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𝟎𝟎𝟗

Luísa Cerqueira, fevereiro 2024

O avião deslizou suavemente pela pista no aeroporto internacional de Nápoles. Encostei a cabeça ao assento confortável do avião, observando através da pequena janela o céu antes cinzento da cidade de Barcelona ser trocado pelo azul de Nápoles. A viagem tinha sido tranquila, acompanhada pelas conversas leves de Mikky e Anna, que me tinham convencido, quase sem grande esforço, a juntar-me a toda a equipa nesta curta estadia na cidade italiana. Miles, o filho de Mikky e Frenkie, tinha sido uma distração agradável durante o voo, especialmente quando fazia aquelas carinhas super fofas ou enquanto tentava roubar tudo o que a sua mãe tivesse nas mãos.

Assim que aterramos, fomos recebidos de bom agrado por uma comitiva do clube, seguimos diretamente para o hotel, sem ter tempo de falar com os meninos. O hotel, um luxuoso cinco estrelas no coração da cidade, fez questão de preparar os melhores quartos para a nossa estadia. Fiquei no mesmo quarto que Mikky e Anna por escolha prévia, enquanto o "quarteto maravilha" - como já estavam a ser chamados Hector, Marc, Lamine e Cubarsí - acabou por dividir um quarto conjunto.

Quando terminei de desfazer a mala, desci até ao átrio principal do hotel, vendo os quatro rapazes sentados de forma descontraída nos sofás que ali existiam, eles riam de alguma coisa que Lamine tinha acabado de dizer. Os garotos pareciam completamente à vontade, como se o facto de estarem prestes a disputar um jogo importante fosse apenas um detalhe insignificante no meio daquela viagem.

- Ainda não sei bem como conseguiste convencer a Luísa a vir. - Hector foi o primeiro a ver que eu me estava a aproximar, cruzando os braços enquanto se ajustava no sofá de lugar único. - Desde quando te interessas tanto por futebol!? - Perguntou com o seu típico sorriso irónico.

- Desde sempre, não sabias? - Respondi com ironia, aproximando-me do meu namorado.

Marc abriu os seus braços num convite silencioso para um abraço, ele estava de pé, juntamente com Lamine que assim que percebeu a intenção do amigo foi-se sentar perto de Cubarsí. Caminhei até Marc, dando um abraço apertado no mesmo e assim que nos separamos ele deixou um leve beijo sob os meus lábios. Fiquei depois de costas para ele, enquanto ele me abraçava por trás, sentindo as suas mãos rodearem a minha cintura.

- Ainda bem que vieste. - Marc murmurou.

Olhei para Hector que nos observando e, assim que o meu olhar se cruzou com o dele, ele soltou um pequeno sorriso ao ver a cena, como se nada naquilo o surpreendesse. Olhei depois para Pau Cubarsí, que estava distraído com o seu telemóvel, mas acabou por erguer o seu olhar e comentar com casualidade:

- Ainda bem que te temos por cá. Assim não teremos de aturar os momentos de carência de Marc.

Dei um sorriso leve para o moreno. Conhecia Cubarsí há anos, assim como os outros, mas nunca tínhamos criado uma ligação. Agora, com a minha melhor amiga tão interessada nele, talvez fizesse sentido tentar aproximar-me um pouco dele.

Lamine colocou também o seu telemóvel de lado, esticando os seus braços até um deles envolver os ombros de Cubarsí.

- O que acham de sairmos para ver um pouco da cidade antes do jantar?

- Por mim... - Hector percorreu o seu olhar por todos nós que não negamos a ideia dada pelo mais novo do grupo.

Cubarsí encolheu os seus ombros, como se lá no fundo já esperasse essa ideia. Ele guardou o seu telemóvel, levantando-se do sofá juntamente com os outros dois.

- Vocês vêm, certo?

Assenti com um sorriso.

- Claro! Porque não iriamos? - Afastei-me dos braços de Marc, vendo o mesmo concordar comigo.

Saímos então do hotel todos juntos, caminhámos pelas ruas estreitas e charmosas de Nápoles. Tinha estado recentemente em Roma e podia afirmar que era um mundo completamente diferente.

O sol já começava a baixar na linha do horizonte, tingindo os prédios históricos de dourado. Sentia-me confortável ao lado deles, como se aquela saída fosse casual e não estivéssemos ali pela disputa de mais um jogo.

Marc, como habitual, manteve-me sempre perto de si, alternando os seus toques entre segurar na minha mão ou passando o seu braço ao redor dos meus ombros. De vez em quando, inclinava-se ligeiramente para murmurar ao meu ouvido o quanto adorava o facto de eu poder estar presente ou simplesmente para dizer alguma coisa que me fizesse rir.

A certo ponto, Lamine acabou por se colocar ao lado de Marc e rapidamente ambos iniciaram uma conversa sobre futebol que se tornava cada vez mais animada. Marc acabou por largar a minha mão enquanto gesticulava algo sobre um fora de jogo para Yamal, ambos estavam completamente absorvidos nas teorias que criavam sobre os últimos jogos.

Sem dizer nada, acabei por diminuir o meu passo, até estar ao lado de Hector e Cubarsí, que vinham mais atrás, observando as ruas com um olhar e sorriso tranquilo no rosto.

- O que foi? - Hector perguntou, notando a minha presença ao seu lado.

- Marc distraiu-se com Lamine. - Encolhi os meus ombros. - E eu não estava com paciência para ouvir a análise tática detalhada que ambos estão a fazer ao jogo.

Cubarsí soltou um pequeno riso ao ouvir as minhas palavras.

- Quando eles começam nunca mais se calam. - Ele comentou.

- Pois. E Marc é o pior, porque concorda com tudo e ainda acrescenta mais detalhes. - Revirei os meus olhos. - Mas... o que acharam da cidade?

- É bastante bonita.

- Sim. Mas tem uma energia diferente. - Hector olhou à sua volta, absorvendo o ambiente. - E tu?

- Eu gostei. Mas ainda não consegui decidir se voltaria ou não.

Hector olhou para mim de lado, como se tentasse entender o motivo.

- Porquê? Quando estiveste em Roma lembro-me de teres dito que adoraste.

- Eu adorei Roma, mas não sei. Acho que Nápoles é intensa demais para mim.

- Até parece. Tu lidas bem com intensidade.

Ri do seu comentário.

- Depende do tipo de intensidade.

O trânsito nas ruas era caótico, como sempre em horas mais movimentadas. Nós precisavamos de atravessar, mas os carros e motas passavam sem respeitar a sinalização que havia para pedestres. Olhei para o outro lado, vendo Marc e Lamine já um pouco afastados, sem sequer notarem que nós três tínhamos ficado para trás.

E quando finalmente eu vi uma oportunidade no meio a todo aquele caos, preparei-me para atravessar, mas antes que o pudesse fazer Hector segurou no meu pulso puxando-me para trás e, quando o fez, vi um outro carro a passar a milímetros de mim.

- Espera. Não quero que morras à minha frente.

Parei e olhei para ele.

- Podemos agora?

- Não me parece. Espera mais uns segundos.

Suspirei, já cansada daquela confusão, mas não me mexi. Hector por fim soltou o meu pulso quando se certificou de que não havia mais nenhum veículo perto demais.

- Agora sim.

Não disse nada, apenas atravessei ao lado dos dois rapazes. Quando chegámos ao outro lado, Marc finalmente olhou para trás percebendo a nossa ausência.

- Então, onde estavam?

- Ficámos um pouco para trás. - Respondi de forma breve.

Logo a nossa atenção foi cortada por Cubarsí que apontou com uma expressão animada para uma loja de souveniers.

- Aposto que Marc não passa por ali sem comprar alguma coisa.

- Conheces-me tão bem. - Marc respondeu com um sorriso dando uma pancadinha nos ombros do amigo, entrando na pequena lojinha cheia de lembranças.

Ri com a conversa descontraída dos meninos, observando Pau com mais atenção. Ele era diferente do que eu imaginava. Descontraído, simples, sem grandes rodeios. Sem dúvida era fácil perceber o motivo de Maya estar interessada nele.

E assim continuamos a tarde durante mais algumas horas, com comentários leves, sem grandes expectativas ou conversas profundas, apenas cinco jovens a aproveitarem a cidade por algumas horas antes da realidade do mundo do futebol recair sobre eles de novo.

E, pela primeira vez desde que tínhamos chegado, senti que ter aceitado estar ali tinha sido uma boa decisão.

Continua...

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