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021|sɪɴᴀ

Acordo no domingo com a minha mãe batendo na porta e abrindo-a em seguida. Confiro no relógio: 13:32. Uau, já está bem tarde.
Levanto da cama e olho para o espelho. O quarto ainda está escuro e só consigo me ver por conta da luz que entra pela porta que minha mãe abriu. Meu cabelo está uma bagunça, e minha cara está amassada por conta do travesseiro.
Procuro o celular na cama e o encontro no meio das cobertas. Fiquei até tarde falando com o Noah, e por isso eu dormi tanto. Depois de assistirmos ao filme, continuamos trocando mensagens sobre trilhas sonoras e coisas do tipo, até a hora que realmente precisamos dormir. Ele, provavelmente, está indo trabalhar, e não há nenhuma mensagem nova.
O barulho do liquidificador indica que eu preciso sair do quarto, então, é o que eu faço. Vou até o banheiro, escova os dentes, prendo o  cabelo com um elástico e me encarou ali por um instante. Depois, sigo em direção aos barulhos e encontro meu pai e minha mãe na cozinha.
— Boa tarde, dorminhoca — meu pai diz, vindo me dar um abraço. Depois, começa a espreguiçar.
— Você está espreguiçando — observo. — Isso significa que acordou hà pouco tempo também ou...?
— Claro que não. — ele ri. — Já fui até caminhar hoje! Estou espreguiçando porque estou velho... Quem me dera dormir como você.
— Sinceramente, foi ótimo dormir até agora, mas sempre fico com a consciência pesada depois, achando que eu deveria ter estudado ou feito algo do estágio. Enfim, agora já foi...
Pego uma maçã na fruteira à minha frente e a abocanho, quando minha mãe me lança um olhar bravo.
— Sina, olha as horas! O almoço atrasou, mas não coma à uma hora dessas! Desse jeito você não almoça, minha filha... A propósito, por que você foi dormir tão tarde?
— Relaxa, mãe... Estou faminta! Consigo almoçar e comer mais três maçãs dessas — brinco. — Quer ajuda aí?
— Não precisa... Só estou esperando o frango ficar no ponto certo, o restante já está pronto... E você não me respondeu.
— Fiquei conversando um pouco com o Noah... E depois vi mais um filme — minto. — Vou colocando a mesa.
Saio da cozinha e escuto meu pai e minha mãe cochichando e reviro os olhos. Não precisa ser nenhum gênio para saber que estão conjecturando sobre mim e o Noah.

....

Já anoiteceu e Noah ainda não me deu nenhum sinal. Sei que ele está trabalhando, mesmo assim, fico esperando alguma mensagem que nunca chega. Por isso, continuo fazendo coisas do estágio até sete da noite, quando minha mãe senta no sofá e sinto que é o melhor momento.
Eu me arrumo, delineio meus olhos, coloco um vestido e um perfume leve e saio do quarto. Minha mãe me encara muito surpresa. Não sou de sair a esse horário, especialmente no domingo.
— Onde você vai, Sina?
— Sair com uma amiga — minto de novo, dando de ombros e guardando a chave e o celular na bolsa. Pego uma jaqueta de couro e a visto em seguida.
— Amiga? — minha mãe abaixa o volume da TV e olha para mim.
— Sim... do estágio. Precisamos resolver algo.
— Mas você não vai vê-la amanhã, Sina? Está tarde.
— Vou, mas é algo para amanhã — digo depressa. Odeio mentir para ela,  e sei que ela sabe que estou mentindo. Mas sinto que devo ir até lá.
— Cuidado. — é a última coisa que ela me diz antes que eu saia.

....

Chegou ao Conjunto Nacional mais rápido do que eu previa. Eu me esqueci de que era domingo, e que o trânsito estaria bem menor. Entro na galeria e chego á Cultura sem maiores problemas. Tudo ali parece igual: as estantes abarrotadas, pessoas tocando, comprando e cheirando livros, detalhes de madeira em toda parte e a ossada também de madeira do dinossauro pendurado no meio. Começo a vasculhar o local em busca de Noah.
Não há sinal dele no primeiro piso. Vou subindo a rampa, olhando atrás de estantes e prateleiras, nada.
Nem na sessão de CDs e DVDs.
Nem no terceiro andar.
Desço com os olhos atentos, não é possível que ele já foi embora, não são nem oito horas da noite...
Então, vejo Pepe.
— Ei, moço.
Sei o nome dele, mesmo assim, escolho essa abordagem para quebrar o gelo. Dou um sorriso para ele saber que estou brincando, e ele retribui.
— Você gosta mesmo de livros, hein? — o tom de voz dele é brincalhão. — Tem sido uma das nossas clientes mais assíduas.
Sorrio para ele.
— É o trabalho de vocês, sensacional demais. Preciso vir todos os dias para acompanhar.
— É o meu charme, sei disso. Por isso fui contratado.
Ele é engraçado, preciso admitir. Poderia conversar mais com ele, mas, minha curiosidade não deixa.
— Você viu Noah? — pergunto de supetão, e ele me olha quase surpreso. — É que talvez fôssemos sair hoje depois que acabasse o expediente dele aqui, mas ele não me mandou nenhuma mensagem nem respondeu as minhas e...
— Ele teve uma crise — Pepe explicou com calma, como se tivesse medo de que as palavras surtissem um efeito perigoso. — A amiga dele ligou para cá e avisou que ele não estava em condições de trabalhar.
Crise. A amiga deve ser a Sabi, mas a crise é nova. Quer dizer, acho que ele teve uma no dia que saímos e ele me levou à varanda do Conjunto. Mas, uma a ponto de não vir trabalhar?
— Relaxa — Pepe emenda, provavelmente vendo minha expressão. — Você não conhece o Noahzinho há muito tempo, né?
Noahzinho. A intimidade do apelido me faria sorrir se eu não estivesse tão preocupada com a situação.
— Não... — assumo contrariada.
— Bom... ele passou por umas coisas bem complicadas um tempo atrás, isso deixou ele meio... problemático. Não no sentido ruim da palavra... Acho que todos nós temos problemas e tal, mas os deles... Ele passou a ter umas crises realmente estranhas. Ele não me contou exatamente o que é, mas, ele fica bem mal quando acontece...
— Tudo bem — falo, percebendo que Pepe não pode me dizer muito mais do que já sei. — Vou tentar descobrir alguma coisa... Mas nem tenho o telefone dele...
Essa última frase sai abafada, porque não deveria ter saído. Era só um pensamento alto.

....

— Aqui — Pepe diz, pegando um pedaço de papel e uma caneta no bolso e anotando o número. — Acho que ele gostaria de ouvir você.
— Será? Ele não teria me mandado uma mensagem ou... sei lá?
— As crises são realmente piores do que parecem. Liga pra ele... E se ele não atender, não desespera. Ele gosta de você de verdade, eu sei disso.
Olho do papel para ele, surpresa.
— Sabe? Ele... falou alguma coisa?
— Não. Mas, não precisou falar. Trabalho em uma livraria, gosto de ler. Isso vale para as pessoas também. Nunca vi o Noahzinho como ele está esses dias. E acho que é por sua causa. Não pelas crises... Pela parte boa.
Sorrio para o Pepe e agradeço.
Quero perguntar o que é "a parte boa", mas se é boa, fico feliz.
O que ela significa, espero descobrir em breve.
E que ele esteja certo... Por favor, que Pepe esteja certo.

Querem maratona?
Xoxo

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