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iii: assisto uma professora se tornar pó.

Minha visita ao museu tem sido boa. Beleza, talvez nem tanto. Além da conversa depreciativa com Ivy e a adaga que não estava mesmo ali, meu dia só pareceu piorar quando decidimos sair para comprar algo para comer na frente do museu, que, coincidentemente, foi no mesmo momento que aquela turma enorme resolveu sair para lanchar. Quase implorei para voltar, mas minha barriga roncava de fome, então decidi ficar quieta.

Meus olhos percorrem pelos adolescentes selvagens, sei que estavam apenas comendo e rindo, mas pela minha visão parecia uma cena de um filme de ação, como uma batalha entre Titãs e gigantes para saber quem dominaria o planeta Terra primeiro. Entre eles, tem um garotinho loirinho correndo de um lado para o outro como um mini Zeus zangado, ao lado dele uma ruiva gargalhava alto, seria aquela Ares versão feminina?

Tá bom. Entendi. Devo parar de relacionar tudo com a mitologia grega, e provavelmente deveria parar de encarar também.

Antes que eu pudesse voltar meu olhar para a fila enorme à minha frente, assisto a Ares feminina atingir um garoto com um pedaço de queijo. O moreno se vira para ela com olhos assustados, ao contrário do seu amigo que levanta e parte para cima da garota. Me desvinculo da fila para ver melhor e, no mesmo momento, a ruiva é arremessada na fonte atrás dela, um grito agudo ecoando pela cidade de Nova Iorque. Ela se senta, cuspindo água e tremendo.

━━━━ Percy me empurrou! ━━ Ela berra com a voz chorosa.

Sabe de uma coisa? Eu poderia jurar que esse tal de Percy nem tinha encostado nela. Na minha visão ela só saiu voando e caiu com tudo na água, o que seria impossível, provavelmente mais um sonho que eu tive. Por isso odeio sair de casa. Quando vou parar de enxergar coisas onde não tem?

O dito Percy encarava a água totalmente perdido. Sendo sincera, ele tem a cara da clássica criança encapetada. Os cabelos loiros encaracolados, pele pálida e olhos oceânicos carregam ar de confusão. Como se os problemas o perseguissem por todo canto que fosse, como uma sombra. Considerando a situação diante de mim, não duvido que seja verdade.

Estava prestes a voltar para a fila e contar para Ivy tudo que presenciei, porém antes que eu pudesse, uma voz sinistra se pronuncia ao meu lado. Meus pés congelam no chão e não tenho sequer coragem de me virar para averiguar que tipo de coisa encontraria, apenas bisbilhotei a conversa com o coração acelerado e o corpo tremendo de terror.

━━━━ Aí está você. Não somos tolos, Percy Jackson. ━━ A voz feminina ecoa em minha mente, a mulher passa direto por mim como se eu não estivesse ali.

━━━━ Senhorita Dodds, está tudo bem? ━━ Percy, o garoto loiro e encrenqueiro, questiona. Ele aparenta estar tão aterrorizado quanto eu e, por alguns segundos, nossos olhares se encontram.

Uma sensação eletrizante percorre meu corpo ao encontrar o olhar do garoto, fazendo meus pelos se arrepiarem e meu coração parar. As coisas ao meu redor congelam, menos Percy Jackson e seus olhos azuis. Não é como se eu o achasse bonito, essa sensação não é a mesma de quando a garota encontra a sua paixão nos livros, é diferente. É familiar. Sinto como se eu e Percy nos conhecêssemos de uma vida passada, nossas almas foram entrelaçadas pelo destino. Ele é o sol e eu a lua, e juntos somos um eclipse. Uma explosão de sentimentos em um breve momento, até que as coisas voltam a acelerar de uma vez e a suposta senhorita Dodds está no topo do Jackson, mas suas mãos agora são afiadas garras e seu sobretudo preto se transformou em duas longas asas. A pele estranha a faz parecer um animal feio e pegajoso, o rosto ainda assemelhava ao de um humano, mas o resto da cabeça me lembra um pássaro. Só que muito mais feio. E assustador.

Quando foi que tudo isso aconteceu? Eu não faço ideia, mas assim que corro para o socorrer, a professora se torna pó e some diante dos meus olhos. Onde costumava estar o corpo da aberração, brilha uma espada dourada, e, novamente, o objeto some diante dos meus olhos. A diferença é que, desta vez, posso notar que a espada se encolheu nas mãos de Percy, o que quer dizer que não desapareceu. Não totalmente, ao menos.

Um grupo de adolescentes cercam o loiro e eu assisto ainda à distância, talvez esses sejam seus amigos e eu não me passo de uma estranha com uma maluca vontade de protegê-lo. O que é isso? Algum tipo maluco de instinto de irmã mais velha? Mas Percy não é meu irmão, na verdade, Henry, meu verdadeiro irmão, está na escola agora. Isso não explica absolutamente nada.

━━━━ Vamos dar espaço, por favor. ━━ O diretor diz, aproximando-se em sua cadeira de rodas.

Algo nesse cara ainda não me desce, mas não sou uma de suas alunas, então suponho que não importa.

Percy se levanta, olhando ao redor confuso, inclusive para mim. Ignoro os meus princípios e me aproximo, tentando não me incomodar com os olhares que caem sobre a minha pessoa. A ruiva, agora embrulhada em uma toalha, gritava algo sobre ele ter a empurrado, mas acredito que eu não era a única que mal se importava com o que ela dizia.

━━━━ Voltem a comer. ━━ O diretor dispersa, os alunos somem rapidamente com múrmuros e olhares cautelosos e eu uso a oportunidade para me aproximar. ━━━━ Está tudo bem. Percy só precisa de um momento.

Abraço meu próprio corpo, desejando que a terra me engula e me leve embora. Estou ganhando coragem para falar algo, mas nem sei o que dizer. Seria melhor um "oi" ou "o que acabou de acontecer?" ou, quem sabe, nenhum? De qualquer forma será constrangedor. Não estou acostumada com conversas, muito menos com desconhecidos. Porém, em uma vida onde apenas conheço três pessoas não é muito difícil encontrar desconhecidos.

━━━━ Eu não entendo. Ninguém viu aquilo? Onde está a senhorita Dodds? ━━ Jackson questiona, alternando o olhar entre o diretor, seu amigo e eu.

Uso da fala como uma brecha para me aproximar mais ainda, me inserindo entre os dois outro homens, mesmo que eles fiquem visivelmente confusos com a minha presença ali.

━━━━ Percy, não há ninguém aqui com este nome. ━━ O diretor responde, encarando profundo os olhos do garoto antes de ir embora.

Assisto ele a se afastar, mas me arrependo assim que o homem olha para mim por cima dos ombros, os olhos dele me assustam e eu nem sei o motivo. Parece que o cara é profissional em leitura de alma involuntária ou algo assim. Balanço a cabeça para expulsar esses pensamentos e volto o meu olhar a Percy, que me olha extremamente confuso. As palavras do diretor ecoam pela minha mente. Não faz sentido, pois eu acabei de ver tudo isso junto a ele. Eu vi a professora Dodds, eu o vi ser atacado.

Percy Jackson. O nome que a mulher disse foi esse, e se este é o nome do garoto loiro a minha frente, então tenho certeza que não alucinei tudo isso. Não estou maluca, no fim das contas.

━━━━ Helena? Helena, cadê você? ━━ A voz reconhecível de Ivy chama por mim e sou obrigada a me virar, deixando Percy e seu amigo para trás. ━━━━ Achei você! O que estava fazendo?

━━━━ Eu... Estava com Percy. ━━ Eu sorrio, apontando para trás de mim.

Ivy assiste com uma expressão confusa e, assim que me viro para vê-lo sinto um frio em meu estômago. E se eu alucinei Percy Jackson também?

Por sorte, ele estava lá. Bom, tecnicamente o garoto estava sendo arrastado para longe junto a turma, que caminhava para um canto mais distante. Mas o importante é que ele existe!

━━━━ Não somos amigos. ━━ Explico rapidamente, correndo para o lado da minha babá e roubando o pacote de pipoca da sua mão. ━━━━ Mas sei que o nome dele é Percy.

Certo. Espero que ela não surte achando que estava conversando com algum maluco perigoso. Imagina? "Nossa Helena, além de esquizofrênica você agora também é burra?".

Já passei por bastante problema para um dia, e se aquela mulher-bicho ou seja lá o que ela seja é real, então estou o tempo todo a risco de encontrar outro desses. Talvez meus sonhos sejam apenas sonhos, mas isso não quer dizer que não são assustadores. Acredito que minha próxima compra na Amazon será uma espada reluzente como a de Percy Jackson. Pensando bem, poderia apenas voltar ao museu e pegar aquela adaga, afinal, se é tudo uma alucinação, não fará mal, certo?

Provavelmente muito errado.

━━━━ Esqueci um negócio no museu. ━━ Digo impulsivamente, entregando a pipoca de volta as mãos da minha babá.

Tenho um plano. É terrível e eu provavelmente serei banida de pisar no museu de novo, mas ainda é um plano!

━━━━ Você trouxe algo?

━━━━ Sim. Vou buscar.

Não dou chance de Ivy questionar, apenas corro até o museu e procuro aquele mesmo canto que estávamos antes. Avisto diversas estátuas diferentes, mas a única que chama minha atenção está longe, quase escondida. Não deixo de correr até parar frente à Helena de Tróia, com sua adaga reluzente em mãos. Analisando-a novamente posso perceber que realmente algo está errado. A adaga brilha como se fosse feita de um metal precioso, mas a escultura é toda de mármore e branca, além de que, a mão que segura a adaga parece não estar ali dependendo do ângulo que vejo.

Me asseguro de que ninguém me assiste e estico a mão para pegar o objeto, cuidadosamente eu o seguro, puxando para perto de mim com facilidade.

Estou começando a entender esse jogo.

Acho que eu, assim como Percy Jackson, podemos ver aquilo que o mundo não consegue. Por que, você me pergunta? É um ótimo questionamento, pergunte a outra pessoa pois eu não sei a resposta.

Escondo a adaga entre minhas mãos e saio do museu, graças a tudo que é sagrado, ninguém me parou no caminho. As pessoas pareciam cegas a realidade diante delas. É quase engraçado, se não fosse assustador. O que mais eu sei que o mundo não? Quem veio com defeito: eu ou o resto do mundo?

━━━━ Ivy, vamos!

Mckinnon olha para mim totalmente confusa, mas sorri e da de ombros, agarrando minha mão. Não sei por que ela não questionou, mas não estou reclamando. Quanto menos perguntas melhor.

━━━━ Vamos para casa, logo tenho que buscar Henry. ━━ Ela explica, caminhando em direção ao carro.

Está bem, sei que você deve me achar louca agora. Honestamente, estou pensando o mesmo. A adaga em minhas mãos ainda parece uma alucinação e uma parte de mim espera acordar desse enorme sonho, mas se tem algo que eu aprendi é me moldar para encaixar a realidade alheia. Se, no mundo de Percy Jackson monstros existem, então me moldarei para encaixar nele. Algo em mim diz que a adaga é apenas o começo. Helena de Tróia estava me mandando um sinal, e seja lá o que for, estarei lidando.

Algo também me diz que tem alguém seguindo o meu carro, mas as ruas de Nova Iorque continuam as mesmas de sempre. Carros, motos, bicicletas.... Cavalos? Não estou enxergando nenhum, mas escuto os trotes se aproximando então suponho que seja um. Afinal, que outro animal seria? Um burro? Bezerro? Bode?

Não. Eu sou louca, mas não tanto.

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