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𝐱𝐢𝐯. Não tão longe da árvore


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❝ Toda essa simpatia não passa de uma faca ❞ - charli xcx !

Uma verdade que ninguém nunca ousou reconhecer é sobre a forma que a mente de Karin Fukushima fora retorcida num mistério que nem mesmo as mentes mais brilhantes poderiam desvendar. O que existia sobre uma mulher como ela é suposições daqueles que não conseguiam escapar de uma tal maldição chamada amor.

O que sabiam é o que eram capaz de enxergar. Karin é a filha única de um casamento em ruínas, uma esperança para o que já estava condenado. Sua existência jamais pôde consertar os danos já feitos, mas Karin tornou-se a menina que ganhara toda a atenção de seu pai, até mesmo chegando a impedir que sua mãe ocupasse um mísero pensamento do infame Paris Irving, pois aquela criança carregava não só seu sangue, mas como todos seus trejeitos, sendo o espelho de um homem julgado como perfeito, tendo os mesmos cabelos 

É claro que não houve comentários sobre o sofrimento de Yukihime, a mulher que abandonara toda uma família pelo amor para terminar a década como uma alma que sofria por ter sido tão facilmente esquecida pela criança que quase morrera para dar à luz e o homem que tanto batalhara para possuir. Ela é uma mancha no histórico impecável dos Irvings. Então, foi esquecida, abandonada às traças enquanto sua filha surgia no mundo empresarial como uma promessa dourada. 

No entanto, Paris havia mentido para sua adorável Karin. Ele a segurou em seus braços, disse que ela seria capaz de dominar o mundo, a cercou com lentes cor-de-rosa, enganou-a com palavras dóceis para derrubá-la em frente aos lobos, assistindo de camarote enquanto sua própria filha é destroçada por um universo dominado por homens vestidos de ternos com a certeza que a riqueza expressada até nos mínimos gestos indicavam que poderia fazer de tudo, inclusive repudiar a doce e inteligente Karin, empurrando-a para um abismo que acabaria sendo seu casamento com Nobuyuki Fukushima no início de mil novecentos e setenta e nove.

A verdade que Karin nunca disse, escolhendo revelar em longos olhares desdenhosos para o marido que a amava tanto que mal conseguia conter sua euforia quando alguém o perguntava sobre, foi que nunca odiou alguém tão ardentemente e fortemente quanto Nobuyuki. Ninguém era capaz de irritá-la como aquele herdeiro estúpido que se aproveitava do que fora construído por seus pais, nunca ousando ir além do que era esperado de um menino que crescera vendo dinheiro como algo comum, mimado até os fins dos tempos, escolhendo divertir-se em ilhas paradisíacas em vez de assumir um império tão rico quanto os dos Fukushima. 

Karin odiava a vida que Paris traçou para ela. Por vezes, afogar-se no vinho tinto, pronta para mergulhar num sonho alcóolico, onde não é a pobre menina que acreditou nas palavras de um homem ambicioso, onde era muito mais que uma esposa troféu de um homem medíocre. E outras, vagara como um fantasma pelo corredores da própria casa, fingindo escutar a conversa alegre de Nobuyuki ou que de alguma forma estava aproveitando aquele casamento tão amargo em sua boca.

Ela estava presa numa poça de lama até Paris lhe entregar um par de palavras que a firmou num novo objetivo. Sete meses após, Karin foi consagrada no meio milionário por carregar o até então herdeiro da família Fukushima. Não era nada como ser uma CEO de uma empresa importante, mas se prestasse muita atenção nos detalhes, poderia ser parecido. Ela coordenava uma mansão inteira ao seu bel prazer, não havia alguém que não a procurasse em busca de permissão ou que não estivesse pronto para satisfazer suas vontades.

Por nove meses inteiros, Karin foi quem sempre sonhou. E, numa tarde, sangrou para ser aquilo que sua mãe nunca pôde ser: mãe de uma doce garotinha.

Exceto que nunca realmente foi mãe de Rie.

Essa é a coisa engraçada sobre memórias. Ás vezes, há algo que dói tanto que seu cérebro poderia traçar uma maneira de fazer tal situação soar menos dolorosa, seja apagando-as ou distorcendo-as até servissem para acalentar em vez de ser a faca que se afunda numa carne já destroçada. E quando se é tão pequena ao ponto de nem menos sequer cogitar que sua realidade não seja exatamente o que tanto vê, você acaba se tornando Rie Fukushima.

Uma criança que fora alimentada pelo toques maternos de uma mulher sorridente, cujo nome nunca realmente chegaria a lembrar e que com certeza não era sua mãe, mas foi despedida depois que ouviu a menina chamar a babá de mãe quando finalmente chegara de uma de suas viagens mensais aos Estados Unidos, sem ousar reconhecer que Rie mal passava dos sete meses na época. Uma menina que se iludiu-se por anos, pensando que sua mãe realmente se importava e a prestigiava tanto que dispensava horas no salão de beleza para vê-la praticar seu esporte favorito em todo o mundo. A mesma garotinha que não entendeu a razão pela qual seu pai parecia tão furioso com o treinador Miles quando sua mãe berrou que Nobuyuki nunca, jamias, poderia ser suficiente para ela nas semanas que antecederam a notícia que teria uma irmãzinha mais nova.

Rie entendeu o que aconteceu naqueles dias quando completou nove anos e, desde então, não suportou olhar ou escutar o que quer que estivesse relacionado com Emma, apesar de precisar daquela garotinha desengonçada e imperativa. Emma era tão parecida com sua mãe que doía fisicamente.

Os mesmos cabelos loiros espantosamente pálidos, a risada soava da mesma maneira com um leve engasgar quando tentava respirar de alguma forma. Emma nunca se interessou em saber, era a cópia exata da própria mãe mas completamente diferente. Era como se Karin tivesse agarrado a filha mais nova com tanta força durante o acidente que impregnou cada mísero resquício de sua alma nela.

Tornando-a um lembrete constante da mulher que nunca realmente a amou, mesmo que Emma amasse Rie ao ponto de desistir de inúmeras coisas para vê-la satisfeita.

E o mais engraçado numa história trágica, é que Karin escondeu as partes escuras e odiosas de todos ao seu redor tão bem que ninguém realmente sabe a maneira que Rie havia herdado todos seus maus hábitos e ressentimentos.

Mas todos deveriam saber. Afinal, a maçã nunca cai tão longe da árvore quanto imaginam.

─ Quem é você e o que você fez com minha Ems?

Concentrada em empurrar os cachos loiro-pálido para trás da orelha e deixá-los o mais longe possível do gloss em seus lábios, Emma tomou o cuidado de olhar onde a atenção do papai Miles estava antes de erguer o dedo do meio para Tooru.

─ Você é um idiota.─ Resmungou, sentando-se no sofá na sala com os saltos pretos em mãos.

Tooru não ligou para o tom ameaçador dela e assobiou, se contorcendo no sofá para poder empurrar a coxa da loira-pálida com o pé. Ela quase quis enfiar uma mão na cara dele e arruinar sua sessão fotográfica planejada, ouviria horrores por isso, mas não se podia importar menos.

Não teve um segundo de paz desde que trancou-se no banheiro para um jeito em seu cabelo e tentar seguir algum tutorial de maquiagem que não acabasse com Emma sendo a nova parceira do Patati e Patatá. O tempo todo, Tooru ficava batendo na porta daquele jeitinho que irritaria até mesmo a pessoa mais sã do mundo, perguntando o que Emma estava fazendo ou inventando coisas idiotas que precisava pegar dentro do banheiro para poder vê-la. E da última vez que abriu a porta, Tooru aproveitou cada minuto para tirar foto dela e mandar para Iwaizumi, pois, segundo ele, estava parecendo uma garota mesmo.

( Emma nunca irá admitir que as idiotices de Tooru a deixaram menos nervosa e, de alguma forma, a fez se esforçar mais em parecer mais como... Alaina Mikan ou até mesmo Nana Hirano.)

─ Você vai arrumada assim pro meu aniversário?

Emma dá um tapa em sua mão quando o garoto tenta tocar num cacho.

─ Não é tão importante assim.─ Ela provoca, um sorrisinho nos lábios brilhosos, se encostando no sofá, tentando se acostumar com o pensamento de ter que andar com aquelas armas atômicas que Rie tanto adorava.

Tooru faz uma feição ofendida e agarra um travesseiro, pronto para acertá-la quando se lembra que Emma definitivamente o mataria caso borrasse aquele delineado feito com tanto suor e grunhidos incompreensíveis sobre querer se matar. Ele a empurra com um ombro ao enxergar a presunção óbvia nas feições da loira-pálida.

─ Emma.─  O chamado firme e disperso de sentimentos de papai Miles causa uma reação parecida nos primos. Eles rapidamente ajustaram a postura no sofá, abaixando o olhar quando virar a cabeça na direção do homem que cruzou os braços, um início de um suspiro preocupado abandonando sua boca quando continuou: ─ O carro chegou.

Qualquer traço de diversão que ainda acompanhava o espírito de Emma fora engolido por um poço escuro, o qual encontrava prazer em murmurar inseguranças no fundo de sua mente, destroçado por um monstrengo que se parecia demais com sua irmã mais velha, carregando os mesmos olhares críticos. 

Tooru franziu as sobrancelhas castanhas, notando a forma que os ombros de Emma caíram e as orbes azul-roxeadas ganharam um tom apreensivo. Ele apertou os lábios, passando um braço pelos ombros da prima, por um segundo sopesando de deveria provocá-la sobre estar usando um perfume floral em vez do costumeiro que carregava o nome de "Nuvem" ou simplesmente lembrá-la que não precisava ir. Ela não precisava abandonar as roupas coloridas, forçar-se a calçar saltos ou se esforçar tanto por alguém que a considerava tão pouco. 

Emma o livrou de uma decisão quando forçou um sorriso, acenando com a cabeça enquanto se levantava. Papai Miles apertou o ombro de sua filha num sinal de apoio, uma lembrança que estaria ali por ela, mesmo que na maioria das vezes Emma se esquecesse de tal fato.

Ela não virou-se para entregar um adeus para Tooru. Não o disse nada, nem mesmo uma despedida silenciosa, nunca precisavam. Apenas se foi, caminhando como se fosse um fantasma vivo, pronta para enfrentar o mundo, mesmo que sua garotinha interior estivesse tremendo, os olhos cheios de lágrimas, temendo o que poderia acontecer no dito jantar.

O motorista da vez é um senhorzinho adorável, um que ofereceu uma porção de doces para Emma e a distraiu com conversas sobre sua neta rechonchuda que acabou de dizer sua primeira palavra, após perceber suas pernas inquietas e respiração rápida demais. Enquanto a cidade feita por concreto e ambições de homens sedentos por poder não passava de um mero borrão quando atravessavam a cidade em direção a Tóquio, Emma apreciou o gesto, por mais que desconfiasse que nada conseguiria fazê-la abandonar aquela estranha ansiedade. 

Ela havia tudo certo daquela vez. Abandonara suas roupas coloridas, adquirido uma maquiagem que nunca pensara em ter e aqueles par de sapatos altos. Emma havia feito exatamente o que Rie tanto pediu. Deixara de ser ela.

Só esperava que isso fosse o suficiente. Ela queria ser o suficiente para a própria irmã.

(E não existia noção mais triste do que esta.)

Como todos os jantares organizados pelas mãos capazes da herdeira de todo um império que reunia cada vez mais dinheiro, é claro que seria num restaurante famoso o suficiente para ser noticiado nas redes sociais que Rie Fukushima fechou o mesmo para suas reuniões tão famosas. Escapando da limusine, mal conseguindo se equilibrar nos saltos afiados, Emma tentou reunir um pouco de dignidade quando ofereceu um sorriso fechado para o motorista idoso antes de fechar a porta metálica.

O restaurante realmente parecia ter sido escolhido pessoalmente por Rie, pensou Emma por um momento conforme trocava o peso de um pé para o outro, testando o próprio equilíbrio. 

Se havia duas coisas que sua irmã amava em restaurantes são janelas, daquelas que iam do piso marmorizado até o teto, e pequenos jardins expondo flores coloridas enquanto poderia se servir de algum vinho caro. Rie, uma vez, comentou que havia herdado tal gosto da mãe de ambas.

Emma recusou-se tomar vinho desde então. E guardou para si que preferia frequentar os cafés confortáveis espalhados por Hyogo.

Tombando levemente de um lado para o outro antes de decidir simplesmente arrastar os pés, definitivamente cair em frente a um lugar que exalava riqueza não estava em suas prioridades.

─ Senhorita, seu nome?

Ela piscou para o homem de terno que exibia um sorriso simpático. Com as sobrancelhas franzidas, Emma lança um breve olhar para a rua, seus pensamentos haviam inundado tanto sua mente que nem havia percebido que deslizara por entre as portas feitas de vidro.

─ Fukushima.─ Disse, primeiro. Papai Nobuyuki a ensinou que dizer o sobrenome era muito mais importante do que tudo, pois dizia tudo que era necessário. Emma acreditou que o homem tinha um motivo e este era óbvio quando o homem pareceu empalidecer por um segundo.

Ele já se movendo para apresentá-la a mesa quando uma voz a chamou.

É Rie. Os cabelos pareciam ter enfrentado o calor de alguma chapinha pela forma que escorregavam pelos ombros sem parecer as ondas confusas que herdara de papai Nobuyuki e era impossível não notar o tom delicado de rosa que cobria suas unhas, com certeza o esmalte desapareceria, mas não deixaria de combinar com a personalidade que Rie forjava para qualquer um que não fosse Emma Kimura e seus cachos dourados indomáveis. 

Só que seu rosto, a feição que fora moldada ali quando a vira... Emma remexeu-se, sentindo as chamas das costumeiras inseguranças atacando-a. Rie parecia sem palavras, congelada de todas as maneiras, os olhos continham um brilho desfocado, era estranho, parecia com o olhar que ás vezes se infiltrava em papai Miles, como se estivesse vendo alguém através da figura de Emma.

─ Senhorita Fukushima?─ Chamou o atendente, suavemente. Rie piscou os olhos, parecendo tomar um segundo inteiro para se recompor.

Quando viu a irmã mais velha sorrir daquele jeito polido que só pertencia a gente com dinheiro o suficiente para aproveitar a temporada de Fórmula 1 em todos seus aniversários sem exceção, Emma determinou que nunca iria agradecer o homem de terno o suficiente por isso.

─ Essa é minha irmã...─ Falou Rie, balançando a mão em claro desdém. Mas havia algo diferente na forma que seu rosto parecia suave quando encarou o rosto de Emma.─ Vou levá-la até a mesa.

─ Claro, senhora.

O homem esticou os lábios num sorriso que parecia ser provocante, algo que a mulher cadeirante recebeu com um revirar os olhos. A interação parecia privada, particular demais para olhos como os de Emma. Mas eles mal se importaram com sua presença. Se pudesse dizer algo, facilmente diria que conseguia capturar a sensação de uma velha amizade, mesmo que Rie deixasse sempre claro o quanto odiava estar por perto de pessoas fora de seu círculo financeiro perfeito.

─ Venha, Emma.─ A irmã disse, sua voz não estava cortante como sempre, parecia leve, quase como se apreciasse a presença da garota ali.

Emma balançou a cabeça, se pondo a segui-la, sempre permanecendo alguns passos atrás enquanto Rie deslizava as mãos pelas rodas até uma pequena mesa próxima aos jardins suspensos. Lá estava o noivo diamante e o adolescente ao seu lado...

Emma o reconheceu rapidamente. É o irmão mais novo de Mirio, aquele que tinha a mesma idade que a sua e era importante que se tornassem amigos para o bem do casamento de sua irmã. 

Sakusa maneava com a cabeça para o que o irmão tanto dizia com entusiasmo e, agora que estava sem máscara, Emma precisava admitir que ele é o tipo de beleza que causaria uma grande alvoroço nos terrenos de Inarizaki, rivalizando com Atsumu. O cabelo ondulado parecia ter sido controlado com um pouco de gel para ficar longe de seus olhos, deixando em evidência as duas pintas no lado direito da testa.

Sakusa é o completo oposto de Atsumu, percebeu.

( E então, fez uma careta, Emma não conseguia acreditar que estava pensando naquele imbecil uma hora daquelas.)

─ Emma, ─ A loira-pálida levou suas orbes até a irmã que reservou um momento para analisá-la. Mais uma vez, aquele olhar que a Kimura não soube decifrar, dessa vez acompanhado por um sorriso tão diferente daquele que Rie geralmente a entregava. Não havia sinais de repreensão ou de julgamento, apenas... ─ você está bonita.

Emma conseguiu escutar o traço de orgulho que tingiu a voz, algo que nunca havia recebido de sua irmã mais velha. Foi preciso muito para não deixar com que as lágrimas caíssem ou que suas pernas cedessem aos tremores que se espalharam por seu corpo. Temendo perder a compostura e assim fazer com que aquele brilho frio retornasse ao rosto de Rie, ela ofereceu um sorriso, um dos maiores que já dera em toda sua vida.

─ Obrigada, Rie!

( Emma tinha dezesseis anos quando, pela primeira vez, ouviu sua irmã dizendo-a que estava bonita.)




Reprovando em anatomia? Sim!
Parando de fanficar? Nunca!

Muita gente pode achar esse capítulo muito chato,
mas precisava muito mostrar como Karin é literalmente aquele
personagem que assombra a trama, mesmo estando morto há quase
dezessete anos. É incrível pensar que Emma nunca conheceu a mãe e o motivo
pelo qual nunca poderá ser completamente a irmã mais nova da Rie.

A relação da Emma e Rie é tão apple coded!

E pra quem não tá sabendo! Postei uma fanfic nesse mesmo universo, onde a personagem principal é a Annabeth adulta e o interesse amoroso é o Kuroo, mas também terá Emma, não se preocupe. Então, vão lá e também visitem o perfil da Ana também que ela postou uma fic do Sakusa e fiquem avisados que tem alguns spoilers do futuro da Emma.

Obrigada pelos comentários! Um beijo! 

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