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|Capítulo 06|

P.O.V Narradora

A luz suave da manhã começava a invadir o quarto através das cortinas semi-abertas. Anastasia, com um movimento gracioso e cuidadoso, levantou-se da cama sem fazer barulho, para não acordar Susana e Lúcia, que ainda dormiam profundamente.

Com passos leves, ela foi até o baú de madeira que guardava seus pertences. A tampa rangeu levemente quando ela a levantou. Anastasia vasculhou um pouco até encontrar o que procurava: um vestido azul simples, porém elegante, e um par de sapatos de couro macio. Vestiu-se rapidamente, ajustando o vestido com precisão antes de pegar seu arco que estava encostado ao lado do baú.

Ela se virou para olhar as garotas por um momento, assegurando-se de que ainda estavam dormindo. Satisfeita, abriu a porta do quarto devagar e deslizou para o corredor silencioso. Seus passos ressoavam levemente enquanto descia as escadas de madeira, que rangiam suavemente sob seu peso.

Ao chegar na cozinha, Anastasia avistou uma cesta de frutas sobre a mesa de madeira rústica. Com um sorriso furtivo, ela pegou uma maçã vermelha e polida. Mordeu a fruta, apreciando o sabor doce enquanto caminhava até a porta da frente. Ela saiu para o jardim, onde o ar fresco da manhã a envolveu.

(...)

Após uma hora, as meninas finalmente acordaram. Lúcia, ainda processando tudo, sentou-se na cama e passou a mão no rosto. Ela olhou para a cama onde Anastasia deveria estar, mas estava vazia.

— Susana — chamou Lúcia, ainda sonolenta. Susana abriu os olhos devagar e encarou a irmã caçula.— Anastasia não está aqui — murmurou Lúcia.

Susana sentou-se na cama, piscando para afastar o sono.

— Acho que ela acordou cedo — disse Susana, olhando em volta. — Vamos, o café da manhã deve estar quase pronto.

(...)

Enquanto isso, na cozinha, Dona Marta arrumava a mesa para o café da manhã. Os irmãos Pevensie entraram um a um.

— Não está faltando uma? — perguntou Dona Marta, notando a ausência de Anastasia.

— Ela não estava no quarto — respondeu Susana, com uma expressão de leve preocupação.

— Ou talvez tenha fugido, seria tão maravilhoso — sussurrou Pedro sarcasticamente, sentando-se à mesa ao lado de Edmund.

Dona Marta olhou severamente para as crianças, não apreciando o comentário de Pedro.

— Se forem fazer qualquer coisa, vão brincar lá fora — pediu ela com firmeza. Os quatro irmãos apenas concordaram, acenando com a cabeça em silêncio.

(...)

Anastasia estava no meio do campo da casa do professor, concentrada em seu treinamento com arco e flecha. Ela estava a alguns centímetros de uma árvore, mirando com precisão em um alvo improvisado.

Do lado de fora da casa, os Pevensie estavam incertos sobre o que fazer. Edmund estava com a cara fechada, enquanto Susana e Lúcia tentavam pensar em algo divertido. Pedro, impaciente, decidiu caminhar até a árvore onde Anastasia estava treinando.

Quando Pedro se aproximou, encostando-se casualmente na árvore, levou um susto ao ver uma flecha passar bem ao seu lado. Anastasia abaixou o arco, encarando-o com uma mistura de irritação e surpresa.

— Qual é o seu problema? — perguntou Pedro, afastando-se rapidamente e olhando para ela com uma expressão de espanto.

— Meu problema? — Anastasia retrucou, levantando uma sobrancelha. — Você devia olhar por onde anda. Isso aqui não é lugar pra ficar encostado despreocupadamente.— completou, Pedro cruzou os braços, visivelmente irritado.

— Talvez você devesse treinar em um lugar mais seguro — disse ele com sarcasmo. Anastasia bufou, ajeitando o arco em suas mãos.

— Talvez você devesse prestar mais atenção ao seu redor — respondeu ela, igualmente sarcástica. — A última coisa que preciso é de alguém se machucando por pura distração.

Houve um breve silêncio enquanto eles se encaravam, ambos desafiando o outro com o olhar. A tensão era palpável, mas havia algo mais ali, uma centelha que nenhum dos dois queria admitir.

— Quer saber? — disse Pedro, finalmente quebrando o silêncio. — Só não me acerte da próxima vez, está bem?

— Não se preocupe — respondeu Anastasia, com um meio sorriso. — Minha mira é melhor do que você pensa.

Pedro revirou os olhos e se afastou, mas não antes de lançar um último olhar para Anastasia. Ela voltou a treinar, mas não pôde deixar de sentir seu coração bater um pouco mais rápido.

Susana e Lúcia se aproximaram de Anastasia, curiosas e um pouco preocupadas. Susana notou a expressão irritada de Pedro ao passar por elas e decidiu investigar.

— Está tudo bem, Anastasia? — perguntou Susana, olhando de relance para o irmão que se afastava.Anastasia apenas deu de ombros, continuando a ajustar seu arco.

— Tudo ótimo — respondeu ela, tentando não dar muita importância ao incidente.

Lúcia, por sua vez, estava fascinada com o arco de Anastasia. Seus olhos brilhavam de curiosidade.

— Você sabe usar isso? — perguntou Lúcia, a voz cheia de admiração,
Anastasia sorriu, sentindo-se um pouco mais à vontade com a garotinha.

— Sei sim. E não é só o arco — disse ela, revelando um leve tom de orgulho. — Também sei usar uma espada.

As meninas ficaram boquiabertas. Susana, especialmente, parecia incrédula.

— Ninguém usa espadas hoje em dia — comentou Susana com um toque de ironia.

— Meu pai me ensinou — explicou Anastasia, voltando a ajustar seu equipamento. — E não foi só isso, ele também me ensinou a lutar.

Lúcia riu inocentemente, encantada com a ideia.

— Você é engraçada, Anastasia — disse ela, com um sorriso largo.

Anastasia retribuiu o sorriso, apreciando a sinceridade e a inocência de Lúcia.

— Obrigada, Lúcia — respondeu Anastasia, sentindo-se mais conectada com as meninas. — Talvez eu possa ensinar algumas coisas a vocês, se quiserem.

Susana e Lúcia trocaram olhares excitados. A ideia de aprender algo novo e aventureiro parecia empolgante.

— Acho que seria divertido — admitiu Susana, relaxando um pouco. — Mas espero que você tenha paciência com a gente.

— Tenho certeza de que vão aprender rápido — disse Anastasia

Edmund estava sentado na grama, encostado em uma árvore, olhando de cara fechada para o horizonte. Pedro, notando o humor do irmão, se aproximou e sentou ao seu lado.

— Anastasia é esquisita — murmurou Edmund, sem desviar o olhar.Pedro soltou um suspiro, concordando em silêncio.

— É, ela é diferente — murmurou Pedro, olhando para Anastasia conversando com Susana e Lúcia.

— Ela não age como uma "garota" — continuou Edmund, a voz cheia de desdém. — Quem já ouviu falar de uma garota que sabe usar arco e espada?

Pedro observou Anastasia com atenção. Havia algo intrigante nela, algo que ele não conseguia ignorar. Ao contrário das outras garotas que conhecia, Anastasia não se encaixava em nenhum molde pré-definido.

— Ela é diferente de qualquer garota que eu já conheci — admitiu Pedro, Edmund o olhou surpreso, não esperando ouvir isso do irmão.

— Você realmente acha isso? — perguntou Edmund, a curiosidade vencendo seu mau humor.

— Sim — respondeu Pedro, ainda observando Anastasia. — Ela é corajosa, independente... não como as garotas da nossa escola.

Edmund revirou os olhos, mas ficou em silêncio, processando as palavras do irmão.

— Mas ainda acho ela esquisita.— murmurou Edmund.

Primeiro capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️🥰❤️🥰

Meta 20 curtidas amores

Até o próximo capítulo amores ❤️🥰❤️

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