que era o peso de ver sua cidade ser inteiramente destruída e mandada aos ares. Ao menos, ele estava de volta ao lado de sua irmã, depois de tanto tempo separados, e isso significava muito.

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