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02

Naomi nunca pensou que estaria naquela situação, seguindo uma caçadora pelas escadas de um instituto em Nova York.

Nem pra lhe terem mandado para algum em sua tão amada França. Mas pelo menos estava viajando um pouco, pela primeira vez em séculos.

Não iria mentir, tinha olhos, afinal de contas, Isabelle Lightwood era com certeza deslumbrante, para não dizer todas os elogios nada gentis que passavam pela sua cabeça desde que colocou os olhos na caçadora.

Tão nervosinha, aquilo seria divertido para a Evans. E como seria.

─⁠──⁠─ Pronto. - a Lightwood abriu a última porta do corredor e fez sinal para que a vampira entrasse - Entra logo, não tenho o dia todo.

─⁠──⁠─ Ah, claro, esqueci que tiveram que te tirar do parquinho quando eu cheguei. - Naomi sorriu em desafio entrando no cômodo - Não se preocupe comigo, não sairei do instituto.

─⁠──⁠─ Não confio em você, vampira.

─⁠──⁠─ Qual é a sua dificuldade em me chamar pelo nome, Lightwood?

A Evans não recebeu nada mais do que um sacolejar de ombros da mais nova que se agachou, ficando de frente para a maçaneta da porta, com sua estela em mãos, começou a riscar um símbolo de proteção contra vampiros na porta.

Não deveria ter notado nisso, com certeza não deveria, afinal estava sendo feita de prisioneira por caçadores que não sabiam nem amarrar as próprias botas, mas as costas nuas de Isabelle, fizeram Naomi tombar a cabeça para o lado e desviar o olhar para dois vestidos extremamente decotados jogados sobre a cama.

─⁠──⁠─ Portez-vous toujours des vêtements qui couvrent si peu?

A caçadora virou seu rosto para encarar a vampira. Tinha entendido que aquilo era uma pergunta para ela, mas não fazia ideia do que a garota havia dito.

─⁠──⁠─ O que?

─⁠──⁠─ Portez-vous toujours..

─⁠──⁠─ Não! - a Lightwood se levantou balançando as mãos, colocando a estela de volta em seu cinto - O que significa?

Naomi tombou a cabeça em confusão.

─⁠──⁠─ Não sabe falar francês?

─⁠──⁠─ Eu deveria? - a Lightwood cruzou os braços e riu - Ah, sim, porque o mundo gira a seu redor e todo mundo deveria seguir seus padrões.

─⁠──⁠─ Não, não, eu só pensei que caçadores tivessem um ensino melhor, só isso, mas… - a Evans sorriu mostrando as presas para a garota - C'est super, je pourrai parler d'atrocités et tu n'en auras même pas la moindre idée…

Pela segunda vez no dia, Isabelle estava desenrolando seu chicote e o colocando no pescoço da diurna de mofo ameaçador.

─⁠──⁠─ Acho bom você traduzir isso bonitinho, chérie. - frisou com certo deboche - Se for me xingar, sugiro que faça isso sem esconder, aí vou ter um motivo para acabar com você.

─⁠──⁠─ Disse que gostei do chicote, garotinha. - Naomi colocou a mão sobre o objeto em seu pescoço o puxando de leve - Mais on s'amuserait plus s'il était dans ma main.

─⁠──⁠─ Caso queira que eu tenha o mínimo de paciência com você, sugiro que pare de tagarelar em francês.

A Evans riu e retirou o objeto que ainda rondava seu pescoço.

─⁠──⁠─ S'il te plaît, chérie, donne-moi une pause. - a diurna se jogou na cama da caçadora - Je pourrai dire que je te trouve magnifique sans booster ton ego.

A paciência da Lightwood mais nova estava no limite, aquilo já era demais. Uma coisa era tomar conta de uma pessoa. Outra coisa era você tomar conta de uma pessoa que você nem sequer sabe o que fala.

Isabelle estava se sentindo uma tonta, por tentar encontrar algum sentido nas palavras que saiam da boca da francesa, já que não conseguia sequer saber se aquilo era bom ou ruim. Mas, para ela, era tão estranho o efeito que aquele sotaque idiota tinha sobre ela.

De qualquer forma, não era como se a caçadora fosse deixar se abalar assim por outra diurna. Sua cota de se sentir assim tinha se esgotado em Simon.

A garota se aproximou da cama e pegou a vampira pelo colarinho, da forma mais bruta que conseguia, o que foi uma surpresa para a outra que apenas deu um riso seco com o gesto. De fato, aquilo seria interessante.

─⁠──⁠─ Não sei de que buraco imundo você saiu e nem ao menos me importo, para ser bem sincera, diurna. - a Lightwood firmou seu aperto, apoiando um dos joelhos entre as pernas da Evans e a mão livre no colchão, seria uma posição confortável se não fosse pela diferença de altura entre elas e pelo momento nada amigável - Então eu vou te explicar como as coisas funcionam por aqui, certo?

Naomi não respondeu, nem iria, não tinha ouvido nem uma palavra do que a caçadora havia dito. Estava mais focada em organizar todos os pensamentos que tinham se passado em sua mente desde que as mãos da Lightwood foram de encontro ao colarinho de sua jaqueta. E já adianto que não eram poucos.

─⁠──⁠─ Estamos em Nova York, entendeu, diurna? - a mais nova continuou - Não nas ruelas que você vive na França. E aqui, você está sob minha responsabilidade, na porra do meu quarto, então eu espero que você entenda que aqui nossa língua não é a porcaria do seu francês.

─⁠──⁠─  Oui, chérie. - a vampira conseguiu dizer, retomando o rosto sem emoção de mais cedo - Eu apenas perguntei se você sempre costuma usar roupas que cobrem pouca coisa, criança.

A caçadora largou a mais velha e se dirigiu até a porta, o símbolo já tinha sido feito e as partes mais importantes ela já tinha selado a tempos.

Ninguém além do outro diurno que ainda pairava em sua mente já tinham a questionado sobre isso.

Maldita.

─⁠──⁠─ Não é da sua conta, vampira.

E bateu a porta, deixando Naomi com um ponto de interrogação enorme na testa. Bom, era como seu pai dizia… Ocidentais são complicados.

Como não havia muito o que fazer de emocionante dentro daquelas quatro paredes, Naomi começou a vasculhar o quarto de sua guarda, mas não vou nada muito interessante. Fotos, alguns livros sobre aquela baboseira de anjos e Deus e não ela não sabia mais o que.

Nada interessante, de fato. Bom, pelo menos não fora das gavetas da cômoda ou do pequeno armário, mas não abriria nenhum deles, de qualquer forma, a Evans poderia ser uma ladra francesa, uma espertalhona na vida de subúrbio, mas não invadiria o espaço pessoal de alguém dessa forma.

Mesmo que quisesse.

O tempo estava passando e a Lightwood nem sequer se preocupou em dar as caras no quarto novamente, deveria estar perto da hora do almoço segundo o relógio biológico da diurna e, ficar naquele quarto sem nem ao menos algo para quebrar, estava começando a lhe dar tédio.

─⁠──⁠─ Provavelmente a criança deve estar no balanço e esqueceu de mim.

A vampira riu andando de um lado para o outro, finalmente olhando para a porta com um grande “e se” pairando em sua cabeça.

Quando menos pensou, seu corpo já havia se movido sozinho e sua mão estava quase se fechando completamente na maçaneta, quando o ardor e sensação de ter sido queimada a fez recuar dois passos enquanto balançava a mão.

─⁠──⁠─ Putain!

Olhou a palma e viu o local ganhar uma marca escura desajeitada. Aquilo com certeza não era nada bom.

Se aproximou novamente da porta e estudou o símbolo desenhado na maçaneta, os arcos incompletos e traços aleatórios pela figura tinham com certeza magia. A diurna nunca tinha visto nada assim, bom, nunca sequer se deu ao prazer de ver um caçador de sombras de perto, mas aqueles símbolos, ou melhor, runas, não era algo que ela acreditaria caso não estivesse vendo com os próprios olhos e sentindo na própria pele.

Naomi era cética e prática. Passou a acreditar em muitas coisas desse que virou vampira a cerca de quatro ou cinco séculos atrás, mas algumas eram demais para ela sequer cogitar que existissem. Coisas absurdas demais para serem realmente verdades e que, se caso fossem, ela se sentiria profundamente decepcionada, pelo menos na época que podia sentir algo real, e não um reflexo como ela tinha agora.

Olhou para a maçaneta por mais algum tempo e se virou para a cômoda. Estava ficando com fome e seu tédio crescia a cada segundo presa naquele quarto. Teria que passar por cima de seus princípios.

Foi até a cômoda e abriu a penúltima gaveta, precisava de algum pedaço de pano ou tecido para a ideia que tinha se formado em sua mente, mas os que achou com certeza não seriam os mais adequados. Aquela era a gaveta de roupas íntimas da caçadora e, se fosse possível, Naomi estaria mais vermelha do que a peça que estava levantando com os dedos.

─⁠──⁠─ Renda? - a garota largou a peça e fechou a gaveta, revirou os olhos tentando se distrair da própria vergonha - Por que não estou impressionada, não é?

Abriu a de baixo na esperança de não achar nada constrangedor novamente e, deu certa sorte, ao ver algumas toalhas de rosto cuidadosamente dobradas, do lado de algumas caixas pequenas que ela nem sequer deu atenção.

A diurna pegou a primeira toalha e fechou a gaveta, se dirigindo até a porta em seguida. Desdobrou o tecido fofinho e o dobrou em forma de uma tira novamente, enrolando na maçaneta, tomando cuidado para não encostar, e então puxou na esperança que a Lightwood não tivesse trancado e, para sua alegria, realmente não o tinha feito.

─⁠──⁠─ Eu sou um gênio! - a Evans riu sozinha abrindo mais o vão da porta e depois a fechando com o mesmo cuidado para que não se queimasse novamente.

Seguiu o corredor e desceu as escadas de modo preguiçoso, agora reparando melhor nos detalhes do instituto, da sala em que descobriu que seria vigiada por uma criança, e de como seria difícil andar naquele lugar se não fizesse o mínimo de esforço.

Suas presas começaram a baixar, lentamente, aquilo era um sinal para que se alimentasse logo, mesmo que a contragosto. Naomi não sentia fome com frequência, mas caso não o fizesse, nem mesmo um rebanho inteiro de carneiros seriam suficiente para ela, então conseguiu acostumar seu próprio corpo a isso. Para de manter nas sombras. O que não funcionou, tendo em vista que agora estavam atrás dela.

Nem sequer sabia quem estava atrás dela, àquela altura.

─⁠──⁠─ Como você saiu do quarto? - Naomi se vira recuando a mão, que a poucos segundos estava quase tocando um dos enormes quadros, ao ouvir a voz incrédula da caçadora que deveria lhe vigiar.

─⁠──⁠─ É… Suponho que tenha dito pela porta, sabe?

A vampira juntou as mãos atrás das costas e trocou seu peso de um pé para o outro enquanto via a caçadora se aproximando. Ela segurava algo, mas por estar coberto, não tinha como saber o que era exatamente, apesar de seu outro já lhe dar uma ideia.

─⁠──⁠─ Não me faça perder a paciência que você já gastou! - Isabelle disse entre dentes se esforçando para não matar aquela diurna ali mesmo - Como?

─⁠──⁠─ Será possível que nem isso você sabe fazer? - a Evans riu e gesticulou um pouco como havia feito - Você pega a maçaneta, gira ela e abre a porta… - pela primeira vez, Naomi estava revendo suas brincadeiras, ao olhar para o rosto da caçadora que, de fato, parecia estar se controlando muito - Eu tive que usar uma toalhinha para poder sair, se é isso que quer saber.

─⁠──⁠─ E mesmo assim foi incompetente. - a Lightwood pontuou quando olhou para a mão da diurna que ainda estava marcada.

─⁠──⁠─ Considerando que eu saí, eu não colocaria dessa forma. - a vampira bufou.

Isabelle riu sem humor notando que aquilo feria um pouco o ego da mais velha e se sentiu minimamente feliz por isso.

─⁠──⁠─ Eu colocaria.

─⁠──⁠─ Je vais vous dire où je mettrais quelque chose.

─⁠──⁠─ Achei que já tinha falado com você sobre isso, vampira, talvez você tenha dislexia. - a caçadora cruzou os braços, aquilo era realmente irritante, odiava não saber de algo, e descobriu que odiava mais ainda não saber de algo que estava sendo dito na sua cara.

─⁠──⁠─ Desculpe, foi mais forte do que eu. - Naomi olhou para o teto - Mas caso seja do seu interesse, não te xinguei, criança Lightwood.

─⁠──⁠─ Não acredito em você, vampira.

─⁠──⁠─ Que tal um acordo, Lightwood? - a mais velha também cruzou os braços, olhando agora fixamente para a garota a sua frente - Eu não falo francês, na sua frente, e se falar, irei traduzir de bom grado.

─⁠──⁠─ E em troca…

─⁠──⁠─ Não vou ficar presa naquele quarto, pelo menos não durante o dia, posso andar atrás de você como um cachorro, mas naquele quarto, não. - a diurna estala a língua no céu da boca e parece se lembrar de algo - E é claro, me chame pelo nome, caçadora.

─⁠──⁠─ Eu não vou…

─⁠──⁠─ Acho que poderia considerar melhor… - Evans sorriu, as presas em evidência - S'il te plaît, je veux savoir si mon nom sonne aussi bien que le jour…

─⁠──⁠─ Chega! Okay, eu aceito. - Isabelle descruzou os braços e passou a mão livre sobre o rosto - Mas você fica do meu lado, certo? - a garota riu se lembrando da fala da mais velha - Como um cachorrinho, certo, Naomi? - balançou o frasco que segurava e entregou para a Evans que a olhou sem entender - É pra você, sangue fresco.

─⁠──⁠─  Fazendo o dever de casa direitinho, Lightwood, parabéns. - ironizou enquanto a garota passou esbarrando em seu ombro, sem perder tempo, começou a segui-la, afinal, sua palavra era muito importante - Agora pouco eu disse que seria burrice você me trancar no quarto de novo, se eu quisesse sair do instituto eu já teria saído.

Aquilo pareceu convencer a mais nova, mas mal sabia a Lightwood que aquilo não estava nem perto do que Naomi realmente havia dito.

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