
𝐎𝐍𝐄
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𝑪 𝑯 𝑨 𝑷 𝑻 𝑬 𝑹 𝑶 𝑵 𝑬
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❝SE EU MORRER EU TE MATO 'ANJINHO EU'❞
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NA MANSÃO DAVENPORT A MÚSICA ERA ALTA. Mas nenhum vizinho era louco de reclamar sobre o som alto, até porque ninguém queria ser alguém que a família Davenport não gostava.
A família Davenport era composta por Joanne Davenport, a renomada terapeuta que já teve mais de 10 livros publicados sobre família e relacionamentos. Seu último sucesso foi onde a mulher contava como é ser casada com um dos maiores CEOs do país Dom Davenport, dono das empresas multinacionais Davenport's Technology, com quem tem duas filhas. Ruby e Dakota Davenport.
E o som definitivamente vinha do quarto da segunda filha, Dakota Davenport. A queridinha da América, Miss Americana, Princesa da tecnologia, e a garota propaganda da empresa Davenport & Technology.
O som mal chegava sobre o escritório da mãe pois ela insistiu que seu escritório ficasse em um lugar isolado da casa. Dom trabalhava em um cômodo secreto abaixo de sua residência, onde as tecnologias ganham vida. A única que reclamava sobre o barulho era Ruby que "estudava para a faculdade de direito".
Dakota sabia que o volume era alto, mas apenas assim conseguia se concentrar para trabalhar. O trabalho que era hackear o celular da irmã.
Ela sabe que é errado e que nunca conseguiria ter um bom relacionamento com a mais velha se continuasse fazendo isso. Mas quem se importa? Esse era o único jeito que conseguia cobertura para escapar de noite e comprar peças novas para seus protótipos, pois se pegasse os materiais de dentro da Davenport's sabia que seus pais iriam desconfiar que ela apenas ficava fazendo as unhas no quarto. Ruby era praticamente profissional em sair escondida, a agora mulher fazia isso quando adolescente para ir a festas ou ver namorados e até hoje os pais nunca descobriram.
E também é minha única opção.
O 'ding' saindo de seu computador a retirou dos porquês na sua cabeça, o som significava que ela havia conseguido - novamente - entrar nas redes sociais da irmã mais velha.
Focando na tela que continha o app de mensagens clicou em cada uma, olhando as últimas palavras trocadas. procurou pela mais suspeita
Devon.
Dakota o conhecia, Ruby não era tão implícita em relação aos namorados, e o nome dele estava sempre nos lábios da mais velha. Entrando na conversa que foi recentemente fechada ela começou a ler as mensagens.
Quem diria que ela sabia tantas palavras para descrever um pênis. E.L James ficaria com inveja.
Não querendo mais saber sobre qual seria a cor da calcinha que Ruby ia usar no seu encontro ela desligou o computador, já tinha provas suficientes.
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DAKOTA ESPEROU ATÉ A HORA EM QUE RUBY IRIA PARA SEU ENCONTRO. Por uma coincidência ele era na mesma hora que iria comprar mais cartões de memória e placas mãe.
Os equipamentos não tinham uma qualidade muito boa comparando os da Davenport's. Mas era o único jeito de comprá-los sem seu pai e os seus gorilas estúpidos - seu apelido para os tão temidos seguranças da família.
O sofá já estava provavelmente afundando seu corpo com o tempo que eu estava alí. Quando eu iria se levantar para falar com Ruby, ela saiu pelas escadas, usando uma roupa que definitivamente era para uma festa.
— Tá bonita maninha, sempre está, mas hoje sua beleza fez meu coração disparar - ela tentou soar o mais bajuladora possível.
— Dakota, hoje eu não posso com seus joguinhos. Eu já tô atrasada para-
— Devon eu sei. - ela disse sem emoção, ruby resmungou um 'Como você-' mas Dakota a cortou - Seria uma pena se a mamãe ou o papai descobrissem. - ela levantou sua cabeça para olhar para a irmã, já que ela estava usando saltos altos.
Ruby apenas revirou os olhos verdes e continuou a andar até a porta. Dakota sempre fazia isso, e nada aconteceu. Por que ela iria se preocupar não é?
— Eles provavelmente vão colocar mais seguranças na porta, você iria perder seu celular, seus amigos e Devon. - ela continua
Ela tá mentindo, não tem como-, Ruby pensou
— Mas espero que pra sua última noite você esteja usando a calcinha preta como Devon pediu - e essa foi a cartada final.
— Vamos no seu carro pelo menos.
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A IDA ATÉ O PUB QUE RUBY IRIA SE ENCONTRAR COM DEVON FOI SILENCIOSA. Dakota se sentia mal por ter que chantagear a irmã nesses momentos, pois além de não ser correto invadir a privacidade de alguém era patético que uma menina de 17 anos não conseguisse sair de casa por conta própria. Claro, o fato de seus pais não terem um pingo de confiança na filha e a tratar como uma completa alienada não ajudou. Mas Dakota não deixaria isso transparecer.
— Você não tem amigos não é? - a pergunta de Ruby pegou Dakota de surpresa.
— Claro que tenho. - a Davenport tentou soar confiante - Por que quer saber? - deu uma risada nervosa.
— Todas as vezes que quer sair você sempre me procura, corrigindo, me chantageia para te dar cobertura. Você tem que começar a fazer amizades, talvez assim a mãe e o pai não te tratariam como uma criança. - ela justificou fazendo Dakota revirar os olhos
— Eu tenho amigos ok? Eu só estou ocupada com umas coisas. - Ruby deu um sorrisinho e assentiu.
Uma inteligência artificial sendo feita conta como desculpa, ela pensou.
— Dakota se eu fosse você faria amizade com a primeira pessoa que eu visse, pois você tá precisando. - Ruby brincou.
Mesmo sendo uma brincadeira Dakota não levou como uma. Ruby sabia dos problemas que a garota tem quando se trata de fazer amizades, Dakota é muito focada em seu trabalho e busca ser perfeita em todos os tipos, e não quer decepcionar as pessoas ao seu redor então para ela é mais fácil ter poucas pessoas para isso. Claro que ela não consegue pois hackear o celular da irmã não é uma atitude tão boa assim, mas se as duas parassem pra pensar. Essa era a única vez que se falavam, nenhum assunto era conversado e palavras apenas eram trocadas quando isso acontecia.
— Eu sou autossuficiente Ruby, às vezes, as pessoas não precisam de um homem para se sentir assim. - e ela se arrependeu no momento que terminou, mas agora as palavras já estavam ditas e ela não conseguia apagar o histórico.
Ruby não respondeu a Dakota, o sorriso havia desaparecido e o clima havia pesado 10 vezes mais.
Olhando em direção às ruas tentando desviar da irmã conseguiu ver o clube então ela tentou parar o carro com jeito, mas ela acabou puxando o freio longe demais causando que o carro desse uma parada brusca.
— Deus! Você tem certeza que sabe dirigir? - Ruby perguntou estressada. Dakota sabia que o estresse estava pela discussão anterior mas decidiu ficar quieta desta vez.
— Eu fiz as aulas de direção ok? - Ruby a olhou com um olhar desconfiado e irritado — Eu posso ter feito as aulas práticas com o segurança do papai. As teóricas foram em casa, mas isso conta como aula de direção também.
— Aham, claro. Enfim, valeu pela carona eu acho - a mais velha saiu do carro e foi em direção ao clube.
— Porquê você não cala a boca às vezes Dakota - se perguntou a si mesma.
A menina respirou fundo e saiu em direção ao lugar combinado com o vendedor. Ela sabia com quem estava lidando, não seria um homem qualquer que iria enganá-la, antes de confirmar as compras checou as informações implícitas e explícitas do homem chamado David Johnson. 32 anos, fissurado em tecnologias e videogames, faz RPG's e tem um site 'anônimo' para fãs de Harry Potter onde atende pelo nome de SlytherinPride69
Claramente um virjão que ainda mora com os pais, porque será que me identifico?
O lugar marcado seria em um beco, ela sabia que andar em um beco de Gotham à meia noite não é o indicado, mas a Davenport sabia o que estava fazendo - ela pelo menos achava.
Estacionou seu carro perto do lugar de encontro, se caso tivesse que correr ou ir embora. Andando em direção ao beco viu o quanto Gotham pode ser sombria a noite, cheia mendigos e pessoas que não pareciam ser tão confiáveis para ter uma conversa fez um calafrio correr pela sua espinha.
Mas agora ela já estava alí, o que resta é esperar.
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JASON
JASON ESTAVA SEM ESPERANÇA. Não havia comido a dias, a última vez que tomou um próprio banho foi a uma semana. E, obviamente, ele estava sem nenhum pingo de dinheiro. Seu corpo parecia dar avisos de que precisava descansar, todos os seus músculos doíam sentia uma dor aguda em sua costela direita e suspeitava que havia quebrado algumas - resultado de uma briga de rua em que ele perdeu - sua cabeça latejava e estava cheio de machucados.
Ele não tinha casa, havia fugido dela a muito tempo, o único parente que conhecia tomou uma overdose e morreu. Não havia roubado uma calota de carro ou as rodas, então ele poderia esquecer de dormir em um péssimo hotel.
O beco em que estava andando, ou se arrastando, era escuro e não se tinham muitas pessoas em volta, o que o fazia mais perigoso ainda. Notou que um carro preto e grande estava estacionado ao lado do único poste de luz naquela rua. O que não era muito esperto pois todo mundo poderia ver um carro, que visivelmente era de uma pessoa rica.
E foi aí que ele viu sua chance.
O carro parecia custar um bom dinheiro, se roubasse as calotas e vendesse para um mecânico iria ser pago ao todo uns 900 dólares, ele calculou na sua cabeça. Dando um sorriso de lado ele mancou até o poste de luz e se ajoelhou para pegá-las. Felizmente o garoto sempre carregava no bolso uma chave de fenda para situações como essa.
Usando apenas a mão esquerda para o trabalho, já que a direita protegia seu tórax, ele se ajoelhou para obter uma melhor vista. E sem mais delongas começou a desaparafusar as calotas.
45 minutos se passaram desde que Jason começou a roubar as calotas do carro desconhecido, ele já estava na terceira e partindo para a quarta quando ouviu um grunhido alto. Parecia ser de um homem, acompanhado de o que parecia ser um metal caindo no chão.
Sacudiu sua cabeça e voltou ao trabalho, isso acontece em Gotham o tempo todo e também não era da sua conta, ainda mais se ele não quisesse levar outra surra.
AAAAAAAAAAH!
Esse grito, dessa vez de uma mulher, certamente não era algo comum. Agudo e alto, tinha um efeito cortante pela noite silenciosa. Uma parte de seus instintos gritavam para que ele largasse o que estava fazendo e ir em direção a voz desconhecida, mas a outra parte dizia em sua mente que ele não poderia ir no lugar escuro - onde a voz se surgiu. Até porque ninguém em sã consciência vai para um lugar escuro em Gotham sem estar armado. Mas a parte que dizia para o garoto que ele devia salvar, ou pelo menos tentar, a pessoa ganhava. Parecia que dois dele mesmo, um vestido de diabo e o outro de anjo, estavam brigando em seu ombro, como nos desenhos que já havia visto quando era criança, uma das únicas vezes que havia visto um desenho.
Revirando seus olhos disse pra si mesmo mentalmente: 'Se eu morrer eu te mato anjinho eu'. Se levantou e andou meio torto até a direção do beco. E no que mais ele andava, mais alto os sons de metais, o que ele suspeitava serem latas de lixo caindo, e vidros quebrando ele conseguia escutar.
Ao chegar no lugar "desejado" Jason se deparou com uma cena que poderia ser considerada comum nesses arredores de Gotham, mas não se tornava mais comum quando quem estava sendo atacada era na verdade uma mulher, geralmente homens se socavam em becos.
— Merda - ele murmurou após se esconder em um muro para não ser visto.
A garota estava debruçada no chão de concreto para sua frente, junto com a tampa do lixo como escudo. Jason até acharia engraçado se a situação não fosse essa. O homem que tinha duas vezes o seu tamanho se jogava para cima da garota, e ela tentava o empurrar com o escudo de lixo. Ela tá resistindo, pensou. E quando o desconhecido virou as costas ele soube que devia agir.
Pisando cuidadosamente no caminho até a menina ele tentou ser o mais lento possível.
Mas era óbvio que isso não iria acontecer e ele conseguiu pisar em uma latinha. A porra de uma latinha.
O homem desconhecido se virou rapidamente, e apontou uma arma diretamente na cabeça de Jason, uma arma que ele não sabia da existência.
Da onde aquela merda surgiu?
— Nunca ouviu que bater em mulheres é covardia? - disse com uma pose de super-herói — Deixa a garota e vai embora cara, vai ser melhor pra você.
— Acha que vou deixar de virar um milionário por causa de uma criança como você? - disse. Forçando os olhos, por conta da falta de claridade, poderia ser visto um homem com seus 30 anos, mas o que marcava sua aparência era uma camiseta apertada - até demais - com o símbolo de algum filme ou livro que contém uma cobra, Jason segurou a risada. O homem não fazia o estereótipo de sequestrador. Jason segurou a risada.
Se cansando de falar o desconhecido se aproximou rapidamente tentando golpear Todd pela cabeça, logo se esquivando ele conseguiu agarrar uma das latas de lixo e jogá-la contra o homem, causando uma pequena distração. E assim conseguindo andar até onde a menina se encontrava. Mas o homem logo o agarrou pelos ombros fazendo Jason lançar um soco direto no seu maxilar. Isso o distrai e então o garoto consegue olhar em direção no lugar em que a garota estava.
Jason poderia estar muito distraído com sua interação para o vilão, mas não havia percebido que a vítima que ele tentava salvar havia fugido.
— Ah, merda.
end.
que bela bosta! eu não gostei muito do capítulo em si, mas capítulos de introdução são sempre difíceis. espero que gostem gente.
VOTEM E COMENTEM, AJUDA MUITO!!!!
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