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v: levo um fecho do meu irmão no caminho à sabe-se-lá onde.

Sabe aquele sentimento gritante de fazer algo, mesmo consciente das consequências? Estou me sentindo assim agora. Eu sei que é estúpido, maluco e totalmente sem noção acreditar mais em um ser místico pré-adolescente do que nas comprovações científicas e senso comum. Mas, em minha defesa, as explicações de Grover fazem sentido — ou o que ele disse até agora, ao menos.

O problema disso tudo é que eu sou apenas uma garota de doze anos, não tenho a liberdade de dirigir um carro até Long Island, adentrar um acampamento desconhecido e passar o resto da vida lá. Não sem autorização de um responsável.

No meu caso, Ivy Mckinnon.

━━━━ Por favorzinho! ━━ Choramingo, juntando as mãos em uma reza. Meu plano inteiro irá de água abaixo se ela continuar assim.

Expliquei delicadamente minhas razões e lógicas, tentando deixar claro os meus planos sem a confundir. Apenas ofusquei uma verdade ou outra, mas nada que a deixará muito confusa! Tudo que ela precisa é dizer sim!

━━━━ Helena, você tem doze anos. Não vou te deixar "ir ali e voltar mês que vem", que tipo de pessoa você acha que sou?

Beleza, eu menti. Talvez eu não tenha sido clara e delicada com minhas palavras, mas mesmo assim, pareceu sutil o suficiente! Não sei também, achei que seria fácil. Nunca fiz isso antes. Para ser sincera, não acho que sequer já pedi para sair de casa, muito menos para ir e não ter hora para voltar. Porém também não é como se alguém fosse notar que sumi. As pessoas mal notam minha presença, se eu desaparecesse agora ninguém sentiria minha falta — nem mesmo Henry e Ivy, acredito que no fundo eles também não me aguentam mais. — Talvez seja por este motivo que achei que seria mais fácil.

Os olhos claros de Mckinnon me analisam como se houvesse algo entalado na garganta, mas que ela não pode dizer. Eu sei bem como é o sentimento, só não entendo o que poderia ser que a mulher está escondendo de mim.

━━━━ Helena... ━━ Murmura, correndo os dedos pelas mechas loiras, mas as palavras morrem na ponta da língua.

Talvez Ivy saiba. Talvez, no fundo do peito erguido com orgulho, Ivy Mckinnon saiba a verdade absoluta e só não deseja revelar. É uma realidade possível, afinal, ela é uma mulher culta, com suas visitas aos museus, amor por história e conhecimento sobre arte, e bem inteligente.

Eu não pertenço aqui. Eu sei que não, e estou começando a achar que ela também sabe.

Esta é a verdade absoluta que tanto tentei negar. Não pertenço aqui, mas existe uma pequena chance de que eu pertença em um outro lugar, como o Acampamento Meio-Sangue em Long Island. Esta pode ser a coisa que eu estive caçando a vida toda.

Sim, eu sei. Não pertenço a lugar nenhum e estou apenas tentando me enganar mais uma vez — eu já entendi caro leitor, sou uma maluca, mas me deixe ser. Apenas desta vez. — mas é inevitável que isso eventualmente acontecesse. Um dia eu procuraria pelo conforto que não encontro em lugar nenhum, pelo menos o que encontrei não se baseia em vícios e machucados.

━━━━ Senhorita, prometo que tudo fará sentido logo, mas precisamos ir. Agora. ━━ Grover comenta, tentando convencer Ivy e acelerar o processo.

Não sei o que o garoto tem a fazer depois daqui, mas acho que considerando o nervosismo, não vou querer saber.

━━━━ Não fará. ━━ A loira murmura, negando com a cabeça. ━━━━ Já faz.

Meu coração para e volta em meio segundo. Acredito que eu deveria visitar um doutor, já que meus órgãos tem o costume de entrar em estado de quase morte toda vez que algo acontece.

━━━━ Como assim?

━━━━ Lena, querida... ━━ Mckinnon suspira, abaixando-se para alcançar meu nível com um sorriso doce. ━━━━ É tudo muito complexo, mas tudo que você precisa saber é que eu te amo independente de tudo.

━━━━ Por que você fala como se eu fosse morrer?

━━━━ Credo, Helena! ━━ Henry interrompe o assunto, saindo detrás da mais velha para agarrar minha mão.

Ele ainda está confuso com tudo, mas o toque quente do meu irmão traz um conforto inexplicável. Entrelaço nossos dedos, aliviando meu estresse dos últimos dias. Henry sempre foi um escape para mim, não consigo imaginar um mundo onde ele não exista ou não é meu irmão. A vida seria totalmente sem sentido sem meu pequeno e chato irmãozinho.

━━━━ Você não vai. ━━ Ela me assegura, mas não consigo acreditar em suas palavras. ━━━━ Nenhum de vocês vai.

Henry murmura algo incompreensível, mas parece esconder sua pequena figura por trás do meu corpo, que, por sinal, não é nem meio metro mais alto que o dele.

━━━━ Desculpa interromper, mas precisamos ir se queremos chegar a Long Island. ━━ Underwood se enfia no meio do assunto, batendo os pés — cascos? — no chão.

Ivy alterna o olhar entre nós três, mas por fim levanta, confiante como sempre. Nem sequer se parece com a mulher que conversou comigo agora pouco, como se fosse uma outra pessoa.

Não sei explicar o que sinto, nem agora nem nunca, mas sei que sinto alguma coisa. Existe uma flor dentro do meu coração, regada por esperança toda vez que Grover comenta sobre o acampamento, mas esmagada por botas sempre que eu percebo o que estou fazendo.

É irresponsável e maluco, me faz questionar até onde eu iria para pertencer.

━━━━ Vamos. ━━ A mais velha conclui, sorrindo de leve. ━━━━ Nós quatro. Eu vou levar vocês.

━━━━ Ótimo! Maravilhoso! Só tem um porém...

O meu trio se vira para Grover em um movimento em conjunto, como se fossemos três cabeças de um só corpo. Ele gagueja, visivelmente desconfortável e nervoso com tudo. Acho que assim como eu, o garoto não se dá muito bem com muitas pessoas.

━━━━ Temos que passar para buscar Percy. ━━ O sátiro explica, coçando a nuca com um sorriso amarelo. ━━━━ O Jackson.

━━━━ O que?

━━━━ Quem?

━━━━ O que tá acontecendo?

Eu, Ivy e Henry questionamos juntos. As perguntas apenas deixam Grover ainda mais estranho, mas ele tenta explicar sem embolar. Sendo sincera, ele falha miseravelmente, mas não sou tão rude ao ponto de revelar isso ainda, apenas finjo saber. Algo sobre os deuses, uma tal de Sally Jackson e urgência. Não entendi muito bem, mas Underwood batia os cascos no chão em um ato nervoso.

É adorável a maneira no qual o sátiro está tentando demonstrar que não existe motivos para enlouquecer, mesmo quando o mesmo aparenta estar na beira da insanidade.

━━━━  É. Então... ━━ O moreno sorri sem graça, bochechas coradas de vergonha.

━━━━ Grover, por que vamos até Percy? ━━ Decido tomar as rédeas, sinalizando para Ivy me deixar falar primeiro.

━━━━ Ele viu a professora-fúria por uma razão, Helena.

É claro. Deveria ter percebido isso antes, quando Grover me contou sobre mim. Percy Jackson não é só um maluco qualquer, ele é um maluco como eu. Um semideus.

━━━━ Então vamos.

Não acho que minha decisão explicou algo, mas a mais velha não questiona e pega as chaves do carro, nos direcionando para fora da casa. Sinto a adrenalina correr por entre meus vasos sanguíneos, é a mais pura maluquice que já cometi. Não achei que fosse possível sentir isso tudo em um só dia. O que estou fazendo da minha vida? Como é que Ivy se juntou tão facilmente? É o fim dos tempos, mas o começo de algo novo.

Grover comenta sobre uma cabana onde devemos encontrar Sally e Percy Jackson, mãe e filho cujo possuem ligação com algum deus grego, assim como eu.

━━━━ Eu tô confuso, Lele. ━━ Henry murmura, não soltou minha mão até agora, intensificando a força em que segurava meus dedos. ━━━━ Que deuses estamos falando?

━━━━ Henry, eu sou uma semideusa. Como Hércules, lembra? Sou filha de um deus com um mortal. ━━ Tento explicar, mas imagino que seja confuso demais para ele.

Costumava o contar histórias antes, quando eu ainda era muito obcecada por mitologia, heróis como Hércules e Aquiles são tragédias no qual meu irmão foi obrigado a aprender. Imagino que isso tudo vai ser difícil para ele, afinal, aceitar que sua meia irmã é também meia irmã de algum deus grego é meio que o ápice da vida, né?

━━━━ Está dizendo que é uma semideusa? Achei que tivesse superado sua obsessão por mitologia grega. ━━ Ele cerra as sobrancelhas confuso, tom de voz tão simples que nem sei se posso chamá-lo de rude.

━━━━ Não é uma obsessão. Estou falando sério. ━━ Quase cruzo os braços, mas paro ao notar que ainda seguro sua mão.

━━━━ Se você diz! Sabia que meus amigos dizem que mitologia grega é coisa de vi...

━━━━ Henry! ━━ Mckinnon o interrompe, direcionando um olhar sério em nossa direção.

Não sei o que ele ia dizer, ou se Ivy sabia o que ele iria dizer, mas Henry da de ombros e fecha a boca. A dúvida vai ficar eternamente impregnada na minha mente, mas meus olhos começam a prestar atenção na chuva forte lá fora. Nem havia notado, mas gosto do clima nebuloso, até mesmo dos trovões e raios. Sendo sincera, é talvez a minha parte favorita.

Assisto o tempo correr, escapando entre meus dedos como a areia da praia durante as férias de verão. Eu menti, eu gosto do sol. Talvez não daquele que brilha na manhã, queimando até o couro cabeludo, mas eu gosto daquele que brilha na praia, refletindo nas ondas do mar, ou do sol que ilumina os cabelos belos de Ivy e o rosto memorável de Henry. Eu gosto da luz, mas não gosto do sol. Isso é possível? Normal? Ou estou sendo estranha de novo?

Fico tentando e tentando teorizar quem seria minha mãe, mas não sei. E se não for uma mãe e as suspeitas de Grover estiverem certas? E se minha mãe for... Não sei, Athena? Afrodite? Quais outros deuses podem ter filhos? São apenas os doze olimpianos ou qualquer um? Poderia eu ser filha de um deus menor e mais fraco?

Sao tantos "e se?" que sou obrigada a voltar a realidade, prestando atenção na maneira que Grover morde as unhas, assistindo a janela com certa agonia. Não sei lidar com o nervosismo alheio, então não digo nada, apenas o assisto disfarçadamente para me certificar que não haverá nenhum atentado contra a vida. Essa é a vida que decidi agora, sem mais desculpas e fugas, agora terei que cumprir com meu dever.

E se for tudo um engano e eu não for semideusa? Aí... Teremos problemas.

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