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i: minha babá é uma mulher culta.

Eu não pedi para ser uma semideusa. Se você está lendo este livro porquê acredita que também é um, feche-o agora e não volte nunca mais. Fique longe dos livros de Percy também, é apenas mais uma visão distorcida da nossa vida maluca e duvidosa.

Agora, se está lendo porquê acha que é apenas um conto falso sobre histórias falsas, espero que se divirta. Mas, se em algum momento durante sua leitura, as palavras que eu disser soarem um pouco reais demais, pelo seu próprio bem, apenas as esqueça.

Uma vez que a Alice caí na toca do coelho, não existe saída. Então não me diga que não lhe avisei.

Tudo começou em uma manhã quente, aquele maldito sol invadindo minha casa e pintando as paredes claras de amarelo sem permissão alguma. O único lugar na sombra é o qual eu me sento, no canto direito do sofá que também acontece de ser o meu favorito.

━━━━ Eu achei que fosse inverno! ━━ Reclamo, encolhendo minhas pernas para as esconderem da luz. ━━━━ Por que o sol está em todo lugar?

Ivy ri, sentando no braço do sofá e me empurrando de leve. Não sei quando, mas ela virou família. Faz mais até que meu próprio pai, então acredito que isso conta como bastante coisa.

A minha única e melhor amiga também é minha professora particular, suposta babá e, não surpreendentemente, minha figura materna.

Meus pais tem a tendência de abandono, o que não foi muito positivo na minha criação, mas pelo menos eu to viva. Alguma coisa deu certo.

━━━━ O dia está perfeito para dar uma volta no museu, não acha? ━━ Ivy diz, sorrindo para mim como o Henry quando pede doce.

Ivy é uma mulher culta, ela tem uma relação estranha com a arte, como se sua vida dependesse disso e sente uma necessidade em envolver todo mundo ao seu redor no que consume. Nunca critiquei, sinto a mesma coisa. Sair ao museu, ler ao som de músicas clássicas e dançar Dancing Queen às dez da noite são os tipos de atividade que mantém Ivy nesse emprego.

Definitivamente não o dinheiro.

━━━━ Não entendo você e sua obsessão por museus. ━━ Eu comento, me ajustando no pequeno espaço livre de luz solar para vê-la melhor. ━━━━ De tantos lugares, por que museus?

━━━━ Eles são muito bonitos, está bem? Você gostaria se fosse em um.

Questionável, mas não irei dizer isso a ela.

Até porque é impossível alguém aceitar tomar o lugar dela de professora-babá-mãe. Ninguém gosta de adolescente, muito menos quando eles são incapazes de ler e manter o foco. Essas são as consequências de nascer estragada, eu acho.

━━━━ Precisamos mesmo ir? ━━ Pergunto, deixando meu desconforto bem visível para me certificar de que ela diga não.

━━━━ Sim.

Merda.

━━━━ Que graça tem?

━━━━ Toda! ━━ Sinto a mão de Ivy fazendo seu encontro com meu braço, seu tapa um pouco forte demais. ━━━━ Levanta, Helena.

━━━━ Aí! Tá achando que eu sou cachorro?

A mais velha não se dá o trabalho de responder minha reclamação, sumindo no corredor que liga a sala aos quartos e avisando que vai se arrumar. Não demoro muito para segui-la, entrando no meu quarto rapidamente para não sentir minha pele queimando com os raios solares. Eu realmente não gosto do calor, ou qualquer coisa que remete ao sol.

A diferença de tempo no qual eu demoro para me vestir é engraçada comparada com Ivy. Ela sempre usa roupas chique, com tons mais escuros que fazem contraste com seu rosto delicado e cabelos louros. Ivy é uma mulher muito bonita, não entendo porque ela ainda não arranjou um namorado. Acho que ela passa tanto tempo cuidando de mim que ela mesma se priva da própria vida. As vezes eu queria nunca ter nascido, quem sabe assim as coisas seriam diferentes e melhores para todo mundo ao meu redor.

Enfim, o meu estilo de roupa é o típico adolescente. Pelo menos é o que Ivy me diz, eu não saberia, só saio de casa uma vez a cada sete meses. Rapidamente, como sempre faço, visto o meu vestido de tamanho médio azulado e coturnos altos. Meu visual favorito.

Azul é minha cor favorita desde que me entendo por gente. Não que faça muita diferença, não sou o tipo de pessoa que apenas compra coisas de uma só cor, muito menos azul. Imagina só usar roupa azul? Comer comida azul? Ter o quarto azul? Existem limites que não se devem cruzar. Azul é uma cor bonita, mas obcecar por uma cor é coisa de estranhos. Prefiro encontrar a cor em pequenos detalhes, como um vestido, uma meia ou um anel, mas não quero que o mundo inteiro saiba que azul é a minha cor, só gosto de tê-la por perto.

━━━━ Estou pronta! ━━ Chamo, saindo do meu quarto para adentrar o de Ivy, sorrindo alegremente quando percebo seu visual. ━━━━ Você está linda!

A mais velha sorri, deixando de encarar o objeto em suas mãos e se virando para falar comigo. Pude perceber que algo estava estranho, como se ela quisesse me dizer algo, mas preferi não tocar no assunto. Meus olhos viajam pela calça jeans escura e top preto, notando como ela usa as mesmas bijuterias douradas que sempre amou.

━━━━ Quero te dar isso. ━━ Estendendo um colar em suas mãos, ela sorri delicadamente. Por alguns segundos, Ivy parecia outra pessoa. ━━━━ É um presente que ganhei de alguém muito querido.

O colar é lindo, o pingente de estrela prateado é o que mais me chama atenção. Não sei dizer se estava enxergando coisa além, mas pude jurar que aquelas estrelas brilhavam além do reflexo da luz. Meus olhos encaram a bijuteria mesmerizados, analisando detalhe por detalhe do colar reluzente. Não sei dizer quem foi que a presenteou com isso, ou porque Ivy me entregou um presente que era dela. Ela sempre foi uma mulher misteriosa, não que mantenha algum segredo, mas a mais velha não é de falar do seu passado. As vezes me questiono se ela já teve um grande amor, ou uma família grande, mas sou medrosa demais para perguntar.

Confesso que as vezes tenho receio de ouvir as respostas das pessoas. Sinto que estou incomodando, então prefiro não questionar sobre a vida alheia.

━━━━ É muito lindo. ━━ Agradeço, sorrindo de orelha a orelha. ━━━━ Obrigada, Ivy. Me ajuda a colocar?

━━━━ Vem aqui.

A delicadeza da Mckinnon é como uma brisa leve no meio da confusão da minha vida. Puxando meus cabelos ruivos para longe, permito com que Ivy coloque o belíssimo colar no meu pescoço. O pingente fica exatamente no meu peito, parecendo bater junto do meu coração. É uma sensação estranha, diferente.

Talvez seja porque nunca fui de receber presentes, ou porque sonhei por dezenas de noites em um momento assim, mas com uma outra mulher no lugar de Ivy. Minha mãe. O abraço que eu nunca vou conhecer. O toque delicado que nunca colocará um colar no meu pescoço. A mulher que eu nunca sequer vi o rosto ou ouvi o nome. O que faz de uma mãe uma mãe? E, levando em consideração a resposta dessa pergunta, minha mãe é mesmo minha mãe ou apenas a mulher que me trouxe ao mundo?

━━━━ Você é muito importante pra mim, Ivy. ━━ Digo baixinho, encarando o pingente de estrela reluzente. ━━━━ Obrigada por tudo.

A loira me vira em seus braços, me puxando para um abraço caloroso e deixando um beijo suave no topo da minha cabeça. É o melhor abraço do mundo.

━━━━ Não precisa me agradecer. Fiz apenas o meu trabalho.

Acho que ela sabe que foi muito além do trabalho dela. Ninguém contratou uma mãe, ela escolheu cuidar de mim. Seu amor por mim foi cultivado, não comprado. No entanto, sei que não é necessário dizer tudo isso a ela, a verdade é óbvia para nós.

Minha vida é um tanto quanto complicada, mas Ivy e Henry, meu irmãozinho mais novo e melhor amigo, fazem tudo valer a pena. Eu não vivo para morrer, mas sim para morrer enquanto salvo eles do abismo da solidão que chamamos de luto. Para uma garota de doze anos, eu tenho muitas experiências negativas.

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