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𝐱𝐯𝐢. Emma & Tooru (1)


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❝ Pássaros da mesma plumagem voam juntos ❞ - provérbio !


Para Emma Kimura, Atsumu Miya é tantas coisas que sua lista das coisas que odiava no garoto precisaria de uma parte dois e muitas outras até o final do ensino médio.

Ele é um completo insuportável que adorava ser inconveniente, nunca calava a boca quando deveria e sentia prazer em irritar os outros. Mas curiosamente, Emma pensou que também seria maluco, um erro seu se fosse ser sincera.

Alguém que conseguisse três namoradas ao mesmo mesmo e era capaz de se orgulhar de uma personalidade lixosa só podia ter algum problema psicológico gravíssimo.

( Agora, parando para pensar, Atsumu também é um grande sortudo por ninguém ter exigido um exame psicológico e proibido sua entrada numa quadra até o fim dos tempos.)

E talvez devesse se considerar pior do que ele por ter desperdiçado a última hora de sua vida com seus pensamentos revisitando a cena em que Atsumu apareceu como o demônio que era, a voz cheia de acusação e ira mal disfarçada, olhando-a como se ela tivesse xingado sua mãe ou algo do tipo.

( Não que Emma já tenha feito tal coisa. Ela sabia bem de limites e, bom, não era só porque não tinha mãe que precisava xingar a dos outros.)

Então, a aparição daquele Keiji que a seguiu até a estação, pedindo conselhos sobre como deveria costurar uma blusa, só para poder elogiar seu cabelo mais uma vez quando infelizmente abrira uma abertura. Pelo menos, foi uma ótima forma de pôr em prática as técnicas de respiração que papai Miles jurava que poderiam acalmar seu temperamento. E Keiji, ou sei lá qual seja o nome, deveria agradecê-la por não ser Atsumu Miya para receber o chute ou soco que Emma com certeza daria se o levantador estivesse em seu lugar.

Qualquer que seja o bicho que tenha mordido a bunda de Atsumu, Emma esperava que realmente colocasse seu nome na maldita lista de matemática ou parasse de ficar irritado com ela sem Emma dar motivos para.

( Ela ignorou a pequena parte do seu cérebro que afirmou que Atsumu descobriu o plano de vingança.)

Emma soprou uma mecha para longe do rosto enquanto os olhos descendo até sua palma, ainda podia sentir os dedos quentes sobre sua pele, borbulhando em uma marca invisível que lhe assombraria ao longo dos dias. Se fechasse os olhos, ainda poderia vê-lo tão próximo quanto pensava, as orbes castanhas prontas para devorá-la, a raiva alimentando-se de cada mísero detalhe de seu rosto.

Ela suspirou, erguendo a mão para perto do rosto, apertando os olhos conforme, baixinho, murmurava:

Seu grandíssimo idiota.

Estavam há quilômetros de distância, mas Emma esperava que Atsumu sentisse o reviramento de estômago, a mesma febre e a falta de ar que a atacava quando o garoto estava por perto de uma forma pior. Não acreditava muito nos deuses, no entanto rezava para que tal doença o afogue e o assombre tanto quanto a assombra, lhe parecia injusto que Atsumu Miya causasse tanto tormento sem receber alguma consequência em troca.

Que ele sofra mil vezes mais, o maldito diabo.

Ao alcançar o caminho de pedras que a levaria até sua casa, enfiara uma mão na bolsa e esforçou-se para alcançar as chaves, andando lentamente com o objetivo de evitar algum tropeço, apenas para franzir o cenho ao notar que a porta já se encontrava aberta.

Ela bufou, irritadiça. Ótimo, e pra completar o dia, alguém invadiu sua casa!

( Ou o papai Miles esqueceu de fechar a porta na pressa de chegar na loja.)

Que suas breves aulas de judô ainda estivessem presas em seus músculos ou acabaria morta na mesmíssima vala que tanto ameaçara enterrar Atsumu, Emma pensara enquanto avançava, já retirando as alças dos ombros e segurando-as nas mãos.

Qualquer coisa poderia acertar alguém com a bolsa e ligar para a polícia, era um plano, não um dos melhores que já fizera mas pelo menos existia.

─ Papai Miles?

Emma ouviu sua voz viajar, espalhando-se pela sala de estar e cozinha, chegando até mesmo no primeiro andar em um eco que tampouco recebeu respostas. Ela esperou cerca de um minuto, espreitando os olhos como se uma das sombras fosse assumir uma forma humana e atacá-la, mas nada realmente aconteceu.

Ainda relutante, arrastou-se para a porta, fechando-a com o pé. Ótimo, agora ligaria para papai Miles e tentaria fingir algum trauma que o faria sempre fechar a porta.

Ela levou as mãos até os cabelos, retirando o elástico, deixando com que os cachos num tom dourado-pálido caíssem por seus ombros. Mas sua respiração perdeu-se quando sentiu um roçar de dedos.

Emma girou nos tornozelos, batendo a bolsa no rosto de quem a tocara, mal escutando o grito nada masculino quando jogou-se nele, empurrando-o contra o chão.

─ Aí! Emma!

Ela ignorou, os dedos agarrando um punhado de fios castanhos e puxando-os.

─ Emma!─ Berrou, tentando livrar-se dos punhos da garota.─ Emma! Sou eu!

─ Eu sei que é você, seu imbecil!─ O acertara com um tapa quando continuou: ─ Você me assustou!

─ E você tá me batendo!

─ Porque você me assustou!

─ Aí! Para com isso!

O garoto agarrou suas mãos, forçando-as a pararem de atingi-lo. Emma lutou por um momento antes de respirar fundo, afastando as madeixas espalhadas por seu rosto sob os orbes chocolate. Ela balançou os braços para que ficasse livre e os cruzou abaixo dos seios, erguendo uma sobrancelha.

─ Tá mais calma?─ Ele curvou os lábios num sorrisinho esperto que pareceu perder a cor quando notou o olhar lançado pela de cabelos loiro-pálido. O garoto encolheu os ombros, temendo receber mais um soco.─ Desculpa...

Emma revirou os olhos, mas sorriu. E Tooru também.

Tooru Oikawa nascera um ano antes que ela numa época que papai Miles ainda morava em Miyagi e já tinha uma irmã mais velha que adorava ser filha única antes de ter que dividir os holofotes com um garoto de aparência doce como ele. Em dezembro no ano seguinte, Emma nascera cerca de um ano e seis meses mais nova, mas nunca realmente teve contato com os primos até sua mãe falecer. Quando se encontraram pela primeira vez, Tooru já dava passinhos e estava a um passo de garantir a vitória da mãe na sua primeira palavra. Por sua vez, Emma não passava de um bebê, tendo um pai lidando as consequências de um acidente que ceifou a vida da mulher que amava e atingiu profundamente sua única filha. Com idades tão próximas, é claro que Daiki Oikawa e Miles Kimura enxergaram uma amizade em potencial neles. 

( Não contando, é claro, que Emma faria a vida de Tooru um inferno em poucos dias.)

Tooru Oikawa é um ano mais velho, só que nunca realmente pareceu ser mais velho, muito menos agiu como tal. Emma nunca fora o tipo de criança calma e aprendera muito cedo que Tooru não brigava de volta, preferindo chorar com o objetivo de ser aninhado nos braços da mãe. Então, poderia fazer o que quisesse e escapar impune, já que as lágrimas do primo eram incriminatórias o suficiente e chorar junto causava desespero coletivo, isso até ser pega colorindo as paredes. Não foi seu melhor momento, mas agora que pensava, deveria ser sido engraçado ver papai Miles tentar explicá-la aos berros o que podia ou não fazer e tinha certeza que foi a partir desse momento que passou a estudar linguagem de sinais japonesa e americana para ensiná-la.

Mas, pelo menos, duas horas presa numa camisa da reconciliação com Tooru e um pedido de desculpas  serviu para que se tornassem melhores amigos. 

E, após completar seis anos, parou ser uma criancinha possuída pelo demônio como Mahoko, sua prima mais velha e irmã de Tooru, tanto gostava de falar. Ou pelo menos, foi o que pensaram. Papai Miles nunca comentou que reservou um momento para alertá-la que nunca conseguiria usar aparelhos auditivos se continuasse não parando e pensando no que deveria ou não fazer, já que é sua responsabilidade zelar por eles. Mas não confiando em si mesma, Emma passou boa parte do tempo repetindo tudo o que sabia sobre linguagem de sinais japonesa pra Tooru, caso nunca fosse ter acesso aos aparelhos. E quando fizera amizade com Hajime Iwaizumi, Tooru ensinara o que aprendeu com Emma para o garoto, querendo que seus melhores amigos também fossem amigos.

( Emma nunca disse quão agradecida ficou pelo cuidado do primo.)

Mudar-se para Hyogo gerou lágrimas nos dois lados. E agora, as melhores lembranças que tem é dos meses que passa em Miyagi na companhia dos primos e de Hajime ou no vinte de julho, onde geralmente enfrentava uma viagem de horas para participar das festas de aniversário do primo.

─ Você me assustou.─ Começou Emma, empurrando levemente o peito do garoto.─ Não me disse que vinha.

Tooru mal se importou com o tom acusatório dela, mexeu os ombros e ergueu as mãos, proferindo:

─ Claro que não, bobona! É assim que surpresas são feitas, sabia?

─ É assim que um idiota acaba com nariz quebrado, isso sim!─ Ela apontou.─ Sabia que isso conta como invasão domiciliar?

─ Claro que não conta! O tio Miles me deixou entrar, Emmy!─ Exclamou num choramingo. Emma enfiou a mão na cara dele antes que tentasse pular nela.─ Você é má! Muito má!

─ E você é um paspalho! Um ridículo nojento!─  Ela se levantou, espalmando as mãos nas saias, tentando limpar a poeira.─ Não sei como Hajime te aguenta!

─ Iwa-chan me ama!─  Berrou em suas costas que nem uma criança birrenta. Típico de Tooru Oikawa.

Emma sorriu para si mesma, sabendo que Hajime negaria aquilo até sua morte.

Ele continuou a berrar em suas costas que nem uma criancinha birrenta, exigindo atenção da mãe. Típico de Tooru Oikawa.

( Emma ainda não sabia como ele conseguiu ser capitão do time de vôlei com aquela mentalidade de dois anos sem ter sido morto por Hajime, Issei e Hanamaki.)

Ela o deixou para trás, subindo as escadas com rapidez. Quase tropeçou nos próprios pés quando jogou-se em seu puff, agarrando o tecido verde-néon do suéter finalizado e jogando-o dentro do armário a tempo de impedir Tooru de ver algum vislumbre do que seria seu presente de aniversário. Emma estava fechando as portas brancas quando o ouviu entrar no seu quarto, os olhos castanhos observando as paredes, havia certa aprovação no momento que balançou uma mão para o pôster de Buffy, a Caça-Vampiros. 

─ Você se livrou os pôsteres de Supernatural!─ Comentou, jogando-se na cama da garota, ouvindo o som das molas por um momento antes de direcionar um sorriso brilhante pra ela.─ Sabia que ia criar bom gosto!

─ Bom gosto o seu rabo!─  Soltou Emma, bochechas vermelhas de irritação e marchando na direção do garoto, agarrando os tornozelos dele para tentar tirá-lo de cima dos lençóis limpos.─  E saiba que essa casa ainda serve ao Evangelho Winchester! Então vaza!

─  Você é tão má comigo, Emmy! 

─ Porque você é o pior idiota do mundo!─ Ela gritou, puxando-o. Só que Tooru grudou-se na cabeceira da cama e agitava as pernas, tentando se livrar dela.

─ Isso é mentira sua!

─ Não é não!

─ É sim! 

─ Tooru, você tá todo podre! Sai da minha cama, seu nojento!

─ Ei! Vocês dois!

Emma e Tooru pararam. Como se fossem um só, viraram o rosto para fitar o rosto sorridente de papai Miles que cruzou os braços, balançando a cabeça no que era uma falsa expressão de decepção.

─  Que tal parar as agressões e irmos jantar?

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