02. What's going on?
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
——————— capítulo dois.
'somos quem somos por causa das consequências.'
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CALISTA DESPERTOU COM a chuva, mas já devia estar chovendo há um tempo, pois estava completamente encharcada. Sentou-se no chão, sentindo o cheiro de terra molhada em sua volta e uma dor dilacerante em sua clavícula.
Quando foi tocar em sua própria pele, começou a tremer. Levantou e correu, sem saber se era por conta do sangue que cobria todo o seu pescoço ou o frio que já a deixava com pensamentos conflitantes.
O céu já estava consideravelmente mais claro do que antes, mas não tanto quanto Calista gostaria que estivesse para aliviar aquele medo.
Mancando e machucada, ela forçou a mente a funcionar para lembrar qual direção poderia pegar para chegar até a sua casa. Minutos que pareciam mais horas se passaram quando ela chegou na estrada, tomando um longo suspiro de alívio.
Estava prestes a passar pela rua para começar a caminhar em direção a cidade quando um farol atingiu todo o seu corpo.
Sentindo-se cansada e completamente suja, ela ergueu o braço para proteger seus olhos sensíveis e só ouviu quando o pneu do carro derrapou, desviando do seu corpo. Quando abaixou o braço, o carro já estava parado de qualquer jeito no meio da rua e alguém descia dele, correndo em sua direção.
Sorriu ao reconhecer o amigo.
— Cali — Stiles a agarrou, com um olhar franzido e completamente ofuscado pela preocupação. — Scott me ligou desesperado sem saber onde você estava. Vim assim que meu pai dormiu.
— Eu 'tô bem — ela disse, aceitando a ajuda dele para chegar até o seu Jeep e subir no banco do passageiro.
— Você está sangrando — ele comentou, inclinando a cabeça dela para trás e fazendo uma careta de nojo. — Você está sangrando muito.
— Eu só estou com frio. — Calista ergueu seus olhos para os dele e tentou enviar um sorriso fraco. — Pode me levar pra casa?
Stiles hesitou, mas assentiu, fechando a porta do carro com cuidado e dando a volta para montar no motorista e dirigir. O carro estava consideravelmente mais quente que o ambiente lá fora e aquilo já era um ponto mais do que positivo para Calista, que praticamente batia os dentes.
— Quem te atacou?
Calista evitou pensar demais no quanto aquela coisa não parecia:
— Um lobo.
O garoto a encarou, com sobrancelhas arqueadas e completamente na dúvida se acreditava ou não. Considerando que a garota estava inclinada para a janela com a mão no pescoço, ele só acenou.
— Acha que estou delirando? — Calista perguntou, sorrindo fraco.
Conhecia Stiles melhor do que qualquer um.
— Não! — Ele se defendeu, mas quando encarou o olhar inquisitor da amiga, mordeu a parte de dentro da bochecha e mexeu as mãos no volante. — Quero dizer, eu acredito em você. Só é que não existem Lobos na Califórnia.
— Vai ver eles estão tirando umas férias, Stiles! — Ela retrucou, um pouco alterada por simplesmente não saber mais o que falar. Ou justificar o que viu. — Eu só sei que ele pareceu... uivar.
Ela trocou um olhar com o amigo e não conseguiu evitar de cair em uma risada, deixando o clima, mais uma vez, leve.
Eles não voltaram a conversar sobre o que ela viu ou não. Para Stiles, a garota tinha perdido muito sangue e não saberia nem dizer quando foi que ela ganhou como a melhor aluna de Beacon Hills pela primeira vez — coisa que ele sabia, pois estava competindo com ela pela vaga. Mas, para Calista, não tinham explicações.
Nem mesmo Lobo parecia ser a descrição certa para o que viu, então preferia permitir que seu amigo pensasse que tinha ficado louca do que tentar explicar.
— Ao menos — ele voltou a falar —, não pode dizer que não lhe dei umas boas-vindas de recordar.
— Stiles.
— Huh?
— Estou sangrando, com frio e morrendo de medo. — Stiles amoleceu o rosto, como se tivesse com pena. Seus olhos ficaram presos um ao outro por segundos, mas quando eles desviaram, tiveram que retomar seus pensamentos e suas ideias. — Suas boas-vindas foi a pior!
Stiles fez um barulho com a boca, como se tivesse indignado, mas riu junto dela.
— Pelo menos você se divertiu.
Ele parecia... culpado.
— Quer explicar o quanto eu me diverti para minha mãe? — Ele arregalou os olhos, dando sua resposta. — Foi o que eu achei.
Cinco minutos depois, o Jeep azul do Stilinski estava parando no fundo da casa dos Martin. Stiles desligou o carro e encarou sua amiga por um momento, que encarava a casa pela janela com um olhar quase... doloroso.
— Você 'tá bem?
Calista sabia que ele não estava perguntando só sobre o machucado em seu peitoral e suspirou.
Tinha esquecido completamente de tudo o que houve em sua vida nos últimos anos — nos últimos dias — assim que passou a estar com eles. Não se orgulhava de dizer que Celeste Sinclair não tinha sido um pensamento tão decorrente assim para ela, mas agora que estava de volta a sua nova casa, precisava bater de frente com aquela verdade que ninguém podia ficar sabendo.
— Estou — ela respondeu.
Stiles sabia que ela mentiu, mas apenas desceu do carro e abriu a porta para ela, apoiando-a com seu corpo para descer.
Puxou uma manta no fundo do carro e enrolou em volta dos ombros dela, não deixando passar desapercebido a forma como ela praticamente se encolheu para si. Ele respirou fundo, nervoso.
Depois de tantos e tantos anos, pensou que aquele sentimento devastador teria passado, mas bastou apenas Calista abraçá-lo pela cintura e aconchegar seu rosto em seu peito para que o coração de Stiles pulasse dentro do peito e sua respiração congelasse por ordem própria dele, para que ela não descobrisse o quanto ele podia ficar ofegante com o seu toque.
— Obrigada, Sti.
Ela se desvinculou e sorriu para ele.
Stiles podia jurar que não havia nada mais bonito do que aquele sorriso e sabia que estava ferrado quando ela recuou dois passos e avançou para entrar em sua casa.
Calista estava de volta e, junto com ela, o sentimento avassalador e obsessivo que Stiles sentia pela mesma.
(...)
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Suas pálpebras tremeram quando batidas na porta chamaram por sua atenção e Calista gemeu, se mexendo na cama para conseguir levantar. Sua mãe entrou antes que ela completasse a ação.
Eva sorriu para a filha com uma aparência sonolenta e invadiu o quarto dela.
— Dormiu bem?
Ela ainda estava dormindo quando sua mãe bateu na porta, mas evitou dizer aquilo ao assentir, ignorando a ardência anormal na sua clavícula, onde os dentes daquela coisa tinha se fincado ontem.
Afastou rapidamente os pensamentos sobre a noite passada, pois sabia que sua mãe conseguiria codificar algo de errado há centenas de distância e não queria ter que admitir que fugiu de casa.
— Como 'tá se sentindo sobre o seu primeiro dia na Delegacia? — Ela perguntou para a mãe, observando a mesma se sentar na ponta da sua cama, bem ao lado do seu corpo.
Evangeline tinha um passado meio incerto na visão da filha mais nova. Tudo o que sabia era que sua mãe ganhou uma segunda chance ao se alistar para o Exército. Ela concordou em ficar alguns anos lá, que foi onde teve Celeste. Quando voltou para Beacon Hills, achava que conseguiria fazer uma faculdade e se formar no que ela sempre quis ser; advogada.
Mas ela perdeu seus pais nessa época por um assassinato e ficou um pouco focada em encontrar o culpado, levando-a até a polícia de Beacon Hills.
Quando elas foram embora há alguns anos atrás, a promoção de Xerife estava entre Evangeline e Noah Stilinski, o pai de Stiles. Calista não sabe dizer quem venceria, mas certamente seria algo engraçado de presenciar.
Podemos dizer que Noah e Eva tinham uma certa... inimizade.
— Um pouco nervosa — admitiu Eva, com a guarda abaixada. — Todos eles eram meus colegas quando eu os abandonei. — Sorriu prensado e Calista se perguntou se Noah também era considerado seu colega. — Sei o que devem estar sentindo em relação à mim.
— Não importa — Calista disse, rápido. E se inclinou na cama na direção da mãe, com cuidado para a coberta não descer e revelar seu machucado. — Vai ganhar a confiança deles de volta, mãe.
Eva sorriu com a atitude da filha e estendeu a mão para colocar um fio de cabelo atrás da orelha da mesma.
— E você? — Calista esperou pelo resto. — Quando vai ver seus amigos? Não que eu esteja com saudades deles — Calista riu, principalmente por causa do que escondia atualmente. — Mas sempre vi como eles fazem bem a você. Principalmente aquele... — O coração da jovem palpitou, pensando em Scott. — Stiles, não é?
E claramente desabrochou.
— São só meus amigos, mãe.
— Claro que eram, você tinha dez anos! Mas agora, está uma moça muito bonita — as bochechas dela queimaram. — Cuidado para não brincar com o coração de um deles, filha.
Calista murmurou, sem graça e se afundou na cama novamente, deixando sua mãe rindo dela para trás.
— Estou indo. Levante logo dessa cama — a voz dela saiu mais longe. — Desça para tomar café com sua tia e sua prima, querida.
— Tá bom, mãe.
A porta se fechou e Calista se descobriu, respirando fundo.
De fato, aquele ano seria longo.
(...)
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Scooter <33
"Vamos voltar para a floresta, topa?"
Sti <3
"Claro que ela topa, né?"
Calista não ia topar.
Mas ela precisava ver Scott de novo para confirmar que o garoto estava bem depois daquele momento traumatizante que os dois passaram juntos e, também, agora que a fumaça de confusão e medo parcial tinha passado, ela precisava conversar com alguém.
E o garoto que viu a mesma coisa que ela e o outro idiota carregado de sarcasmo era o plano ideal.
Já tinha tomado o seu primeiro banho do dia, com um cuidado especial para não acabar gritando quando a água quente cai em seu machucado que ela descobriu para se lavar.
Calista não tinha nenhuma ideia de como fazer um curativo, mas quando chegou em casa e se arrastou para o primeiro banheiro, precisou se virar com os kits de primeiros socorros que Natalie deixava no armário embaixo da pia.
A pior parte foi limpar aquela marca de mordida, tão real e tão dolorida que ela quase desmaiou. Tampou com uma gaze e colou com fita. Como disse, nenhuma ideia, mas era melhor do que bater no quarto de sua mãe, acorda-lá e ter que falar que fugiu de casa e foi atacada por um animal estranho que passaria a estar em todos os seus pesadelos.
Era inevitável não encontrar seus amigos, mas admitia que não queria que fosse naquela floresta novamente.
Pelo menos, estaria de dia.
— Com planos para hoje, prima? — Lydia perguntou com as sobrancelhas um pouco arqueadas.
Calista encarou a ruiva do outro lado da mesa redonda, tentando ignorar o olhar que Natalie deu para ela sob os seus ombros.
— Vou ver meus amigos — estreitou os olhos, então sorriu na direção da tia. — Se não houver problemas.
— Claro que não — Natalie esticou os braços. — É bom que você se adapte bem antes de voltar para a escola, Callie.
Ela sorriu para a tia, acenando em concordância. Lydia, por sua vez, revirou os olhos. Calista sabia que tinha prometido que o dia seria para ela e seu namorado, Jackson Whitemore, mas haviam coisas muito mais importantes para Calista naquele momento. Como... descobrir se Scott estava bem.
Não ia fingir que aquela dúvida não estava consumindo-a.
Então, quando duas buzinas soaram em seus ouvidos, ela correu para escovar os dentes e pegar seu celular. Passando pela porta, Calista sorriu para os amigos que se inclinavam na janela para vê-la.
— Cali — cantarolou Stiles, abrindo a porta de trás por dentro. — Como dormiu?
— Bem, Sti. Obrigada por ontem. — O filho do Xerife deu de ombros, como se estivesse se gabando e ligou o carro. — Scott. — Ela odiava como sempre parecia suspirar o nome do amigo. — Como você está?
— Um pouco assustado — ele respondeu e esbugalhou os olhos. — Sinto muito por ontem. Eu te deixei lá. Sozinha.
— Você estava assustado e correu — ela sorriu, acalmando ele. — Isso é normal. Tenho certeza que uma parte da mente humana explica tudinho sobre deixar seus amigos para trás em um momento de desespero. — Scott parecia que ia vomitar de culpa, mas a risada de Calista soou no carro, fazendo os dois adolescentes admirarem-a. — Estou brincando, 'qual é. Eu estou bem.
— Stiles disse que você estava sangrando.
— Bom, eu estou viva — reformulou, se inclinando no espaço entre os dois bancos. — Pode me relembrar o que estávamos fazendo indo ao local em que quase fomos assassinados?
— Scott perdeu a bombinha.
— E ela custa oito pratas — ele completou rapidamente, como se para se defender. Calista riu, bagunçando os cachos amontoados dele, mas então resmungou de dor e segurou seu ombro. — Você foi mordida também?
— Primeiro que você — tentou brincar, como se fosse algum prêmio. — Sangrou demais hoje no banho. — Stiles cutucou o volante, mordendo a pele morta dos seus lábios conforme observava a interação das vítimas de um lobo que não existia. — Acho que preciso de alguns analgésicos.
— Ainda não curou?
Calista franziu o cenho intensamente.
— Como assim "ainda não curou"?
O carro parou e os três desceram. Quando a garota os rodeou para se aproximar dos amigos, eles estavam se encarando entre si, uma expressão nervosa.
— Scott...
— É loucura — ele divagou.
— Scott.
— 'Tá — jogou as mãos pro ar e surpreendeu a amiga quando levantou o lado da blusa, mostrando uma parte do seu abdômen.
A Sinclair acumulou saliva na boca e forçou a desviar da pele exposta do amigo para seu outro amigo, que revirava os olhos, como se soubesse exatamente o que se passava em sua cabeça naquele momento.
— Deveria estar vendo algo além de músculos?
— Que ele nunca teve — Stiles murmurou e Scott apontou para o amigo, como se concordasse.
— A mordida estava aqui ontem à noite — ele explicou, abaixando a camisa. — Hoje de manhã? Sumiu. — Os três se entreolharam. — Podemos ver a sua?
Calista deu de ombros e deixou o casaco cair para fora dos ombros, revelando seu peitoral coberto apenas pela blusa de alcinha branca. Retirando o curativo, ela encarou os amigos. Stiles desviou o olhar, com o punho na boca, como se evitasse vomitar e Scott estreitou o olhar, confuso.
— Ainda está aí.
— Claro que ainda está aqui — ela respondeu, recolocando seu casaco. Os três começaram seus passos para dentro da floresta, novamente. — O que está acontecendo, hein?
— Scott está tomando bomba e não nos contou — acusou Stiles, claramente com sarcasmo.
— Eu não estou tomando bomba — Scott revirou os olhos, incrédulo.
— Caramba, não esperava isso de você, Scooter — Calista entrou na brincadeira, dando batidinhas no ombro do amigo conforme passava na frente dele para conduzir o caminho.
— 'Qual é — ele parou, abrindo os braços. — Eu 'tô falando sério.
— A gente acredita — zombou o de cabelo raspado, trocando um olhar aguçado com a garota. — Até porque você chegar no treino de beisebol e defender todas as bolas como se tivesse algum talento é super normal.
— Pegou pesado — Calista soprou.
— Peguei, não peguei? — Stiles puxou o ar entre os dentes.
Eles desceram o barranco para passar pelo riacho quase sem água. Calista brincou enquanto pulava entre um galho e outro, suave como uma águia e ágil como a ponta de uma luz.
— Eu não sei como eu fiz aquilo — Scott se defendeu, logo atrás dela. — Foi como se eu tivesse todo o tempo do mundo para pegar a bola. — Calista subiu o morrinho primeiro que os garotos, observando Scott concluir: — E essa não foi a única coisa estranha. — Quando Stiles subiu, eles recomeçaram a andar. — Eu posso ouvir coisas que eu não devia ouvir. Sentir cheiros.
— Sentir cheiros? — Repetiu Stiles. — Tipo, o quê?
Scott tomou um tempo para pensar, mas não estabilizou seus passos.
— Tipo o chiclete de menta no seu bolso.
— Eu não tenho chiclete nenhum — retrucou, conferindo o bolso. Mas a expressão do Stiles franziu quando agarrou algo e puxou para a vista dos amigos.
Calista suspirou ao ver o chiclete e encarou Scott, que abriu os braços como se dissesse eu avisei enquanto andava de costas para o seu destino.
— Me dá isso aqui — Calista agarrou o chiclete da mão do Stilinski, que nem relutou, pois ainda se encontrava surpreso com a habilidade do amigo.
— Isso aí começou com a mordida?
— E se for uma infecção? — Scott teorizou enquanto Calista mesclava o chiclete, despreocupada. — E-E meu corpo estiver cheio de adrenalina e eu entrar em choque?
— É melhor sabermos antes que isso aconteça comigo, então — ela zombou, recebendo um olhar nada caridoso de Scott. — 'Tá, foi mal. — Girou os olhos. Stiles franziu levemente as sobrancelhas; ela não tinha que se desculpar por nada. — Mas é um pouco improvável que seja por conta da mordida, 'né? Afinal, eu também fui mordida e posso garantir que não consigo sentir chiclete nenhum no bolso dele.
— Eu não tenho mais — Stiles garantiu, ganhando um "será?" dela com os olhos.
Sem ninguém perceber, Stilinski tapeou os bolsos.
— Talvez só funcione em homens.
Um silêncio absurdo tomou eles. Stiles riu.
— Essa foi a coisa mais absurda que você falou, Scott — Calista afirmou, rindo também.
— Eu... Eu sei lá.
Parou de rir ao considerar o atual estado de confusão do amigo.
— Quer saber? — Stiles chamou atenção. — Acho que já ouvi falar nisso. É um tipo específico de infecção. — Os dois olharam com esperança e um pouco de medo para o filho do xerife, que intercalou o olhar entre os dois antes de colocar as mãos na cintura. — É sério. Acho que se chama... licantrofia.
Calista deixou um suspiro cair por entre seus lábios sem Scott perceber, deixando a atenção para o restante da floresta, que parecia completamente livre de qualquer perigo e terror que ela mostrou ter de noite.
— E o que é isso? É ruim?
Ah, Scott... Sua inocência algum dia o matará. Ainda assim, Calista se questionou se sua maldade e eterno prazer em zoar com a cara deles também poderia ser algo de ruim quando permitiu que o amigo completasse a brincadeira.
— Ah, é bem ruim. Mas é só uma vez por mês — divagou, gesticulando com as mãos.
Scott franziu o cenho, olhando de Calista para Stiles.
— Uma vez por mês?
— Sim. Na noite de lua cheia. — Scott não pegou, esperando por mais informação.
Em vez disso, Stiles apenas imitou o uivo de um lobo, fazendo Scott derramar sua tensão dos ombros ao empurrar o peitoral do amigo e Calista explodir em risadas, finalmente.
— Você sabia — acusou Scott a amiga —, 'qual é.
— Você tinha que ver sua cara, Scooter — Calista continuou, bagunçando os cachos macios do amigo.
— Foram vocês que ouviram um lobo uivando — Stiles se defendeu, recomeçando a caminhada.
— Cara, eu posso ter uma coisa muito séria.
— Eu sei! — Calista prensou os lábios, olhando divertida para Stiles. — Você é um lobisomem. — Imitou presas com seus dedos e um som grotesco que em sua voz pareceu mais um pedido de socorro. — 'Tá na cara que eu tô brincando — disse quando viu que o amigo continuava bravo. — Mas se eu começar a derreter toda a prata que eu tenho com um maçarico, é porque sexta é noite de lua cheia.
— Você tá louco — admitiu Calista, com um sorriso driblando seu divertimento ao parar junto com Scott, que ignorou o amigo.
Calista rapidamente reconheceu o local em que estavam e sentiu um arrepio na espinha, se aproximando de Stiles ao seu lado sem perceber. Mas ele a notou, como sempre, e sorriu reconfortante para ela, que repetiu o gesto mais abertamente.
Oh, Stiles perdeu o fôlego.
Scott ergueu a cabeça para encarar os amigos e dizer:
— Eu juro que foi assim: eu vi o corpo aqui, o cervo passou por cima da gente correndo e eu deixei cair a bombinha — ele encerrou, afastando a forma como Stiles e Calista se olhavam segundos atrás ao se abaixar em seus tornozelos.
— O assassino pode ter levado o corpo — exasperou Stiles.
— Se levou, eu acho bom ter deixado a bombinha. Custou...
— Oito dólares — Calista completou por cima da voz dele.
— E aí, vocês acham que o assassino tem asma ou algo assim? — Stiles perguntou, mexendo suas sobrancelhas sugestivamente. — O que acha, Cali? Um assassino com problemas de asma. Parece patético.
— Estou mais concentrada em não pensar que ele podia ter estado aqui ontem. Quando eu estava sozinha na floresta.
Scott levantou a cabeça e sorriu solidário para a amiga, também pedindo desculpas. Calista revirou os olhos para não ter que dizer tudo bem pela terceira vez e nesse meio tempo, se assustou com um vulto preto.
Virando-se para a direção onde estava dando às costas momento antes, arregalou os olhos ao ver aquele vulto ganhar uma estrutura e um corpo. Não se sentiu nada independente e forte ao sentir seu coração acelerar de medo conforme chamava atenção dos meninos, que arrumaram suas posturas rapidamente.
Com a atenção dos três adolescentes em si, o homem começou a se aproximar.
Calista o reconheceu imediatamente.
Derek Hale era um grande amigo de sua mãe. Pelo o que Evangeline contava, se ela estava viva, era por conta inteiramente dele. Calista também sabia que suas famílias eram próximas e que já brincou com Derek quando bebê, mas nada além disso.
Duvidava que ele estava a reconhecendo conforme a encarava com aquele rosto frio e raivoso.
— O que estão fazendo? — Calista encarou Stiles, que sempre tinha as respostas, mas ele apenas desviou o olhar e coçou a cabeça. — Aqui é propriedade privada.
Derek era impressionante de perto.
Talvez fosse os hormônios adolescentes que sempre a deixavam em uma complicação, mas era inevitável não encarar aqueles olhos claros como gelo, as maçãs do rosto delicadamente contornada e os músculos escondidos pelas suas vestes completamente pretas.
— Foi mal, cara. — Stiles respondeu porque Calista e Scott estavam travados encarando Derek. Por razões diferentes. — A gente não sabia.
Calista cutucou Scott para que ele ajudasse o amigo.
— É — ele concordou, monótono. — A gente tava... procurando uma coisa. Mas... — ele fez uma pausa dramática — deixa pra lá.
Derek passou um olhar curto em Calista, franzindo o cenho conforme jogava com maestria uma coisa na direção de Scott, que pegou com um ótimo reflexo. Era sua bombinha.
Deixando-o de o olhar com admiração, ela estreitou os olhos. Como ele poderia saber que era a bombinha que procuravam?
Com um último olhar nela, que apenas Stiles percebeu — ele deu um passo na direção da amiga —, Derek se virou e se foi.
— Aí, Calista, da próxima tenta não estampar o quanto achou ele atraente — resmungou Scott, rancoroso. Calista sentiu suas bochechas queimarem e olhou surpresa para ele, que evitava seu olhar. — É. Da para sentir atração também.
— Sinto-me muito desconfortável com essa informação — informou. — Vamos embora.
— Gente, esperem — Stiles interrompeu, os impedindo de andar. — Aquele é Derek Hale. Vocês lembram, né? Ele é um pouco mais velho que a gente — Calista sorriu com a informação. Stiles beliscou seu nariz. — Velho o suficiente para você.
— 'Tá, lembrar do que?
— Da família dele — Stiles respondeu Scott, de frente para ele. Calista ficou entre os dois. — Todo mundo morreu em um incêndio, tipo, uns dez anos atrás.
— E o que ele quer?
Stiles olhou na direção que Derek se foi e coçou a garganta, sem resposta. Passando um olhar em Calista, empurrou seus ombros para ela seguir embora, anunciando que eles deviam pegar o Jeep e ir embora.
Calista não demorou para concordar com ele, quase como se pudesse sentir a áurea da floresta mudar.
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Stiles não estava preocupado.
Não estava preocupado na escola, enquanto seu amigo provava que conseguia ouvir certas coisas que ouvidos normais não conseguiriam. E, definitivamente, não ficará preocupado com Scott arrasando no lacrosse, mesmo que há pouco tempo o amigo fosse uma negação.
Mas conseguia admitir que ao ter sido acordado no meio da madrugada pelo seu celular tocando, brilhando o nome de sua melhor amiga, algo brilhou atrás de sua mente. Sonolento e com as engrenagens de seu cérebro começando a funcionar novamente, ele colocou o telefone no ouvido e atendeu.
Calista estava assustada e não dizia coisa com coisa.
Stiles não sabia o que era pior. Não saber o que estava acontecendo conforme pedia para ela dizer onde estava para ele ir buscá-la ou ter ouvido a voz de seu melhor amigo junto com Calista na ligação.
Scott estava com ela.
Por um lado, sentiu alívio. Eram cinco horas da manhã e, onde quer que eles estivessem, parecia que a garota estava um tanto assustada. Era bom que o McCall estivesse com ela. Mas, em contra partida, o que os dois estavam fazendo juntos?
Na floresta.
Stiles desceu de seu Jeep, batendo a porta com força enquanto dava uma corridinha até os amigos. Scott estava sem blusa e Calista estava... com apenas um short minúsculo de dormir e uma blusa de alcinha branca.
— O que houve? — Stiles perguntou, retirando seu casaco e circulando os ombros da garota, que se encolheu com o calor.
Calista passou por ele, entrando na parte de trás do carro.
Scott parou para olhar o amigo.
— Acho que estamos com problemas.
Dentro do carro, dirigindo para a cidade novamente, Scott explicou que eles simplesmente acordaram juntos na floresta, um ao lado do outro. Mas, além disso, sonharam com a mesma coisa; com eles acordando no meio da noite e sentindo uma forte atração os chamar um até o outro. Quando eles se encontraram... parecia que um estava na mente do outro, completou Calista trocando um olhar intenso com Scott, que não tinha palavras.
Stiles engoliu em seco, batucando o volante pelo restante da viagem, sua mente metralhando conforme sua pele queimava ardentemente.
Calista foi a primeira a ser deixada em casa, pela logística. A ruiva desceu do carro com um curto tchau na direção dos dois amigos e caminhou até a sua casa, empurrando os cabelos para longe do seu rosto conforme entrava.
Stiles encarou Scott assim que perdeu a garota de vista e ligou o carro, saindo dali.
— O que aconteceu?
— Eu... Eu não sei — Scott encolheu os ombros.
— Isso não é considerado como algo normal, Scott. — Stiles argumentou, sua garganta queimando com a forma que ele levou para segurar o nervoso. — Pessoas não entram no sonho uma da outra e saem para dar um passeio pela floresta. Pode ser perigoso. Para vocês dois.
— Eu sei.
— E não está preocupado?
— É óbvio que estou preocupado! — Ele grita, pegando o amigo de surpresa. — É comigo que está acontecendo, se lembra? Mas eu não posso fazer nada se não tenho as respostas das quais precisa.
Stiles respirou fundo e quando soltou o ar, largou completamente aquela sua parte que ficava em alerta, que se preocupava e ficava fora do controle quando não tinha respostas.
— 'Tá, foi mal — ele resmungou. — Só 'tô preocupado com vocês.
Scott não precisava de um segundo olhar pra saber que a preocupação do amigo ultrapassa ele e ia diretamente para Calista Sinclair.
— Não nos machucou, Stiles. — Os dois se encararam. Scott não encarava o amigo diretamente, seus olhos iam além dos olhos de Stilinski. — Era algo tão... natural. Como se estivéssemos, sei lá — deu de ombros, desviando os olhos —, quase completos.
Stiles conhecia o amigo.
Sabia que ele tinha dito aquilo como se fosse uma forma de despreocupa-lo de que acabassem machucados, mas agora, Stiles estava afundando dentro de si novamente. Odiava aquela sensação, então não a nomearia como ela era e também não a sentiria.
Deixando McCall em casa, ele foi direto pra sua casa e não pregou os olhos pelo restante da noite.
Quando acabou, Stiles piscava duro e encarava aquelas folhas coloridas quase com desespero.
Lua Cheia estava circulado. Então, Homens da Lua. Lobos. Uivos. Lobisomens. Bala de Prata. Acônito. Sonhos acordados. Sonâmbulo. Alma gêmea.
Sua cabeça estava o matando.
Quando deu um horário em que seria considerado normal ele telefonar para sua amiga, ele ligou, sua perna balançando conforme a ligação chamava e Calista não atendia.
Será que ela tinha voltado a dormir?
E se sonhara de novo?
Estava com Scott? Ela estaria bem?
Suas perguntas o faziam querer vomitar, então ele se levantou para pegar a chave de seu Jeep e ir buscá-la. Estava prestes a descer suas escadas quando a voz suave e sonolenta da garota o atendeu.
— Sti? — Ele suspirou audivelmente, nem se importando se ela ouvira e o acharia um maluco. — 'Tá tudo bem?
Ele voltou pro quarto, encarando aquelas folhas em cima de sua mesinha dos estudos.
— Eu não sei bem — ele admitiu. — Pode dar uma passadinha aqui em casa?
Calista hesitou antes de concordar com um claro e se despedir, dizendo que tomaria um banho e chamaria um Táxi. Stiles disse adeus e ligou para Scott em seguida, fazendo o mesmo pedido e esperando muito que eles chegassem antes que sua cabeça explodisse.
Por sorte, Stiles tinha amigos tão curiosos quanto ele e a campanha da sua casa não demorou para ser tocada.
— Eu atendo! — Ele gritou, mesmo sem saber se seu pai estava ali ou não. Era provável que não. Como Xerife, Noah Stilinski tinha raros momentos em sua casa. — Graças a Deus, vocês chegaram.
— Você parece agitado — observou Calista, com um rápido olhar para Scott antes de entrar na casa do amigo e segui-lo até o seu quarto.
Assim que ela entrou, uma sensação de nostalgia impulsionou seu corpo. O quarto estava muito mais maduro, mas ainda haviam figurinhas em certos lugares e o quadro com a foto dos três amigos residiam do lado da cama do amigo continuava ali.
Calista enviou de presente de aniversário para Stiles no primeiro ano em que ela passou fora de Beacon Hills, desejando que eles não se esquecessem um do outro.
Ela sorriu singela com a lembrança.
— Vocês dois tem que ver isso. Eu passei a noite toda lendo sites, livros — Stiles gesticulou agressivamente com as mãos, passando pelos dois amigos para chegar até a sua mesa. — Um monte de informações.
— Você está acelerado, cara — afirmou Scott.
Ela soltou um riso irônico, olhando pelo quarto completamente bagunçado, com várias folhas espalhadas pelo chão.
— Um pouco — Stiles admitiu com um gesto de cabeça.
Calista deu um passo para o lado e se abaixou para pegar uma das folhas.
— Não importa, 'tá? Me escutem. — Ela repensou duas vezes se deveria mesmo escutá-lo depois de ler "lobisomen" em negrito na folha.
— Isso é sobre o corpo? — Scott perguntou, deixando sua mochila cair na cama intocada do Stilinski e, depois, se sentando. — Descobriram quem matou?
Com Stiles sentado na sua cadeira giratória e Scott na cama, Calista foi a única a se manter de pé, um pouco impaciente porque era óbvio que não era sobre aquele corpo que encontraram na noite retrasada.
— Estão interrogando as pessoas. Até o Derek Hale — ele apontou com um monte de folhas na mão.
— Ah, o cara que a gente viu na floresta e que Calista só faltou babar.
— Eu não babei — contrabateu e deu língua para Scott que riu balançando a cabeça.
— Ela não babou — concordou Stiles. — Mas o problema não é esse não, 'tá? — Scott questionou sobre o que era. — Lembram da piada que eu fiz? — Riu, sem achar graça. Quando ele acabou, sua cara se contorceu em receio. — Não é mais piada. O lobo, as mordidas na floresta.
Sem qualquer reação dos amigos, Stiles limpou a boca e se levantou.
— Eu comecei a ler algumas coisas.
— Só algumas coisas, huh? — Calista exasperou, chutando uma pilha de folhas.
— Sabem porque o lobo uiva?
Scott encarou Calista rapidamente e perguntou:
— Precisamos?
— É um sinal. Quando um lobo está sozinho, ele uiva para indicar a localização dele pro resto do bando. Se ouviram um lobo uivando, os outros podiam estar por perto. Deve ter um bando de lobos — ele fez uma careta.
— Um bando de lobos? — Scott se preocupou, se inclinando para o amigo.
— Não — negou. — De lobisomens.
Calista deixou um suspiro sair e deu as costas no momento em que Scott mudou sua expressão e se levantou rapidamente da cama.
— Quer mesmo que eu perca o meu tempo com isso? — O tom de voz de Scott fez Calista virar para os amigos novamente. McCall já tinha sua mochila nos ombros. — Cara, eu tenho que buscar a Allison daqui uma hora para a festa.
Calista franziu o cenho, sem tempo para tirar sua dúvida. Quem era Allison? Que festa?
— Eu vi você no campo ontem, Scott — Stiles impediu o amigo de sair. — O que você fez não foi só impressionante, 'tá? Foi impossível.
— É, então eu dei um bom passe.
— Não! — Stiles pegou a mochila do amigo, desviando dele. — Você deu um passe incrível. O jeito como se mexeu — colocou a mochila na cama —, a rapidez, os reflexos. As pessoas não fazem isso do dia pra noite. Cali — ele se vira para a amiga —, me ajuda aqui.
Calista abriu a boca para falar alguma coisa, mas não estava na escola e, pelo jeito, tinha perdido muitas coisas por causa disso.
— Parece... — ela encolheu os ombros — suspeito.
— E tem a visão, os sentidos — pontuou. — Acha que eu não reparei que não está mais usando a bombinha?
— Olha, cara, eu não posso falar nisso agora. A gente se fala amanhã.
— O quê? Amanhã? Não! A lua cheia é hoje. Você não entende?
— O que você 'tá querendo fazer? Eu entrei pro primeiro time, eu tenho um encontro com uma garota que nem acredito que quer sair comigo. — Calista hesitou e abaixou o rosto. — Não sei como, mas tudo na minha vida está perfeito. Quer estragar por quê?
Stiles encarou a amiga, que parecia se inclinar cada vez mais para a parte escura do quarto.
Ela não estava se sentindo bem o suficiente para falar.
— Eu só 'tô tentando ajudar. 'Tá amaldiçoado, Scott. Olha só, a lua não vai fazer você mudar só fisicamente. É na lua cheia que sua sede de sangue vai estar maior.
— Sede de sangue?
— É, sua vontade de matar.
Scott suspirou.
— Eu já estou sentindo vontade de matar.
Calista encarou Scott com as sobrancelhas franzidas. De alguma forma, sabia que ele não estava falando sério, mas conseguia sentir que, ao mesmo tempo, estava.
— Tem que ouvir isso — Stiles pegou um dos seus livros e o abriu, lendo: — A transformação pode ser provocada por raiva ou qualquer coisa que aumente o pulso. 'Tá bom? Eu nunca ouvi ninguém fazer seu coração bater como a Allison. Tem que desmarcar.
Stiles desvia do amigo e começa a mexer em sua bolsa para pegar seu celular. A cena de Stiles dizendo que iria desmarcar o encontro dele e o mesmo avançando contra o amigo desenrolou em frente a Calista que avançou instintivamente e o empurrou para longe de Scott.
— É loucura — ela admitiu, não completamente calma —, mas ele só está tentando te ajudar.
Scott bateu na cadeira, em vez disso e suspirou com raiva.
— Você está sendo um idiota — xingou. — Sai daqui.
— Cali... eu sinto muito.
— Vai buscar a sua garota, Scott.
E se o garoto observou a forma como aquilo saiu como um veneno, ele não fez mais nada além de pegar suas coisas e recuar.
Calista voltou-se para Stiles, que respirava com pesar.
— Sei que só está preocupado, então...
— Cali... — Ele murmurou, passando por ela com um olhar focado e assustado. — Olha isso aqui.
Quando ela se virou para o amigo, percebeu as costas da cadeira que Scott empurrou. Mais precisamente, os cortes em forma de garras.
Sem respostas para aquilo, ela piscou inexpressiva.
— Precisamos ir para essa festa.
Stiles se levantou e coçou a nuca, dando de ombros.
— Ah, claro, eu aceito sair com você.
Calista riu fraco e empurrou o ombro do amigo, passando por ele para erguer a cadeira. Quando ela tocou levemente nas marcas de garra, uma sensação estranha passou pelo seu corpo.
■■■■■100%
1.
Espero que estejam de agradando. É o segundo capítulo ainda, então qualquer pensamento intrusivo que tenha entrado sobre cansar/abandonar essa fic, MANDE EMBORA!
2.
Apesar de ninguém ter questionado, a primeira temporada não vai ter muito o envolvimento do Klaus, tá? Ela vai conhecer ele, descobrir mais sobre ele, mas ele só vai ser uma figura decorrente a partir da segunda, que não vai demorar muito.
3.
Beijo no coração, eu vou chorar porque CALISTA quer chorar nessa última cena. Alguém sabe o porquê?
"Enquanto O adorarmos,
Ele guardara os nossos corações."
❤️🔥
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