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𝐱𝐢. Aceitando o inevitável


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❝ Todas as coisas que ela disse passando por minha cabeça ❞ - tatu !


A experiência de sair com Annabeth Johnson era completamente diferente, era um conjunto participativo de risadas pontuadas, silêncios confortáveis, uma conversa que variavam entre os assuntos mais banais existentes. Um completo oposto de quando arriscava-se sair com Alaina, onde costuma ser engolida pelas personalidades agitadas de MeiMei e Kiki, limitando-se a rir, observando seu redor com mais interesse do que deveria, sempre pensando em como facilmente é o patinho feio entre aquelas garotas altas, bonitas, inteligentes e populares.

Annabeth ainda era alta, bonita, inteligente e popular, mesmo que não tanto quanto Alaina e suas amigas. Mas, algo nela a fez ficar confortável, acreditar que caminhar pelas lojas, comprando roupas e experimentando maquiagens como se fôssemos garotas normais sem algum plano de vingança pairando, como se fossem amigas. É divertido, muito mais do que poderia sequer imaginar.

─  A gente podia sair mais vezes.─ Comentou Annabeth, uma das mãos segurando um milkshake enquanto a outra empurrava roupas, analisando-as brevemente.

Sentada num puff, com sacolas das mais diversas lojas próximas aos seus pés no chão de mármore, guiando uma colher de seu sorvete para sua boca, Emma balançou a cabeça, dizendo:

─ Só se for nas férias.─ Ela parou um segundo, a feição pensativa.─ Depois dos exames complementares.

E não estava mentindo. Com sua falta de atenção nas aulas e o péssimo costume de não revisar os assuntos, Emma tem certeza que estaria na Inarizaki no fim de semana após os exames finais, para seu desagrado. Talvez devesse realmente pedir ajuda à Alaina Mikan, apesar de não querer incomodar a garota com sua falta de inteligência clara, pelo não agora. Pela primeira vez em muito tempo, Alaina estava aproveitando um ano sem gostar de alguém que mal a olhava.

( Emma não queria estragar os momentos que Alaina tinha com Osamu.)

─ Os exames complementares?─ Soltou Annabeth, virando-se para a garota, os olhos cheios de surpresa.

Emma estranhou. Quer dizer, ela estava na turma de reforço escolar por um motivo e não era segredo, graças a Nana Hirano, claro.

Com a falta de resposta, a americana bufou, rapidamente jogando seu milkshake no lixo e empurrando brevemente a garota loira para poder dividir o puff com ela.

─ Sabia que você tava ruim, mas não tão ruim assim...─ Emma deu de ombros, reunindo o restante do sorvete na colher e levando à boca, já estava acostumada com comentários desse tipo.─ Quer ajuda?

─ Não.─ A garota loira respondeu, rápida demais, cortante demais. E mal pareceu perceber, levantando-se para descartar o copo plástico no lixo mais próximo.

Era desconfortável estar sempre na posição de ser aquela que aceita as mãos esticadas em sua direção. Parecia que sua incapacidade de alcançar o mesmo nível que o delas é tão óbvia que se sentiam obrigadas a ajudá-la e Emma não queria isso, ou pelo menos pensava que sim. Aceitar ajuda geralmente envolvia Rie descobrindo de alguma forma e o discurso "Olhe para mim, Emma! Estudei no melhor colégio do Japão, consegui ser a aluna destaque, líder do Grêmio Estudantil e lidero uma empresa inteira! Tudo sendo cadeirante, como você não consegue fazer a mesma coisa?".

( Emma nunca a lembrava que a irmã conseguira tudo por conta do seu sobrenome.)

Ela não estava pronta para mais um discurso daqueles. Sempre acabava enrolada em seus lençóis, questionando a si mesma inúmeras coisas das quais terminava com ela derramando lágrimas. Por mais comum que seja, chorar por conta das críticas de Rie era cansativo. Se quisesse garantir fazer os exames complementares de poucas matérias, Emma preferia fazê-lo sem as costumeiras palavras assombrando-a.

Um suspiro escapou e ela esfregou as mãos suadas nos jeans. Atrás dela, Annabeth soltou um palavrão tão alto que com certeza causaria ataque cardíaco em todas as velhinhas. Emma soltaria uma risada divertida se não tivesse sido atacada por uma garota americaca que passou um braço pelo pescoço da loira, puxando-a até vê-la encarar um vestido preto exposto na vitrine da loja da frente.

A primeira coisa que Emma pensou foi na ligação de Rie na manhã anterior, no jantar que organizou com a esperança que fosse amiga do Sakusa mais novo. E depois, veio a voz de Nana Hirano acompanhando a de Rie.

"Não seja você"

Seu manequim exibia um cabelo encarolado de resina e plástico que fora pintado com uma tinta loiro-pálido. Aquele vestido era lindo. Um tecido escuro, sem mangas ou alças, descendo na área do busto num formato coração, curto e liso.

Não tinha nada a ver com Emma Kimura. A que usava presilhas coloridas que apresentavam inúmeros animais, divertia-se substituindo as borrachinhas de seus aparelhos por cores cada vez mais vivas e mal sabia cuidar dos cabelos cacheados. Era mais como Rie, Nana, Alaina, ou até mesmo Annabeth. Nunca como Emma.

"Não seja você"

Emma não sabia o que significava, mas, ela poderia ver agora.

─ Ele é perfeito.─ Disse a americana ao seu lado.

Realmente é, nada parecido comigo, Emma pensou. A garota loira sorriu, Annabeth não notou quão forçado foi, apenas balançou a cabeça e, com animação, disse:

─ Então, vamos comprar!

Havia um certo crime no qual Emma estava vendo-se ser culpada repetitivas vezes, não que ela fosse ser punida por isso, afinal nunca ousaria confessá-lo em voz alta. Mas ainda assim, é culpada pelo crime de pensar em Atsumu Miya quando não deveria. E ela precisava frisar que não foi uma ação forçada, fora espontânea e não imediata. Começara com o maldito suéter verde-néon que tentava terminar, o que seria um presente para seu primo mais velho, Tooru.

Ela pensara no quão ridículo era que o garoto de quase dezoito anos adorasse aliens e pudesse ser praticamente o garoto mais popular de Aoba Johsai e de todos os lugares que ia. Certo que não havia como negar quão bonito Tooru Oikawa é com seus cabelos e olhos castanhos, aquela personalidade simpática fingida fazia certos milagres também, mesmo que tudo caísse por terra no momento em que ele entrasse em quadra.

Ali, o Tooru levantador, o verdadeiro Tooru, aparecia. Papai Miles descrevia Tooru como obstinado, sério e incrivelmente intimidador. Mas, Emma o vê como alguém que não precisava de talento natural ou algo do tipo para ser simplesmente incrível e inspirar seu time a ser igualmente incrível, alguém que contava com suas memórias e orgulho para ser quem é.

Pensar em um levantador, a fez lembrar que Atsumu Miya também é um levantador e um dos melhores, não que isso exclua o fato que ele é insuportavelmente irritante. Atsumu é o completo oposto de Tooru. Tal pensamento não lhe rendeu algum conforto, já que pensou em como a personalidade lixo de Atsumu persistia em cada mísero momento dentro ou fora das quadras, mas ele havia um fã-clube e era adorado pela Inarizaki por conta de suas habilidades inquestionáveis, conseguindo até mesmo três namoradas, apesar delas terem um plano de se vingar dele justamente porque Atsumu não conseguia parar de ser um imbecil e não se importava nem um pouco por isso.

Pensar em Atsumu a fez lembrar daquele vestido preto que colocara em seu armário entre as roupas coloridas.

( Ela evitou o pensamento de que a peça parecia uma mancha dentre suas roupas, uma espécie de infecção surgindo, pronta para adoecer e matar.)

Fazer ele se apaixonar por ela? Nunca ouvira uma coisa mais absurda do que essa. Mei, Annabeth e Nana estavam malucas se realmente estivessem confiantes nesse plano fardado ao fracasso, não por conta de Emma, mas, sim, pelo próprio Atsumu que odiava e adorava chamá-la de "loira feiosa".

Um toque em sua porta chamou sua atenção, arrancando-a de seus pensamentos em torno de Atsumu. Lá, estava papai Miles com as costas encostadas no batente, as mãos ocupadas com uma folha que Emma identificou como uma de suas listas especialmente dedicadas para os aniversários de Tooru.

─ Tudo bem!─ Papai Miles anunciou, a caneta viajou por entre seus dedos antes de pressionar a ponta da caneta vermelha contra o papel.─ Vinte de julho chegando, aniversário do Tooru então...

─ Eu sei, e ─ Com os dedos segurando as agulhas de tricô e um novelo de lã verde-néon, Emma continuou: ─ tô terminando.

─ Ótimo! Já temos o presente e...

Papai Miles franziu as sobrancelhas castanhas, um olhar confuso surgindo conforme analisava sua filha que finalizava mais um suéter que faria parte da coleção especial de aniversário que Tooru tinha.

( Ele não era exatamente um dos melhores pais por aí, mas havia um instinto nele, alguma partezinha do seu cérebro o dizia que algo estava errado.)

─ O que foi?─ Emma soltou, finalmente terminou de fazer um pequeno acabamento nas mangas.

─ Nada...─ Ele murmurou, apertando ainda mais os olhos até que Emma abrisse a a boca. E ali, estava a prova.─ Você trocou suas borrachinhas?

A adolescente de cabelos loiros fez uma pausa.

─ Sim?─ Papai Miles parecia seriamente apavorado.─ Por que? O que foi?

─ Elas são pretas, Emma! Nem sabia que você tinha borrachinhas pretas!

─ Pai.

─ Acabou suas coloridas? Por que não me disse?

─ Pai Miles?

─ Vou comprar mais! Só me dê um tempinho que...

─ Papai Miles!

O homem parou seu devaneio e focou-se em sua filha. Emma Kimura o fitava com um brilho sério nos olhos azul-roxeados, herdados por sua mãe.

─ Não aconteceu nada.─ Falou, a voz firme. Miles franziu o cenho, ainda mais confuso, diante do dar de ombros de Emma.─ Só quis mudar um pouquinho.

─ Mudar um pouquinho?─ Ele repetiu, soando como se não entendesse a palavra.─ Isso é coisa de adolescência, não é?

( Era a justificava que encontrava para aquilo. Sua filha de dezesseis anos, que o atormentou por anos para ter um carpete rosa-choque em seu quarto, comprar sempre apenas as liguinhas coloridas para seu aparelho ou as presilhas de animais mais fofas que teria numa loja, estava usando borrachinhas pretas pela primeira vez na vida. Se isso não era uma indicação que o mundo estava prestes a acabar, ele não sabia o que era.)

Emma revirou os olhos, abandonando as agulhas e retirando o suéter das coxas para que pudesse se levantar.

─ Não, não é coisa de adolescência.─ Ela falou, aproximando-se até conseguir pôr uma mão na maçaneta.─ Agora, você pode me dar licença? Tenho que terminar o presente do Tooru.

Papai Miles balançou a cabeça, levemente confuso quando se afastou, deixando que Emma fechasse a porta em sua frente. Ele ficou ali, parado por alguns instantes, sendo levemente atraído pela ideia de que Karin saberia o que fazer caso ainda estivesse viva, mas o descartou rapidamente. O homem suspirou e virou-se, descendo as escadas e indo para o único lugar que poderia ter algum controle: a cozinha.

( Miles Kimura não sabia que aquele foi o começo daquele grande furacão que destruiria completamente sua filha em poucas semanas.)

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