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𝟎𝟎𝟔

Marc Guiu, janeiro 2024

Estava ali, sentado entre os adeptos, nas bancadas próximas ao banco dos suplentes juntamente com alguns outros companheiros meus como Félix e Gavi que conversavam animados ao meu lado sobre viagens que já tinham feito enquanto eu apenas permanecia calado, os pensamentos a mil. Não era naqueles bancos que eu queria estar. Não era ali que eu deveria estar.

Olhei um pouco para baixo conseguindo ver Hector, a sua expressão de frustração e desilusão, sentiamos o mesmo.

Nos treinos ambos dávamos tudo o que tínhamos, nos jogos pelo Barcelona B os resultados estavam lá, Hector assistia e eu marcava, impactavamos as outras equipas, e mesmo assim continuavamos fora dos planos de Xavi.

Suspirei cruzando os braços, a equipa estava a jogar bem, aliás estávamos a ganhar 1-0 graças a Vítor Roque que tinha marcado um golo incrível com assistência de João Cancelo.

Mas eu estava cansado de tudo aquilo, da indecisão, da incerteza, das mudanças repentinas... mas aquilo era o meu trabalho, o meu mundo, o que poderia eu fazer se não aceitar a decisão dos treinadores?

- E Luísa? Como está ela? - Félix perguntou, trazendo consigo o olhar curioso de Gavi.

- Está em Madrid desde o início da semana, precisou de ir tratar de algumas coisas da escola. - Sorri para os rapazes, tentando esconder as saudades que sentia da garota.

O foco deles logo mudou para algo que tinha acontecido no jogo, Gavi insistia em dizer que um dos lances tinha sido fora de jogo enquanto João dizia que tinha claramente sido dentro.

Os meus pensamentos logo foram consumidos pela saudade que sentia da minha namorada, desbloqueei o meu telemóvel deslizando até às nossas últimas mensagens onde ela dizia que tinha acabado de entrar para a sua aula e que mal podia esperar para estar em Barcelona de novo.

O apito final soou, com a vitória do Barcelona a animar os adeptos que festejavam á medida em que todos os jogadores saiam de campo, descemos os 3 até ao balneário da equipa, cumprimentando todos com quem nos cruzávamos no caminho até finalmente chegarmos.

- Então? Como te sentes? - Hector perguntou assim que o cumprimentei com um toque de mãos já comum entre nós. - Xavi realmente parece estar a brincar, diz que nos coloca a jogar e depois nada.

- Sim, isto está a tornar-se cansativo... - Suspirei sentando-me no banco, apoiando os meus cotovelos nos joelhos e as mãos na cabeça, exausto de tudo isto.

- Tudo a seu tempo, quando menos esperarmos estaremos como titulares.

Talvez ele tivesse razão, a minha estreia tinha sido á apenas 3 meses, não poderia esperar chegar ali e ser titular para o resto da vida. Não era assim que as coisas funcionavam.

Despedi-me dos meus outros companheiros juntamente com Hector e á saída encontrámos Lamine e Cubarsí que já estavam de regresso aos apartamentos onde vivíamos todos.

- Querem vir connosco? O carro já está á nossa espera. - Lamine perguntou, e antes de pensar duas vezes aceitei, queria chegar o quanto antes a casa.

Assim que entrámos na carrinha quase considerada luxuosa que nos levava até aos apartamentos o meu telemóvel tocou e logo vi a foto de Luísa na tela.

- Oi, amor! - Sorri vendo a ruiva sorrir também do outro lado, ela parecia estar a cozinhar algo. - Como estás?

- Um pouco cansada, mas estou bem. - Ela olhou para o lado direito parecendo olhar para alguém. - Estás com os meninos?

Estranhei a pergunta, mas logo mostrei os três rapazes com quem estava que acenaram para ela.

- Ótimo! Maya, vêm cumprimentar o teu marido! - Ela gritou e logo percebi que era a sua melhor amiga com quem ela estava no apartamento.

- Em qual de nós Maya tem crush? - Lamine perguntou desconfiado.

Todos eles conheciam Maya, talvez não muito bem, mas sabiam quem ela era, já que era comum a garota ir ver os jogos dos Barcelona B juntamente com Luísa sempre que conseguiam.

Para ser sincero não tinha grande afinidade com Maya, ela parecia ter algo contra mim e honestamente eu respeitava isso, não obrigava ninguém a gostar de mim.

- Oh não querias saber! - Hector riu, o seu olhar a desviar-se para Cubarsí.

- EM MIM? - O moreno de olhos verdes perguntou em choque.

- Maya para se ser mal educada, ele não te vai morder através da tela do telemóvel! - Ri vendo Luísa quase arrastar a loira para perto do telemóvel que estava pousado em algum canto da cozinha.

Hector que estava ao meu lado ria também da cena que via, enquanto Lamine á nossa frente ainda tentava explicar a Cubarsí que provavelmente Maya não teria crush nele e era apenas uma brincadeira nossa.

- Maya para teu bem é melhor vires fazer um depoimento sobre a tua versão da história, pois Cubarsí está a ponto de desmaiar! - Hector comentou fazendo me rir ainda mais, o garoto estava pálido.

- Cubarsí não fiques nervoso, são as consequências da fama... - Luísa disse com um ar brincalhão e logo vi Maya aparecer ao lado da minha namorada, o que fez com que eu e Lamine trocássemos de lugar para Cubarsí ver Maya.

- Luísa juro que ter aceitado ser tua amiga quando éramos pequenas foi a pior decisão da minha vida!

- Então não discutas comigo, o teu futuro namorado está a presenciar.

- O que achas dela? - Perguntei num tom de voz baixa a Cubarsí que estava mais vermelho que a camisola que usava.

- Amor diz que eu quando chegar apresento Cubarsí a Maya! Já que ambos estão demasiado envergonhados agora.

Sorri para a garota que finalmente deixou a sua amiga correr para longe da tela, e troquei novamente de lugar para ir para junto de Hector.

- Então Hector? Xavi coloca-te no banco apenas a dar falsas esperanças? Pensei seriamente que ele te colocaria a jogar sendo que te convocou.

- Pois, estamos todos sem entender os métodos que Xavi está a usar e mesmo que não os entendamos estamos a ter resultados, então não podemos contestar muito.

A forma como Hector separava a realidade frustrante do mundo do futebol de tudo o resto que acontecia á nossa volta, fora do mundo do futebol, era algo surpreendente para mim, e mesmo que eu o tentasse fazer não conseguia.

Se perdêssemos um jogo, Hector saía dele de cabeça erguida e a dizer que estava tudo bem e que melhoraríamos no próximo, eu por outro lado não era assim, aquilo ficava na minha cabeça durante dias e afetava-me. Talvez essa fosse uma das maiores diferenças entre eu e Hector e sinceramente não sabia se isso era bom ou mau.

- Bem adorei falar estes 5 minutos com vocês mas receio que tenha de ir servir o jantar a Maya, assim que estiver tudo orientado ligo-te de novo, amor. - Ela sorriu colocando algum tipo de massa em ambos os pratos.

Os três garotos despediram se de Luísa assim como eu, e aproveitei os 10 minutos de caminho que ainda restavam para descansar um pouco.

Mas descansar parecia algo impossível e logo os pensamentos voltaram, imaginava me noutro clube, um onde talvez pudesse ser titular mais vezes, a competir para uma outra liga, onde o treinador me visse como mais que apenas um nome na lista de opções.

Talvez a resposta fosse a saída, o deixar para trás o meu clube de sonho e ter outro clube como ambição, talvez isso fosse uma opção...

Mas eu esperaria mais um pouco, ainda tinha esperança de brilhar pelo meu clube, de ver os sorrisos de orgulho na cara dos adeptos e sobretudo na cara de quem nunca desistiu de mim, mesmo com toda a incerteza de que este "mais um pouco" poderia demorar anos.

Fechei novamente os olhos, desta vez com mais força, na tentativa de afastar os pensamentos. Tudo se tratava de uma escolha, uma escolha que mudaria tudo, mas eu não queria pensar nisso, não agora, tudo o que precisava de fazer era continuar a resistir, a esforçar me e a demostrar resultados e talvez alguém repara-se em mim.

Afinal de contas é isso que sabemos fazer de melhor, resistir a cada queda, esforçarmo-nos cada vez mais e demonstrar os resultados pelos quais nunca ninguém esperou.

E lutar para que algum dia alguém repare em nós.

Continua...

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