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Lentamente, eu abro os meus olhos e me espreguiço, me levantando devagar de minha cama e observando a claridade que vinha da janela e invadia o meu quarto.

Eu pego meu celular e caramba! Milhões de mensagens de Rosé perguntando se eu já estava pronta ou algo do tipo, e isso foi há vinte minutos atrás.

Acalme-se Jennie, tudo o que você precisa fazer agora é se arrumar.

Vou até meu guarda-roupa e tento escolher uma roupa bonita, pegando um vestido com várias cores frias do azul escuro e que me caia muitíssimo bem no meu corpo. Ele meio que ficava bem acima do joelho.

Corro para tomar banho mas sou impedida por buzinas de carro que batiam na frente da minha casa e, eu suspiro, já reconhecendo a buzina do carro.

Vou até a janela e dou uma pequena espiada, e quando olho, era Rosé dirigindo seu SUV branco e chique. Ela parecia estar impaciente, mas eu nem ligo e não abro a porta ou desço para falar algo, apenas corro para o banheiro e me banho rápido, o mais rápido que posso.

Depois de banhada, eu pego a minha roupa e visto rapidamente, mas as buzinas do carro de Rosé não paravam de tocar. Eu coloco o meu colar de pérolas e o meu air force, um de meus ténis preferidos.

Vendo que não daria tempo de se maquiar ou fazer algo no cabelo, eu pego a chaves do meu mini apartamento e levo a minha bolsa de maquiagem, junto com alguns grampos e um pente. Sim, eu iria fazer isso tudo no carro de Rosé e não quero nem saber.

Quando eu desço e paro na porta do prédio, eu vejo Rosé bufando por tê-la feito esperar tanto, mas entro no banco de passageiros ao seu lado e preparando meus ouvidos para seu surto.

— Você tem noção que já fazem 30 minutos que eu te espero, Jennie Kim? — diz fechando os olhos, tentando não colocar para fora toda a sua fúria. Rosé ficava irritada quando alguém se atrasava do horário combinado ou algo do tipo.

— Eu nem demorei tanto assim! Veja, eu até trouxe algumas coisas para fazer um penteado e me maquiar aqui. — mostro a minha bolsa de maquiagem e mais algumas coisas que havia trago.

Rosé coloca a mão na testa desaprovando, eu começo a me maquiar e faço um penteado com algumas tranças na frente.

♥︎

Depois de Rosé ter estacionado seu carro na frente da faculdade, nos duas saímos em simultâneo.

— Desde quando você estava com essa maquiagem e esse penteado? — pergunta Rosé, sem entender nada.

Inevitavelmente, eu dou algumas gargalhadas.

— Desde agora, ué. Eu fiz isso tudo no seu carro, só você que não percebeu.

— Claro, eu estava dirigindo, né! — fala andando, até chegarmos em frente ao prédio da universidade e, por um momento, a minha ansiedade subiu.

— Oh, meu Deus! Vai ser aqui em que vamos passar metade de nossas vidas, Rosé.

Rosé olha para mim e nós sorrimos uma para a outra, felizes e emocionadas. Nosso sonho sempre foi fazer faculdade juntas, ainda mais na Itália! Tenho certeza que, nosso futuro só está começando agora.

Subimos nas escadas e ficamos chocadas com o quão a faculdade era grande. O prédio era grande e parecia coisa de novela, algo centenário e a cara da arquitetura europeia, que por sinal, adoro.

Alguns alunos já estavam com suas malas e felizes da vida reencontrando seus amigos. Aliás, eu realmente espero que eu e Rosé possamos fazer muitos amigos aqui.

— O que acha de procurarmos o gabinete do diretor e pedir para nos apresentarem a faculdade? — Rosé palpita no ar.

— Eu acho uma ótima ideia, afinal, não vejo a hora de nos mudarmos para cá. Vamos logo, não podemos perder mais tempo! — falo puxando a mão de Rosé e correndo para subirmos no próximo andar da faculdade, aonde o diretor ficava.

Rosé se assustou com a minha empolgação e, continuava falando coisas do tipo "se acalme, estamos em uma faculdade" ou "não corra, podemos causar um acidente", e no final, ela estava certa.

Quando estávamos subindo a escada, ainda correndo, eu esbarrei em uma pessoa e minha cara foi direto no peito do cara. Sim, era um homem, eu pude sentir seus músculos em minhas bochechas e aquilo foi vergonhoso.

Sai de onde estava e quando olhei para cima, pude avistar três garotos e o do meio, era o suposto namorado da vagabunda ruiva. É, parece que o universo está de brincadeira com a minha cara.

— Olhe por onde anda! — um dos garotos que estava com o do meio fala, em um tom de voz não tão razoável.

Vejo o tal de Tae olhar para o mesmo e ele parecia um pouco furioso, como se estivesse irritado pela fala do garoto.

— Não era minha intenção, você só não precisa gritar.

O garoto que havia gritado comigo faz uma careta de desaprovação.

— Parece que nos encontramos de novo, não é, garota do coreto? — fala o mesmo, segurando uma bola de futebol com sua mão direita. Seus cabelos estavam bagunçados e ele vestia uma roupa esportiva de verão, que mostrava metade de seu corpo.

— É, parece que sim.

— Tão bonitinha, mas tão afiada como um espinho. — o da esquerda fala rindo, quando o outro também ri em simultâneo.

Idiotas e ridículos.

— Sim, sou afiada com aqueles que merecem.

Rosé interrompe a conversa e invade o espaço em que estava.

— Com licença, já acabaram o show? Agradecemos se puderem sair da frente, temos coisas a fazer, não perdemos tempo conversando com palhaços de baixo nível. — fala me puxando para subirmos as escadas e ambos ficam espantados com o atrevimento de Rosé, inclusive eu.

Estávamos no meio da escada, quando eu falo rapidamente para o suposto Tae: — Aliás, meu nome não é garota do coreto, é Jennie Kim.

Pude ver o mesmo me encarando.

— Jennie Kim? Não era aquela garota que o Jackson traiu? — questionam entre si, mas depois não consigo ouvir mais nada da conversa porque quando percebo, já estou no segundo andar junto com Rosé.

— Era aquele garoto, não era? O namorado da Luna. — Rosé pergunta

— Sim, o irmão dela, você quis dizer. — falo a corrigindo.

— E porque não pode ser namorado? Parece até que você tem alguma implicância em ela namorar com ele. — diz a loira, levantando a sobrancelha e querendo dar um riso medonho.

— Credo, sai pra lá, Roseanne!

Rosé da pequenas gargalhadas e eu reviro os olhos sem aguentar aquela cena.

[...]

— Sim, diretor! Gostaríamos de nos mudar para cá o mais rápido possível. Quando podemos ter acesso aos nossos dormitórios? — Rosé esclarece e questiona ao mesmo tempo.

— Vocês podem se mudar a hora que quiserem, meninas! Aqui está a chave — o diretor fala, pegando a chave na gaveta de sua mesa e entregando para Rosé — Gostariam que alguém apresentasse a vocês o campus? Talvez seja uma forma de se adaptarem e se darem melhor com o lugar...

Eu e Rosé olhamos uma para a outra e decidimos nossa resposta.

— Claro! Seria uma ótima ideia, caso for possível.

— Ótimo. Então fiquem a vontade, no dia que forem se mudar, eu arrumarei algumas pessoas para mostrarem-lhes o campus e tudo relacionado a faculdade. — propaga o mesmo.

— Bem, diretor, seria possível fazer isso hoje? — pergunto hesitante.

— Hoje? — fala rindo, com um jeito meio sem graça — É que hoje os alunos em que eu tinha em cabeça para fazer esse favor, estão ocupados. Eles estão trabalhando em um torneio de boas vindas que vai acontecer em breve...

— Ah, não tem como procurar outra pessoa? Realmente não nos importamos, certo, Jennie? — Rosé sugere para mim, e eu balanço a cabeça concordando.

— Tudo bem, então. Não se preocupem com isso, podem se mudar tranquilamente, no final do dia a pessoa já estará lá para lhes apresentar o prédio.

— Muito obrigada! — dizemos juntas, agradecendo ao diretor e saindo depois de nos despedirmos.

— Rosé, vamos logo fazer nossas malas!

— Calma aí, sem correria! Se lembra do que aconteceu há alguns minutos atrás? — fala tentando me dar uma pequena bronca.

— Esquece isso, vida passada, bola pra frente. — digo sorrindo e agindo como uma sonsa, fazendo gestos com a mão.

— Vamos logo, vai! Antes que eu acabe perdendo a paciência contigo e te dando um puxão de cabelo aqui mesmo.

— Só tenta. — provoco a mesma.

Rosé olha para mim virando a cabeça lentamente e aquilo estava semelhante a um filme de terror, aonde o palhaço assassino te acha escondida dentro do armário e depois da uma gargalhada assustadora, feliz por ter achado sua próxima vítima.

— Você tem razão, é isso aí, eu retiro o que disse, você está certa! — digo rapidamente, tentando acalmar a fera que havia dentro de Rosé.

— Acho bom! — ela fala passando na minha frente e andando com passos pesados, mas, debochadamente, esfregando na minha cara que era ela que mandava aqui.

Ufa! Essa foi por pouco.

Saímos da faculdade e entramos novamente no carro. Olho em meu relógio e vejo que já era hora do almoço, por fim, minha barriga fez um barulho de ronco, me relembrando que estava na hora da refeição!

— O que acha de passarmos no Burger King? — sugestiono novamente para a loira.

— Huh, até que não é uma má ideia! — a loira diz, acenando a cabeça em aprovação.

— Rumo ao BK! — falo, quando Rosé liga o carro e sai tocando pneu semelhante a um piloto de corrida.

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